Destaques

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Centro de Estudos da Câmara debate atendimento e diagnóstico no SUS


O Centro de Estudos e Debates Estratégicos (Cedes) da Câmara dos Deputados se reúne, nesta quinta-feira (8), com representantes de órgãos de governo na área de gestão para discutir o documento "A relevância do diagnóstico clínico para uma ação eficaz na atenção básica de saúde".

O estudo, cujo relator é o deputado Dr. Luiz Ovando (PSL-MS), valoriza a figura do médico e a necessidade de "resgatar a credibilidade e conhecida eficiência do clínico, particularmente na elaboração de diagnóstico efetivo e pronta-terapia, evitando-se complicações, economizando recursos e dignificando a situação de usuários e profissionais de saúde".

                            Michel Jesus/ Câmara dos Deputados
 Luiz Ovando: é preciso resgatar a credibilidade e conhecida eficiência do clínico

Ainda segundo o deputado, tal atuação está ameaçada por barreiras a uma adequada relação médico/paciente. "Muitos usuários do SUS não têm a oportunidade de serem atendidos continuadamente pelo mesmo profissional; além disso, há deficiências em programas de controle de doenças como, por exemplo, de diabetes e hipertensão", disse.
O objetivo do Cedes com o estudo é analisar a efetividade do modelo de atenção primária do SUS, comparando-o com outros sistemas universais de saúde, além de indicar meios para a ampliação de sua efetividade.

Foram convidados para falar na reunião:
  • o coordenador-geral de Monitoramento e Avaliação da Atenção Primária da Secretaria de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Paulo Eduardo Sellera;
  • o diretor do Departamento de Saúde da Família da Secretaria de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Otavio Pereira D'Avila;
  • o assessor parlamentar do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) Leonardo Vilella; e
  • o membro da Diretoria-Executiva do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems)Hisham Mohamad Hamida.
O encontro está marcado para as 14 horas na Sala de Reuniões da Mesa, no Edifício Principal.

Da Redação - AC


terça-feira, 6 de agosto de 2019

PRESIDENTE JAIR BOLSONARO, INAUGUROU A NOVA PLANTA FARMOQUÍMICA ONCOLÓGICA DO CRISTÁLIA


Presidente Jair Bolsonaro disse hoje (6), em São Paulo, para empresários que a economia está dando sinais de recuperação e reafirmou que está trabalhando para desburocratizar e facilitar a vida dos investidores brasileiros.

Da Capital de São Paulo, Bolsonaro foi para Itapira, no interior do estado, onde participou da inauguração da nova planta de farmoquímica oncológica do grupo Cristália.

A nova unidade industrial do Cristália vai produzir seis diferentes insumos farmacêuticos ativos de alta potência, que serão utilizados para a produção de medicamentos para o tratamento de adenomas, câncer de mama, pulmão, medula, ossos e cérebro.

Durante a cerimônia, Bolsonaro parabenizou Ogari de Castro Pacheco, cofundador do laboratório, pela coragem de erguer o empreendimento e ressaltou a importância do desenvolvimento de tecnologias no país. “O país que não detém tecnologia está condenado a ser escravo daqueles outros países que a detém”, disse.

De acordo com o grupo Cristália, o Brasil hoje importa 100% dos insumos para a produção de medicamentos contra o câncer. O laboratório já conta com uma planta farmacêutica oncológica, que produz o medicamento final que chega a pacientes e hospitais. Mas, para a produção desses medicamentos, era obrigado a importar os insumos. Paramentado com jaleco branco o presidente da república visitou a nova planta e depois se dirigiu a um palco montado para solenidade.

O presidente afirmou que as agências tem um "poder enorme, para bem ou para o mal". "Quanto tempo leva um registro da Anvisa? Esse tempo todo se justifica? Será que é excesso de zelo ou estão procurando criar dificuldade para vender facilidade?"

Bolsonaro diz que não foi eleito presidente para legalizar as drogas, uma possível referência à discussão sobre aprovação da maconha para fins medicinais pela Anvisa

Com informações da EBC e Folha, foto: Marcos Corrêa/PR



Tecpar corre o risco de perder mais R$ 82 milhões


O alerta vem de Brasília. O Paraná corre um sério risco de perder R$ 82 milhões do ministério da Saúde para a construção de uma fábrica de medicamentos do Tecpar em Maringá.

A informação é que caso o prazo do convênio assinado em 2017 não seja prorrogado pelo ministério os recursos podem ser recolhidos pelo governo federal. Os posicionamentos do novo presidente do Tecpar, Jorge Callado, e do governador, Carlos Massa Ratinho Jr, são considerados decisivos para a manutenção do acordo.

O contrato prevê a construção do Centro Biotecnológico do Tecpar em um terreno já doado pela prefeitura de Maringá. A unidade de fill and finish contará com uma fábrica para formular, envasar, embalar e armazenar medicamentos biológicos.

Em abril, ainda sob a gestão de Fábio Cammarota, o Tecpar deixou de vender quase R$ 400 milhões para fornecer 435 mil doses do Trastuzumabe – moderna droga de combate ao câncer de mama.



CHAMAMENTO PÚBLICO 001/2019


AVISO
Objeto: Pré-qualificação técnica, jurídica e financeira para a seleção de empresas,
para futuro e eventual ingresso no Parque Científico e Tecnológico, no Campus Maringá/PR.
Data de abertura (apresentação das propostas e documentação): 23/07/2019 às 09:00h.
Solicitar o Edital através do e-mail: licitacao@tecpar.br
Melhores informações na Divisão de Compras do Tecpar,
sito à Rua Prof. Algacyr Munhoz Mader, 3775, CIC – Curitiba-PR. Fone: (41) 3316-3170.
Curitiba, 15 de maio de 2019. Comissão de Licitação

AVISO – ADIAMENTO DEVIDO A ALTERAÇÕES NO EDITAL
Objeto: Pré-qualificação técnica, jurídica e financeira para a seleção de
empresas,  para futuro e eventual ingresso no Parque Científico e Tecnológico,
no Campus Maringá/PR.
Data de abertura (apresentação das propostas e documentação): fica adiada para 
o dia 30/07/2019 às 09:00 horas.
Solicitar o Edital através do e-mail: licitacao@tecpar.br
Melhores informações na Divisão de Compras do Tecpar, sito à Rua Prof. Algacyr
Munhoz Mader, 3775, CIC – Curitiba-PR. Fone: (41)3316-3170.
Curitiba, 22 de maio de 2019.          Comissão Especial de Licitação

SUSPENSÃO
O Instituto de Tecnologia do Paraná – TECPAR, torna público que suspende a
abertura do Chamamento Público para pré-qualificação técnica, jurídica e
financeira para seleção de empresas para eventual ingresso no Parque Científico
e Tecnológico do Campus de Maringá/PR, para adequações no edital.
Documentos e informações referentes ao processo estão disponíveis no endereço:
http://www.tecpar.br/chamamento_publico_001-2019
E-mail de contato: licitacao@tecpar.br
Melhores informações na Divisão de Compras do Tecpar, sito à rua Prof. Algacyr
Munhoz Mader, 3775, CIC – Curitiba/PR. Fone: (41)3316-3170.
Curitiba, 26 de julho de 2019.            Comissão Especial de Licitação



Governador assina edital de chamamento para atrair empresas


Por Luciana Peña 

 Maringá terá até novembro o Parque Tecnológico do Tecpar. É o que diz o diretor-presidente do Tecpar, Instituto de Tecnologia do Paraná, Fabio Cammarota. O parque irá funcionar no Cidade Industrial e os recursos para o investimento, em torno de R$80mi, estão garantidos. O diretor-presidente explica também por que o laboratório que ia produzir medicamento contra o câncer em Maringá não saiu do papel.

 OUÇA A ENTREVISTA



Fonte: www.cbnmaringa.com.br

Solicita não deve ser acessado para assuntos de PAF


O novo Sistema Solicita, que é uma solução intermediária para o peticionamento eletrônico, entrou em vigor no dia 30 de julho, porém não incluiu nenhum assunto de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados.



A Anvisa disponibilizou como solução tecnológica para o peticionamento eletrônico, na terça-feira (30/7), o Sistema Solicita. A Agência destaca, porém, que o sistema não foi disponibilizado para nenhum assunto relacionado à Gerência Geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados (GGPAF).

Apesar de ter sido divulgado anteriormente que o processo de remessa expressa seria contemplado no sistema, o prazo de implantação foi prorrogado para permitir a realização de ajustes sugeridos pelas empresas do setor.

A previsão da Anvisa é de que os ajustes sejam concluídos até o final de agosto para disponibilização da remessa expressa no Solicita. Entretanto, isso somente será realizado após ampla divulgação para o setor.

Enquanto isso, as empresas devem seguir o procedimento atual de peticionamento, tanto para remessa expressa quanto para qualquer outro assunto de PAF, como Licença de Importação (LI) e Certificado de Livre Prática (CLP).

Destaca-se que, no primeiro momento, o Sistema Solicita será aplicável para os assuntos de PAF exclusivamente relacionados à modalidade de remessa expressa, exceto para as petições de pessoas físicas, que continuarão sendo protocolados de forma manual. Não haverá qualquer alteração no Peticionamento Eletrônico de Importação já utilizado para as importações realizadas por pessoa jurídica e na modalidade Siscomex para Licença de Importação.

O Solicita deve ser utilizado apenas pelas empresas com petições das seguintes áreas: Gerência Geral de Alimentos (GGALI), Gerência Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária (GGFIS), Gerência de Tecnovigilância (Getec) e Gerência Geral de Toxicologia (GGTOX), somente em relação ao aditamento e especificamente para o edital de chamamento que ainda será publicado.


segunda-feira, 5 de agosto de 2019

O SUS E A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA


Política de Estado e não de governo, o Sistema Único de Saúde é resultante de uma alongada construção da sociedade brasileira que resiste bravamente às intempéries de ordem política,  econômica e de gestão ao longo de sua existência.

O Sistema brasileiro e reconhecido internacionalmente, por seus avanços na atenção primária consolidado na Estratégia de Saúde da Família (ESF), na Política Nacional de Imunização (PNI), na redução expressiva da mortalidade infantil, na Vigilância Epidemiológica e Sanitária, na política de Assistência Farmacêutica, de transplantes de órgãos, no Samu, na política de Aids/Hepatites, na Reforma Psiquiátrica, no combate ao uso de tabaco, na política do sangue, entre outras políticas públicas exitosas.

Despesas do setor de saúde

A expansão do setor público de saúde ao longo da última década levou a aumentos nos gastos. O Brasil realizou investimentos significativos na expansão da cobertura de seu Sistema Único de Saúde (SUS) com o objetivo de expandir a rede de prestação de serviços. Nos dez anos até 2014, as despesas públicas com saúde cresceram a uma taxa real média de 7%, o que aumentou os gastos públicos com saúde proporcionais ao PIB em 0,5 ponto percentual. No entanto, a maior parte desse aumento nos gastos públicos ocorreu na esfera subnacional. As despesas com saúde do Governo Federal aumentaram levemente, de 1,6% para 1,7% do PIB entre 2004 e 2014.

Relativo ao seu PIB, o Brasil gasta em saúde tanto quanto a média entre os países da OCDE e mais do que os seus parceiros, mas a maior parte de tais gastos ocorre fora do setor público. O gasto total com saúde no Brasil (9,2% do PIB) é comparável com a média dos países membros da OCDE (8,9%) e maior do que a média dos seus parceiros estruturais e regionais (5,8% e 7,4%, respectivamente)

Nas duas últimas décadas, o gasto com saúde como parte do PIB aumentou em 1,8 pontos percentuais, mais da metade dos gastos totais com saúde no Brasil são financiados privadamente (individualmente e planos de saúde privados). A despesa pública com saúde como parte da despesa total com saúde (48,2%) é significativamente mais baixa do que a média entre os países da OCDE (73,4%) e do que os seus parceiros de renda média, está acima apenas da média entre os países do BRICS (46,5%).72

o Brasil gasta 0.5% do PIB (em 2013) que representam 31% do gasto federal, no setor de saúde, com tributos, o que vem aumentando ao longo do tempo. O setor público também gasta recursos significativos por meio de gastos tributários. O governo também desonera parcialmente impostos e contribuições da indústria farmacêutica e de hospitais filantrópicos.

Mesmo com a significativa importância dos laboratórios oficiais na regulação do mercado, ainda assim os medicamentos no Brasil são caros em comparação a outros países, as judicializações e as incorporações de novos medicamentos também contribuem para elevar as despesas públicas. Os preços dos medicamentos carregam elevada carga tributária que equivale, em média, a 36% do preço final de venda.

A descentralização da gestão de medicamentos impõe desafios relacionados aos processos de aquisições públicas, armazenamento e distribuição, pois as capacidades técnicas, jurídicas, administrativas e financeiras de muitos governos locais são insuficientes (World Bank, 2012).

A judicialização do acesso a medicamentos e tratamentos cada vez maior, resulta em ordens judiciais que impõem um ônus crescente às finanças públicas do setor de saúde, e, tende a reforçar a desigualdade, entre pacientes que têm chances de conhecer os novos procedimentos e tratamentos disponíveis internacionalmente, e os que desconhecem ou sequer podem custear ações judiciais para obtê-los. Despesas que estão migrando dos governos subnacionais para o governo federal

Dentro deste cenário é imperioso reduzir despesas tributárias com saúde: Gastos tributários representam 30.5% dos gastos federais em saúde concentrados em descontos no IRPF (R$9.6 bilhões ano) e hospitais filantrópicos (R$7.4 bilhões ano).

Assistência Farmacêutica

Os Laboratórios Oficiais integram o Sistema Único de Saúde como instrumentos estratégicos de regulação e produção pública de medicamentos e insumos estratégicos, em especial para a assistência farmacêutica e de produtos destinados a doenças crônicas, além de medicamentos negligenciados pela iniciativa privada, com grande destaque na excelência da produção de soros e vacinas.

Igualmente desempenham importante função estratégica de gestão e governança dos programas do Ministério da Saúde, atuando como regulador de preços e mercado em todos os segmentos que atua, permitindo a implementação de políticas consagradas como o Programa Nacional de Imunização, o Programa voltado para os tratamentos às DSTs-AIDS, e, mais recentemente evoluindo para atender as demandas de tratamento e profilaxia de doenças, consideradas raras pela Organização Mundial de Saúde.

A REDE de produtores públicos tem em seus principais objetivos estratégicos aprimorar a governança de políticas públicas e a gestão de programas suprindo o sistema com medicamentos e produtos para saúde seguros, eficazes e accessíveis ao SUS contribuindo para a ampliação do acesso da população à produtos modernos fabricados em plataformas tecnológicas de alta complexidade na fronteira do conhecimento.

A União investiu mais de R$ 11 bilhões em Assistência Farmacêutica, em 2017, um dos segmentos que mais contribuíram para elevação das despesas do País entre 2008 e 2017, a gestão dos programas é um grande desafio para os gestores públicos e para as autoridades sanitárias, diante da necessária aplicação das boas práticas de toda cadeia agregada a utilização racional e eficiente do uso de recursos públicos.

A Constituição Federal de 1988 garante o acesso à saúde como dever do Estado, assegurando os princípios do direito universal, integral e igualitário, efetivada através de políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos, bem como ao acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para sua promoção, proteção e recuperação (art. 196 da CF).

A Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/1990) inclui, no campo de atuação do Sistema Único de Saúde – SUS, a execução de ações de assistência terapêutica integral, inclusive, farmacêutica, bem como a formulação da política de medicamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e participação na sua produção (art. 6º, incisos I, alínea “d”, e VI).

Ações de Assistência Farmacêutica têm o uso racional e o acesso aos medicamentos como insumo essencial, envolvendo toda cadeia de pesquisa, produção, distribuição e dispensação na expectativa de oferecer melhor qualidade de vida a população.

O uso racional do medicamento e a governança dos programas para garantia do acesso são elementos imprescindíveis da prática da Política Nacional de Assistência Farmacêutica, pactuada e articulada com entes descentralizados do SUS a Rede de produtores, potenciais parceiros para assegurar o suprimento, especialmente, de medicamentos de baixo interesse comercial, mas essenciais a saúde da população.

Dentre tantos outros aspectos que envolvem a cadeia de suprimentos e que afeta diretamente o custo dos tratamentos e profilaxias no SUS, inibindo a ampliação do acesso, diz respeito a tributação. O Convênio do CONFAZ ICMS 87/2002 dispõe que são isentas do ICMS as operações realizadas com os fármacos e medicamentos relacionados em seu anexo único destinados a órgãos da Administração Pública Direta e Indireta federal, estadual e municipal e a suas fundações públicas (cláusula primeira).

O atual presidente do Tribunal de Contas da União – TCU, Ministro José Múcio Monteiro, reafirmou a legalidade e a obrigatoriedade da desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, preconizada pelo Convênio Confaz 87/2002 no Acórdão 8.518/2017-TCU-2ª Câmara, evidenciando que para determinados medicamentos adquiridos pela Administração Pública, além de aplicar o desconto referente ao CAP a  empresa deve demonstrar a dedução do ICMS, expressamente, nas propostas do processo licitatório e nos documentos fiscais.

O CAP é um desconto mínimo obrigatório a ser aplicado ao Preço de Fábrica dos medicamentos (Resolução 4/2006, da CMED), retirados antes os tributos, quando for o caso. Já a desoneração do ICMS confere a isenção do referido imposto às operações realizadas com os fármacos e medicamentos definidos, destinados a órgãos da Administração Pública Direta federal, estadual e municipal (Convênio Confaz 87/2002). Assim, antes da realização de quaisquer compras, cabe à Administração verificar se o medicamento objeto da aquisição é sujeito ao CAP e ao processo de desoneração, já que são relações distintas e variam ao longo dos anos.

A economia potencial nos gastos com medicamentos é diretamente relacionada a uma economia de escala que verticalize a utilização da potencialidade das plantas que estão recebendo massivos investimentos em imobilizados e que permita a absorção da tecnologia que o País está adquirindo indiretamente através dos contratos de compras de medicamentos na égide das PDPs. Igualmente com a mesma importância é imperioso que o País reveja toda cadeia tributária e os impostos que incidem direta ou indiretamente sobre os preços dos medicamentos.

A transição demográfica, o crescente ônus das doenças não transmissíveis, o exponencial crescimento da migração externa e interna a baixa adesão aos programas de imunizações, as novas incorporações e as judicializações levarão o País a experimentar constantes expansões das demandas por vacinas, soros, medicamentos e insumos estratégicos, em todos níveis de complexidade, o que sugere planejamento integrado de médio e longo prazo, implementando as necessárias adequações das capacidades produtivas da REDE de Laboratórios Oficiais.

Igualmente urge a prioridade da integração entre as várias esferas de governança, centralizada e descentralizada do Sistema Único de Saúde, com os programas e seus diferentes gestores, a partir do planejamento estratégico da pasta para os próximos 3 a 5 anos, pelo menos.

Esta integração deve incluir desde o comando da assistência farmacêutica passando por todos os níveis de prestação de serviços diretos como a área de logística e contratos, com os indiretos como o jurídico para juntos trabalharem na agilização, simplificação e desburocratização de todo processo, proporcionando maior segurança jurídica, previsibilidade, contratação mais longeva – em especial dos produtos oriundos de PDPs e dos medicamentos que demandam longos ciclos de produção -, mitigando riscos de abastecimento, na busca da autossuficiência da produção nacional, introduzindo incentivos para impulsionar o adensamento e a produtividade de toda cadeia envolvida com o segmento da assistência farmacêutica.



Carta aberta dos ex-ministros da saúde entregue na Conferência Nacional

TERIZIDONA, MS COMPRA POR INEXIGIBILIDADE DA RIEMSER PHARMA NO VALOR GLOBAL DE R$ 5.270.323,00


EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº 28/2019 - UASG 250005
Nº Processo: 25000.151111/2018 . Objeto: Aquisição de Terizidona 250mg Total de Itens Licitados: 00001. Fundamento Legal: Art. 25º, Inciso I da Lei nº 8.666 de 21/06/1993.. Justificativa: Contratação direta frente à inviabilidade de competição do objeto contratado. Declaração de Inexigibilidade em 11/07/2019. LUCIANE KARWOWSKI. Coordenadora-geral de Aquisições de Insumos Estratégicos para Saúde. Ratificação em 02/08/2019. ROBERTO FERREIRA DIAS. Diretor do Departamento de Logística em Saúde. Valor Global: R$ 5.270.323,00. CNPJ CONTRATADA : Estrangeiro RIEMSER PHARMA CMBH.
(SIDEC - 02/08/2019) 250110-00001-2019NE800085


GLATIRÂMER - MS COMPRA POR INEXIGIBILIDADE DA TEVA NO VALOR GLOBAL DE R$ 69.100.900,44


EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº 27/2019 - UASG 250005 Nº Processo: 25000.042264/2019 Objeto: Aquisição de GLATIRÂMER ACETATO, 20mg/ml, SOLUÇÃO INJETÁVEL, EM SERINGA PREENCHIDA e GLATIRÂMER, ACETATO, 40mg/ml, SOLUÇÃO INJETÁVEL, SERINGA PREENCHIDA. Total de Itens Licitados: 00002. Fundamento Legal: Art. 25º, Inciso I da Lei nº 8.666 de 21/06/1993.. Justificativa: Contratação Direta frente a inviabilidade de Competição do Objeto contratado. Declaração de Inexigibilidade em 02/08/2019. LUCIANE KARWOWSKI. Coordenadora Geral de Análise Das Contratações de Insumos Estratégicos para Saúde. Ratificação em 02/08/2019. ROBERTO FERREIRA DIAS. Diretor do Departamento de Logística em Saúde. Valor Global: R$ 69.100.900,44. CNPJ CONTRATADA : 05.333.542/0001-08 TEVA FARMACÊUTICA LTDA..
(SIDEC - 02/08/2019) 250110-00001-2019NE800085


PROJETO REGULAMENTA CONTRATOS ENTRE PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE


O Projeto de Lei 3534/19 cria regras específicas para contratos firmados entre empresas privadas que desenvolvam ações e serviços de saúde. O texto estabelece que contratante e contratada serão regidas pelo mesmo regime jurídico, inclusive quanto às obrigações comerciais e trabalhistas.

Segundo a proposta, as partes responderão por danos que seus agentes causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o agente nos casos de dolo ou culpa. Ainda pelo projeto, empresas regidas por essas regras não estão sujeitas à falência.

Márcio Labre: projeto traz regras já consagradas em jurisprudência nos tribunais superiores
Outra regra prevista relaciona-se aos casos em que houver danos ambientais decorrentes do contrato. O texto prevê que não haverá solidariedade entre as partes, devendo cada empresa responder separadamente pelos prejuízos efetivamente causados.

Sociedades cooperativas poderão ser parte na execução de ações e serviços de saúde, mas terão assegurado o direito de não se submeterem a cláusulas contratuais incompatíveis com sua natureza jurídica ou com garantias individuais dos cooperativados, segundo o projeto.

O deputado Márcio Labre (PSL-RJ) , que assina a proposição, argumenta que o objetivo é regulamentar o artigo 197 da Constituição, que define as ações e serviços de saúde como de relevância pública, cabendo ao Poder Público a fiscalização, a regulamentação e o controle.

“São regras que já estão consagradas em [[g jurisprudência]] dos tribunais superiores e pretendem tratar os desiguais na medida exata das suas desigualdades, ou seja, garantindo que as partes tenham um mesmo regime jurídico e as mesmas obrigações comerciais e trabalhistas”, disse.

Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Murilo Souza / Edição – Alexandre Pôrto, Vinícius Loures/Câmara dos Deputados


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