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quarta-feira, 7 de maio de 2014

Bayer reforça posição no mercado de medicamentos sem receita médica e MSD concentra-se na investigação de novas moléculas.

Enquanto a Pfizer namora os acionistas da Astrazeneca, até agora sem sucesso, a Bayer avança com a compra da unidade de medicamentos sem prescrição da norte-americana Merck, que fora dos Estados Unidos e Canadá responde pela designação de Merck Sharp & Dohme (MSD). O negócio, avaliado em 14,2 mil milhões de dólares (10,4 mil milhões de euros), carece ainda de autorização das entidades reguladoras e deverá estar concluído no segundo semestre de 2014.


"Esta aquisição é um passo importante no caminho da liderança mundial do mercado de medicamentos sem receita médica", afirmou o presidente da Bayer, Marijin Dekkers, citado em comunicado da empresa. A farmacêutica alemã, que inventou a Aspirina, mas que também comercializa marcas como o Bepanthen e o Canesten, transforma-se assim no segundo maior fabricante mundial de medicamentos sem receita médica a seguir à Johnson & Johnson. 

Com a aquisição do negócio da norte-americana Merck, a Bayer irá acrescentar ao seu portefólio marcas como a Dr. Scholl's, Coppertone ou Claritin. De acordo com o comunicado da farmacêutica alemã, as vendas combinadas das duas unidades de produtos de consumo foi em 2013 de 5,5 mil milhões de euros, tendo a Merck respondido por 1,4 mil milhões. 

O acordo assinado entre a Bayer e Merck prevê ainda o início de uma parceria estratégica na área das doenças cardiovasculares, que compreende actividades de desenvolvimento e comercialização e que será alvo de um pagamento inicial de 1,1 mil milhões de dólares (792 mil euros).

A Bayer pretende financiar esta operação por via de um sindicato bancário constituído pelo Bank of America, Merrill Lynch, BNP Paribas e Mizuho. 

A Merck já revelou que irá usar a verba arrecadada com a operação - que poderá ir dos 8.000 e aos 9.000 milhões de euros depois de impostos - para investir em áreas com elevado potencial de crescimento, no desenvolvimento de novos medicamentos e distribuição de dividendos aos accionistas. 

A transacção é a segunda maior na indústria alemã de cuidados de saúde, depois a compra da Schering pela Bayer em 2006, e acontece duas semanas depois da Novartis ter comprado o negócio de oncologia da GlaxoSmithKline.

Com informações do Econômico PT.

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