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quinta-feira, 7 de julho de 2016

INCA participa de publicação da IARC sobre rastreamento de câncer de mama

A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês), da Organização Mundial da Saúde (OMS), acaba de lançar a publicação IARC Handbook of Breast Cancer Screening, que avalia diferentes métodos de rastreamento do câncer de mama em relação aos possíveis benefícios e malefícios. O INCA foi o único representante do Brasil no processo de revisão, que reuniu 29 profissionais de 16 países, e atualiza a última publicação de 2002.

O tecnologista Ronaldo Corrêa, da Coordenação de Prevenção e Vigilância (Conprev) do INCA, participou do grupo de trabalho. "A publicação contribui para o controle do câncer de mama no mundo e reforça a inserção do INCA em iniciativas globais como esta. A partir da avaliação crítica de estudos clínicos e das experiências de outros países que implementaram programas de rastreamento, o grupo de trabalho avaliou o impacto de cada um deles na redução da mortalidade do câncer de mama (benefício) e os eventos adversos (malefícios) associados, e fez um balanço global entre os benefícios e malefícios de cada método", explica Ronaldo.

Segundo Ronaldo, as evidências apresentadas no livro têm vários pontos em comum com as Diretrizes do INCA/Ministério da Saúde para a Detecção Precocedo Câncer de Mama (2015) em relação ao rastreamento como: evidência suficiente que o rastreamento do câncer de mama feito com a mamografia em mulheres com idade entre 50 e 69 anos reduz a mortalidade do câncer de mama e evidência inadequada que o rastreamento com autoexame das mamas ou exame clínico reduza a mortalidade.

Fonte: INCA

SUS passa a oferecer teste rápido para detectar hepatite

Teste é essencial para ampliar o acesso ao diagnóstico das infecções causadas pelo vírus da hepatite B

O Diário Oficial da União publica, na edição desta quarta-feira (6), portaria que inclui na tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) o teste rápido para detectar infecção pelo vírus da hepatite.

Segundo o texto, o Ministério da Saúde destacou a necessidade de incorporar o teste para ampliar o acesso ao diagnóstico das infecções causadas pelo vírus da hepatite B.

A Sociedade Brasileira de Hepatologia alerta para a importância de exames que identifiquem a hepatite viral de maneira precoce. De acordo com o ex-presidente e atual conselheiro da entidade Raymundo Paraná, as hepatites são situações em que o fígado se encontra inflamado.

Se forem crônicas, as hepatites podem levar o fígado a sofrimento, e a resposta a esse sofrimento é a produção de tecido cicatricial (fibrose) dentro do órgão. A fibrose pode evoluir para uma cirrose hepática, no futuro, com a continuada agressão ao fígado.

Fonte: Portal Brasil, com informações da Agência Brasil


Medicamentos com Descontos: Saiba como retirar pelo Programa Farmácia Popular

Até 2006, o Programa Farmácia Popular disponibilizava , em todo o país, medicamentos para hipertensão e diabetes com até 90% de desconto. A partir de 2011, essa oferta passou a ser gratuita. Atualmente, por meio das farmácias credenciadas no “Aqui tem Farmácia Popular”, a população pode adquirir 14 medicamentos para diabetes,  asma e hipertensão sem custo. Além disso, são ofertados descontos de até 90% em 10 medicamentos para rinite, dislipidemia, Parkinson, osteoporose, glaucoma, contraceptivos e também fraldas geriátricas. Esse benefício não está direcionado somente aos usuários  do Sistema Único de Saúde (SUS). Isso significa que, mesmo estando em mãos com uma receita de uma clínica ou médico particular, quem precisar adquirir esses medicamentos poderá contar com os descontos do Programa.
Quais são as doenças que são abordadas no Farmácia Popular?
No Programa Farmácia Popular estão disponíveis medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma.  Além disso, são ofertados com até 90% de descontos medicamentos para o tratamento de rinite, dislipidemia, mal de Parkinson, osteoporose, glaucoma, além de contraceptivos e fraldas geriátricas para incontinência.

Como saber se o medicamento que tomo está disponível para mim?
Na página do Ministério da Saúde você tem acesso a todos os medicamentos que fazem parte do Programa. Basta clicar AQUI.

Esses medicamentos são ofertados por princípio ativo. Por exemplo, para hipertensão está disponível o “Losartana Potássica”. Para esse princípio ativo há várias opções de medicamentos com nomes “de marca” e genéricos no mercado. O paciente deverá verificar junto à farmácia credenciada quais são as opções disponibilizadas para aquisição daquele princípio ativo.

Todas as farmácias terão disponíveis todos os medicamentos existentes no mercado?
O Farmácia Popular é uma parceria voluntária de farmácia privadas com o Ministério da Saúde  que escolhem quais itens  estarão disponíveis nos estabelecimentos.  Por essa razão, caso o paciente não esteja satisfeito com as opções disponíveis em uma farmácia poderá recorrer a outra para adquirir o medicamento desejado.

Quais documentos são necessários para ser beneficiado pelo Programa Farmácia Popular? É preciso fazer algum cadastro?
Não é necessário fazer cadastro! Você precisa apresentar à farmácia escolhida, para a retirada do medicamento, a receita médica e um documento oficial com foto no qual conste o seu número de CPF, como a certeira de motorista, por exemplo. A farmácia irá verificar seus dados, os dados da receita e, em seguida, acessar o sistema de vendas do Programa Farmácia Popular. Após concluir a venda, serão emitidos 02 cupons: Cupom Fiscal e Vinculado.

O Cupom Vinculado deve ser obrigatoriamente assinado pelo próprio paciente e deverá ser preenchido com o seu endereço no momento da compra. Serão emitidas duas vias (uma via ficará com você e outra com a farmácia).

O estabelecimento irá tirar uma cópia da receita médica para deixar armazenado junto aos cupons.

ATENÇÃO! A receita original não poderá ser deixada na farmácia e sim,  apenas a cópia que deve ser feita pelo próprio estabelecimento !

Quais informações devem conter na receita médica para que seja válida para a aquisição dos medicamentos? A receita tem prazo de validade?

A receita do medicamento deve conter o nome completo do médico, número e UF do registro junto ao Conselho Federal de Medicina,  endereço do estabelecimento de saúde, data da prescrição, nome e endereço do paciente. A receita tem validade de 180 dias a partir da data da emissão. Somente no caso de anticoncepcionais a validade da receita é de 1 (um) ano.

Em casos de pacientes acamados com impossibilidade ou dificuldade de assinar o recibo, como será feita a aquisição dos medicamentos?
Nesse caso, é importante ressaltar que Certidão de casamento, declaração do paciente, procuração particular sem firma reconhecida não possuem validade e não podem ser consideradas na compra. Caso o paciente esteja incapacitado de assinar uma procuração particular, será necessário obter esse tipo de documento por meio de sentença judicial. Para isso, o usuário poderá buscar amparo na Defensoria Pública do estado em que vive.

Já nas situações em que o usuário for analfabeto e/ou cadeirante poderá ser feita uma “Procuração a Rogo”, que é a denominação dada à procuração passada por aqueles que não sabem ou não podem escrever, os analfabetos ou aqueles que não possam manifestar a sua vontade por intermédio da escrita. Nesses casos, a procuração deverá obrigatoriamente ser outorgada por instrumento público.

Pai ou mãe podem comprar para o filho menor de 18 anos?
Os pais podem comprar um medicamento para o filho (com até 17 anos de idade) pelo Programa Farmácia Popular, porém,  a autorização deve ser realizada no CPF do menor. Caso o filho ainda não tenha sido cadastrado, a venda pode ser feita no CPF da mãe ou do pai, porém as farmácias devem orientar que o documento seja providenciado, uma vez que os medicamentos possuem uma liberação máxima mensal.

No caso de vendas realizadas para o filho sem CPF, a farmácia precisará arquivar a cópia do CPF e Documento de Identidade dos pais (pai ou mãe que estiver comprando), e, ainda, a cópia da certidão de nascimento do filho.

Gabi Kopko, para o Blog da Saúde.


Nefrologia Multidisciplinar abre inscrições para quatro novos cursos


A Universidade Federal do Maranhão (UNA-SUS/UFMA) abre, nessa terça-feira (5/7), as inscrições para quatro cursos do Projeto de Qualificação em Nefrologia Multidisciplinar. São eles: Terapia Renal Substitutiva; Abordagem nutricional ao paciente com doença renal crônica (DRC); Abordagem farmacêutica na DRC; A Interdisciplinaridade no cuidado ao paciente com DRC.

As inscrições podem ser realizadas até 30 de novembro, pelo site.

Os cursos possuem carga horária de 30h cada, são gratuitos e oferecidos na modalidade autoinstrucional, ou seja, sem a mediação de tutores.

O primeiro curso abordará as terapias renais substitutivas: hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal e discorre sobre suas indicações, contra-indicações e legislação relacionada. Também serão trata das ações educativas que podem ser realizadas para a promoção da qualidade de vida do paciente com doença renal crônica. Para se inscrever, acesse o link.

Já o que versa sobre Abordagem nutricional ao paciente com DRC trata da avaliação e diagnóstico nutricional na DRC, bem como das principais estratégias nutricionais para a prevenção e controle nos grupos de risco e na população em geral. Para se matricular, clique aqui.

O curso Abordagem farmacêutica na DRC alude sobre os medicamentos mais utilizados no tratamento da doença, suas reações adversas, modos de conservação e armazenamento e sobre a importância da adesão terapêutica. Discorre ainda sobre as principais drogas nefrotóxicas utilizadas na prática clínica, seus mecanismos de toxicidade renal e medidas nefroprotetoras. Para se inscrever, clique aqui.

E o curso A Interdisciplinaridade no cuidado ao paciente com DRC apresenta a constituição da equipe interdisciplinar e suas atribuições junto ao portador da enfermidade.  Além disso, abordará aspectos sobre a aplicação dos princípios da Política Nacional de Humanização (PNH) junto ao paciente com doença renal crônica, à família e à equipe de saúde.  Também será apresentada a realidade vivenciada por famílias quando um dos membros apresenta o diagnóstico de DRC. Clique aqui para realizar sua inscrição.

Para se certificar, o aluno deve realizar as atividades propostas com aproveitamento igual ou superior a 70% para a obtenção da certificação.

O Projeto de Qualificação em Nefrologia Multidisciplinar é uma iniciativa de formação em larga escala, fruto da parceria da Universidade Federal do Maranhão com as de Secretarias de Atenção à Saúde (SAS) e de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), e conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), por meio do Departamento de Prevenção de Doenças Renais.

Para mais informações, acesse: http://www.unasus.gov.br/cursos/nefrologia.

Fonte: UNA-SUS/UFMA


Interações entre Zika e dengue serão estudadas durante testes de vacina brasileira

Pesquisadores do Instituto Butantan avaliarão as possíveis interações entre os vírus Zika e o da dengue durante os testes em humanos da primeira vacina brasileira contra a dengue, que estão em andamento.
O anúncio foi feito por Paulo Lee Hoo, diretor da Divisão de Desenvolvimento Tecnológico e Produção (DDTP) do Instituto Butantan, em mesa-redonda sobre gargalos na produção de vacinas da dengue, chikungunya e Zika, realizada durante a 68ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre até o próximo sábado (09/07) no campus de Porto Seguro da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).
De acordo com Hoo, a ideia do estudo é verificar se a infecção pelo vírus da dengue facilita o contágio pelo vírus Zika, entre outras possíveis interações dos dois flavivírus, que são muito parecidos.
“O ensaio clínico de fase 3 [em humanos] da vacina da dengue será a única oportunidade que teremos para estudar as possíveis interações recíprocas entre o vírus da dengue com o Zika”, disse Hoo à Agência FAPESP.
Segundo o pesquisador, os 17 mil voluntários participantes dos ensaios clínicos da vacina da dengue, distribuídos em 13 cidades nas cinco regiões do país, serão acompanhados por uma equipe médica por cinco anos para verificar se a vacina é capaz de protegê-los ao longo desse período de tempo.
Nessa fase de acompanhamento, os pesquisadores pretendem observar se, além da dengue, os voluntários tiveram contato com o Zika vírus e quais foram os efeitos clínicos.
“Teremos a oportunidade de encontrar efeitos que provavelmente não seriam achados se essas pessoas não fossem acompanhadas sistematicamente”, avaliou Hoo.
Estudos publicados recentemente indicaram que uma pessoa infectada pelo vírus da dengue pode ser mais vulnerável ao Zika vírus, uma vez que anticorpos produzidos para combater subtipos do vírus da dengue se ligam às partículas virais do Zika de uma forma incompleta, facilitando a ação do último.
Os estudos, contudo, foram realizados in vitro, usando o plasma sanguíneo de pessoas infectadas pela dengue e linhagens de células humanas.
“Pode ser que na infecção natural, em humanos, aconteça de forma um pouco diferente”, estimou Hoo. “Mas, se realmente for assim, será preciso desenvolver uma vacina contra os quatro tipos de dengue mais o Zika”, estimou.
Vacina contra o Zika
Além da vacina contra a dengue, desenvolvida em parceria com os National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos – cuja terceira e última fase de testes foi iniciada no começo de julho –, o Instituto Butantan também pretende desenvolver uma vacina contra o vírus Zika.
Algumas das possibilidades que têm sido estudadas pelos pesquisadores da instituição, de acordo com Hoo, são uma vacina de quimera, outra com vírus inativado e uma terceira com vírus atenuado.
Para desenvolver a vacina de quimera, os pesquisadores pretendem substituir proteínas pré-membrana (prM) do vírus da dengue pelas do Zika.
Já para elaborar a vacina com vírus inativado, eles pretendem usar vírus não infectantes. Para isso, estão tentando fazer crescer os vírus em meio de cultura, para depois purificá-los e inativá-los em laboratório.
E, para desenvolver a vacina com o vírus atenuado, os pesquisadores têm a intenção de fazer modificações no genoma do Zika para atenuar a ação do vírus.
“Também estamos tentando entender um pouco melhor a biologia do Zika, sua interação com o hospedeiro e contribuir tanto na parte de diagnóstico sorológico da infecção pelo vírus – uma vez que estamos produzindo anticorpos monoclonais –, como também em terapias, usando anticorpos produzidos por animais ou antivirais”, afirmou.
A fim de desenvolver uma vacina de Zika com vírus inativado, o Instituto Butantan fechou, no final de junho, parceria internacional com o Biomedical Advanced Research and Development Authority (BARDA) – um órgão do Ministério da Saúde dos Estados Unidos (HSS, na sigla em inglês) (Leia mais em http://agencia.fapesp.br/23455/).

Também no final de junho, um grupo de pesquisadores brasileiros e norte-americanos anunciou, em um artigo publicado na revistaNature, ter desenvolvido formulações de vacinas com modificações nas proteínas pré-membrana (prM) e proteína do envelope (E) do Zika que foram capazes de proteger camundongos da infecção pelo vírus.

O grupo também produziu uma vacina com vírus purificado e inativado do Zika, que se mostrou capaz de proteger camundongos contra a viremia – progressão da carga viral. (Leia mais em: http://agencia.fapesp.br/23465/).
“Os resultados desse estudo são muito importantes e devem nos ajudar no desenvolvimento da vacina do Zika”, avaliou Hoo.
No Brasil, a pesquisa foi realizada no âmbito da Rede de Pesquisa sobre Zika Vírus em São Paulo (Rede Zika), com apoio da FAPESP.
E os estudos iniciais que resultaram no desenvolvimento da vacina contra a dengue pelo Instituto Butantan também tiveram apoio da FAPESP.

Vigilância epidemiológica é tema de encontro promovido pelo DDAHV

Durante três dias, representantes de saúde de todos os estados e capitais irão debater o cenário da sífilis e do HIV/aids no país 

No primeiro dia da Reunião Nacional Sobre Vigilância Epidemiológica da Sífilis e do HIV no Brasil, nesta terça-feira, 5, foram debatidos temas como a notificação do HIV/aids e dispensação de ARV vinculada à notificação compulsória; a situação e as tendências da vigilância epidemiológica do HIV/aids no Brasil; o sistema de informação de agravos de notificação; o cenário da transmissão vertical da sífilis e do HIV no Brasil e as estratégias para enfrentamento dessas doenças.

“Vamos apresentar aos estados e municípios os dados atualizados da situação do HIV/aids e da sífilis no país e, a partir dessas informações, poderemos debater as propostas e superar os desafios de cada região, de cada situação e de cada realidade”, destacou a diretora do DDAHV, Adele Benzaken. As ações em conjunto do Departamento com os estados nas Cooperações Interfederativas foram citadas como exemplo pela diretora. “Os planos de trabalho propostos junto aos estados que contam com essa parceria (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Amazonas) servem para alavancar, para capacitar os estados no enfrentamento aos índices das doenças”.

O objetivo da reunião, além de apresentar o cenário epidemiológico nacional da transmissão vertical da sífilis e do HIV no Brasil, é discutir as diretrizes nacionais da vigilância epidemiológica da transmissão vertical da sífilis e do HIV e atualizar profissionais da área em análise básica de informações epidemiológicas.

Participam do evento, que vai até o dia 7, os representantes dos Conasems das 27 capitais brasileiras e dos Conass dos 26 estados e do Distrito Federal. Estiveram presentes à abertura a diretora do DDAHV, Adele Benzaken; a assessora técnica do Conasems Denise Reinehart; o secretário executivo do Ministério da Saúde, Antônio Nardi; o secretário substituto de Vigilância em Saúde Alexandre Fonseca Santos; o diretor-adjunto do DDAHV, Marcelo Freitas; o assessor técnico do Conass, Nereu Henrique Mansano.
Ao longo do primeiro dia, também foram debatidas a ampliação da testagem para diagnóstico da sífilis e do HIV; as diretrizes clínicas para prevenção da transmissão vertical do HIV e da sífilis; e a situação atual das penicilinas e o enfrentamento da sífilis.

AGENDA - Para o segundo dia do evento, na quarta-feira, 6, estão previstos painéis com temas voltados à prevenção e eliminação da transmissão vertical da sífilis e do HIV; os protocolos de investigação da transmissão vertical e o diagnóstico dos comitês de investigação; as estratégias para impacto da prevenção e eliminação já realizados em Belo Horizonte e Fortaleza; a proposta de validação da eliminação da transmissão vertical da sífilis congênita e do HIV por município; o aprimoramento da vigilância epidemiológica e a redução da transmissão vertical da sífilis e do HIV; a dispensação de antirretrovirais e a notificação compulsória do HIV/aids; as discrepâncias da notificação da sífilis congênita e materna com aprimoramento do pré-natal; os desafios para implementação dos comitês de investigação de transmissão vertical e também para a validação da eliminação da transmissão vertical da sífilis congênita e do HIV. Ao final do segundo dia, será realizada plenária com apresentação e discussão das recomendações estratégicas para a aceleração e inovação na redução e eliminação da transmissão vertical da sífilis e do HIV no Brasil.

Assessoria de Comunicação
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais

Conheça também a página do DDAHV no Facebook:
https://www.facebook.com/DSTAidsHV


Ministro apresenta ações de gestão e promoção à saúde a senadores

Ricardo Barros explicou, na Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal, medidas em curso para aperfeiçoar e qualificar a rede, promovendo a saúde da população.
“A minha prioridade é a gestão. Com boa gestão se pode produzir mais”, declarou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a senadores presentes na Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal, nesta quarta-feira (6). O ministro apresentou as ações que estão sendo desenvolvidas para melhorar a eficiência do gasto público e de promoção à saúde da população, reafirmando o compromisso com os princípios constitucionais do Sistema Único de Saúde (SUS) de universalidade, equidade e integralidade e, ainda, com a qualidade dos serviços prestados.
“As limitações orçamentárias não nos permitem fazer tudo o que gostaríamos, mas faremos o melhor com os recursos que já temos. Vou procurar fazer com que os recursos aplicados comecem dar retorno para a sociedade, garantir que o que está sendo gasto seja bem gasto, com qualidade. Temos capacidade de produzir mais com o mesmo. Assim, primeiro, vamos otimizar o que temos, fazer bom uso desses recursos. Em seguida, vamos buscar mais recursos para a saúde”, disse.
Barros também apresentou o retrato das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) no país. Segundo mapeamento, 72 estão concluídas, mas não estão em funcionamento, sendo 66 já equipadas. Outras 357 estão em obras e 397 estão em funcionamento com custeio do Ministério da Saúde. “Muitas UPAS foram destinadas a municípios que não têm capacidade de contrapartida para aquele tamanho de serviço. Por isso, estamos pedindo a requalificação dessas estruturas para outros tipos de atendimento junto ao TCU. Muitas UBS também estão prontas e não funcionam porque os municípios já estão no limite prudencial para gastar com pessoal e não têm capacidade de contratar profissionais”, explicou.
O ministro também citou algumas propostas já em andamento na sua gestão, como o estabelecimento de métricas de desempenho no setor público seguindo o princípio constitucional da eficiência, e a informatização de sistemas da saúde, com adesão ao prontuário eletrônico do paciente que evita repetição de exames e dispensação duplicada de medicamentos. Para isso, o Barros disse que é fundamental o apoio dos gestores municipais e estaduais e profissionais de saúde. “As decisões tomadas serão sempre pactuadas com os prestadores de serviços, prefeitos e profissionais de saúde porque são eles que prestam o serviço à população. O nosso formato de discussão da saúde é sempre pactuar com todos os setores envolvidos”, destacou.
Sobre o orçamento da saúde para este ano, Barros lembrou que conseguiu a recomposição de R$ 5,6 bilhões que haviam sido contingenciados para honrar com compromissos assumidos em 2016, especialmente na área de urgência e emergência junto a estados e municípios.
O ministro também detalhou investimentos em pesquisas para desenvolvimento de vacinas contra o vírus Zika e da dengue e as ações desenvolvidas para garantir a saúde da população brasileira, atletas e turistas durante os jogos olímpicos e paralímpicos. “Fui a Assembleia Mundial da Saúde e a sede do Comitê Olímpico Internacional em Genebra e expliquei todas as medidas que estamos adotando e recebemos nota de apoio tanto OMS quanto do comitê olímpico internacional. Há tranquilidade em que o risco de transmissão do vírus Zika durante os jogos é muito baixo”, informou.
Por Amanda Costa, da Agência Saúde 

Ministério da Saúde libera R$ 11,7 milhões para hospitais universitários na região Sul

Recursos vão ampliar o acesso a atendimentos e qualificar os serviços oferecidos pelas unidades. Neste ano, em todo o País, já foram repassados R$ 360 milhões aos hospitais de ensino.

Hospitais universitários da região Sul receberam reforço de R$ 11,7 milhões do Ministério da Saúde para ampliação e qualificação dos atendimentos prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os recursos já estão disponíveis e podem ser utilizados para qualificação da assistência e aumento do acesso da população aos serviços oferecidos. Ao todo, sete hospitais foram beneficiados com os recursos. 

Os recursos federais foram liberados por meio do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF). Desenvolvido desde 2010 em parceria com o Ministério da Educação e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), o REHUF já possibilitou investimento de aproximadamente R$ 3 bilhões nos hospitais universitários, somente por parte do Ministério da Saúde. Com isso, as universidades mantenedoras desses estabelecimentos ganham maior capacidade orçamentária para estimular a oferta de ensino, pesquisa e atendimento de qualidade. 

Aprovados em lei orçamentária, os valores são pagos pelo Ministério da Saúde, em parcela única, para as instituições universitárias que comprovaram o cumprimento das metas de qualidade relacionadas a porte e perfil de atendimento, capacidade de gestão, desenvolvimento de pesquisa e ensino e integração à rede do SUS. Os créditos para as universidades foram garantidos pelas portarias 832/16, 3015/15, 2458/13 e 2586/13, que constam no Diário Oficial da União. Os pagamentos foram efetuados pelo Fundo Nacional de Saúde no último dia 30 de junho.

De acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, o montante vai permitir à população maior acesso aos serviços oferecidos pelas unidades e estruturação das suas atividades. “Os hospitais universitários têm a missão de ser um local de ensino ao mesmo tempo em que realizam procedimentos hospitalares e ambulatoriais. O repasse desses recursos vai qualificar os atendimentos e o conhecimento, resultando em maior qualidade e oferta de atendimentos pelo SUS”, destacou.

Em 2015, foram realizados mais de 23 milhões de atendimentos ambulatoriais e internações pelos hospitais universitários do país, resultando em um investimento de R$ 828,3 milhões do Ministério da Saúde para o custeio desses serviços. 

REHUF - De 2010 a 2015, o Ministério da Saúde repassou mais de R$ 2,6 bilhões aos 49 hospitais universitários de todo o país inscritos no REHUF. No ano passado, foram mais R$ 344 milhões a esses estabelecimentos, além de outros R$ 1,4 bilhão de incentivos a essas unidades. Além de ser aplicado em pesquisas e na melhoria da qualidade da gestão e do atendimento, o REHUF também pode ser utilizado para reformas e aquisição de materiais médico-hospitalares, entre outras ações, conforme a necessidade e o planejamento da instituição. Os repasses liberados este ano já superam R$ 360 milhões.

UF
UNIDADE HOSPITALAR
TOTAL (R$)
PR
HOSP. DE CLIN. UF DO PARANÁ
2.457.736,77
PR
MATERNIDADE VITOR FERREIRA DO AMARAL (UFPR)
683.966,66
RS
EMPRESA BRAS. DE SERVIÇOS HOSP. (EBSERH)
851.062,99
RS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE (FURG)
3.354.765,41
RS
HOSP. DAS CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE (HCPA)
2.197.338,63
RS
HU ESCOLA UNIV. FED. DE PELOTAS
1.834.595,69
SC
HU POLYDORO (UFSC)
340.032,36
TOTAL
11.719.498,50

Por Diogo Caixote, da Agência Saúde


Cadastro de produtos médicos está em consulta pública

A Anvisa divulgou, na quinta-feira (23/6), o Guia Orientativo para elaborar o Dossiê Técnico com as atuais definições de cadastro de dispositivos médicos. O Guia é um documento feito pela Anvisa buscando instruir e esclarecer as empresas e profissionais em como devem ser organizadas as informações sobre o cadastramento de produtos.
O Dossiê Técnico define um conjunto de informações, padroniza a forma de sua disposição e cobre o cadastro de produtos de baixo risco, classificados na Classe I e II estabelecido pela RDC 40/2015.
Conheça mais Detalhes
O Guia Orientativo tem efeito imediato, mas está aberto ao envio das contribuições até o dia 21 de setembro, por meio do preenchimento do formulário.
Para mais informações sobre o assunto, acesse a página do Guia no site da Anvisa.  

Reunião Butantan com Ministro da Saúde

Confira aqui.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Pacientes com Linfoma não-Hodgkin têm assistência garantida no SUS

Linfomas são tumores malignos que podem aparecer nos gânglios (também chamados linfonodos). Esses gânglios ou linfonodos têm a função importante de combater infecções. E o linfoma Não Hodgkin (LNH) possui uma classificação com mais de 20 subtipos diferentes, que exigem diferentes protocolos de tratamento curativo ou que proporcionem aumento de sobrevida do paciente. O linfoma não-Hodgkin voltou aos noticiários depois que o ator Edson Celulari revelou estar com a doença. Mas Edson não é a primeira figura pública que enfrenta/enfrentou uma batalha contra esse tipo de câncer. Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), estima-se que só em 2016 surgirão 10.240 novos casos, sendo 5.210 em homens e 5.030 em mulheres.

A chefe do Serviço de Hematologia do INCA, Jane Dobbin, explica que as taxas de incidência do LNH aumentaram cerca de 3% a 4% na maioria dos países desenvolvidos . “Isso se deu, em parte, aos fatores ambientais (exposição a pesticidas e herbicidas), determinados vírus e bactérias, situações de imunodeficiência como nas doenças autoimunes e no pós-transplante. Isso pode ter contribuído para o aumento da incidência do LNH”, explica.

Contato com pesticidas, solventes e fertilizantes ou exposição a altas doses de radiação são considerados fatores que propiciam o desenvolvimento do LNH. Quem tem o sistema imune comprometido por conta de doenças genéticas hereditárias também podem desenvolver a doença, além de pessoas que usam drogas imunossupressoras ou tiveram infecção pelo HIV. Dobbin explica ainda que o desenvolvimento da doença entre parentes de primeiro grau é cerca de um e meio a quatro vezes maior.

Entretanto, mesmo que alguns fatores sejam considerados de risco quando se trata de linfoma não-Hodgkin, na maioria dos casos, as causas são desconhecidas. Assuka Marina, zootecnista, que mora em Pirassununga (SP), não pertencia a nenhum grupo de risco quando descobriu que possuía linfoma não-Hodgkin, em maio de 2014. Depois de um desmaio repentino em casa, buscou o pronto socorro para verificar o motivo. “Comecei a ter uma tosse seca e achei que podia ser um problema com o pulmão. Fiz o raio-x e apareceu um linfoma no lado esquerdo do mediastino”, explica. Depois disso, começou a sentir dores no corpo.

Entre os principais sintomas do LNH estão aumento dos linfonodos do pescoço, axilas e/ou virilha, suor noturno excessivo, febre, coceira na pele e perda de peso inexplicada. “Não existem exames preventivos, mas como qualquer tipo de linfoma pode causar sintomas sistêmicos acompanhados de aumento dos linfonodos, é importante que o paciente procure imediatamente um atendimento médico, para que o diagnóstico seja feito o mais precoce possível”, alerta Jane Dobbin.

Para um diagnóstico do LNH, é necessário realizar uma série de exames que permitem determinar o tipo exato de linfoma e esclarecer outras características úteis para tomar uma decisão precisa e eficaz em termos de tratamento a ser empregado. Após a confirmação do diagnóstico para linfoma não-Hodgkin, a doença é classificada de acordo com o tipo e o estágio em que se encontra. Os linfomas indolentes (crescimento lento) correspondem à aproximadamente 40% dos casos, e os agressivos (desenvolvimento rápido), pelos 60% restantes.

Quando Assuka procurou o Hospital de Câncer de Barretos, o câncer ainda estava em estágio inicial. Após conseguir a consulta na unidade , todos os exames foram feitos para dar o diagnóstico preciso da doença. “Entre a primeira consulta, a cirurgia para colocar o cateter interno e a primeira sessão de quimioterapia em Barretos levou em torno de 20 dias. No particular, devido à burocraria, eu teria que esperar em torno de 20 dias só para liberarem um exame, e quem tem câncer não pode esperar”, lembra.

Existem diversas opções de tratamento que podem ser aplicadas em caso de LNH. A maioria dos linfomas é tratado com quimioterapia (combinação de duas ou mais drogas), associação de imunoterapia e quimioterapia, e a radioterapia (forma de radiação que reduz a carga tumoral em locais específicos para aliviar sintomas ou reforçar o tratamento quimioterápico). Assuka realizou oito sessões de quimioterapia e 17 sessões de radioterapia para erradicação do linfoma considerado agressivo. Caso o linfoma seja indolente (crescimento lento), deve-se observar clinicamente o seu desenvolvimento e, em alguns casos, realizar tratamentos intensivos.

A chefe do Serviço de Hematologia do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), Jane Dobbin, conta que o SUS financia o tratamento oncológico do paciente desde o “tratamento cirúrgico, radioterápico, quimioterápico, iodoterápico e transplantes. O Ministério da Saúde habilita o hospital ou clínica e, a partir daí, eles podem emitir AIH (Autorização de internação hospitalar, do Sistema de Informações Hospitalares – SIH-SUS) e APAC (hospital e clínica isolada de radioterapia ou de quimioterapia)”.

A quimioterapia e radioterapia de Assuka acabaram em dezembro de 2015, mas só em abril de 2016, depois de realizar o pet scan (exame de imagem que utiliza uma substância radioativa (18- Fluordesoxiglicose) para rastrear células tumorais no organismo), foi dado o resultado negativo para LNH. Com o diagnóstico, Assuka voltou a trabalhar normalmente.
Para saber mais informações sobre linfoma não-Hodgkin, procure a secretaria de saúde da sua cidade.

Aline Czezacki, para o Blog da Saúde e com informações do INCA


Inscrições abertas para o Ciclo de Fóruns Saúde do Idoso

Encontros contarão com diversas palestras sobre cuidados geriátricos

Estão abertas as inscrições para o Ciclo de Fóruns Saúde do Idoso, que começa neste mês, a partir de quarta-feira (27). Podem participar profissionais de saúde, estudantes e a comunidade. São 100 vagas e o cadastro pode ser feito pelo e-mail: inscricaosaudeidoso@gmail.com.

Os encontros ocorrerão no auditório do Hemocentro. Promovido pela Coordenação da Geriatria e Saúde do Idoso, da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, o forúm ocorrerá mensalmente, até dezembro. Os temas das palestras são: cuidados paliativos geriátricos, medicações na pessoa idosa, multimorbidades, demências, envelhecimento e suas repercussões, cidadania e direitos da pessoa idosa.

A duração dos fóruns será de quatro horas, com realização em parceria com serviços e instituições de referência. O primeiro terá o apoio do Hospital de Apoio e terá as palestras cuidados paliativos geriátricos, com o geriatra Alexandra Mendes Barreto; hipodermóclise, ministrada pela enfermeira Ana Catarina Melo de Oliveira Carneiro; bem como manejo da dor, com o Geriatra Alexandra Mendes Barreto.

Confira abaixo a programação:
DATA
TEMA
27/7
Cuidados paliativos geriátricos
3/9
Medicações na pessoa Idosa
14/9
Multimorbidades
5/10
Demências
9/11
Envelhecimento e suas repercussões
7/12
Cidadania e Direitos da Pessoa Idosa

Ailane Silva, Agência Saúde

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