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terça-feira, 4 de outubro de 2022

Novo diretor da Opas/OMS debate na Fiocruz as ‘Agendas políticas da saúde nas Américas e na África’

AgênciaFiocruz de Notícias (AFN)

O novo diretor eleito da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), Jarbas Barbosa, participará da edição desta semana dos seminários avançados em saúde global e diplomacia da saúde, realizado nesta quarta-feira (5/10), às 10h. O médico brasileiro será recebido no webinar pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, e participará do debate sobre Agendas políticas da saúde nas Américas e na África. O encontro é organizado pelo Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) e terá ainda a participação de pesquisadores da Fundação. 

O pesquisador do Cris/Fiocruz e professor da Georgetown University, Guto Galvão, irá aprofundar o tema no debate das agendas políticas da saúde nas Américas. Já o pesquisador do Cris/Fiocruz Augusto Paulo Silva se debruçará sobre a temática na África. A mediação do webinar será feita pelo coordenador do Cris/Fiocruz, Paulo Buss. 

O webinar será transmitido em português, inglês e espanhol. 

Médico brasileiro especialista em saúde pública

Jarbas Barbosa da Silva Jr. foi eleito novo diretor da Opas na última quarta-feira (28/9), durante a 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana. Ele tomará posse em 1º de fevereiro para um mandato de cinco anos. Atualmente, o médico é o diretor-assistente da Opas e liderou os esforços para aumentar o acesso, de maneira equitativa, às vacinas contra a Covid-19, e também auxiliou na ampliação das capacidades regionais para a fabricação de medicamentos e outras tecnologias de saúde. 

Jarbas é médico formado pela Universidade Federal de Pernambuco e especialista em Saúde Pública e Epidemiologia pela Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). Jarbas é mestre em Ciências Médicas e doutor em Saúde Pública pela Universidade de Campinas (Unicamp).

Confira o evento em português:


Em espanhol:

Em inglês:

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Monkeypox: 2º kit para diagnóstico da Fiocruz recebe registro da Anvisa

Bio-Manguinhos/Fiocruz

A Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), recebeu da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na última quarta-feira (28/9), o registro definitivo do segundo kit para diagnóstico de monkeypox. O produto desenvolvido detecta as regiões genômicas Monkeypox geral (MPXV) e África Ocidental (WA), além de possuir controle interno (CI), representado por uma região do gene constitutivo humano – RNAseP (RP), que atesta a qualidade da reação. O kit se destina, adicionalmente, à vigilância epidemiológica através da identificação da cepa WA circulante. Com isso, o Instituto passa a ser o único detentor de dois registros de produtos que diagnosticam a doença, totalmente produzidos no país.


A utilização do Kit Molecular Monkeypox Bio-Manguinhos/Fiocruz permite atender demandas específicas para o monitoramento epidemiológico da doença (foto: Bernardo Portella, Bio-Manguinhos/Fiocruz)

Assim como o Kit Molecular Multiplex OPV/MPXV/VZV/RP, aprovado em 20 de setembro, esse foi desenvolvido a partir das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a identificação do material genético (DNA) do vírus potencialmente presente em amostras clínicas de material coletado das erupções cutâneas (pústulas) ou tecido de lesão de pele (crosta de lesão) do indivíduo com suspeita de infecção.

A utilização do Kit Molecular Monkeypox (MPXV) Bio-Manguinhos/Fiocruz permite atender demandas específicas para o monitoramento epidemiológico da doença, além de fornecer subsídios que apoiam a definição de estratégias mais eficazes e objetivas no enfrentamento da infecção provocada pelo vírus, agilizando a tomada de decisão pelos gestores de saúde pública.

Bio-Manguinhos/Fiocruz está preparado para atender a possíveis demandas do Ministério da Saúde com os kits registrados, considerando o tempo de produção e controle de qualidade. A distribuição e possibilidade de oferta para os estados será definida conforme a estratégia a ser adotada pela pasta.

terça-feira, 13 de setembro de 2022

Medicamento para diabetes pode auxiliar no tratamento da leishmaniose cutânea

FiocruzBahia

Baseados em estudos anteriores que investigaram a capacidade de remédios para diabetes regularem a resposta imunológica, pesquisadores da Fiocruz Bahia realizaram um estudo para entender como a pioglitazona, medicamento antidiabético, pode auxiliar no tratamento da leishmaniose cutânea. Os resultados mostraram que a pioglitazona não apenas diminui a resposta inflamatória, como também não interfere na capacidade do sistema imune de combater a Leishmania. O estudo, liderado pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Lucas Carvalho, foi publicado na revista Frontiers in Cellular and Infection Microbiology.

A pioglitazona é uma droga que funciona como um sensibilizador de insulina no tecido hepático, através do receptor receptor-gamma ativado por proliferador de peroxissoma (em inglês, representado pela sigla PPAR-g). Os pesquisadores conjecturaram que esse processo também poderia afetar células presentes na resposta imune exagerada ao protozoário Leishmania.

Pacientes portadores da leishmaniose cutânea desenvolvem úlceras e danos ao tecido da pele por conta de uma resposta inflamatória exagerada do sistema imune. Segundo os pesquisadores, os níveis de produção de mediadores inflamatórios em células infectadas por Leishmania braziliensis são maiores, contribuindo assim para o processo de destruição tecidual.

Foram selecionadas para análise 12 proteínas relacionadas a resposta inflamatória causada pela doença. O estudo ocorreu por meio da análise de monócitos humanos, recolhidos de portadores da leishmaniose cutânea e de indivíduos saudáveis.  Foi observada a interação do medicamento com estes marcadores inflamatórios. Os resultados sugerem que a ativação do PPAR-g por meio da pioglitazona inibe o estímulo das citocinas, auxiliando a controlar a resposta inflamatória, assim como controla a secreção dos receptores de citocinas.

Também foi mostrado que a pioglitazona não tem efeito tóxico nas células de pacientes com a leishmaniose cutânea. Além disso, essa droga não interfere na capacidade dos macrofágos destruírem Leishmania, tornando-se uma potencial candidata para integrar o tratamento da doença. Segundo os pesquisadores, já há tentativas de desenvolver uma fórmula que permita o uso tópico da medicação. Através desse uso, espera-se que os efeitos causados pela droga, como o aumento da sensibilidade à insulina, não acarretem prejuízos para o organismo.

sábado, 10 de setembro de 2022

terça-feira, 30 de agosto de 2022

Cobertura vacinal no Brasil está em índices alarmantes

IOC/Fiocruz

Tendo em vista as sucessivas e alarmantes quedas na cobertura vacinal no Brasil, em especial, nos índices referentes à imunização infantil, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) reforça um importante recado à sociedade. Em recente vídeo, oito cientistas empenhados em conhecer melhor as doenças que afetam a saúde da população, fizeram uma pequena pausa em suas pesquisas para enfatizar a necessidade de a população estar com as doses em dia.


Aliadas na prevenção de adoecimentos e mortes, as vacinas têm a missão de proteger o corpo humano: elas 'ensinam' o sistema imunológico a combater vírus e bactérias que desafiam a saúde pública.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal da população vem despencando, chegando em 2021 com menos de 59% dos cidadãos imunizados. Em 2020, o índice era de 67% e em 2019, de 73%. O patamar preconizado pelo Ministério da Saúde é de 95%.

Poliomielite e sarampo no centro das atenções

Até meados de 1980, a poliomielite causava paralisia em quase 100 crianças por dia no planeta, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Somente no Brasil, foram registrados quase 27 mil casos da doença entre 1968 e 1989, ano da última notificação no país. Em 1994, as Américas receberam o certificado de eliminação da doença. 

Porém, há alguns anos o Ministério da Saúde brasileiro vem alertando para um possível retorno da doença por conta dos baixos índices de vacinação. Em 2021, menos de 70% do público alvo estava com as doses em dia, frente aos mais de 98% em 2015. 

Com o sarampo a história não é diferente. Enquanto de 1990 a 2000, o Brasil registrava mais de 177 mil casos, campanhas de vacinação levaram o país a receber o certificado de eliminação da doença em 2016. 

No entanto, em 2019, o país perdeu o reconhecimento após não conseguir controlar um surto iniciado no Norte, em 2018, que se espalhou para os demais estados.

Óbitos por febre amarela e gripe

Prevenível por meio de vacinação desde o final da década de 1930, a febre amarela vitimou milhares de brasileiros nos últimos anos, com centenas de óbitos. 

Devido à baixa cobertura vacinal, o país contabilizou somente entre 2016 e 2018 mais casos do que em em 55 anos de história: foram 1.150 casos e 407 mortes de 1960 a 2015, contra 2000 notificações e 670 óbitos de 2016 a meados de 2018. 

Em relação à gripe a situação é a mesma. Mesmo com campanhas anuais de vacinação, muitas pessoas não têm comparecido aos postos de saúde para receber o imunizante. O resultado, mais uma vez, é o aumento de casos e mortes. A gripe levou à óbito mais de 1.700 brasileiros somente nos primeiros dois meses de 2022.

Vacinação no SUS

A população brasileira tem acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela OMS - incluindo imunizantes direcionados a crianças, adolescentes, adultos e idosos. Ao todo, são mais de 20 vacinas com recomendações e orientações específicas para crianças, adolescentes, adultos, gestantes, idosos e indígenas. Recentemente, o país incluiu em seu calendário a imunização contra a Covid-19. 

Há quase três décadas, a Lei nº 8.069, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, torna obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.

E, de acordo com o decreto nº 78.231 de 1976, é dever de todo cidadão submeter-se e os menores dos quais tenha a guarda ou responsabilidade, às vacinações obrigatórias definidas pelo calendário nacional de imunizações.

Fiocruz isola o vírus monkeypox e registra sua estrutura detalhada

IOC/Fiocruz

Imagem obtida por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) mostra o momento em que uma célula sofre processo de degeneração após infecção pelo vírus monkeypox.

Alteração na célula causada pela infecção viral (foto: Milene Dias Miranda, IOC/Fiocruz)

Para a captura do efeito citopático em monocamada, como é chamado cientificamente, foi realizada a inoculação da amostra clínica de um paciente infectado em células de linhagem Vero, modelo frequentemente utilizado para ensaios in vitro e isolamento viral. Este procedimento foi realizado em laboratório de biossegurança nível 3 (NBA3) do IOC/Fiocruz. 

Em outro clique, obtido em um microscópio eletrônico de transmissão, é possível visualizar de forma ampliada a ultraestrutura da célula após replicação do patógeno, mais precisamente, infectando o citoplasma, região onde se encontra o núcleo, responsável por guardar o material genético da célula.

Partículas virais se replicam no interior da célula (foto: Débora F. Barreto-Vieira, IOC/Fiocruz)

Com a ampliação da imagem em 40 mil vezes, é possível identificar mais de perto as partículas virais em processo de replicação no citoplasma da célula. 

A partir das imagens, pôde ser verificado que apesar do tamanho reduzido do vírus em relação à célula – que é 300 vezes maior – ele é capaz de infectar a estrutura e se replicar com facilidade.

A partir dos registros, estima-se que o vírus monkeypox meça 300 nanômetros, em média (foto: Débora F. Barreto-Vieira, IOC/Fiocruz)

A pesquisa Isolamento e estudos ultraestruturais do monkeypox vírus em células Vero a partir de amostras clínicas é coordenada pela chefe do Laboratório de Morfologia e Morfogênese Viral, Debora Ferreira Barreto Vieira, com colaboração de sua equipe (Milene Dias Miranda, Gabriela Cardoso Caldas e Vivian Ferreira), em parceria com a equipe do Laboratório de Enterovírus, chefiado por Edson Elias, que atua como referência em diagnóstico laboratorial em monkeypox para o Ministério da Saúde, e que foi o responsável pela detecção viral na amostra utilizado no estudo.

Confira as imagens em alta resolução

A reprodução das imagens está autorizada mediante citação completa da fonte:
Débora F. Barreto-Vieira, IOC/Fiocruz (para as fotografias que evidenciam as partículas virais);
Milene Dias Miranda, IOC/Fiocruz (para a imagem do microscópio invertido).

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Margareth Dalcolmo é eleita para a Academia Nacional de Medicina

AgênciaFiocruz de Notícias (AFN)

A pesquisadora da Fiocruz e pneumologista Margareth Pretti Dalcolmo foi eleita, na noite desta quinta-feira (11/8), para ocupar a cadeira de número 12 da Academia Nacional de Medicina (ANM). Ela recebeu 69 votos dos 80 membros da ANM que votaram. O ocupante anterior da cadeira era o médico pediatra Azor José de Lima, que foi professor-emérito da UniRio, falecido em agosto de 2020. A Academia é constituída de membros votantes titulares e eméritos, que ocupam 100 cadeiras, contando ainda com honorários nacionais, internacionais e correspondentes. Popularmente conhecida por suas mais de 500 intervenções nas emissoras de TV e rádio e nos jornais nos últimos dois anos, período em que esclareceu dúvidas e informou sobre a pandemia de Covid-19 de maneira clara e objetiva, Dalcolmo é a quinta mulher a se tornar membro da ANM. Dona de uma sólida carreira acadêmica, ela é hoje uma referência nacional na medicina e na ciência.


A pesquisadora da Fiocruz e pneumologista Margareth Pretti Dalcolmo foi eleita, na noite desta quinta-feira (11/8), para ocupar a cadeira de número 12 da ANM (foto: Peter Ilicciev)
 

Doutora em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dalcolmo é pesquisadora sênior da Fiocruz e foi eleita presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o período de 2022 a 2024. A pneumologista é membro das sociedades brasileiras de Pneumologia e Tisiologia e de Infectologia, da REDE TB de Pesquisa em Tuberculose e do Steering Committee do Grupo RESIST TB da Boston Medical School. Ela integra o Grupo de Peritos para aprovação de medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde - OMS (Expert Group for Essential Medicines List), reconduzida em mandato até 2026, e faz parte do Regional Advisory Committee do Banco Mundial para projetos de saúde na África Subsaariana em tuberculose e doenças respiratórias ocupacionais. Tem mais de 100 artigos científicos publicados no Brasil e no exterior.

Ela é a investigadora principal dos ensaios clínicos SimplicTB da Global Alliance for Tb Research; do Brace Trial para vacina BCG para prevenção da Covid-19; do estudo fase 3 para uso do Molnupiravir para Covid-19; e do estudo de fase 3 para o Favipiravir para Covid-19. Docente da pós-graduação da PUC-RJ, Dalcolmo é membro e ex-coordenadora da Câmara Técnica de Pneumologia e Cirurgia Torácica do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj).

Dalcolmo também recebeu títulos e premiações. Entre eles o de Mulher do Ano da revista ELA do jornal O Globo; o Personalidade do Ano da Arquidiocese do Rio de Janeiro; o Prêmio Doutora Nise da Silveira da Prefeitura do Rio de Janeiro; o 20 Mulheres de Sucesso da revista Forbes; e o Personalidade do Ano de O Globo.

Em dezembro de 2021, ela lançou o livro Um tempo para não esquecer – A visão da ciência no enfrentamento da pandemia do coronavírus e o futuro da saúde, pela editora Bazar do Tempo. A obra, que reúne artigos escritos semanalmente para O Globo, é uma espécie de diário que documenta a visão da ciência em sua missão humanista. “Com sua defesa clara e eloquente do recurso às melhores evidências científicas para a definição de políticas públicas capazes de fazer o país superar a grave crise sanitária, social e humanitária causada pela pandemia, a autora nos convida a trilhar caminhos de renovação de um projeto generoso para o futuro da saúde e da sociedade”, afirmou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, no lançamento do livro.

ANM

Fundada no Rio de Janeiro sob o reinado do imperador Dom Pedro I, em 30 de junho de 1829, a ANM mudou de nome duas vezes, mas seu objetivo mantém-se inalterado: o de contribuir para o estudo, a discussão e o desenvolvimento das práticas da medicina, cirurgia, saúde pública e ciências afins, além de servir como órgão de consulta do Governo brasileiro sobre questões de saúde e de educação médica. Desde a sua fundação, seus membros se reúnem toda quinta-feira, às 18h, para discutir assuntos médicos da atualidade, numa sessão aberta ao público. Esta reunião faz da Academia Nacional de Medicina a mais antiga e única entidade científica dedicada à saúde a reunir-se regular e ininterruptamente por tanto tempo. A Academia também promove congressos nacionais e internacionais, cursos de extensão e atualização e, anualmente, distribui prêmios para médicos e pesquisadores não pertencentes aos seus quadros.

terça-feira, 9 de agosto de 2022

Seminário debate os desafios da regulação da saúde global

AgenciaFiocruz de Noticias (AFN)

Os Desafios da regulação da saúde global será o tema da edição desta semana dos Seminários Avançados do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz). Com a participação da presidente da Fundação, Nísia Trindade Lima, o webinar reúne especialistas para debater o Tratado sobre pandemias e a Reforma do regulamento sanitário internacional. Além disso, no evento, que será nesta quarta-feira (10/8), às 10h, será anunciada a criação de um grupo de trabalho para avaliar essas negociações internacionais no âmbito da Assembleia Mundial da Saúde.

Diretor do Cris/Fiocruz e coordenador do evento, Paulo Buss aponta a importância e relevância atual do tema a ser debatido nesta quarta-feira: “Está sendo construído, em negociações na Organização Mundial da Saúde (OMS), por um órgão de negociação intergovernamental, o que seria um novo tratado sobre pandemias. O Brasil é co-chair desse grupo e o assunto será apresentado e discutido no seminário”. 

O assessor legal para convenções e tratados da OMS, Steven Solomon, e o representante no co-chair Brasil no grupo de negociação intergovernamental, Breno Hermann, farão apresentações sobre o tratado, trazendo a perspectiva atual dessas negociações e a da Organização. 

Para tratar da Reforma do regulamento sanitário internacional (RSI), um regulamento pactuado pelos países para enfrentar pandemias e doenças emergentes, o webinar contará com a participação do professor e pesquisador da Fiocruz Brasília Eduardo Hage. 

Além dos debates sobre esses temas, haverá, no seminário, o lançamento de um grupo de trabalho para acompanhamento sistemático das negociações em torno dos tratados entre a Fiocruz e a Universidade de São Paulo (USP), a partir do Instituto de Relações Internacionais (ISI) e da Faculdade de Saúde Pública da instituição de ensino de São Paulo.

Para falar sobre essa cooperação, estarão presentes a presidente da Fundação, Nísia Trindade Lima, e o diretor do IRI/ USP, Pedro Dallari.

Ainda presentes na discussão proposta pelo webinar, estão Guto Galvão, do Cris/ Fiocruz, que abordará a intersetorialidade no Tratado e no RSI, e Deisy Ventura, da USP, que trará a perspectiva do direito internacional para os assuntos em pauta. 

O seminário será transmitido em português, espanhol e inglês.

Em português:



Em espanhol:



Em inglês:



quarta-feira, 15 de junho de 2022

Farmanguinhos obtém aprovação do cumprimento das Boas Práticas de Fabricação (BPF)

A chancela reitera o compromisso da unidade com a qualidade dos processos, e assegura a produção de medicamentos estratégicos para o SUS


O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) obteve a aprovação do cumprimento dos requisitos de Boas Práticas de Fabricação, o que garante a manutenção da Certificação em Boas Práticas de Fabricação (CBPF), concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A chancela reafirma o compromisso da unidade com a qualidade dos processos e, consequentemente, assegura a produção de medicamentos estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS).

A inspeção foi realizada pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde (Suvisa) entre fevereiro e março de forma híbrida. Na ocasião, diversas áreas foram inspecionadas para fins de verificação do atendimento dos requerimentos estabelecidas pela resolução RDC nº 301/2019, atualmente resolução RDC nº 658/2022. Farmanguinhos foi aprovado sem nenhuma não-conformidade.

O diretor Jorge Mendonça ressalta o comprometimento de todos os profissionais, por entenderem a importância de atuar com atenção à qualidade. “Trabalhar com qualidade, atendendo todas as exigências, é um exercício diário. Por isso, agradeço a cada profissional de Farmanguinhos por vestir a camisa e encarar o desafio de manter a unidade como uma referência na produção pública de medicamentos. Essa conquista é de cada um de nós que assumimos nosso compromisso com o DNA institucional. Parabéns a todos de nossa equipe!”, frisa o diretor.

O vice-diretor de Gestão da Qualidade (VDGQ), Rodrigo Fonseca, também ressalta que a conquista é fruto do comprometimento não somente da área da Qualidade, mas de toda a força de trabalho da unidade, que se envolveu de forma direta e indireta nas atividades relacionadas ao processo finalístico de fornecimento de medicamentos para o Ministério da Saúde.

“Trabalhamos com o conceito de que qualidade é um compromisso de todos. Por isso, agradeço o empenho da equipe da VDGQ, que nos últimos quatro anos trabalhou para transformar e adequar os processos para atender plenamente os requisitos de BPF. Agradeço as demais áreas, que entenderam a necessidade apresentada pela Qualidade e juntos puderam trabalhar para alcançar mais este objetivo. Por fim, agradeço a Direção de Farmanguinhos por todo o apoio e investimento realizado até aqui para que essa conquista fosse viável”, ressalta o vice-diretor.

https://www.far.fiocruz.br/

segunda-feira, 13 de junho de 2022

Fiocruz inaugura primeiro datacenter para processar dados de saúde de brasileiros

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) inaugurou no Parque Tecnológico da Bahia, o primeiro datacenter destinado ao processamento de dados administrativos e de saúde do Brasil. A estrutura facilitará a realização de alguns dos maiores estudos populacionais do mundo, com informações de mais de 130 milhões de pessoas.


O centro de processamento de dados, como também é chamado o datacenter, se destina a integrar os dados produzidos sobre a saúde da população brasileira com o objetivo de ampliar a capacidade de análise de dados do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz).

O Cidacs, que possui o maior estudo de saúde populacional do mundo, se dedica a investigar o impacto de políticas sociais e de saúde na população, utilizando informações de brasileiros pertencentes a famílias com baixa renda.

“O datacenter aumenta nossa capacidade de absorver novos projetos de pesquisa e dá mais agilidade aos projetos em curso”, disse o coordenador do Cidacs, Mauricio Barreto, em nota.

A vice-coordenadora, Maria Yury Ichihara, destaca que com o novo centro “poderemos vincular novas bases de dados de programas sociais, como o Criança Feliz, o Censo Escolar e a Relação Anual de Informações Sociais e aprofundar a análise de determinantes sociais e impactos de políticas em eventos de saúde em extratos populacionais e eventos raros”.

Este é o primeiro datacenter instalado em container no Brasil, o que permite que seja deslocado com facilidade, bem como garante seu funcionamento de forma independente. Além de agregar sistemas computacionais, a estrutura possui gerador de energia próprio – o que permite maior segurança e estabilidade na análise das informações -, assim como sistemas de segurança. (Com informações da Agência Brasil)

sábado, 11 de junho de 2022

Projeto avalia impactos de mudanças climáticas na propagação de doenças

Icict/Fiocruz

Um projeto envolvendo cientistas do Brasil e de outros países vai pesquisar como as mudanças climáticas podem alterar a incidência de doenças transmitidas por mosquitos, como o Aedes aegypti. Com o nome Harmonize, a pesquisa foi lançada na quarta-feira (1º/6) e tem dentre seus participantes o Observatório de Clima e Saúde, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). Juntas, as diferentes instituições envolvidas vão poder integrar melhor os dados e as tecnologias de que dispõem, permitindo que os cientistas analisem os impactos das intensas mudanças climáticas na propagação de doenças. 

Pesquisador do Icict/Fiocruz, Christovam Barcellos é um dos coordenadores no Brasil e conta que a expectativa do projeto é, inicialmente, compreender os novos padrões de transmissão da dengue. “Além dos dados que já temos sobre saúde, com a parceria de outros institutos e centros de pesquisa, poderemos contar com dados de satélites internacionais e  informações ambientais, o que nos mostrará um cenário mais próximo à realidade atual e permitirá identificar tendências dessas doenças. O comportamento da dengue atualmente no país está muito fora do padrão. A doença saiu das áreas litorâneas e úmidas e agora vem atingindo principalmente o Cerrado, que já é uma região muito afetada pelo desmatamento e as mudanças climáticas”, aponta.   

A longo prazo, o pesquisador espera ter uma visão “micro”, ou seja, entender melhor os pequenos focos de transmissão em locais mais isolados, como na Amazônia. “E não só da dengue, mas também de outras enfermidades, como a malária e a doença de Chagas. Serão informações essenciais não só para o Observatório, mas também para gestão e criação de políticas públicas no país”, comenta.  

Até o fim de 2022, os pesquisadores esperam apresentar os primeiros resultados, que deverão ser publicados em um site compartilhado entre os centros e instituições que fazem parte do Harmonize. Boletins e artigos científicos também serão publicados ao longo da pesquisa. 

Financiado pelo fundo Wellcome Trust, o Harmonize é coordenado pela nova Equipe de Resiliência em Saúde Global do Departamento de Ciências da Terra do Centro de Supercomputação de Barcelona (BSC-ES). O projeto conta também com a participação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil (Inpe), a Universidad Peruana Cayetano Heredia, a Universidad de los Andes na Colômbia, a Oficina Nacional de Meteorología da República Dominicana e o Instituto Interamericano de Pesquisa em Mudanças Globais no Uruguai. 

“Monitorar as mudanças climáticas e seus impactos na saúde é uma tarefa essencial. Mas, para isso, precisamos de bons dados, modelos adequados e estratégias de comunicação com governo e sociedade civil. Nós aqui no Brasil temos acesso a muitos dados e o Observatório de Clima e Saúde é um exemplo mundial, que deve ser replicado em outros países. E o projeto está viabilizando essas conexões”, comenta Barcellos.

Fiocruz treina profissionais de sete países para diagnóstico laboratorial de monkeypox

Cristina Azevedo (AgênciaFiocruz de Notícias), com informações de Max Gomes e Maíra Menezes(IOC/Fiocruz)

A necessidade de detectar e promover uma resposta rápida ao possível surgimento de casos de monkeypox levou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), o Ministério da Saúde e a Fiocruz a promoverem, nesta quinta e sexta-feira (9 e 10/6), a primeira capacitação para diagnóstico laboratorial do vírus. A iniciativa, ministrada pelo Laboratório de Enterovírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), conta com a participação de técnicos de institutos nacionais de saúde da Bolívia, Equador, Colômbia, Peru, Paraguai, Uruguai e Venezuela. A Opas/OMS e a Fiocruz, por meio do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), já tinham unido esforços em mais uma iniciativa pioneira: a entrega de insumos para diagnóstico de monkeypox. Esses reagentes ou controles positivos entregues para serem distribuídos em ao menos 20 países também foram utilizados como base para o treinamento promovido na Fiocruz, a fim de garantir o diagnóstico seguro da doença.


Os técnicos latino-americanos participam de intensa imersão em todo os detalhes do protocolo que precisa ser adotado nos laboratórios de referência designados para o diagnóstico do vírus Monkeypox (Foto: Gutemberg Btito - IOC/Fiocruz)

Endêmica na África, a doença registra agora seu maior surto já visto fora do continente. De 13 de maio a 8 de junho foram confirmados 1.186 casos, a maioria na Europa, mas já com registros de dois na Argentina e um México. Isso acendeu um sinal de alerta para a Opas que, junto com o Ministério da Saúde e a Fiocruz, montou em menos de uma semana o workshop de treinamento para a realização de diagnóstico molecular baseado na identificação do material genético do vírus, por meio da metodologia de PCR em tempo real (protocolo padrão adotado pela OMS). Os participantes também receberão os insumos necessários para a implementação da metodologia em seus países, produzidos pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP, uma associação da Fiocruz com o governo do estado) e entregues à Opas.

“A Fiocruz e o mundo vêm sendo desafiados a um trabalho cada vez mais integrado. A partir do conhecimento temos condição de lidar com essas emergências, tanto de antigos patógenos que circulam agora de forma diferente quanto de novos”, disse a presidente da Fundação, Nísia Trindade Lima, no auditório da Escola Politécnica Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), nesta quinta-feira. “Precisamos avançar num trabalho mais integrado nas Américas. Só poderemos dar uma resposta na velocidade necessária se mantivermos essa ação permanente de preparação”, acrescentou Nísia na abertura do workshop.

Rapidez e qualidade

Representante da Opas/OMS no Brasil, Socorro Gross Galiano recordou o treinamento semelhante sobre a Covid-19 realizado pela organização com a Fiocruz em 2020 para países da região. Ela destacou que o workshop vai além da monkeypox, por representar uma oportunidade de as nações compartilharem seus conhecimentos e ampliarem a rede de vigilância genômica. “Nossa região tem uma característica muito especial: de organizarmos rapidamente nossas forças. E temos que fazer mais”, declarou. “Temos a capacidade de dizer que os insumos que vamos utilizar são de nossa região, o treinamento é em nossa região e com as nossas pessoas. Juntos somos mais fortes”.

A diretora do IOC, Tânia Araujo-Jorge, contou que mobilizou todo o instituto para preparar o treinamento e os laboratórios a tempo. “Soubemos na sexta-feira da semana passada e hoje é quinta. Não levamos nem uma semana e ficou tudo pronto para fazermos o nosso trabalho, que é referência e oferece a orientação técnica quando é necessária”.

Secretário de Vigilância em Saúde e ministro da Saúde em exercício, Arnaldo Correia lembrou a frase do secretário-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, que costuma dizer que “ninguém está seguro até que todos estejamos seguros. Estamos vivendo mais um momento histórico ao longo dessa pandemia. Cada vez mais acredito na importância da vigilância e que ela é fundamental para dar qualidade de saúde à população. Nessa perspectiva, é fundamental olharmos para nossa região”, afirmou o secretário. 

Participante do treinamento de 2020, o líder técnico para Doenças Infecciosas da Opas/OMS, Jairo Mendes, voltou à Fundação para a nova oficina. Coube a ele apresentar os objetivos do treinamento, a situação atual da doença e os processos de biossegurança. Mendes destacou a pronta articulação que permitiu que, embora num momento de emergência, fosse possível realizar o trabalho com qualidade e com a rapidez necessárias. “São só dois dias, mas o impacto que isso tem em seus países é enorme”. Ele destacou que se fosse necessário enviar as amostras para o laboratório americano de referência em Atlanta, por exemplo, o processo de diagnóstico poderia levar duas semanas. “Por isso insisto na importância de podermos testar em nossos próprios países. Por isso organizamos esta oficina”, acrescentou.

Mendes contou que há duas variantes de monkeypox na África: uma mais agressiva e outra mais branda, sendo que a segunda é a que tem sido observada neste surto fora do continente. Já haviam sido identificados casos em outros países nos últimos anos, em geral de pessoas que haviam viajado à África, mas sem a intensidade do atual surto. “É causa de inquietude, mas não de pânico”. 

O líder técnico destacou ainda que a transmissão se dá por contato próximo, sem qualquer evidência de transmissão sexual. Jairo Mendes ressaltou a necessidade de profissionais de saúde estarem atentos para os sintomas e para diferenciá-los de outras enfermidades – do sarampo a doenças alérgicas. “É necessário rastrear os contatos mesmo antes do diagnóstico e orientar as pessoas com as medidas de precaução”, disse. “Não sabemos ainda se vamos ter casos importados, o nível de transmissão ou se a doença vai se expandir rapidamente. Por isso estamos nos preparando”. Na parte da tarde desta quinta e durante toda a sexta-feira, os técnicos latino-americanos participam de intensa imersão em todo os detalhes do protocolo que precisa ser adotado nos laboratórios de referência designados para o diagnóstico do vírus monkeypox.

Patógeno

Pertencente ao gênero Orthopoxvirus, que também compreende os patógenos responsáveis pelas varíolas humana e bovina, o MPXV foi descoberto em 1958, quando pesquisadores investigavam um surto infeccioso em macacos oriundos da África que estavam sendo estudados na Dinamarca. O patógeno até então desconhecido recebeu o nome de monkeypoxvirus por ter sido encontrado em amostras desses primatas.

Posteriormente, cientistas verificaram que os macacos não participavam da dinâmica da infecção como animais reservatórios do vírus e que também eram afetados pelo patógeno assim como outros mamíferos. Ainda hoje não se sabe com exatidão as espécies reservatórias do MPXV, nem como sua circulação é mantida na natureza.

O primeiro caso humano de monkeypox data de 1970, na República Democrática do Congo. Desde então, a infecção em humanos vem sendo relatada principalmente em países das regiões Central e Ocidental da África, onde é endêmica.

Os sintomas da doença podem incluir inchaço dos gânglios linfáticos, aparecimento de lesões na pele, febre, fraqueza, além de dores intensas de cabeça e no corpo. A letalidade é estimada entre 1% e 10%, com quadros mais graves em crianças e pessoas com imunidade reduzida.

A transmissão do vírus de animais para pessoas pode ocorrer através da mordida ou arranhadura de um animal infectado, pelo manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. A transmissão do vírus entre pessoas ocorre principalmente através do contato direto, seja por meio do beijo ou abraço, ou por feridas infecciosas, crostas ou fluidos corporais. Também pode haver transmissão por secreções respiratórias durante o contato pessoal prolongado.

quinta-feira, 9 de junho de 2022

IBMP/Fiocruz entrega insumos para diagnóstico de Monkeypox

IBMPe Fiocruz

Diante dos primeiros casos suspeitos do vírus Monkeypox no Brasil, a Fiocruz, por meio do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), uniu esforços em mais uma iniciativa pioneira e produziu, em uma semana, controles positivos para auxiliar no diagnóstico seguro da doença. Os primeiros reagentes foram entregues à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), para serem distribuídos em, ao menos, 20 países. Outra remessa de controles positivos foi distribuída hoje (8/6) aos laboratórios de referência do Brasil, a  pedido da Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde).

Material desenvolvido pelo IBMP é destinado ao uso somente em pesquisa, sob responsabilidade dos laboratórios brasileiros e latino-americanos de referência para controle do vírus Monkeypox (foto: Divulgalção)

Elaborado em tempo recorde, esses controles positivos refletem a capacidade nacional de produção de insumos críticos para o diagnóstico. “Essa ação estratégica, iniciada após o aprendizado na cadeia de suprimentos vivenciado na emergência da Covid-19, hoje se materializa no fortalecimento do arranjo produtivo local e amplia a capacidade de resposta nacional frente a emergências de saúde pública. Com isso, damos um importante passo para a autonomia e a independência na produção local de testes de diagnóstico”, destaca a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

O controle positivo é um elemento importante que garante a confiabilidade da reação durante a realização do teste molecular (qPCR), impedindo que possíveis erros possam ocorrer e interferir no resultado. O material desenvolvido pelo IBMP é destinado ao uso somente em pesquisa, sob responsabilidade dos laboratórios brasileiros e latino-americanos de referência para controle do vírus Monkeypox. 


Primeiros reagentes foram entregues à Opas/OMS para serem distribuídos em, ao menos, 20 países (foto: Divulgação)

“Utilizamos matéria-prima e nossa expertise no desenvolvimento de kits para diagnóstico, somado ao que está publicado pela literatura científica internacional, para produzir as reações com qualidade e que possibilitem o diagnóstico molecular preciso e seguro do vírus Monkeypox”, explica o gerente de Desenvolvimento Tecnológico do IBMP, Fabricio K. Marchini. 

Atualmente, são quatro laboratórios no Brasil aptos a realização do diagnóstico da doença: Laboratório de Biologia Molecular de Vírus do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LBMV/IBCCF/UFRJ), Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais/Fundação Ezequiel Dias (Lacen/Funed-MG), Laboratório Central de Saúde Pública de São Paulo/Instituto Adolfo Lutz (Lacen/IAL-SP) e Laboratório de Referência em Enterovírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

terça-feira, 3 de maio de 2022

Fiocruz promove 6º Simpósio Internacional em Imunobiológicos

Bio-Manguinhos/Fiocruz

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) vai promover, de 3 a 5 de maio, a sexta edição de seu Simpósio Internacional em Imunobiológicos [International Symposium on Immunobiologicals (ISI)]. Criado com o objetivo de estimular a pesquisa e desenvolvimento em biotecnologia no Brasil, o evento será realizado em formato híbrido, com a programação ocorrendo em plataforma virtual e presencialmente para convidados – sem esquecer os protocolos de segurança contra a Covid-19. 

Os convidados e a imprensa nacional e internacional poderão acompanhar palestras, painéis e minicursos remotamente por meio de cadastro no site do 6th ISI numa plataforma dedicada que aproveita toda a experiência adquirida com a produção do evento em um formato digital no ano passado devido à pandemia. Outro destaque é a nova edição do Innovation Hub, um espaço projetado para fomentar a colaboração e parceria entre pesquisadores e empreendedores e apresentar as tecnologias e infraestruturas para pesquisa e desenvolvimento no setor de biotecnologia disponíveis na Fiocruz. 

Está confirmada também a tradicional exibição de pôsteres, que este ano será 100% virtual, com dezenas de trabalhos científicos inéditos e selecionados sobre vacinas, reagentes para diagnóstico e biofármacos que concorrem a seis prêmios: Oswaldo Cruz (1º lugar); Carlos Chagas (2º lugar); e Alcides Godoy (3º lugar); além de três prêmios para o melhor trabalho de jovens talentos científicos (até 26 anos de idade): Prêmio Henrique de Azevedo Penna, Prêmio Evandro Chagas e Prêmio Sérgio Arouca. Os pôsteres estarão acessíveis pelo app do 6th ISI para votação do público na categoria Voto Popular.

Evento científico internacional já tradicional, o ISI também é uma oportunidade para cientistas debaterem o estágio atual e os avanços no campo da biotecnologia, fomentando a inovação com geração de conhecimento de ponta. Este networking entre especialistas também ajuda a acelerar o desenvolvimento de soluções para problemas de saúde pública e na sua apresentação a outros pesquisadores, empresas e investidores. Com isso, Bio-Manguinhos estimula novas abordagens, processos e tecnologias, além de identificar talentos e a cooperação com cientistas e representantes de outras instituições do país e do exterior.

O 6th ISI tem participação confirmada de especialistas de renome internacional que abordarão temas inovadores e de grande relevância para a saúde pública brasileira e mundial. Entre eles, Rebecca Farkas, da Coalização para Inovações na Preparação para Epidemias (CEPI); Rami Scharf e David Kaslow, da iniciativa de saúde pública global PATH; Kate O'Brian e Lorenzo Subissi, da Organização Mundial da Saúde (OMS); Socorro Gross e Andres de Francisco, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas); Ann Lidstrand, do Unicef; Caryn Fenner, da Afrigen Biologics and Vaccines;  Thomas Gerlach, da Pannex Therapeutics; Don Stewart, da Plantform Canada; e Ike James, do Medicines Patent Pool. Também estarão presentes vários cientistas e pesquisadores da Fiocruz, como Akira Homma, assessor científico sênior de Bio-Manguinhos; Sotiris Missailidis, vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico de Bio-Manguinhos; o diretor do instituto, Mauricio Zuma; e Marco Krieger, vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz.

Na programação, destaque para os painéis e mesas-redondas Immunization in a post Covid world – what to expect?Hubs for development and production of mRNA vaccines and other therapeutic targetsSelf-testing for STIs, other health problems and Covid-19; e Covid-19's Technological Legacy - Opportunities for biotech industries.

O 6º Simpósio Internacional em Imunobiológicos traz também pela primeira vez o Easy ISI, uma série de seis minicursos ministrados na plataforma virtual do evento nas manhãs dos dias 3 e 4 de maio. A ideia dos minicursos é fazer uma introdução de alguns conceitos básicos da biotecnologia para estimular o interesse de estudantes pela área, assim como atualizar profissionais atuantes em alguns temas. Entre eles, Aplicação de novas estratégias e tecnologias de sequenciamento para diagnóstico e vigilância genômica e Imunoterapia: bases imunológicas e aplicações em doenças infecciosas e câncer. Haverá ainda quatro simpósios satélites promovidos por parceiros e patrocinadores do VI ISI, como Control of pertussis - experience in Latin American countries, da farmacêutica Sanofi; e Idea to Injection: Flexible and modular platforms to optimize your manufacturing, da empresa de biotecnologia Cytiva.

sábado, 2 de abril de 2022

Fiocruz e DNDi selam Aliança Estratégica e parceria para dengue

Ciro Oiticica (Agência Fiocruzde Notícias)

A Fiocruz e a Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, na sigla em inglês Drugs for Neglected Diseases initiative) firmaram, nesta terça-feira (29/3), um Memorando de Entendimento para pesquisa e tratamento da dengue. A ocasião também selou uma Aliança Estratégica de Pesquisa entre as duas instituições e a submissão conjunta de um projeto ao Edital Finep para Doenças Negligenciadas.


Além da assinatura do Memorando de Entedimento para Dengue, ocasião selou uma Aliança Estratégica de Pesquisa e a submissão conjunta de um projeto ao Edital Finep para Doenças Negligenciadas (foto: Peter Ilicciev)

Presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima recebeu, na Residência Oficial da Fiocruz (RJ), a comitiva formada pelo diretor global de Pesquisa e Desenvolvimento da DNDi, Laurent Fraisse; o presidente da iniciativa na América Latina, Michel Lotrowska; e o diretor executivo regional da DNDi na América Latina, Sergio Sosa Estani, entre outros representantes. A presidente enalteceu a cooperação histórica com a DNDi, que se realiza desde sua criação, com um grande número de projetos em comum. “A celebração não é apenas pelo Memorando de Entendimento, mas pela consolidação de todo um percurso e o apontamento de caminhos de cooperação. Formalizar essa aliança é importante porque nos permitirá pensar um plano estratégico para o futuro, a respeito de doenças e populações negligenciadas, como tem sido um enfoque adotado pela Fiocruz nessa estratégica parceria”, destacou.

O diretor global de Pesquisa e Desenvolvimento da DNDi, Laurent Fraisse, também celebrou os avanços. “Temos o desejo de privilegiar nossos melhores parceiros. Com a Fiocruz, esse era o caso antes, o é hoje, e o será para o futuro. Queremos trazer nossa energia para contribuir com essa instituição de tanta capacidade, e elevar a parceria a um nível estratégico”. Laurent lembrou as reuniões que teve mais cedo com os vice-presidentes da Fiocruz Rodrigo Correa (Pesquisa e Coleções Biológicas) e Marco Krieger (Produção e Inovação em Saúde), que também estiveram presentes na Residência Oficial. “Tivemos conversas muito produtivas e dinâmica de manhã, a respeito de doenças como a de Chagas, a leishmaniose. E avançamos em relação a pesquisas para enfrentar a dengue, um novo projeto da DNDi”, contou. 

A DNDi é uma organização sem fins lucrativos de pesquisa e desenvolvimento e trabalha para oferecer novos tratamentos para pacientes negligenciados. Desde sua criação, em 2003, ela desenvolveu nove tratamentos para seis doenças negligenciadas. A organização também está coordenando o ensaio clínico Anticov para encontrar tratamentos para casos leves a moderados de Covid-19 na África. Como membro fundador da DNDi, ao lado de instituições como o Instituto Pasteur e o Médicos Sem Fronteiras, a Fiocruz tem assento nas instâncias da organização, representada pelos pesquisadores Jorge Bermudez, membro no Conselho, e André Daher, no Comitê Técnico. 

Presente na reunião, Jorge Bermudez acompanhou a evolução da organização desde o início. “Vejo um progresso, saindo do modelo tradicional de Doenças Tropicais para envolver também Hepatite C, Covid”, relata. Ele ainda destacou aspectos da parceria. “A Fiocruz é uma instituição que tem atuação complementar em relação à DNDi e com a qual é preciso se aliar na região da América Latina, pensando nas populações negligenciadas e nas doenças que nos acometem atualmente. Entre elas, a dengue, um problema crucial para região e o mundo como um todo”. 

Memorando de Entendimento para dengue

O projeto da DNDi sobre dengue tem uma abordagem ampla, não estando centrada no desenvolvimento de um único produto. Avaliam-se oportunidades de vacinas, medicamentos, diagnóstico, entre outros. O Memorando de Entendimento ocorre no âmbito de uma parceria global de pesquisa para encontrar tratamento para dengue, coordenada pela DNDi, e que envolve instituições da Índia, Tailândia e Malásia. A organização também quer incluir instituições de países africanos, como a República Democrática do Congo e Gana, para realizar mais estudos epidemiológicos. A Fiocruz tem um papel central nessa rede pela amplitude de suas atividades.

Globalmente, o número de casos incidentes de dengue aumentou em 85% de 1990 a 2019. Prevê-se que o aumento das temperaturas ligadas às mudanças climáticas torne ainda maior esse índice, podendo alcançar 60% da população mundial até 2080. A busca de uma abordagem ampla para o enfrentamento da dengue deve incluir também diagnóstico e vacinas.

O vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde, Marco Krieger, valorizou essa nova frente de atuação. “Fazíamos a defesa dessa iniciativa antes mesmo da pandemia. Ela agrega a projetos que já tivemos, como na doença de Chagas, leishmaniose e malária, uma linha endêmica tematicamente importante para a região da América Latina”. 

Aliança Estratégica

Uma Aliança Estratégica entre DNDi e a Fiocruz também foi formalizada. Ela visa fortalecer o relacionamento existente por meio do estabelecimento de um Comitê Estratégico Conjunto para supervisionar todas as colaborações presentes e futuras, que se dão em diferentes áreas de pesquisa e desenvolvimento, advocacy e programas de acesso a múltiplas doenças infecciosas. Até 2028, as duas instituições esperam contribuir para fortalecer as capacidades na região da América Latina e garantir que medicamentos novos, eficazes, seguros e acessíveis sejam desenvolvidos e entregues a pacientes negligenciados. Os próximos passos envolvem a criação de um grupo de trabalho para desenvolver o processo, pela definição da estrutura e governança, e a identificação de áreas potenciais, nos âmbitos da pesquisa e desenvolvimento, pesquisa de implementação, produção em Chagas, leishmaniose, HCV, dengue e HIV pediátrico.

Vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas, Rodrigo Correa projetou a parceria, que terá, segundo ele, muito a ganhar com a troca de informações e experiências. “Há, inclusive, interesse da DNDi de utilizar a rede Fiocruz de biobancos”, contou. “Que possamos ampliar cada vez essa parceria”. Jorge Mendonça, diretor do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), por sua vez, revelou que há a previsão, como fruto da parceria com a DNDi, de trazer para o Brasil um tratamento de hepatite C. “O próximo passo é apresentar a documentação para a [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] Anvisa”.  A aliança ainda permitirá, segundo ele, incorporar de forma estratégica diagnóstico e tratamentos: “a diminuição do tempo entre o diagnóstica e a chegada do medicamento será muito importante para o sistema de saúde”. 

Outra frente dessa aliança, destacada por Sergio Sosa Estani, diretor executivo regional da DNDi na América Latina, é a área de advocacy. “Para poder desenvolver planos de ação, necessitamos de um ambiente de parceria”, explicou. Otimizar esse ambiente também contempla a ação específica de advocacy, para nos aproximar de atores-chave”. 

Projetos para doenças negligenciadas

A DNDi e a Fiocruz submeteram projeto conjunto ao edital da Finep de fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação em Doenças Negligenciadas, Tropicais e transmitidas por vetores e outras doenças. O projeto Acelerando o desenvolvimento pré-clínico e clínico de tratamentos para a dengue através do reposicionamento de medicamentos tem como objetivo construir as bases pré-clínicas e translacionais necessárias para o início da avaliação clínica de medicamentos reposicionados de uso precoce, que previnam o surgimento e/ou reduzam a duração dos sintomas, e evitem a progressão para a forma grave da doença.

Espera-se validar e selecionar ao menos um candidato clínico (idealmente uma combinação de um agente antiviral e um anti-inflamatório ou antiplaquetário) e preparar as etapas regulatórias necessárias para submissão de estudo clínico de Fase II no Brasil visando o desenvolvimento clínico e aprovação de um novo tratamento para dengue.

O projeto foi selecionado entre mais de cinquenta outros. Para estes, Krieger relatou que há o plano, como uma das primeiras ações da Aliança Estratégica, de elaborar uma chamada de forma conjunta com a DNDi. “Seria uma iniciativa adicional para tentar contemplar esses dois grandes núcleos, desenvolvimento de diagnósticos em doenças negligenciadas e avaliação de reposicionamento de fármacos”. 

Ibict e Fiocruz assinam Acordo de Cooperação

Ibict

Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e a  Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinaram um acordo de cooperação para o desenvolvimento de projetos de cooperação relacionados à ciência aberta, mais especificamente ao aprimoramento de indicadores e métricas da produção técnico-científica da Fiocruz, de plataformas para gestão, compartilhamento e abertura de objetos informacionais e à preservação digital.

Para  Vanessa Jorge, coordenadora de Informação e Comunicação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, a assinatura do acordo vem para oficializar uma parceria de longa data da instituição com o Ibict. “Colaboramos há muito tempo nas temáticas da ciência aberta e da informação. Ambas as instituições terão ganhos e aprendizados na implementação desse piloto”.

“O Ibict vai ter a oportunidade, por exemplo, de aplicar na prática e testar a viabilidade do seu sistema BrCris, em uma instituição como a Fiocruz, que é tão importante na perspectiva da ciência e tecnologia no Brasil. Do nosso lado, o Observatório em CT&I da Fiocruz vai poder aprimorar os indicadores da instituição, dar robustez aos dados e aumentar nosso escopo de análise da informação, afirma a coordenadora”.

Washington Segundo, coordenador da Área de Tratamento, Análise e Disseminação da Informação Científica do Ibict, reforça que o acordo tem o objetivo de estreitar a parceria em três frentes. “A primeira delas, que é objeto deste texto, é prover informações e ajudar o Observatório na geração de indicadores e novas métricas de avaliação da Ciência”.

Como uma primeira etapa, foi estabelecido um Plano de Trabalho específico à colaboração com o Observatório em CT&I da Fiocruz, que tem por objetivo contribuir para a gestão e formulação de políticas institucionais de Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio da produção de indicadores, métricas, estudos e conteúdo de comunicação que apoiem os gestores nos processos de tomada de decisão. Também fazem parte do público-alvo, os pesquisadores que desejam coletar dados para embasar estudos e prospecções sobre o ecossistema científico, no contexto da Fiocruz.

O Observatório oferece ainda informações transparentes sobre a pesquisa e desenvolvimento tecnológico da Instituição para sociedade, ampliando a prestação de contas e fomentando ações de participação cidadã, a partir das informações e conhecimentos disponibilizados.

Embora o Observatório tenha alcançado avanços significativos nos últimos anos, a parceria com o Ibict pretende ainda colaborar para o desenvolvimento de novos indicadores a partir dos dados levantados, permitindo a criação de um banco de competências visando identificar as expertises e áreas de pesquisa temáticas existentes na instituição.

Para auxiliar nesse processo, o Ibict vai atuar com o Sistema BrCris (acrônimo para Current Research Information System brasileiro), um modelo único de organização da informação científica de todo o ecossistema da pesquisa brasileiro por meio da integração de bases de dados que reúnem os diversos tipos de informações sobre a produção técnica e científica brasileira.

De acordo com Washington Segundo, a importância do projeto BrCris neste plano de trabalho, que tem duração dois anos, está justamente em atender as necessidades do Observatório em termos de organização, recuperação e compartilhamento da informação. “Para o Ibict isso é bastante importante pois trata-se de uma aplicação concreta do projeto, ao mesmo tempo que potencializa e automatiza uma série de serviços prestados pelo Observatório, mostrando todo o potencial que o BrCris possui”.

A informação disponível para a construção do BrCris é fornecida principalmente pelos repositórios institucionais, bibliotecas digitais de teses e dissertações, revistas eletrônicas de acesso aberto e repositórios de dados de pesquisa brasileiros, reunidos nos portais da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) e do Portal brasileiro de publicações científicas em acesso aberto (Oasisbr). Além dessas fontes, tem-se como tributária nacional de relevo a Plataforma Lattes, assim como o Portal de Dados Abertos da Capes que reúnem informação sobre a avaliação dos programas de pós-graduação nacionais.

Está também em desenvolvimento, no âmbito do projeto, a Plataforma de Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (PICTI), que se configura como importante fonte de informação organizada das instituições de pesquisa que devem constar do BrCris. Por último, serão agregadas informações de fontes internacionais abertas, tais como: OpenAIRE, Wikidata e Espacenet.

Vanessa Jorge complementa dizendo que todo o conjunto de ações desse plano de trabalho, gerado pelo acordo, potencializa a gestão da informação da pesquisa, para gestores, para pesquisadores e para toda a sociedade. “Estamos fortalecendo a transparência, a democratização do conhecimento e o acesso à informação”.

Dessa forma, considerando os objetivos e ações do Observatório, a sua integração ao sistema BrCris atenderá à necessidade de se adotar novas abordagens de avaliação dos impactos da pesquisa, ampliando a capacidade de percepção dos benefícios gerados pela instituição para a sociedade, além de subsidiar a gestão nas decisões institucionais por oferecer um panorama integrado das ações e resultados da pesquisa.

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