Ministro participou de anúncio da marca de mil
pacientes transplantados no instituto. 80% dos procedimentos foram realizados
em pessoas que buscaram o Sistema Único de Saúde
O
ministro da Saúde, Ricardo Barros, participou na manhã desta segunda-feira
(1º), de anúncio de mil pacientes transplantados pelo Instituto do Coração do
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (InCOR/SP). O InCor/SP é
um hospital público universitário de alta complexidade considerado um dos
maiores centros de transplantes cardíacos do mundo e oferece 80% de seus
atendimentos aos pacientes que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS).
Ricardo Barros ainda conheceu as obras de modernização da infraestrutura física
e tecnológica utilizada pelos programas de Graduação, Pós-Graduação e de Ensino
à Distância das áreas médica e multiprofissional do instituto.
Especializado
em cardiologia, pneumologia e cirurgias cardíaca e torácica, o Incor/SP chegou
à marca de mil transplantes de coração e pulmão realizados em adultos e
crianças desde 1985, quando começou o programa do hospital. “Tenho muita honra
de estar aqui representando o Presidente Milchel Temer. Isso reforça ainda mais
nosso compromisso em nos manter país de referência mundial em transplantes,
onde 95% dos procedimentos são feitos no SUS e onde pessoas têm acesso à
assistência integral e gratuita, desde exames preparatórios, cirurgias,
acompanhamento e medicamentos pós-transplantes pela rede pública de saúde”,
afirmou o ministro da saúde, Ricardo Barros. O Incor/SP também é reconhecido
como um grande centro de pesquisa e ensino nessas áreas.
Para
manutenção dos serviços oferecidos pelo hospital, são firmados convênios entre
o Incor e o Ministério da Saúde, com recursos de emendas parlamentares, para
investimentos na unidade. O Governo Federal também envia ao Fundo Estadual de
Saúde de São Paulo valores mensais para ajudar a custear a produção do
instituto, por meio do Teto Mac.
Entre
2010 e 2016, foram repassados R$ 680,9 milhões relativos à produção do
instituto para o custeio de 9,1 milhões de procedimentos, entre exames,
cirurgias, internações e atendimentos ambulatoriais. No mesmo período, também
foram destinados R$ 284,1 milhões para custear 30 mil cirurgias do aparelho
circulatório no instituto, que também recebe por ano R$ 3,9 milhões referentes
ao Incentivo de Contratualização (IAC). Além disso, entre 2010 e 2015 o
instituto recebeu do Governo Federal R$ 81,4 milhões para o custeio dos
transplantes de órgãos, tecidos e células.
AVIÃO
À DISPOSIÇÃO - No início de julho, o governo federal assinou o decreto n° 8.783, estabelecendo que a Aeronáutica
mantenha um avião da FAB em solo, à disposição, para qualquer chamado de
transporte de órgãos ou de pacientes em aguardo de transplantes no SUS. Antes
de 7 de julho, cinco órgãos tinham sido transportados pela FAB e, após o
decreto, foram mais 30. “Não medimos esforços para continuar as ações que
garantem a realização de transplantes. Estou aqui emocionado, com os olhos
marejados. Porque aqui, é como se fosse uma maternidade, é o renascer de quem
teve segunda chance de nascer para a vida. Por isso, faço apelo para que todos,
quando tiverem oportunidade de decisão, decidam por doar órgãos”, enfatizou
Ricardo Barros.
Por
Gustavo Frasão, da Agência Saúde -