Destaques

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Zika, atenção em saúde, autismo e mal de Hansen na programação da VideoSaúde

Já está disponível no site do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) a programação de julho da VideoSaúde Distribuidora.
Na grade de exibição, constam o documentário Zika, que traz a história de mulheres do Nordeste do Brasil que tiveram suas vidas atingidas pelo vírus durante a gravidez e o projeto Arte, Cultura e Acessibilidade, iniciativa da UFRJ para estimular o desenvolvimento criativo, artístico e social de crianças e adolescentes com autismo.

Outra atração é o filme A Cidade, que conta a história de vida de portadores do mal de Hansen que foram isolados compulsoriamente, até os anos 70, numa pequena cidade do Rio Grande do Sul, que viria a se tonar a Colônia de Itapuã. 

Fechando o mês, o filme Atenção primária em saúde apresenta as experiências das equipes de profissionais de saúde do Paraguai, Argentina e Uruguai, que participaram do Estudo Multicêntrico em Atenção Primária em Saúde.

Para assistir os vídeos, sintonize na UTV-RJ, canal 11 da NET. Conheça a programação.





Mais Médicos - Ministro da Saúde defende prorrogação do Programa

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, defendeu a aprovação da Medida Provisória 713/2016 que prorroga por três anos o prazo a participação dos profissionais estrangeiros no Programa Mais Médicos sem necessidade da revalidação do diploma. A declaração de apoio ocorreu nesta terça-feira (5), em Brasília (DF), durante sua participação na Audiência Pública promovida pela Comissão Mista do Congresso Nacional que analisa a admissibilidade da MP.

“Atualmente, mais de 2,3 mil municípios contam exclusivamente com os profissionais do Mais Médicos. Ou seja, metade das cidades do Brasil possuem apenas esses médicos. É evidente a relevância do programa e de sua continuidade para a saúde de milhões de brasileiros”, afirmou o ministro.

A MP, que trouxe a possibilidade de prorrogar a permanência dos médicos brasileiros ou estrangeiros formados no exterior no Mais Médicos, foi proposta ao governo federal pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), pela Associação Brasileira de Municípios (ABM) e pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS). A previsão é que a Comissão vote o relatório ainda nesta semana e encaminhe para aprovação do plenário do Congresso Nacional.

De acordo com as entidades, muitas cidades dependem dos médicos intercambistas para manter os serviços básicos de saúde à população, sendo essencial a permanência dos médicos graduados fora do Brasil, que encerrariam o período de atuação em 2016. Os gestores também consideram que os significativos resultados gerados pela atuação dos profissionais justificam a prorrogação do tempo de atuação.

Durante a audiência, o ministro Ricardo Barros explicou que a aprovação da MP não vai interromper o diálogo permanente que estabeleceu com entidades a respeito do programa. “Para o Ministério da Saúde, esse é um atendimento realmente importante que tem resultado em alta aprovação por parte da população atendida, além de representar R$ 3 bilhões de investimento direto na saúde dos brasileiros” ressaltou Barros.

O PROGRAMA – Criado em 2013, o Programa Mais Médicos ampliou à assistência na Atenção Básica fixando médicos nas regiões com carência de profissionais. O programa conta com 18.240 médicos em 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), levando assistência para cerca de 63 milhões de pessoas.

Além do provimento emergencial de médicos, a iniciativa prevê ações voltadas à infraestrutura e expansão da formação médica no país. No eixo de infraestrutura, o governo federal está investindo na expansão da rede de saúde. São mais de R$ 5 bilhões para o financiamento de construções, ampliações e reformas de 26 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Já as medidas relativas à expansão e reestruturação da formação médica no país, que compõem o terceiro eixo do programa, preveem a criação, até 2017, de 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil vagas de residência médica para formação de especialistas com o foco na valorização da Atenção Básica e outras áreas prioritárias para o SUS.

Por Murilo Caldas, da Agência Saúde


NOVO secretario da SCTIE/MS - Marco Antônio de Araújo Fireman

Marco Antônio de Araújo Fireman
Ex-Diretor-Presidente da CBTU


É bacharel em Administração de Empresas, com especialização em Gestão Empresarial pela FGV. Tem sua carreira profissional construída por experiências na iniciativa privada e no setor público. Entre 1983 e 2007 exerceu diversas funções de relevância, tendo sido diretor da Óleos de Palma S/A, diretor da construtora Fireman & Peixoto Empreendimento, presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas (Ademi/AL), presidente da Associação Comercial de Maceió, vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria e Construção – CBIC, e presidente do Consórcio do Planejamento Estratégico da Cidade de Maceió.

Ao ingressar no governo do estado de Alagoas, em 2007, comandou a Agência de Desenvolvimento Urbano de Alagoas, incorporada no mesmo ano à secretaria de estado da Infraestrutura de Alagoas, órgão que dirigiu como secretário até 2014. Foi responsável pelas políticas de Habitação, Transporte, Saneamento e Infraestrutura Hídrica no estado de Alagoas. Presidiu, ainda, o Conselho de Administração da Companhia de Saneamento de Alagoas, o Conselho Estadual de Habitação, tendo sido vice-presidente do Fórum Nacional de Habitação, dentre outros cargos de destaque no âmbito da Administração Estadual.

Teste Rápido para Detecção de Infecção pelo Vírus da Hepatite - HBV

SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE
PORTARIA Nº 828, DE 5 DE JULHO DE 2016

Inclui Procedimento referente ao Teste Rápido para Detecção de Infecção pelo Vírus da Hepatite - HBV na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses/ Próteses e Materiais do SUS. O Secretário de Atenção à Saúde, no uso de suas atribuições,
Considerando o processo constante de atualização de procedimentos na Tabela de procedimentos SUS e a necessidade a de incorporar teste que possibilita ampliar o acesso ao diagnóstico das infecções causadas pelo vírus da hepatite B;
Considerando a edição da Portaria nº 25/SVS/MS, de 01 de dezembro de 2015, que aprova o Manual Técnico para o Diagnóstico das Hepatites Virais onde se preconiza o uso de teste rápido nos fluxogramas de diagnóstico de infecção pelo HBV não restringindo o profissional para realizá-los desde que seja devidamente capacitado; e
Considerando que o Ministério da Saúde adquire e fornece os testes rápidos para detecção de infecção pelo HBV que podem ser utilizados nas situações em que não há infraestrutura laboratorial disponível, resolve:

Art. 1º Fica incluído, na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses/Próteses e Materiais Especiais do SUS o procedimento relacionado no anexo desta Portaria.

Art. 2º Fica definido que não se restringirá qual Classificação Brasileira de Ocupação - CBO poderá realizar o teste incluído por esta Portaria.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

FRANCISCO DE ASSIS FIGUEIREDO ANEXO
Procedimento: 02.14.01.010-4 - TESTE RÁPIDO PARA DETECÇÃO DE INFECÇÃO PELO HBV Descrição Consiste em teste para detecção do antígeno de superfície do HBV (HBsAg) cuja realização não necessita de estrutura laboratorial. Dado a necessidade do monitoramento da testagem para hepatite B durante gravidez torna-se necessário realizar o registro de gestante por meio do BPA-I e preencher o campo CID com o código Z32.1 (gravidez confirmada). Instrumento de Registro 01- BPA - Consolidado, 02 - BPA- Individualizado, 05- AIH-Proc.Secundário Modalidade: 01 - Ambulatorial, 02- Hospitalar, 03- Hospital dia Complexidade: 01 - Atenção Básica Tipo de financiamento 07- Vigilância em Saúde Quantidade máxima Sexo Ambos Idade mínima 0 Mês (es) Idade Máxima: 130 Anos Valor Serviço Ambulatorial (SA) R$ 0,00 Valor Serviço Hospitalar (SH) R$ 0,00 Valor Serviço Profissional (SP) R$ 0,00 Valor hospitalar Total R$ 0,00 Sexo: Ambos CID CBO Atributo Complementar 009 - Exige CNS.

Comissão Permanente de Biovigilância - nomeados membros

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
PORTARIA N° 1.366, DE 5 DE JULHO DE 2016
O Diretor-Presidente Substituto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe confere a Portaria MS/GM nº 487, de 24 de abril de 2015, tendo em vista o disposto no art. 54, III, § 3º, aliado ao que dispõe o art. 52, IV, §1º do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, resolve:
Art. 1º Designar os membros titulares e suplentes, indicados pelas instituições convidadas a compor a Comissão Permanente de Biovigilância, de que trata a Portaria nº 1.365, de 05 de julho de 2016, de acordo com o Quadro 1 constante no Anexo desta Portaria.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação.
IVO BUCARESKY
ANEXO
Quadro 1 - Membros titulares e suplentes indicados pelas instituições convidadas a compor a Comissão Permanente de Biovigilância.
Instituições Profissionais indicados
ANVISA Ti t u l a r Suplente Gerência Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária – GGMON Patrícia Fernanda Toledo Barbosa (Presidente)
Maria Eugênia Carvalhaes Cury
Gerência de Hemo e Bio Vigilância e Outros Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária / Gerência Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância
Sanitária - GHBIO/GGMON
Lara Alonso da Silva Leonardo Oliveira Leitão
Gerência de Sangue, Tecidos, Células e Órgãos / Gerência Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos - GSTCO/GGMED
Marina Leal Bicelli de Aguiar Valéria Oliveira Chiaro
Gerência-Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde - GGTES
Marcelo Cavalcante de Oliveira Maria Dolores Santos da Purificacao Nogueira
Ministério da Saúde Ti t u l a r Suplente
Coordenação-Geral do Sistema Nacional de Transplantes - CGSNT/DAHU/SAS
Fernanda Santos Bordalo Taciana Ribeiro Silva Bessa
Secretaria de Estado de Saúde do Ceará Ti t u l a r Suplente
Central Estadual de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos para Transplantes do Ceará - CNCDO/CE
Eliana Régia Barbosa de Almeida Mônica Maria Paiva Lima
Secretaria de Estado de Saúde do Paraná Ti t u l a r Suplente
Centro Estadual de Vigilância Sanitária (CEVS/SESA-PR)
Ana Carolina Machado Gonçalves Pinto Renata Pavese
Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro Ti t u l a r Suplente
Superintendência de Vigilância Sanitária (SVS/SES-RJ)
Izilda Augusto dos Santos Karla Salles De Wolf
Secretaria de Estado de Saúde de Santa Catarina Ti t u l a r Suplente
Centrais Estaduais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CNCDO/SC)
Silvana da Silva Wagner Joel de Andrade
Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo Ti t u l a r Suplente
Centro de Vigilância Sanitária (CVS/SES-SP) Neide da Cruz Maria Isabel Santacruz Jimenez Marcatto
Sistema Estadual de Transplantes SETSP / SES - SP
Agenor Spallini Ferraz Celina Maia Cretella
Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre Ti t u l a r Suplente
Coordenação Geral de Vigilância em Saúde – Porto Alegre - CGVS/SMS/POA
Cinthia Alt Cavada Rosaura Carvalho Heck
Serviços de Saúde Transplantadores Ti t u l a r Suplente
Centro de Transplante de Medula Óssea / Instituto Nacional do Câncer - CEMO/INCA
Renato Azevedo Dos Santos Filho Simone Carreiro Brasil Banco de Tecidos / Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad – INTO Rafael Augusto Dantas Prinz Evlin Honorato Maia Milan Hospital Universitário de Brasília / Universidade de Brasília - HUB/UnB
Giuseppe Cesare Gatto Valéria Paes de Lima Fernandes Escola Paulista de Enfermagem / Universidade Federal de São Paulo - EPE/Unifesp
Bartira de Aguiar Roza Denise Kusahara Associação Brasileira de Transplante de Órgãos Ti t u l a r Suplente
Comissão de Infecção em Transplantes / Associação Brasileira de Transplante de Órgãos - C O I N T / A B TO
Lígia Camera Pierrotti Edson Abdala
Departamento de Coordenadoria de Transplantes /Associação Brasileira de Transplante de Órgãos - A B TO
Lúcio Filgueiras Pacheco Moreira Daniela Ferreira Salomão Pontes
Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular Ti t u l a r Suplente
Comitê de Hemoterapia e Terapia Celular
José Francisco Comenalli Marques Alfredo Mendrone Junior Sociedade Brasileira de Reprodução Humana Ti t u l a r Suplente
Comissão de Reprodução Humana Vinicius Medina Lopes Natalia Ivet Zavattiero Tierno Cabral
Conselhos de Classe Profissional Ti t u l a r Suplente
Conselho Federal de Medicina
Dirceu Greco –
Conselho Federal de Odontologia
Moira Pedroso Leão Leonel Alves de Oliveira

21ª Conferência Internacional (AIDS 2016) em Durban, África do Sul

ADELE SCHWARTZ BENZAKEN, Diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das DST/AIDS e Hepatites Virais, da Secretaria de Vigilância em Saúde, participará da 21ª Conferência Internacional (AIDS 2016) e pré-conferências associadas a ser realizada no Centro de Convenções Internacional de Durban, promovidas pela Sociedade Internacional de AIDS, e participar de reunião da Organização Mundial da Saúde - OMS "Tratar Todos Think Tank", em Durban, África do Sul, no período de 15 a 24 de julho de 2016, inclusive trânsito.

MARCO ANTONIO DE ARAUJO FIREMAN, nomeado Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde = SCTIE/MS

MINISTÉRIO DA SAÚDE
O MINISTRO DE ESTADO CHEFE DA CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. 1o do Decreto no 4.734, de 11 de junho de 2003,
resolve NOMEAR
MARCO ANTONIO DE ARAUJO FIREMAN, para exercer o cargo de Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, código DAS 101.6. ELISEU LEMOS PADILHA

Câmara aprova MP que destina R$ 420 milhões para combate ao zika vírus

A maior parcela (R$ 300 milhões) é direcionada à compra de repelentes para grávidas atendidas pelo Bolsa Família

Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Deputados aprovaram medida que libera recursos para ações de combate à microcefalia e ao mosquito Aedes aegypti

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (5) a Medida Provisória 716/16, que destina R$ 420 milhões do orçamento federal para ações de combate à microcefalia e ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, zika e febre chikungunya. A matéria será votada ainda pelo Senado.

A maior parte (R$ 300 milhões) foi direcionada para a compra de repelentes para grávidas atendidas pelo programa Bolsa Família. A distribuição do produto, a cargo do Ministério do Desenvolvimento Social, foi definida pelo governo em janeiro e é uma das frentes do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia.

O vírus zika é associado ao surto de microcefalia entre recém-nascidos que atingiu o País neste ano, principalmente na região Nordeste. Entre outubro de 2015 e o dia 22 de junho, foram confirmados 1.616 casos de bebês com microcefalia ou lesões no sistema nervoso, segundo o último relatório do Ministério da Saúde.

Defesa
A MP também destina R$ 70 milhões para o Ministério da Defesa. Os recursos serão usados para apoiar a operação das Forças Armadas no combate ao mosquito Aedes.
Já a pasta de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações foi contemplada com R$ 50 milhões, dinheiro que será utilizado em pesquisas para tratamento e diagnóstico da infecção causada pelo vírus zika.

Durante a análise na comissão mista, a MP recebeu parecer favorável da deputada Leandre (PV-PR).

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:
Reportagem – Janary Júnior
Edição – Pierre Triboli



terça-feira, 5 de julho de 2016

Mestrado profissional na área de saúde coletiva está com inscrições abertas

O Mestrado Profissional em Gestão de Tecnologia e Inovação em Saúde (MGTIS) do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP/HSL) já está com as inscrições abertas. Os candidatos, obrigatoriamente, deverão ter vinculação com o Sistema Único de Saúde (SUS). Com 24 vagas e não oneroso ao mestrando, o curso é resultado de parceria entre o IEP/HSL e o Ministério da Saúde, dentro do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).

Aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o mestrado é voltado para profissionais interessados em inovar, transformar e melhorar a qualidade do cuidado em saúde. Com duração de 02 (dois) anos, o Mestrado Profissional possibilita a troca de conhecimento com um corpo docente formado por doutores atuantes no próprio Hospital Sírio-Libanês, com grande experiência profissional na área de gestão.
O programa contribui de modo positivo para mudar a realidade e para o desenvolvimento da saúde coletiva no Brasil, preparando os participantes para produzir novos conhecimentos a partir da observação e reflexão de suas próprias práticas de trabalho.

"A cada dia temos novos desafios na área da saúde e, por isso, acreditamos na importância da formação de profissionais em busca de soluções, pensando ao mesmo tempo no futuro e no dia a dia", declara o diretor de Ensino e Pesquisa do IEP/HSL, Dr Luiz Fernando Lima Reis.

Entre os objetivos específicos está a formação de parcerias com instituições públicas e privadas, visando à melhoria de produtos ou processos técnico-científicos na área da saúde, por meio da capacitação de profissionais e da geração e aplicação de conhecimentos para o enfrentamento de problemas.

Os interessados em participar do processo seletivo devem realizar a inscrição até 15 de julho, preenchendo o formulário disponível no endereço:

É necessário escolher entre as opções da temática no qual o Trabalho de Conclusão de Mestrado poderá ser desenvolvido. Também são solicitados cópia do curriculum vitae, criado na Plataforma LATTES-CNPQ, carta de intenção e de disponibilidade, considerando o cronograma de atividades.

Todos os documentos deverão ser encaminhados para secretaria.iep@hsl.org.br ou entregues na Secretaria Acadêmica do IEP/HSL, até o dia 15 de julho de 2016.

Fonte: Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa


Combinação de medicamentos é aposta contra leishmanioses

Na busca por um tratamento para as leishmanioses que dispense o uso de injeções e tenha menos efeitos colaterais, pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) estudam o uso combinado de dois medicamentos que já estão disponíveis no mercado. Apesar de terem sido desenvolvidos para outros fins, o antidepressivo imipramina e o antifúngico miconazol têm potencial para agir contra os protozoários do gênero Leishmania, que causam a doença. Em um artigo publicado na revista Parasites & Vectors, os cientistas do Laboratório de Bioquímica de Tripanosomatídeos do IOC/Fiocruz apontam que esses fármacos de uso oral parecem agir através de mecanismos complementares. Os testes realizados em culturas de células – primeira etapa nas pesquisas de novos remédios – indicam que a combinação dos compostos permitiria utilizar doses reduzidas para combater os micro-organismos.

“Os produtos que já são licenciados passaram por testes de segurança que estão entre as etapas mais difíceis e caras do desenvolvimento de fármacos. Por isso, o reposicionamento de medicamentos é uma estratégia importante na busca por novas terapias, principalmente contra doenças negligenciadas como as leishmanioses”, explica Eduardo Caio Torres Santos, pesquisador do Laboratório de Bioquímica de Tripanosomatídeos do IOC/Fiocruz e coordenador do trabalho. “A imipramina e o miconazol são conhecidamente seguros. Ao associar as duas substâncias e reduzir as doses, podemos diminuir também os riscos de efeitos colaterais do tratamento”, acrescenta Valter Andrade Neto, pós-doutorando do mesmo Laboratório e primeiro autor do artigo.

Causadas por diferentes espécies de parasitos do gênero Leishmania, as leishmanioses podem se apresentar na forma cutânea, com feridas na pele; mucosa, com lesões na boca e no nariz; ou visceral, com danos em órgãos como fígado e baço. Em todos os casos, o tratamento da infecção costuma ser baseado nos antimoniais pentavalentes, uma classe de remédios utilizada desde a década de 1940, que pode causar diversos efeitos colaterais, incluindo danos ao coração, fígado, pâncreas e rins. Os remédios estão disponíveis apenas em formulações intravenosas e intramusculares, o que demanda a administração por um profissional de saúde. Além disso, nos casos em que os parasitos apresentam resistência aos medicamentos antimoniais, é necessário recorrer a fármacos ainda mais tóxicos, como a anfotericina B e a pentamidina.

Mecanismo de ação: achado inédito
Embora o potencial leishmanicida da imipramina tenha sido observado na década de 1980, seu mecanismo de ação contra os parasitos ainda não tinha sido descrito e a combinação com outras substâncias também nunca havia sido testada. Os experimentos feitos com a espécie Leishmania amazonensis – uma das causadoras da forma cutânea da infecção – apontam que o fármaco impede a síntese de uma molécula fundamental para a sobrevivência dos parasitos: o ergosterol, tipo de lipídeo que compõe a membrana dos micro-organismos, além de participar de vias de sinalização intracelular. De forma inédita, a pesquisa indica que a imipramina tem a capacidade de inibir uma enzima da L. amazonensis chamada de C24-metiltransferase, que atua na fase final da síntese do ergosterol. “Este é um alvo interessante porque o ergosterol não é produzido em células de mamíferos. Logo, um fármaco que afeta a síntese dessa molécula não deve prejudicar o organismo dos pacientes”, comenta Eduardo Caio.

Utilizado para combater infecções causadas por fungos, o miconazol também bloqueia a síntese do ergosterol nos parasitos, porém usando um mecanismo de ação diferente: ele age sobre a enzima conhecida como C14-desmetilase. De acordo com Valter, o fato de os dois fármacos atuarem em pontos distintos da mesma via bioquímica é positivo para o efeito antiparasitário. Nos testes, a combinação dos fármacos apresentou efeito aditivo, ou seja, a ação de um somou-se à do outro. “Verificamos que não existe antagonismo entre imipramina e miconazol. Com o efeito aditivo, existe o potencial de usar quantidades menores de cada um dos fármacos e obter um resultado melhor”, destaca o pós-doutorando.

Realizados com a forma amastigota do parasito L. amazonensis – a mesma etapa do desenvolvimento do parasito que é encontrada nos pacientes –, os experimentos mostraram que as doses isoladas de imipramina e miconazol necessárias para matar cerca de 50% dos parasitos têm a eficácia muito aumentada quando usadas em conjunto, chegando a eliminar 90% dos micro-organismos. Em comparação, para alcançar o mesmo resultado utilizando somente miconazol, seria necessário dobrar a dose. Os testes confirmaram ainda que as duas substâncias – tanto separadas, como combinadas – não apresentam efeitos tóxicos para os macrófagos, células de defesa dos mamíferos que são infectadas pelos parasitos.

Próximas etapas
Ressaltando que o estudo ainda está na fase inicial, os pesquisadores consideram que os resultados indicam que a imipramina pode ser útil para o tratamento das leishmanioses, principalmente através da combinação com outros medicamentos. Segundo eles, além de agir diretamente sobre as leishmânias, o fármaco possui a capacidade de inibir a chegada de colesterol até esses micro-organismos, o que pode contribuir para a eficácia da terapia – um aspecto que pretendem investigar nas próximas etapas do trabalho. “Assim como o ergosterol produzido pelos parasitos, o colesterol produzido pelas células dos mamíferos é uma molécula de lipídeo da classe dos esteróis. Em pesquisas anteriores, observamos que as leishmânias passam a captar mais colesterol quando a síntese do ergosterol é bloqueada por fármacos. Imaginando que esse pode ser um mecanismo de escape desenvolvido pelos parasitos, consideramos que a imipramina pode assumir um efeito ainda mais importante”, explica Valter.

Para Eduardo Caio, é possível que o antidepressivo se torne um coadjuvante na terapia das leishmanioses, potencializando o efeito de fármacos do grupo químico do miconazol – conhecidos como azóis. Segundo o pesquisador, as substâncias desse grupo são muito potentes contra os parasitos do gênero Leishmania nos testes em laboratório, mas alguns ensaios clínicos mostraram eficácia reduzida nos pacientes. “Os azóis são utilizados há muitos anos para o tratamento de infecções causadas por fungos. Se a associação com a imipramina conseguir resgatar esses medicamentos como opções terapêuticas para as leishmanioses, teremos um grande benefício”, afirma.

Leia mais na Agência Fiocruzde Notícias sobre as formas de transmissão, prevenção e tratamento das leishmanioses.

Maíra Menezes (IOC/Fiocruz)

Seminário apresenta resultados da avaliação do QualiSUS-Rede

A importância do componente da avaliação na estruturação, implementação e direcionamento das Redes de Atenção à Saúde no SUS estará em debate na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), na quinta-feira (7/7), durante o seminário Avaliação da Implementação das Redes de Atenção à Saúde: a experiência do QualiSUS-Rede. Coordenado pelo Laboratório de Avaliação de Situações Endêmicas Regionais (Laser/Ensp), o evento está marcado para as 9h, no Salão Internacional da unidade da Fundação, e terá participação de gestores, dirigentes e pesquisadores da Fiocruz, do Ministério da Saúde e do Banco Mundial.

A pesquisadora Luciana Dias Lima proferirá a conferência de abertura Perspectivas e Desafios da articulação das redes de atenção à saúde com a regionalização. "Esse seminário é importante para entendermos o quanto o componente de avaliação foi fundamental pelo seu caráter formativo e dinamizador nas regiões. Entre os resultados, nos chamou atenção o fato de o próprio QualiSUS ter cumprido com algo colocado desde o início: ser um indutor para a estruturação e organização das Redes", reconheceu a coordenadora da iniciativa na Ensp/Fiocruz, a pesquisadora Marly Marques da Cruz.

O QualiSUS-Rede é um projeto formalizado a partir de Acordo de Empréstimo com o Banco Mundial, com a finalidade de contribuir para a organização de Redes de Atenção à Saúde (RAS) no Brasil para somar esforços permanentes de consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto destinou-se a qualificação da atenção, da gestão em saúde e da gestão e desenvolvimento de tecnologias, por meio da organização de redes regionais e temáticas de atenção à saúde e qualidade do cuidado em saúde. Em uma de suas vertentes, foram implementados quinze subprojetos de redes de atenção à saúde (RAS) nos vários estados brasileiros, objeto da avaliação realizada, e foi incorporado à Fundação pela Vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz).

Vice-presidente da VPAAPS/Fiocruz, Valcler Rangel enalteceu a realização do seminário e destacou o papel da Fiocruz na avaliação de políticas do SUS. “É importante destacar a importância dos processos de avaliação de projetos na área de saúde. E também o fato de o uso das metodologias de avaliação serem utilizadas na validação dessas inciativas. Outra questão a ser ressaltada é a importância que esse instrumento traz no processo de discussão sobre a regionalização e o processo de organização de Redes no SUS. Como consequência disso, a Fiocruz, enquanto instância do Ministério da Saúde, demonstra o quanto pode contribuir na avaliação de políticas. Isso nos traz uma responsabilidade e ratifica nossa contribuição na avaliação de programas do SUS.”

Leia mais sobre o evento no site do Informe Ensp.

Informe Ensp


Publicada lista de selecionados para especialização em Economia da Saúde

A especialização em Economia da Saúde, promovida pelo Ministério da Saúde - por meio do Departamento de Economia da Saúde, Investimentos e Desenvolvimento (DESID/SE/MS) - e a Universidade Federal de Goiás (UFG), já tem a lista de candidatos selecionados, que pode ser conferida aquiE é preciso ficar atento, porque o período de matrícula começa nesta terça-feira (5/7) e termina nesta sexta (8/7).

Os selecionados deverão enviar os documentos descritos logo abaixo via Correios (SEDEX ou carta registrada) para o seguinte endereço: Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública - A/C Raionny Fernandes, Sala 411. Rua 235, s/n - Setor Universitário / Goiânia - GO. 74605-050.

Serão aceitos documentos postados até o último dia de matrícula, para a qual são exigidos os seguintes documentos:
a) O requerimento em formulário próprio da Secretaria do Curso, disponível em economiadasaude.iptsp.ufg.br/;
b) Cópia do documento de identidade e do CPF;
c) Cópia do Visto RNE para estrangeiros residentes no País;
d) Duas fotos 3x4, recentes;
e) Cópia da certidão de casamento, caso haja alteração no nome da(o) candidata(o).
→ Para mais informações, acesse o Edital pelo website Curso de Especialização em Economia da Saúde ou entre em contato pelo e-mailadm.iatsufg@gmail.com ou telefone (62) 3209.6544, entre 8h e 12h.

Curso
A especialização Economia da Saúde será realizada entre 1º de agosto de 2016 e 18 de setembro de 2017, com carga horária de 364 horas no total, em aulas ministradas em ambiente virtual EAD. Haverá de 5 a 6 encontros presenciais periódicos em Brasília. Seu público-alvo prioritário são: 1) profissionais com vínculo de trabalho junto ao SUS. 2) com atividade profissional relacionada à economia da saúde e/ou incorporação de tecnologias em saúde, ou atividades relacionadas a instrumentalização de gestores nesse sentido. 3) profissionais com nível superior completo e graduação em cursos da área de economia, saúde e áreas afins, reconhecidos pelo MEC. É necessário conhecimento básico em saúde pública, saúde coletiva e gestão de saúde no SUS.

Texto: Departamento de Economia da Saúde, Investimentos e Desenvolvimento (DESID/SE/MS)

Edição: Comunicação Interna/ASCOM/GM/MS


Calendário Agenda