Destaques

terça-feira, 5 de julho de 2016

Mães com suspeita ou confirmação de zika devem amamentar normalmente, afirma OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta segunda-feira (4) uma atualização das orientações provisórias sobre amamentação no contexto do zika. Como já anunciado na primeira versão do guia, disponibilizada em fevereiro deste ano, não existem evidências de que o vírus seja transmitido durante o aleitamento. Por isso, mães com infecção suspeita, provável ou confirmada devem continuar amamentando seus bebês normalmente.
O documento não modifica nenhuma das recomendações publicadas anteriormente, entretanto inclui mais evidências científicas sobre o assunto. De acordo com a publicação, não há relatos documentados de que o zika tenha sido transmitido por meio do aleitamento materno. Os benefícios da amamentação para a criança e para mãe superam qualquer risco potencial de transmissão do vírus por meio da amamentação.

A recomendação da OMS é que, dentro de uma hora após o parto, as mães iniciem o aleitamento; os bebês devem ser alimentados exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade. A partir desse período, o aleitamento deve permanecer até os dois anos de idade ou mais, com a introdução oportuna de outros alimentos adequados e seguros. As mães e as famílias dos bebês nascidos com anomalias congênitas, como microcefalia, também devem receber apoio para amamentarem os seus bebês de acordo com as recomendações da OPAS/OMS.

Benefícios
O aleitamento materno apresenta significativos benefícios para mães e crianças, contribuindo para os objetivos do desenvolvimento sustentável relacionados com a saúde materna e infantil, a nutrição, a educação, a redução da pobreza e o crescimento econômico.

Com o leite humano, o bebê fica protegido de infecções, diarreias e alergias, cresce com mais saúde, ganha peso mais rápido e fica menos tempo internado. O aleitamento materno também diminuiu o risco de doenças como hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade.

O benefício se estende à mãe, que perde peso mais rapidamente após o parto e ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, o que diminui risco de hemorragia e anemia. O leite materno tem tudo o que a criança precisa até os seis meses, inclusive água.

Fonte: Portal PAHO


Concurso Fiocruz 2016: inscrições para primeiros editais

As inscrições para o concurso público da Fundação Oswaldo Cruz começaram nesta segunda-feira (4/7). O concurso, organizado pela instituição, teve os dois primeiros editais publicados com a oferta de 31 vagas, sendo 21 para o cargo de Assistente Técnico de Gestão em Saúde (nível intermediário) e 10 para o cargo de Especialista em Ciência e Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública. As inscrições devem ser realizadas na página da seleção até 8 de agosto. A data prevista para a realização das provas de ambos os cargos é 25 de setembro.

Assistente Técnico de Gestão em Saúde
A seleção para o cargo de nível intermediário será realizada em etapa única, por meio de prova objetiva de língua portuguesa, raciocínio lógico e conhecimentos específicos do perfil. O valor da inscrição é de R$ 70,00.

O vencimento básico do cargo no nível inicial é de R$ 2.313,61, acrescido de auxílio alimentação no valor de R$ 458,00 e gratificação de produtividade (80 pontos) no valor de R$ 647,00. Ao vencimento é somado ainda uma gratificação de qualificação, que varia entre R$ 452,00 a R$ 1.762,00.

As vagas são distribuídas em sete capitais, sendo 14 para o Rio de Janeiro e 2 para Manaus. As cidades de Curitiba, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Brasília receberão 1 vaga cada.

Especialista em C&T Produção e Inovação em Saúde Pública
Para o cargo de nível superior, o processo seletivo será realizado em três etapas: prova discursiva (eliminatória e classificatória) sobre os conhecimentos específicos do perfil, análise de títulos e currículo (classificatória) e apresentação de projeto de atuação profissional e defesa de memorial (eliminatória e classificatória). O valor da inscrição é de R$ 250,00.

O vencimento básico do cargo é de R$ 8.022,79, acrescido de auxílio alimentação no valor de 458,00, gratificação de produtividade (80 pontos) no valor de R$ 2.020,00 e retribuição por titulação de doutorado no valor de R$ 6.366,21.

Cinco vagas serão destinadas à cidade do Rio de Janeiro. Salvador, Curitiba, Fortaleza, Recife e Belo Horizonte receberão uma vaga cada.

Informações ao candidato
Todas as informações do concurso serão publicadas na página http://concurso.fiotec.fiocruz.br. A Fiocruz disponibilizou canais oficiais de comunicação que podem ser acessados pelos e-mails concurso@fiotec.fiocruz.br(cargo de Assistente) e concursoespecialista@fiotec.fiocruz.br(cargo de Especialista) ou ainda pelo telefone (21) 2209-2279.

Próximos editais
A Fundação Oswaldo Cruz deve publicar até agosto novos editais para o preenchimento de 119 vagas, sendo 61 para o cargo de Técnico em Saúde Pública (nível intermediário) e 58 para o cargo de Pesquisador em Saúde Pública (nível superior). Com a publicação destes editais, a instituição conclui o processo seletivo para 150 vagas autorizadas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão em abril.


GABERGOLINA, MS COMPRA DA CRISTÁLIA NA ÉGIDE DAS PDPs NO VALOR TOTAL DE R$ 9.168.852,42

INSTITUTO DE TECNOLOGIA EM FÁRMACOS DE MANGUINHOS
EXTRATO DE CONTRATO Nº 14/2016 - UASG 254446 Nº Processo: 25387000101201690. DISPENSA Nº 7/2016. 
Contratante: FUNDACAO OSWALDO CRUZ -CNPJ 
Contratado: 44734671000151. Contratado : CRISTALIA PRODUTOS QUIMICOS -FARMACEUTICOS LTDA. 
Objeto: Fornecimento de 1.261.624 UF ( Hum milhão, duzentos e sessenta e hum mil, seiscentos e vinte quatro unidades farmacêuticas)do medicamento Cabergolina 0,5 mg cápsulas, conforme justificativa de fls.02/03 e com base nas disposições do Acordo de Cooperação Técnica às fls.04/20dos autos. 2016NE800314-339030. Fundamento Legal: Artigo 57-Inciso I-Lei 8666/1993. Vigência: 23/06/2016 a 10/05/2017. Valor Total: R$9.168.852,42. Fonte: 6153686095 - 2016NE800314. Data de Assinatura: 23/06/2016

SIROLIMO, WYETH fornecerá por inexigibilidade ao MS no valor total de R$ 29.487.678,60

EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO No - 24/2016 UASG 250005 No - Processo: 25000036265201642 . Objeto: SIROLIMO 1MG e SIROLIMO 2MG. Total de Itens Licitados: 00002. Fundamento Legal: Art. 25º, Inciso I da Lei nº 8.666 de 21/06/1993.. Justificativa: A empresa Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda detém a exclusividade do Sirolimo em todo o território nacional. Declaração de Inexigibilidade em 28/06/2016. EDUARDO SEARA MACHADO POJO DO REGO. Coordenador-geral de Análise Das Contratações de Insumos Estratégicos para Saúde. Ratificação em 04/07/2016. ESTEVAN COSTA PENAS. Diretor do Departamento de Logística em Saúde - Substituto. Valor Global: R$ 29.487.678,60. CNPJ CONTRATADA : 61.072.393/0039-06 WYETH INDUSTRIA FARMACEUTICA LTDA.

Saúde libera R$ 6,4 milhões para aprimorar assistência farmacêutica

O recurso será destinado paracontribuir com o processo de aprimoramento, implementação e integração dos serviços 

Cerca de mil municípios brasileiros vão receber R$ 6,4 milhões para aprimorar a qualidade e estrutura dos serviços farmacêuticos. A iniciativa faz parte do Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (Qualifar-SUS). O recurso poderá ser destinado para a contratação de novos profissionais, além do aprimoramento dos serviços de conectividade dos locais,  para dar maior agilidade no atendimento à população e uma melhor organização dos estoques de medicamentos. A portaria de liberação financeira já foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

A estratégia de qualificar os serviços de saúde integra o conjunto de investimentos já realizados por meio do Projeto de Qualificação da Assistência Farmacêutica e Intervenção Sistêmica da Assistência Farmacêutica nas Redes de Atenção à Saúde – QualiSUS-Rede. Desenvolvido em 15 regiões do país, em 486 municípios, o Programa já proporcionou compra de computadores, realização de pesquisa diagnóstica sobre os serviços farmacêuticos e ofertas educacionais na modalidade à distância para mais de cinco mil profissionais de saúde. Desde a criação do Programa, em 2012, o Ministério da Saúde já destinou mais de R$ 105 milhões para 1.582 municípios, 70% deles está inserido no Programa Brasil sem Miséria.

A ampliação no investimento e no aprimoramento da informatização é uma dos principais objetivos do Ministério da Saúde. “Temos que melhorar a qualidade dos serviços ofertados com recursos que temos disponíveis e, sem dúvidas, o investimento na informatização é um dos caminhos. Organizar as farmácias nas unidades públicas de saúde promoverá maior rapidez no atendimento” afirma o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Para ver a lista completa de municípios contemplados clique aqui.

O PROGRAMA - Para participar do Qualifar-SUS, o município deve estar na lista do Brasil Sem Miséria (Plano interministerial voltado para a população mais pobre) e fazer parte de outros programas da Atenção Básica, como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), Programa de Requalificação das Unidades Básicas de Saúde (Requalifica UBS), e o Hórus, sistema de Assistência Farmacêutica que permite o controle da compra, armazenamento, distribuição e dispensação dos medicamentos.

Organizado em quatro eixos (estrutura, educação, informação e cuidado), o programa engloba desde investimentos na estruturação dos serviços farmacêuticos até ações de cuidado ao usuário. A proposta é contribuir para o aprimoramento, implementação e integração das atividades da assistência farmacêutica nas ações e serviços de saúde, visando uma atenção contínua, integral, segura, responsável e humanizada.

Por Victor Araújo, da Agência Saúde

Comissão mista discute MP que criou o Programa de Parcerias de Investimentos

A comissão mista que analisa a admissibilidade da MP 727/2016 promove reunião na quarta-feira (6), às 14h30. Essa medida provisória criou o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que busca acelerar o processo de desestatização do setor de infraestrutura. A medida foi anunciada pelo governo federal como instrumento para tornar mais ágeis as concessões públicas federais. O objetivo seria o de eliminar "entraves burocráticos e excesso de interferências do Estado que atrapalham as concessões".
Além de criar o PPI, a medida estabelece que o programa será composto por todos os empreendimentos públicos de infraestrutura a serem executados pelo setor privado, estejam eles diretamente a cargo da União ou executados por outros entes federados mediante delegação ou com recursos da União, além de outros que integrem o Programa Nacional de Desestatização (PND).
De acordo com a medida provisória, o PPI buscará a ampliação e o fortalecimento da interação entre o Estado e a iniciativa privada por meio da celebração de contratos de parceria para a execução de empreendimentos públicos de infraestrutura e de outras medidas de desestatização.
Com o PPI, o governo quer ampliar oportunidades de investimento e emprego e estimular o desenvolvimento tecnológico e industrial, além de garantir com qualidade a expansão da infraestrutura pública, com tarifas e preços adequados, mediante “ampla e justa competição”.
O governo também pretende garantir segurança jurídica aos investidores privados, estabelecer regras estáveis, fortalecer o papel regulamentador do Estado e a autonomia das agências reguladoras. Tudo isso para poder expandir a oferta de infraestrutura.
A MP estabelece que deverão ser editados decretos para dispor sobre os empreendimentos específicos que integrarão o PPI, o cronograma das ações e a política para garantir seu investimento, tanto em nível federal, como nas parcerias com os estados que envolvam recursos da União.
A MP também cria o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República, órgão de assessoramento imediato do chefe do Poder Executivo. Esse conselho absorve as competências do Comitê Gestor de Parceria Público-Privada Federal (CGP), do Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transportes (Conit) e do Conselho Nacional de Desestatização (CND).
O novo órgão é presidido pelo próprio presidente da República, e dele participam, como membros permanentes, o secretário-executivo do PPI, os ministros da Casa Civil, Fazenda, do Planejamento, dos Transportes e do Meio Ambiente e o presidente do BNDES. O presidente do Banco Central comporá o colegiado, com direito a voto, quando se for tratar da desestatização de instituições financeiras.
A MP 727 também criou o mecanismo chamado “procedimento preliminar”, por meio do qual eventuais interessados poderão apresentar estudos prévios com vistas a “subsidiar a definição de características básicas de empreendimentos”, sendo, contudo, proibida a contrapartida financeira por parte do estado em função de tais contribuições.
A proposta determina ainda que a licitação e a celebração dos contratos dos empreendimentos do PPI independem de autorização legislativa, ressalvadas as exceções expressas em legislação vigente. Além disso, cria-se o Fundo de Apoio à Estruturação de Projetos, com participação do BNDES.
A comissão mista é presidida pelo deputado Julio Lopes (PP-RJ) e tem como vice-presidente o senador Armando Monteiro (PTB-PE). O relator é o senador Wilder Morais (PP-GO) e o relator-revisor é o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA). A MP 727 já recebeu 239 emendas de senadores e deputados.
Agência Senado 

Comissão fiscaliza implantação de laboratório de luz síncrotron em Campinas

Integrantes da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), os deputados Leo de Brito (PT-AC) e Sibá Machado (PT-AC) visitam na quinta-feira (7) o Laboratório Nacional de Luz Síncroton (LNLS) do Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM), que fica na região do Polo de Alta Tecnologia de Campinas (SP). O objetivo é conhecer as obras do Laboratório Sirius.

Aceleradores de elétrons
Sirius é o nome da nova fonte brasileira de luz síncrotron, que substituirá a fonte atual do LNLS. O projeto e a construção dos principais equipamentos são nacionais e financiados pelo governo federal. A luz síncrotron é produzida em aceleradores de elétrons de alta energia quando essas partículas são submetidas a desvios de trajetória sob a influência de campos magnéticos. Nos últimos 15 anos, o uso de luz síncrotron em pesquisas científicas e tecnológicas registrou um enorme avanço, inclusive no Brasil. Globalmente, tem-se observado um significativo aumento no número de usuários, incluindo empresas que passaram a fazer uso dessas instalações para estudos de fármacos, energia (catalisadores, baterias, células de combustível etc.), microeletrônica, petroquímica, metalurgia, cosméticos, alimentos e materiais (polímeros, cimentos e vidros, entre outros).

Recursos do PAC
Segundo Sibá Machado, autor do requerimento para a realização da audiência, o projeto do Laboratório Sirius prevê um acelerador de partículas do tipo sincrotron de última geração, sendo o mais sofisticado empreendimento tecnológico já concebido no Brasil, com investimento de R$ 1,7 bilhão. O projeto, inscrito no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), deverá entrar na fase de testes em 2018. Fontes de Luz Síncrotron são equipamentos de grande porte que produzem feixes de radiação eletromagnética de alta intensidade, usados para analisar as características microscópicas dos materiais, emitindo luz visível, infravermelho, ultravioleta e raios X.

A nova fonte de luz síncrotron brasileira terá capacidade para atender mais de 40 experimentos simultaneamente, praticamente o triplo da fonte atual. Além disso, ampliará a gama de aplicações ao estender o espectro de radiação para raios-X mais energéticos com brilho várias ordens de grandezas superior. “A nova fonte de luz síncrotron abrirá novas oportunidades de pesquisa e desenvolvimento para o país, que contribuirá para consolidar a trajetória do Brasil na direção de tornar-se uma das maiores economias do mundo”, afirma Sibá Machado.

Da Redação - AP


Ministro se reúne com institutos e pede união para recuperar investimentos em pesquisas

Ministro Gilberto Kassab se reúne com institutos de pesquisa durante Reunião da SBPC, em Porto Seguro (BA).

No encontro com dirigentes de institutos de pesquisa nesta segunda-feira (4), o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, reforçou que a recomposição orçamentária é prioridade da sua gestão e classificou como "cruzada" a união de esforços para retomar os investimentos no setor. O assunto foi discutido em Porto Seguro (BA), onde ocorre a 68ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O diálogo com os institutos de pesquisa, organizações sociais e agências de fomento vai continuar retomado em novo encontro já marcado para setembro.

"O papel político das suas instituições, com a credibilidade que vocês têm, é fundamental para somar esforços, para que seja potencializada essa verdadeira cruzada que temos que desenvolver a favor desse objetivo. Temos que mostrar que a nossa situação é específica e precisa efetivamente ser diferenciada. Se nós não estivermos coletivamente nesse processo, nós não teremos a mesma chance, o mesmo percentual de sucesso."

Para Kassab, a grande oportunidade da "cruzada" pode ser a próxima reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), instância presidida pelo presidente da República e composta por representantes do governo federal, do setor produtivo, da sociedade civil e das entidades de ensino, pesquisa, ciência e tecnologia. "Talvez esse dia seja o momento mais importante de colocarmos com muita maturidade e responsabilidade essa questão", propôs o ministro, em referência ao encontro do CCT, cuja regularidade será retomada.

Ele relatou aos dirigentes a "situação efetivamente crítica" provocada pela "queda brutal" do volume de recursos disponíveis nos últimos anos, sob risco de impedir a continuidade e o início de programas e projetos. "Nós tivemos um momento em que o ministério teve um orçamento de R$ 9 bilhões. E nós encontramos o orçamento com R$ 4 bilhões. É questão de bom senso entendermos que por mais que a conjuntura do Brasil seja difícil, e foi assim nos últimos anos, R$ 9 bilhões para serem destinados ao mundo da ciência, da tecnologia e da inovação são algo bastante razoável. Não é nenhum exagero."

Mais cedo, os dirigentes apresentaram projetos de seus institutos em visita de Kassab aos 28 estandes do pavilhão do MCTIC na mostra ExpoT&C, instalada no campus da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) em Porto Seguro.

 Fonte: MCTI

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Missão brasileira discute fluxo de recursos genéticos na Europa


Assessora da Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência, Manuela da Silva representou a Fiocruz nos debates (Foto: Divulgação).

Representantes da Fundação Oswaldo Cruz, do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações estão em missão oficial na Europa com o objetivo de discutir o intercâmbio e a utilização de recursos genéticos com a União Europeia. O encontro é um desdobramento do workshop internacional: Diálogo entre o Brasil e a União Europeia sobre o Protocolo de Nagoya – Construindo pontes para o intercâmbio de Recursos Genéticos, realizado entre 7 e 10/6, em Brasília.

Nos últimos dias 27 e 28 foi realizada a oficina Utilization of Brazilian Genetic Resources in the EU – understanding ABS expectations and legal requirements, organizada pelo Museu de História Natural em Londres, na Inglaterra. Na sequência, a missão oficial participou da reunião com os representantes dos países partes da União Europeia, especialistas em regulamentação de Acesso e Repartição de Benefícios, na Comissão da União Europeia em Bruxelas, na Bélgica. Em ambos os eventos, a representante da Fiocruz, Manuela da Silva, assessora da Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, apresentou a nova legislação brasileira (Lei 13.123/15 e Decreto 8.772/16) de acesso ao patrimônio genético e conhecimento tradicional associado e repartição de benefícios.

Os dois eventos têm como objetivo promover a continuação do diálogo entre especialistas e os governos do Brasil e da Europa sobre o desenvolvimento de mecanismos e ferramentas para facilitar o intercâmbio científico e tecnológico e de cooperação, na área de acesso a recursos genéticos e a repartição de benefícios. Os debates seguem os requisitos do Protocolo de Nagoya, instrumento jurídico internacional criado no âmbito do Convenção sobre Diversidade Biológica que já foi ratificado pela União Europeia e deve ser em breve ratificado pelo Brasil. Seu objetivo é fortalecer a capacidade regulatória do Brasil e da UE para promover a rastreabilidade dos recursos genéticos em toda a cadeia de pesquisa e desenvolvimento de produtos até a colocação do produto resultante no mercado consumidor. Esta rastreabilidade é essencial para permitir a repartição dos benefícios decorrentes da utilização dos recursos genéticos e/ou conhecimentos tradicionais associados, como rege a legislação brasileira e europeia.

Fonte: VPPLR/Fiocruz


Fiocruz capacita especialistas da América Latina contra o Aedes

Diante da emergência internacional de saúde pública causada pelo vírus zika, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçou a importância das ações para monitorar a resistência dos mosquitos Aedes aegypti a inseticidas utilizados em saúde pública e publicou um documento atualizando os procedimentos indicados para realização desta vigilância. Com o objetivo de disseminar essas práticas e avançar na formação de uma rede integrada de monitoramento nas Américas, foi iniciada, na última segunda-feira (27/6), uma oficina promovida pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), com apoio do Ministério da Saúde, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e do Instituto de Biologia do Exército (IBEx). O treinamento reúne, até sexta-feira (1º/7), entomologistas dos Ministérios da Saúde de onze países e conta com atividades teóricas e práticas coordenadas pelo Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores do IOC/Fiocruz.

A mesa de abertura do evento teve a presença do assessor regional de entomologia em saúde pública da Opas, Haroldo Bezerra; da assessora do Programa de Malária da OMS, Martha Quiñones; da vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação do IOC/Fiocruz, Elisa Cupolillo; dos pesquisadores do Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores, José Bento Pereira e Ademir Martins; e do diretor do IBEx, coronel Edson Pereira Filho. Representando a direção do IOC/Fiocruz, Elisa ressaltou a relevância da pesquisa científica para a saúde da população. “Esse treinamento é muito importante para os nossos países. O Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores atua na missão do IOC, unindo pesquisa, formação de recursos humanos e prestação de serviço à sociedade”, afirmou a vice-diretora. “Espero que o intercâmbio de conhecimento contribua para as políticas públicas de saúde em todos os países”, completou o coronel Edson.

Pressão seletiva
De acordo com José Bento Pereira, chefe do Laboratório e coordenador técnico da capacitação, a resistência está relacionada a características genéticas dos insetos, que permitem que eles sobrevivam aos inseticidas. Geralmente, ela é identificada apenas em alguns mosquitos de uma população. Porém, quando os inseticidas são aplicados indiscriminadamente, esses mosquitos sobrevivem e os genes da resistência tendem a ser mais frequentes nas gerações futuras, reduzindo a eficácia dos produtos. Detectar a resistência e identificar os mecanismos envolvidos é fundamental para o manejo dos inseticidas, incluindo a escolha dos produtos mais adequados e a realização de trocas quando necessário. “Com o uso racional de um inseticida, eliminamos a pressão seletiva do ambiente e o fenômeno de resistência pode ser revertido. O objetivo é evitar que ferramentas importantes no controle dos mosquitos sejam perdidas”, afirma o pesquisador.

Ao lado da vigilância, a aplicação correta e o uso racional dos inseticidas são considerados essenciais para evitar a disseminação da resistência. Uma das autoras do guia sobre monitoramento e manejo da resistência em mosquitos A. aegypti publicado pela OMS, Martha Quiñones lembra que os produtos disponíveis considerados seguros para a saúde humana são limitados, tornando a questão ainda mais importante. “Sem um uso adequado e racional dos inseticidas é difícil conseguir a redução das populações de mosquitos e, consequentemente, das doenças transmitidas por eles. Portanto, temos que assegurar um bom manejo e vigiar muito bem o surgimento da resistência entre populações de insetos, aplicando medidas para mitigar esse problema”, declarou ela. Nesse sentido, Ademir destaca que o controle mecânico dos criadouros do A. aegypti, evitando o acúmulo de água parada, é essencial. “O uso residencial de inseticidas também provoca pressão seletiva e estimula a disseminação da resistência. Precisamos preservar esses produtos para os momentos em que eles são realmente necessários ou ficaremos sem esta alternativa”, enfatizou ele.

Rede de vigilância
Além de apresentar as metodologias recomendadas na última publicação da OMS, o curso visa promover a troca de experiências entre os países. Segundo Haroldo Bezerra, da Opas, a maioria dos países da América Latina tem capacidade técnica para realizar a vigilância da resistência do A. aegypti a inseticidas. No entanto, é necessário avançar e fortalecer essa vigilância como uma rotina, padronizando os métodos, procedimentos e interpretação dos resultados, o que permite uma melhor comparação dos resultados e compartilhamento de informações. “Queremos estimular que as análises sejam consideradas pelos tomadores de decisão em cada país e, no futuro, formar uma rede integrada de monitoramento. Assim, podemos trabalhar conjuntamente na busca de soluções para o problema de resistência dos vetores aos inseticidas”, disse.

Entomologistas dos Ministérios da Saúde de Bolívia, Colômbia, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Peru, República Dominicana e Uruguai participaram do treinamento, que também teve a presença de um representante do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde do Brasil. Com presença endêmica do mosquito A. aegypti, todos esses países registram casos de dengue. Além disso, com exceção do Uruguai, todos passaram a ter também a circulação dos vírus chikungunya e zika nos últimos anos. Considerando as diferentes estratégias adotadas atualmente para o manejo dos inseticidas, os entomologistas acreditam que o curso e a futura criação de uma rede de vigilância nas Américas devem contribuir para o aprimoramento das ações de controle do vetor.

Na Guatemala, a coordenadora do programa de controle de vetores, Soledad Morales, diz que o monitoramento da resistência do A. aegypti aos inseticidas é realizado, mas sem periodicidade fixa. A expectativa é tornar essa ação sistemática após o curso. “O intercâmbio de informações e de tecnologias é muito importante, pois nos proporciona um melhor manejo integrado dos vetores”, avaliou Soledad. Já na República Dominicana, o responsável por entomologia e controle de vetores, Angel Solis, conta que o plano de vigilância passou a incluir o monitoramento da resistência do A. aegypti esse ano. Até 2015, o país trabalhava apenas com a vigilância de resistência nos mosquitos transmissores da malária. “Com esse curso, podemos começar a unificar os critérios e homogeneizar as técnicas para construir um verdadeiro programa internacional de vigilância da resistência”, ponderou Angel.

Maíra Menezes (IOC/Fiocruz)

MARIA DE FATIMA MARINHO DE SOUZA, foi exonerada do cargo de Diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis SAS/MS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

O MINISTRO DE ESTADO CHEFE DA CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. 1o do Decreto no 4.734, de 11 de junho de 2003,
resolve EXONERAR
MARIA DE FATIMA MARINHO DE SOUZA do cargo de Diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, código DAS 101.5, a partir de 30 de junho de 2016.
ELISEU LEMOS PADILHA

Saúde notifica 757 casos de caxumba de janeiro a junho

Vacina é a forma de prevenção da doença. Imunização está disponível na rede pública

De janeiro a junho, a Secretaria de Saúde notificou 757 pessoas com os sintomas de caxumba — febre, inchaço das glândulas salivares, calafrios, dor de cabeça e ao mastigar e engolir. Dessas, 737 ocorrências foram em moradores de Brasília — a maioria (467) em homens (o vírus pode infeccionar os testículos causando esterilidade). Os dados são do Boletim Epidemiológico nº 2, divulgado nesta quinta-feira (30).

Desde o início do ano, ocorreram 20 surtos isolados da doença em Brasília: 13 em escolas, três em residências, dois em complexos penitenciários e dois em outros locais não divulgados. Em junho, pelo levantamento, houve 12.

As regiões administrativas com o maior número de ocorrências são Ceilândia (133), Taguatinga (111), Guará (67) e Samambaia (66). Como medida de controle, a Vigilância Epidemiológica monitora os casos suspeitos.

Cuidados a serem tomados para evitar contaminação
Quanto há surto, a secretaria alerta para a necessidade de isolamento social dos pacientes de, no mínimo, dez a 15 dias — contados a partir dos primeiros sinais e dos sintomas da doença. Como a contaminação ocorre por meio de gotículas de salivas, devem-se evitar ambientes aglomerados e fechados e compartilhar copos e talheres. Também é importante ingerir líquidos.

Não existe um tratamento específico para a doença. O combate é feito pela vacinação ainda na infância. Na rede pública de saúde, a vacina tríplice viral (que protege contra caxumba, sarampo e rubéola) pode ser aplicada no primeiro ano de vida; a vacina tetra viral (caxumba, sarampo, rubéola e varicela) é dada a partir dos 15 meses de idade.
Para crianças e adolescentes até 19 anos, são duas doses do medicamento e, para pessoas de 20 a 49 anos, é apenas uma dose da vacina tríplice viral. A prevenção pode ser feita durante todo o ano nos centros de saúde.

Sintomas da caxumba
Febre, calafrios, dores de cabeça, musculares — ao mastigar ou engolir — e fraqueza são os sintomas mais comuns. A doença também é caracterizada pelo aumento de glândulas salivares, que fazem o rosto inchar.

A incubação do vírus — período de contaminação até aparecer os primeiros sintomas — pode variar de 12 a 25 dias. Em média, aparece por volta dos 16 a 18 dias.

Acesse a íntegra do Boletim Epidemiológico nº 2.



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