Destaques

quarta-feira, 7 de maio de 2014

ERIKA KOKAY lança Frente Parlamentar em Defesa do sistema de auditoria do SUS, hoje(7) na Câmara dos Deputados

Frente vai acompanhar sistema de auditoria do SUS

Será lançada nesta quarta-feira (7) na Câmara dos Deputados a Frente Parlamentar em Defesa do Sistema Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (SUS).

A deputada Erika Kokay (PT-DF), que propôs a formação do grupo, assinala que o colegiado vai acompanhar a gestão descentralizada do SUS nos níveis federal, estadual e municipal, conforme prevê a Lei 8.689/93.

O lançamento da frente está previsto para as 9 horas, no Hall da Taquigrafia.

Agência Câmara

Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação defende ações com outras áreas

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina, defendeu a criação de políticas conjuntas com vários ministérios  para impulsionar a competitividade do país. “Vamos fazer uma plataforma de saúde, o que o Ministério da Saúde precisa? Por exemplo, para o Ministério de Minas e Energia, quais os grandes desafios energéticos do Brasil? Estamos tentando desenhar estas plataformas e articular com os demais ministérios para fazer políticas conjuntas”, disse.

Ao participar hoje (06) de audiência pública na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado, o ministro disse que está em andamento um edital universal de R$ 200 milhões, com efeito para o orçamento de 2015, que visa injetar recursos nas pesquisas brasileiras. Há também o projeto para o fortalecimento dos 125 Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, para estimular e operacionalizar a comunidade científica e fazer a ponte com o mercado e a indústria.

Além desses, Campolina explica que dois grandes equipamentos de pesquisa estão em desenvolvimento no país, o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e o Sirius, com valores de R$ 800 milhões cada um. “Nossa proposta é que eles sejam incluídos no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], porque se não tivermos estes equipamentos não vamos dar o salto que queremos na ciência e tecnologia”, explicou.

O RMB é um reator nuclear de pesquisa e produção de radiofármacos, essenciais na medicina nuclear, e também para produção de fontes radioativas usadas em larga escala nas áreas industrial e de pesquisas. Com a construção do novo reator, novos produtos podem ser desenvolvidos, e os atualmente importados passam a ser produzidos no país.
O Sirius é um acelerador de partículas de luz síncroton que é usada em várias áreas de pesquisa, como física, química, biologia, geologia, nanotecnologia, engenharia de materiais e até paleontologia.
Campolina mostrou que o orçamento do ministério, de R$ 7,2 bilhões em 2013, 1,74% em relação ao Produto Interno Bruto, é pequeno se comparado ao investido em países desenvolvidos. Ele conta também que a pasta tem 31 instituições ligadas, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e a Financiadora de Estudos e Projetos, além das ações conjuntas com outros ministérios, como o Ciência sem Fronteiras, que já enviou 62 mil alunos ao exterior até março de 2014.
Agencia Brasil

Bayer reforça posição no mercado de medicamentos sem receita médica e MSD concentra-se na investigação de novas moléculas.

Enquanto a Pfizer namora os acionistas da Astrazeneca, até agora sem sucesso, a Bayer avança com a compra da unidade de medicamentos sem prescrição da norte-americana Merck, que fora dos Estados Unidos e Canadá responde pela designação de Merck Sharp & Dohme (MSD). O negócio, avaliado em 14,2 mil milhões de dólares (10,4 mil milhões de euros), carece ainda de autorização das entidades reguladoras e deverá estar concluído no segundo semestre de 2014.


"Esta aquisição é um passo importante no caminho da liderança mundial do mercado de medicamentos sem receita médica", afirmou o presidente da Bayer, Marijin Dekkers, citado em comunicado da empresa. A farmacêutica alemã, que inventou a Aspirina, mas que também comercializa marcas como o Bepanthen e o Canesten, transforma-se assim no segundo maior fabricante mundial de medicamentos sem receita médica a seguir à Johnson & Johnson. 

Com a aquisição do negócio da norte-americana Merck, a Bayer irá acrescentar ao seu portefólio marcas como a Dr. Scholl's, Coppertone ou Claritin. De acordo com o comunicado da farmacêutica alemã, as vendas combinadas das duas unidades de produtos de consumo foi em 2013 de 5,5 mil milhões de euros, tendo a Merck respondido por 1,4 mil milhões. 

O acordo assinado entre a Bayer e Merck prevê ainda o início de uma parceria estratégica na área das doenças cardiovasculares, que compreende actividades de desenvolvimento e comercialização e que será alvo de um pagamento inicial de 1,1 mil milhões de dólares (792 mil euros).

A Bayer pretende financiar esta operação por via de um sindicato bancário constituído pelo Bank of America, Merrill Lynch, BNP Paribas e Mizuho. 

A Merck já revelou que irá usar a verba arrecadada com a operação - que poderá ir dos 8.000 e aos 9.000 milhões de euros depois de impostos - para investir em áreas com elevado potencial de crescimento, no desenvolvimento de novos medicamentos e distribuição de dividendos aos accionistas. 

A transacção é a segunda maior na indústria alemã de cuidados de saúde, depois a compra da Schering pela Bayer em 2006, e acontece duas semanas depois da Novartis ter comprado o negócio de oncologia da GlaxoSmithKline.

Com informações do Econômico PT.

Richa autoriza implantação de novo Laboratório de Produção de Medicamentos - TECPAR BIOFARMACÊUTICA


O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) produzirão, em conjunto, medicamentos básicos, de interesse do Sistema Único de Saúde (SUS). A medida vai atender demandas do Ministério da Saúde e também do estado do Paraná. 


O acordo de cooperação técnica para instalação do Laboratório de Produção de Medicamentos (Lapmed) foi assinado nesta terça-feira (8) pelo governador Beto Richa, o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes; o diretor-presidente do Tecpar, Júlio Felix, e o reitor em exercício da UEPG, Flávio Guimarães Kalinowski. O secretário da Saúde, Michele Caputo Neto também participou da solenidade. 

“As sete universidades estaduais estão hoje participando do desenvolvimento regional como centros irradiadores de conhecimento, aproveitando a vocação de cada região do Estado”, afirmou o governador. “O Lapmed é mais um grande avanço, uma parceria que trará benefícios à população”, disse Richa. 

MEDICAMENTOS - A parceria para a implantação do Lapmed foi possível com o ingresso do Tecpar na área de produção de medicamentos. As duas primeiras linhas de produção – sólidos e semi-sólidos – deverão entrar em funcionamento até o final de 2014. 

O Laboratório de Produção de Medicamentos será implantado na UEPG. “É um novo espaço de um instituto qualificado dentro do campus da UEPG, que vai aproveitar, ampliar e modernizar uma estrutura já existente, partilhando conhecimento com o meio acadêmico e contribuindo com a formação dos alunos do curso de Farmácia e Bioquímica”, afirmou o secretário João Carlos Gomes.

O trabalho desenvolvido pelos pesquisadores possibilitará a transferência de tecnologias com futuros parceiros privados, geração de emprego e de renda. “Isso representa a transferência da tecnologia do Tecpar para a produção de medicamentos de alto custo, atendendo uma demanda importante da saúde pública”, afirmou Júlio Félix. 

Além da instalação de um novo campus do Tecpar, o órgão está incorporando a estrutura e equipamentos do laboratório farmacêutico existente na universidade. Para o reitor em exercício da UEPG, o estágio para os alunos do curso de Farmácia no Lapmed contribuirá para elevar a capacitação dos novos profissionais. “Isso se refletirá na cura dos pacientes que precisam do medicamento”, disse ele. O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, lembrou que o Paraná sai à frente na produção de medicamentos de alto custo e de impacto para a saúde pública.

A estagiária do curso de Farmácia da UEPG, Luana Sovaszen, aprovou a iniciativa da parceria. “Nós vamos conseguir colocar em prática o que aprendemos em todos os anos da faculdade e estaremos mais preparados para o mercado de trabalho”, disse. 

Também participaram do evento o responsável pelo Laboratório de Produção de Medicamentos da UEPG, Sinvaldo Baglie; os deputados estaduais Plauto Miró Guimarães e Duílio Genário, além de representantes da comunidade acadêmica da UEPG e do Tecpar. 

Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em:
Áudio
Fotos:








terça-feira, 6 de maio de 2014

Finep apoia: Fórum Internacional Cidades Lixo Zero e 5º Fórum Resíduos Sólidos

Participe e assista os debates sobre as experiências e
iniciativas nacionais e internacionais na gestão dos
RESÍDUOS SÓLIDOS e conheça resultados de CIDADES LIXO ZERO.

Resíduos Sólidos 2014

Acompanhamento da PNRS e incentivos governamentais
Gestão municipal dos resíduos sólidos urbanos e formas disponíveis de contratação
Os impactos na competitividade da indústria com os acordos de logística reversa
Os planos integrados de gestão de resíduos e a formação de consórcios intermunicipais – Acesso a recursos
A viabilidade econômica da indústria recicladora
Iniciativas legislativos em prol do lixo zero
Oportunidades de negócios para as empresas de saneamento e de tratamento de resíduos

Lixo Zero 2014

Cidades Lixo Zero
PNRS e a legislação aplicável
Economia verde e negócios lixo zero
Certificações verdes
Educação ambiental e a conscientização popular
A mobilização em prol de uma economia circular
Tecnologias do mercado lixo zero
Pesquisas desenvolvidas no Brasil e em outros países
OPORTUNIDADES em uma Sociedade Lixo Zero
CASES de Cidades Lixo Zero
Como diminuir custo da gestão de lixo em sua cidade




Contato:
Tel.: (11) 5051-6535, com Luciano Graciano
e-mail: info@viex-americas.com

FAÇA SUA INSCRIÇÃO: V Ciclo de Debates - 8 DE MAIO

O Nethis (Fiocruz/Brasília) convida para o V Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública. 


Será nesta quinta-feira, 8 de maio, às 8h30, na Fiocruz Brasília.

Inscreva-se no link abaixo!

Ciclo de Debates discute Cooperação Sul-Sul: ambivalências e potencialidades 

Representante do Banco Mundial e pesquisadora da Universidade de Brasília ministram 
palestras 

O V Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública recebe professora do Instituto de Relações Internacionais e diretora da Assessoria de Assuntos Internacionais da UnB, Ana Flávia Barros, e o coordenador de Operações do Departamento de Desenvolvimento Humano do Banco Mundial, Magnus Lindelow, para discutir o tema “Cooperação Sul-Sul: ambivalências e potencialidades”.

O evento foi transferido de 24 de abril para 8 de maio devido às comemorações dos 40 anos do Irel da UnB. Com a nova data, o local também foi modificado, será no auditório interno da Fiocruz Brasília, às 8h30. As inscrições podem ser feitas neste link
Haverá a possibilidade de efetuar inscrição no local. O certificado de participação do evento será emitido pela Escola de Governo da Fiocruz Brasília.

Barros irá falar sobre a influência do contexto internacional na governança das questões da saúde. Lindelow fará palestra sobre as dimensões e os objetivos de cooperação sul-sul, como o Banco Mundial trabalha com esta modalidade de cooperação, seus desafios e como enfrentá-los.

Serviço:
V Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública
Tema: “Cooperação Sul-Sul: ambivalências e potencialidades”

Palestrantes:
Ana Flávia Barros (Irel/UnB)

Magnus Lindelow (Banco Mundial)

Debatedor: 
José Agenor Álvares (Fiocruz Brasília) 

Governo de São Paulo implanta rede para auxiliar diagnósticos a distância

O governo do estado de São Paulo começou a adotar hoje (5) uma rede de atendimento médico a distância para auxiliar no esclarecimento de diagnósticos e no monitoramento dos pacientes que derem entrada em hospitais, prontos-socorros e unidades de pronto-atendimento em todo o estado. O sistema ajudará ainda a regular o processo de obtenção de leitos e a transferência de pacientes entre as unidades de saúde.

Na etapa inicial, apenas os pacientes da Baixada Santista têm acesso ao serviço. O sistema será operado na capital paulista pela equipe da Central de Regulação da Oferta de Serviços de Saúde (Cross) da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.

Os médicos do Cross e dos serviços hospitalares discutirão quadros clínicos dos pacientes em tempo real por videoconferência e definirão o tratamento e necessidade de remoção para hospitais com mais recursos. O projeto pretende otimizar a assistência médica e hospitalar para evitar transferências desnecessárias e complicações nos quadros clínicos dos pacientes.

De acordo com o governador Geraldo Alckmin, a área física do Cross passou de 700 metros quadrados para 1,4 mil metros quadrados. A equipe foi reforçada em 50%, chegando a 400 funcionários. “O Cross, que regulava apenas o que é urgência e emergência, passa agora a regular outros programas e para todo o estado. O primeiro ganho é a velocidade para conseguir a vaga e internar o paciente grave, ganho de tempo essencial”, declarou o governador.

O Cross será responsável ainda por agendar mamografias sem pedidos médicos para mulheres entre 50 e 69 anos e por marcar exames para homens a partir dos 50 anos. Também passam a ser monitorados pelo Cross a Rede Hebe Camargo e o Programa Recomeço, além das Santas Casas e hospitais filantrópicos de alta, média e baixa complexidade.

Editor Wellton Máximo

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Primeira reunião do grupo de trabalho criado pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado para debater sobre alterações na regulamentação de pesquisas clínicas com novos medicamentos.

A Ata da reunião na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, realizada por solicitação da Senadora Ana Amélia, no último dia 18 de março, em continuidade a audiência pública, disponibilizada em anexo. O Grupo pretende realizar pelo menos mais um encontro antes do mês de junho, e, se possível, concluir trabalhos sugerindo a implementação de normas e procedimentos que permitam desburocratizar e dar agilidade às pesquisas clínicas, com total comprometimento à ética.

Dados da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), mostram que por causa das limitações às pesquisas clínicas, o Brasil deixou de participar da elaboração de 112 medicamentos. Os atrasos prejudicam também o uso de medicamentos mais modernos por pacientes voluntários, chamados também de cobaias. A burocracia compromete igualmente o desenvolvimento de medicamentos fabricados no País que dependem de pesquisas com cobaias.

A Senadora Ana Amélia (PP-RS) promoveu a reunião do Grupo técnico que é coordenado pelo Secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, e pelos presidentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Ministério da Saúde (Conep), Jorge Venâncio, para debater e alterar a regulamentação de pesquisas clínicas com novos medicamentos.

Os diversos seguimentos da cadeia estiveram representados pelo Instituto Oncoguia, Sociedade Brasileira de Bioética (SBB), Departamento de Pesquisa Clínica do Hospital de Câncer de Barretos, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Associação Médica Brasileira (Aliança Pesquisa Clínica Brasil), do grupo Farma Brasil também participaram representantes da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) e do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma).

A proposta de novo encontro, previsto para o mês de maio, surgiu das várias sugestões apresentadas no Grupo sobre os procedimentos para a liberação de pesquisas clínicas, mesmo com o prazo de duas semanas proposto para avaliação pela ANVISA e pelo Conep, a partir da reunião. A senadora avalia a necessidade de tramitar com as proposições pela via legislativa, caso não sejam acatadas pelos instituições reguladoras.

O trabalho concluído deve desburocratizar e dar agilidade às pesquisas clínicas, com total comprometimento à ética.

Estudo aponta sinergia como fator determinante para o desenvolvimento da biotecnologia

A cooperação entre governo, indústria e academia (centros de pesquisa e universidades) é um fator determinante para o desenvolvimento da biotecnologia nos países. A constatação é do estudo “Construindo a Bioeconomia: Examinando Estratégias de Desenvolvimento da Biotecnologia Industrial Nacional”, da consultoria norte-americana Pugatch. Apresentada pela primeira vez fora dos Estados Unidos, a pesquisa traz dados comparativos de oito países com estratégias de desenvolvimento industrial para a biotecnologia: Brasil,  China, Cingapura, Coréia do Sul, Estados Unidos, Índia, Rússia e Suíça. Para fazer a prospecção, sete fatores foram considerados: Capital Humano, Infraestrutura de P&D, Proteção de Propriedade Intelectual, Ambiente Regulatório Transferência Tecnológica, Incentivos Fiscais (mercado e comércio) e Segurança Jurídica.

A apresentação do estudo, em anexo, aconteceu na última segunda-feira, 28, e foi promovida pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). O evento fez parte do 1º encontro do 2º “Ciclo de Debates de Biotecnologia” realizado pela Agência. O documento gerou um relatório de 170 páginas sobre biotecnologia nos oito países pesquisados.

“O mais importante é a sinergia entre o setor público e o setor privado. Se houver isso, haverá uma economia emergente. O governo, a indústria, os centros de pesquisa e as universidades devem sentar juntos para definir a biotecnologia como prioridade. É preciso mais parcerias público-privadas. O governo precisa da indústria, a indústria precisa do mercado e o mercado precisa de demanda”, declarou o fundador da Pugatch Consilium, Meir Pugatch.

A pesquisa procura responder às seguintes questões: “Como posso diversificar a minha economia? Como posso subir na escala de produção de recursos naturais e conhecimento? Como posso competir globalmente?”.

O responsável pela pesquisa, Meir Pugatch explicou que estudos na área de biotecnologia têm um custo elevado e demandam muito tempo. Segundo ele, são gastos em média U$ 1,4 bilhão para desenvolver uma nova droga (biofármaco). E o tempo médio que o medicamento fica disponível aos consumidores é de 15 anos. Na fase de pesquisa clínica, a média de acertos para que o medicamento seja comercializado é um em cada cinco mil tentativas. A empresa que produz um novo medicamente tem de cinco a sete anos de exclusividade no mercado antes da chegada dos genéricos.

Para conseguir desenvolver o setor, Pugatch sugere algumas estratégias. “Um fator importante é a proteção intelectual. Não haverá inovação sem ela. O ambiente regulatório deve garantir a segurança dos produtos e ao mesmo tempo ser efetivo, robusto. A transferência de tecnologia é essencial: cerca de  50% das colaborações que levam ao mercado são parcerias público-privadas”, enumerou.

Outro fator destacado pelo consultor é a propriedade intelectual. Para ele, um país com leis fracas de patentes que não tenha bons escritórios e bons advogados de patentes não terá um ambiente favorável para estimular a inovação.

Vice-presidente de Pesquisas da Universidade de Virginia, Mark Crowell avalia que as universidades têm um papel muito importante no desenvolvimento do setor. “Cerca de 75% das drogas de biotecnologia aprovadas nos EUA foram desenvolvidas em universidades. O oposto do que ocorria há 20 anos”, comparou. 

Para Crowell, é preciso que exista um comprometimento dos envolvidos para levar as inovação para além da simples descoberta. “Precisamos transformar as pesquisas em produtos e comercializar. Queremos passar os produtos dos laboratórios para as casas das pessoas.”

O representante da Universidade de Virginia cita ainda um caso de sucesso ocorrido no estado norte-americano da Carolina do Norte. No final da década de 1980 não havia um setor de biotecnologia forte. Com transferência de tecnologia e de conhecimentos, o estado que em 1989 tinha 60 empresas de biotecnologia com cerca de 30 mil empregados passou a ter 200 empresas com 45 mil empregados em 2008. “A proporção lá é de cada U$ 1 investido existe um retorno de U$ 39 em serviços, infraestrutura, produtos, serviços”, citou.

Brasil

O estudo da consultoria norte-americana aponta as forças e os gargalos dos países pesquisados. No caso do Brasil, a pesquisa mostra importantes avanços, como aumento da mão de obra em pesquisa (dobrou desde 2000), e o programa, Ciência sem Fronteiras. Como obstáculos, cita a falta de mão de obra qualificada e baixa percentagem da população com ensino superior.

Na área de infraestrutura para Pesquisa & Desenvolvimento o trabalhou destaca o aumento dos investimentos nos últimos anos e parcerias de sucesso em áreas como agrobiotecnologia e biocombustíveis. Como desafios, aponta que o setor de biotecnologia em saúde é menos desenvolvido que o de agrobiotecnologia e de biocombustíveis e as condições de financiamento oferecidas por autarquias e o ambiente regulatório para testes clínicos.

Com relação à proteção à propriedade intelectual, o estudo cita que o Brasil é membro da Organização Mundial do Comércio (OMC) e signatário do tratado internacional TRIPS (do inglês Agreement on Trade-Related Aspects of Intellectual Property Rights). Também destaca a proteção patentária com prazo de 20 anos e o prazo mínimo de 10 anos de vigência da patente. Como obstáculos, cita o envolvimento da Anvisa no processo de exame de patentes farmacêuticas; RDP não disponível para biofarmacêuticos de uso humano; não concessão de patente para microrganismos isolados (bactérias e leveduras, por exemplo) na biotecnologia ambiental e industrial.

No ambiente regulatório, o Brasil se destaca pela introdução dos biossimilares; por regime regulatório claro: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é responsável pela regulamentação de produtos biológicos e biossimilares e a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) é responsável por produtos biotecnológicos. Como obstáculos a serem vencidos, o estudo cita os longos períodos de processamento e acúmulo de pendências do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (estimado entre 8 e 10 anos).

No quesito transferência de tecnologia, o estudo identifica como positivas no Brasil a estrutura implementada através da Lei de Inovação de 2004 e aumento das atividades de patenteamento e licenciamento por universidades desde 2004. Como gargalos, cita a comercialização e transferência de tecnologia ainda baixas em comparação internacional; as universidades com recursos limitados de transferência de tecnologia e os requisitos para publicação e registro de taxas de licenciamento.

Na área de incentivos comerciais e mercadológicos o país se destaca com os créditos fiscais para P&D implementados através da Lei nº 11.196. Mas é preciso melhorar em questões como o fato de haver limitação de alguns incentivos fiscais para P&D por serem dependentes da emissão de patente; o acúmulo de pendências no INPI que reduz a atratividade e o ambiente rigoroso de preços de biofarmacêuticos.

Finalizando os sete temas pesquisados, o estudo destaca que o Brasil tem como qualidades a pressão governamental anticorrupção (nova lei anticorrupção introduzida em 2014) e a independência do Poder Judiciário. Como obstáculos destaca que, apesar dos litígios relativos a patentes serem resolvidos de forma relativamente rápida, no geral o Judiciário e muitos órgãos administrativos estão sobrecarregados de trabalho.

Leia também:

Assessoria de Comunicação Social ABDI

Deputado quer explicações de Serra sobre contratos com Labogen envolvendo a FURP do governo de SP

O deputado Renato Simões (PT-SP) quer que José Serra preste esclarecimentos sobre os contratos firmados com a Labogen no período em que o tucano comandava o Ministério da Saúde. Simões entrou com requerimento, esta semana, para que a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara convide o ex-ministro da Saúde a comparecer à comissão.

Informações do Portal da Transparência, do Governo Federal, dão conta de que o Ministério da Saúde firmou contratos com a empresa no período entre 31/03/1998 e 20/02/2002.

“A mídia tem publicado notícias sobre eventuais vínculos entre o Ministério da Saúde e o laboratório. De fato, foram firmados convênios entre o Ministério da Saúde e a Labogen, mas durante o período em que José Serra era ministro da Saúde”, disse o deputado.

Simões observa ainda que a Labogen também firmou contratos com a Fundação para o Remédio Popular (FURP), do Governo do Estado de São Paulo.

“Basta uma simples pesquisa no site do Tribunal de Contas de São Paulo para ver que a relação da Labogen com governos do PSDB não cessou com os convênios firmados na gestão de Serra no Ministério da Saúde. No período de 2000 a 2004, a empresa foi contratada reiteradamente pela FURP”, ressalta o deputado. “Isso mostra que o vínculo da Labogen é com os tucanos”, completou.

Para aprofundar as apurações sobre o laboratório, Simões também quer que o Ministério da Saúde, o Tribunal de Contas da União(TCU) e a Controladoria-Geral da União passem informações sobre os contratos firmados entre o Ministério da Saúde com a Labogen no período em que Serra comandava a pasta.

Segundo notícias divulgadas na grande mídia, o ex-ministro Alexandre Padilha teria indicado um ex-assessor, Marcus Cezar de Moura, para ocupar um cargo no laboratório Labogen, um dos braços do esquema do doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato e responsável por um esquema de corrupção que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões.

Para o deputado Renato Simões, a relação do laboratório Labogem, na verdade, é com o Ministério da Saúde na época do ex-ministro José Serra e com o Governo de São Paulo.

Da Redação em Brasília
Com PT na Câmara – www.vermelho.org.br

Top Story AstraZeneca Pfizer Corporate Affairs Mergers & Acquisitions

AstraZeneca on Friday rejected Pfizer's revised proposal to acquire the company for 50 pounds per share ($84.47), saying it was "inadequate." Pfizer had earlier submitted a new proposal to buy AstraZeneca, with the offer including 1.845 shares in the combined company and 15.98 pounds ($27.00) in cash, valuing the UK drugmaker at 63 billion pounds ($106.5 billion).

Earlier this week, Pfizer confirmed that it was weighing its options regarding a possible merger with AstraZeneca having contacted the company twice about such a proposal, most recently last month. Pfizer's first proposal made in January represented 46.61 pounds ($76.62) per AstraZeneca share and a premium of approximately 30 percent to the UK company's closing share price on January 3, valuing the transaction at around 58.8 billion pounds ($99 billion). AstraZeneca, which rejected the first offer, saying it "very significantly undervalued" the company, noted that the initial proposal was made up of 30 percent cash and 70 percent of Pfizer shares.

In response to the latest offer, AstraZeneca said it "substantially" undervalues the company and is "not a basis on which to engage with Pfizer." The drugmaker added that "the large proportion of the consideration payable in Pfizer shares and the tax-driven inversion structure remain unchanged." AstraZeneca chairman Leif Johansson said "we are showing strong momentum as an independent company, in particular with our exciting, rapidly progressing pipeline." Johansson noted that "Pfizer’s proposal would dramatically dilute AstraZeneca shareholders’ exposure to our unique pipeline and would create risks around its delivery. As such, the board has no hesitation in rejecting the proposal."

According to Pfizer, the new offer was made "having consulted with major shareholders" in AstraZeneca. The US drugmaker added that it hoped "that the increased proposal will provide the basis for AstraZeneca to engage with Pfizer and enter into discussions relating to a possible combination of the two companies." Pfizer noted that the new offer represents a premium of around 7 percent to its initial proposal and a premium of approximately 39 percent to AstraZeneca's closing share price on January 3.

Pfizer CEO Ian Read remarked "we have seen significant positive market reaction to the announcement we made on April 28, including from the shareholders of both our companies." He added "we believe our proposal is responsive to the views of AstraZeneca shareholders and provides a sound basis upon which to arrive at recommendable terms for the combination of our two companies."

Deutsche Bank analyst Mark Clark, who earlier suggested that Pfizer's latest proposal would be sufficient for AstraZeneca to enter into discussions, said "we expect Pfizer ultimately to have to sweeten its offer based on discussions we have had with investors, many citing a price within the 52-55 pounds range and some above this." Analysts at UBS said the "modest increase" from Pfizer "serves as a starting point for negotiations with the AstraZeneca board," although they noted that it was still not enough to reflect the progress shown in the UK company’s pipeline this year.

Panmure Gordon analyst Sav Neophytou, who noted that Pfizer usually succeeds in the end, remarked that "the science bit is clear. The maths adds up to 50 pounds per share. We believe investors should wait for the 'art' bit of M&A – which should push the offer up towards 55 pounds." Meanwhile, analysts at Barclays said the cash proportion of a new bid could be a point of negotiation, noting that any offer up to 56 pounds a share could still boost Pfizer's earnings.

Pfizer also disclosed a letter sent to UK Prime Minister David Cameron in which the drugmaker outlined its commitment to the country and its life sciences sector. Read noted that as part of the potential transaction, Pfizer will complete the construction of the currently planned AstraZeneca Cambridge campus and employ a minimum of 20 percent of the combined company’s total R&D workforce in the UK. In addition, the US drugmaker committed to base the combined company's European business headquarters and regulatory headquarters in the UK, whilst it "will actively look to locate manufacturing operations" in the country

AstraZeneca rebuffs Pfizer's revised 63-billion pound offer as "inadequate"
(Ref: The Guardian, Bloomberg, London South East, Fidelity, The Wall Street Journal, Pfizer, AstraZeneca, BBC News, Financial Times, The Telegraph)
May 2nd, 2014
By: Matthew Dennis

PDP MEDTRONIC E SCITECH COM FURP SERÁ INVESTIGADA PELO TCU. O REQUERIMENTO DO SEN. PEDRO SIMON (PMDB - RS) foi aprovado no senado na tarde do dia 30 de abril

TCU INVESTIGARÁ COMPRA DE MARCA-PASSOS NA GESTÃO PADILHA

Tribunal de Contas da União fará uma auditoria no Ministério da Saúde para investigar a legalidade de um contrato de R$ 80,6 milhões firmado em dezembro de 2013, quando Alexandre Padilha ainda respondia pela pasta, com duas empresas multinacionais dos Estados Unidos, a Medtronic e a Scitech; o Senado aprovou nesta quarta (30) requerimento do senador Pedro Simon (PMDB) pedindo que o TCU investigue os contratos entre a Fundação para o Remédio Popular e as duas empresas multinacionais para fornecimento de marca-passos e stents coronários e arteriais ao SUS

O Tribunal de Contas da União (TCU) fará uma auditoria no Ministério da Saúde para investigar a legalidade de um contrato de R$ 80,6 milhões firmado em dezembro de 2013, quando Alexandre Padilha ainda respondia pela pasta, com duas empresas multinacionais dos Estados Unidos, a Medtronic e a Scitech.

O plenário do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira, 30, o Requerimento 276/2014 do senador Pedro Simon (PMDB-RS) pedindo que o TCU investigue os contratos de Parceria Público Privada (PPP) firmadas entre a Fundação para o Remédio Popular (FURP), do Ministério da Saúde, e as duas empresas multinacionais para fornecimento de marca-passos e stents coronários e arteriais ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Os contratos, com validade de cinco anos, foram firmados com dispensa de licitação ainda na gestão de Alexandre Padilha, candidato do PT a governador de São Paulo. Um detalhe do processo, que chamou a atenção do senador Pedro Simon, é que não houve convite público para apresentação de projetos e nem licitação para seleção de empresas privadas, nacionais ou não. As duas multinacionais, de origem norte-americana, atuam em mais de 120 países. Uma delas, a Scitech, possui uma fábrica de montagem em Goiás, na cidade de Aparecida de Goiânia, cidade de 500 mil habitantes na região metropolitana da capital goiana. A matriz brasileira da Scitech fica no polo empresarial da cidade, na esquina das ruas 6 e 18, quadra 21, lote 1 a 44.

No contrato firmado entre as empresas e a FURP alega-se que haverá transferência de tecnologia. Um executivo do setor observa, porém, que "é improvável que uma empresa estrangeira transfira a tecnologia do núcleo do marca-passo para atender apenas à demanda de cerca de 20 mil unidades de produto disponibilizadas anualmente. O normal é haver apenas a importação de componentes prontos, como o microcircuito, a carcaça e outros componentes, realizando no Brasil o que se chama de 'assembly', ou simples montagem do equipamento no Brasil, com poucos componentes locais".

As parcerias deixam sobressaltados aos mais de 300 mil portadores de marca-passo no País. A preocupação transmitida ao senador Pedro Simon é saber como o SUS, cujo atendimento é notoriamente falho e dá assistência precária aos portadores de marca-passo, lidará com estes dois fornecedores exclusivos. "Daí a importância e necessidade imperiosa de uma investigação e auditoria urgente sobre esses contratos pelos técnicos do TCU", acentua o senador Pedro Simon.

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