Destaques

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Injeção contraceptiva masculina prova sua eficácia

Uma nova injeção contraceptiva masculina provou ser eficaz na prevenção da gestação. 

Em um estudo financiado parcialmente pela OMS, UNICEF e pela Fundação Bill & Melinda Gates, a combinação de progesterona e testosterona de ação prolongada apresentou uma eficácia de quase 96% como método contraceptivo.

No estudo, 320 homens entre 18 e 45 anos de idade receberam injeções a cada oito semanas por até 56 semanas. O tratamento foi eficaz na redução da contagem de espermatozoides para até 1 milhão/ml durante 24 semanas em 274 participantes. Quatro gestações ocorreram durante a fase ativa do estudo.
Contudo, pesquisadores foram obrigados a parar de incluir novos participantes em 2011 devido à taxa de eventos adversos, particularmente depressão e outros distúrbios do humor.
Um dos autores do estudo, Mario Philip Reyes Festin, da Organização Mundial da Saúde, afirmou ser necessário mais trabalho para encontrar a combinação certa de hormônios.
“Mais pesquisas são necessárias para avançar este conceito ao ponto de poder estar amplamente disponível para homens como método contraceptivo”, afirmou Festin. “Apesar de as injeções terem sido eficazes na redução das taxas de gestação, a combinação de hormônios precisa ser mais bem estudada para considerar um bom equilíbrio entre eficácia e segurança.”
•          Univadis

Câmara aprecia em novembro pedido de urgência para votar novo Refis (DCI)

O plenário da Câmara dos Deputados deverá apreciar em novembro requerimento de urgência ao projeto que cria novo Refis para refinanciamento de débitos tributários para todos os contribuintes, incluindo empresas de todos os portes.

Apoiada por entidades empresariais, a proposta foi apresentada pelo deputado federal e empresário Alfredo Kaefer (PSL-PR) com condições mais vantajosas aos contribuintes em dívidas com a Receita Federal.
Uma delas prevê a troca do indexador de reajuste da dívida (juros), substituindo a taxa Selic de 14% ao ano mais 1% ao mês, pelo INPC, que mede a inflação e cuja variação gira em torno de 7% ao ano.
Outra é destinar 1% do faturamento das empresas ao pagamento das parcelas do novo Refis, a exemplo do que era feito na primeira versão do programa no início da década de 2000.
A proposta de Kaefer é um substitutivo ao Projeto de Lei 3.337, de 2015, que havia sido relatado pelo deputado petista Vicente Cândido (SP).
Em agosto passado, o parlamentar havia protocolado o requerimento de urgência, com assinaturas de 16 líderes partidários, inclusive três da oposição – PT, PDT e Rede. Mas a matéria não andou. Agora, Kaefer quer votar o projeto em plenário entre os dias 7 ou 8 de novembro.
Para o deputado, há espaço para a votação da matéria depois de o plenário da Câmara ter votado e aprovado a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que limita o aumento dos gastos públicos pela inflação do ano, e o projeto do pré-sal, que retira a obrigatoriedade da Petrobras participar com 30% dos lotes licitados. “Esse é o melhor momento justamente porque houve queda de arrecadação”, afirmou o deputado ao DCI, ao ser questionado se há clima para votar um novo Refis em razão de queda de 8,27% na arrecadação, em setembro, para R$ 94,77 bilhões, no pior setembro em sete anos. 
“Passou a PEC do Teto e o pré-sal. Agora é hora do novo Refis”, acrescentou. “Sem novo Refis, a arrecadação vai cair ainda mais”, apontou.
Parcelamento impagável
Para Kaefer, um novo Refis sem condições adequadas não vai evitar futuras inadimplências. Ele prevê que será difícil também a manutenção de programa de novo parcelamento para as micro e pequenas empresas optantes pelo regime tributário reduzido e simplificado do Supersimples, com a correção da dívida pela taxa Selic.
Esse programa está previsto na lei do novo Supersimples, sancionado na quinta-feira passada pelo presidente Michel Temer.
Cerca de 700 mil empresas do Supersimples foram notificadas pela Receita Federal por dívidas que somam R$ 23 bilhões. O novo parcelamento será aberto possivelmente na próxima semana após a regulamentação do programa pelo Comitê Gestor do Simples Nacional, mais conhecido por Supersimples. “Em breve, essas empresas ficarão sem condições de pagar as parcelas e aí vão precisar de um novo Refis”, afirmou o deputado.
Para Kaefer, é também limitada a proposta de novo Refis para as micro e pequenas empresas apresentada em setembro ao governo pela Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon). Isso porque, segundo o deputado paranaense, a sugestão só prevê desconto de multas e juros.
Durante a cerimônia de sanção do novo Supersimples, o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Guilherme Afif Domingos, disse ao DCI que não vê espaço para novo Refis. “Aumentamos o prazo de 60 para 120 meses”, destacou.
Abnor Gondim

Juiz autoriza doação de folhas de maconha para pesquisadora de Universidade

O juiz titular da 17ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco, Arthur Napoleão Teixeira Filho, autorizou a Delegacia de Polícia Federal em Juazeiro a doar amostras de maconha, da espécie Cannabis sativa lineu, para fins de pesquisa. As espécies doadas à Fundação Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) são provenientes de apreensão e servirão para desenvolver tese de doutorado da professora Kátia Simoni Bezerra Lima.

A docente elaborou projeto com o título "Desenvolvimento de fitoterápico anti-inflamatório em forma farmacêutica sólida à base de Cannabis sativa".

Para fazer o estudo, Kátia necessitava de amostras vegetais (raiz e partes aéreas) da planta e, por isso, a Univasf buscou a cooperação das polícias Federal, Civil e Militar, que doariam as drogas apreendidas em operações, com a mediação dos ministérios públicos Estadual e Federal.

No entanto, os órgãos de polícia exigiram a autorização prévia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para manipulação de produtos controlados, e o órgão formulou uma nova exigência: "Para a continuidade da análise da solicitação, a instituição deverá apresentar autorização judicial que indique a referida doação de Cannabis sativa L., referenciando a autoridade policial responsável". Com informações da Assessoria de Imprensa da Justiça Federal da 5ª Região.

Revista Consultor Jurídico, 31 de outubro de 2016, 16h53


Pela primeira vez, drones são usados para estimar quantidade de botos da Amazônia

Tecnologia foi testada numa parceria entre o Instituto Mamirauá e o WWF-Brasil, com o objetivo de corrigir distorções e reduzir expedições. Para pesquisadores, falta de dados dificulta elaboração de estratégias de conservação.

Drone será usado no mesmo trajeto feito pelos pesquisadores, registrando o rio com a câmera. Imagens vão ajudar a calcular população de botos.

O Instituto Mamirauá e o WWF-Brasil fecharam uma parceria para testar e aprimorar a utilização de drones em pesquisas científicas, otimizando as expedições de campo. O projeto propõe a definição de um protocolo para estimar a população de botos amazônicos. O primeiro teste foi realizado em outubro no município de Tefé, Amazonas. 

Segundo a pesquisadora Miriam Marmontel, do Instituto Mamirauá, a proposta é testar uma metodologia que possibilite a coleta de dados por meio dos vídeos gravados pelos drones. O equipamento seria usado no mesmo trajeto feito pelos pesquisadores, registrando o rio com a câmera. A partir das imagens captadas, será feita a comparação com as informações coletadas pelos pesquisadores, permitindo a correção da estimativa. 

"O projeto-piloto foi realizado no lago Tefé durante dois dias e permitiu testar diferentes altitudes e velocidades de voo com o drone, assim como diferentes ângulos da câmera. Após a análise das imagens geradas, será possível definir os parâmetros mais adequados e desenvolver um algoritmo de identificação automática de botos", explica Miriam. 

De acordo com a pesquisadora, a metodologia atual envolve 10 pessoas posicionadas na proa de um barco que, com os olhos fixos na água, registram os animais avistados em um raio de 180 graus. Depois disso, o número de animais vistos passa por análises estatísticas para obtenção da densidade e abundância. 

"A premissa do método é que todos os animais presentes sejam contados, mas sabemos que existem erros, associados à capacidade do observador avistar o animal e à disponibilidade do animal. Se estiver mergulhando, por exemplo, não será avistado", disse. 
Especialista em conservação do programa Amazônia do WWF-Brasil, Marcelo Oliveira ressalta que a utilização de drones como auxílio em atividades de preservação não é novidade. Fora do Brasil, a tecnologia já foi utilizada em diversas pesquisas científicas. 

"O projeto já nasceu com a ideia de reunir instituições que tivessem interesse ou expertise na área. Há um ano, fizemos um workshop e começamos a discutir a proposta e, primeiro, entender o que estava sendo feito no Brasil. Observamos que era muito pouco, principalmente, por conta da legislação na época. A ideia principal desse projeto com os botos é como essa tecnologia pode trazer impacto de conservação? Então, será que, com uma metodologia mais barata, não ampliamos o conhecimento da distribuição dos animais na Amazônia?", pondera.

Estratégias 
A pesquisadora do Instituto Mamirauá destaca que a ausência de dados populacionais dificulta a elaboração de estratégias de conservação. Os dados de abundância populacional contribuem para o conhecimento do real status da espécie e para estudos de viabilidade populacional. Na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês), as duas espécies que ocorrem na região, o boto vermelho (Inia geoffrensis) e o tucuxi (Sotalia fluviatilis), atualmente, são considerados com "dados insuficientes", em decorrência da limitada quantidade de informações sobre suas populações, ecologia e taxas de mortalidade. O boto vermelho já foi classificado anteriormente como "vulnerável" à extinção e, em 2008, teve seu status modificado em razão da carência de dados sobre a espécie. 

"Mamíferos aquáticos amazônicos tendem a deslocar-se para diferentes ambientes de acordo com a variação do nível d´água, oferecendo desafios a seu monitoramento. Botos e ariranhas, por exemplo, seguem os peixes para dentro do igapó quando a água sobe, e o peixe-boi migra de uma área de várzea para lagos profundos de terra firme quando o nível do rio cai. O uso de drones representa uma forma de atacar este problema, possibilitando estudos de deslocamentos, uso e ocupação de habitat, e estimativas populacionais ao longo do ano", diz Miriam. 

Segundo os pesquisadores, após os testes, a tecnologia poderia ser utilizada em diferentes pesquisas e também com outras espécies de vertebrados amazônicos. "A ideia é tentar identificar gargalos, o que funciona bem ou não com esse modelo de drone. A gente já viu que funciona, mas tem limitações. Já começamos a imaginar cenários em que funciona muito bem. E, agora, vamos conversar com pessoas que já trabalham com isso. Já temos as perguntas para ir atrás de respostas", afirma o especialista da WWF. 

Marcelo reforça que o projeto inova em ser o primeiro a utilizar a tecnologia para monitoramento populacional de botos. "Primeira vez no mundo que é feito com mamíferos aquáticos em rios amazônicos. Já houve registro de comportamento de botos. Mas um censo, ou densidade populacional nunca foi feito."

A próxima etapa da expedição será no rio Juruá, entre 14 a 22 de novembro. 

Fonte: Instituto Mamirauá


Avança cooperação científica entre Brasil e Portugal em pesquisas no Atlântico

Os ministros Gilberto Kassab e Manuel Heitor acertam os próximos passos da parceria para pesquisa espacial e marinha no centro de pesquisa dos Açores. Acordo prevê nova agenda científica centrada no Oceano Atlântico.

Ministros Gilberto Kassab e Manuel Heitor após reunião bilateral no MCTIC, em Brasília.

Os ministros da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do Brasil, Gilberto Kassab, e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, Manuel Heitor, definiram nesta terça-feira (1) os próximos passos da parceria em torno do Centro de Pesquisa Internacional dos Açores (AIR Center, na sigla em inglês), ao acertar um encontro acadêmico e empresarial na própria ilha, e o lançamento da Semana de Ciência Brasil-Portugal, previsto para junho.

"Nós demos hoje, aqui, um passo muito importante na parceria bilateral, mas também na forma de os nossos países cooperarem em nível internacional para o desenvolvimento de uma nova agenda científica, tecnológica e empresarial centrada no Atlântico", disse Heitor. "E a nossa ideia principal é desenvolver o AIR Center, nos Açores, à estreita colaboração com o Brasil e suas ilhas de Fernando de Noronha e São Pedro e São Paulo, e criar uma nova plataforma entre todas as nações atlânticas, seja da África, da América ou da Europa."

Segundo o ministro português, as duas pastas se comprometeram a atrair os demais países do Atlântico para participar do encontro nos Açores, provavelmente em abril. "Acordamos de organizar essa reunião e assinar um convênio onde as duas nações convidem o restante do Atlântico para desenvolver essa plataforma de cooperação, a partir dos centros de observação nas ilhas brasileiras e da pesquisa realizada no AIR Center e nas instituições científicas distribuídas por vários cidades, como São Paulo, São José dos Campos, Fortaleza, Florianópolis e Campinas", relatou.

Heitor propôs a Kassab, ainda, a realização da 1º Semana de Ciência Brasil-Portugal, com lançamento planejado para junho, no Brasil. "Seria um evento de promoção da cooperação acadêmica e divulgação científica", afirmou.

Os ministros se encontraram pela primeira vez em 5 de setembro, em São Paulo, para celebrar os 30 anos do acordo bilateral em ciência e tecnologia. Na ocasião, a delegação portuguesa apresentou o projeto do AIR Center a representantes da Agência Espacial Brasileira (AEB), em Brasília, e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos. De localização geográfica estratégica, o centro de pesquisa tem infraestrutura para abrigar uma base espacial, instalações para medição de radiação atmosférica e um departamento de oceanografia e pesca. Os dois governos começaram a definir a colaboração durante encontro nesta segunda (31), na AEB.

Também participaram da audiência com os ministros os presidentes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mário Neto Borges, e da Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal (FCT), Paulo Ferrão, os diretores de Temas Científicos e Tecnológicos do Ministério das Relações Exteriores, Benedicto Fonseca Filho, de Gestão das Unidades de Pesquisa e Organizações Sociais do MCTIC, Paulo Roberto Pertusi, e de Políticas e Programas Temáticos do MCTIC, Sávio Raeder.

Fonte: MCTIC


Ciência é a nova fronteira das relações entre Brasil e Portugal, diz presidente Temer

Acordos assinados em cerimônia no Palácio do Planalto nesta terça-feira (1º) intensificam a cooperação entre os dois países e consolidam a participação brasileira no Centro de Pesquisa Internacional dos Açores.

Os ministros Gilberto Kassab e Manuel Heitor assinam memorandos para intensificar a cooperação bilateral em cerimônia no Palácio do Planalto.

Os ministros da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, Manuel Heitor, assinaram nesta terça-feira (1º), em cerimônia no Palácio do Planalto, memorandos para intensificar a cooperação bilateral. Os acordos incluem o Centro de Pesquisa Internacional dos Açores (AIR Center, na sigla em inglês), que terá a participação brasileira para impulsionar as pesquisas nas áreas espacial e marinha. A solenidade foi realizada no âmbito da Cimeira Brasil-Portugal com a participação do presidente Michel Temer e do primeiro-ministro de Portugal, Antônio Costa.

"Tratamos, naturalmente, de diversos temas da agenda bilateral. Cooperação em ciência e tecnologia, que foi objeto até de três acordos, que é a nova fronteira do nosso relacionamento bilateral", afirmou Temer.

Os acordos assinados entre os dois países preveem ainda o intercâmbio científico em física de partículas, astropartículas e cosmologia; o fortalecimento da cooperação em computação científica e nanociências por meio da parceria entre instituições de pesquisa; sistemas sustentáveis de energia e mobilidade, incluindo fontes de combustíveis e energias renováveis, redes inteligentes de energia e formas inovadoras de mobilidade urbana de baixa emissão de carbono; atividades de divulgação e popularização da ciência; cooperação em ciência aberta, ampliando o acesso a repositórios digitais brasileiros e portugueses; e a pesquisa em agricultura de precisão.

Além disso, os dois países se comprometeram em realizar a Semana de Ciência e Tecnologia, intercalada entre Brasil e Portugal, a partir de 2017. O objetivo é reforçar a ligação entre as comunidades científicas e tecnológicas.

Para o primeiro-ministro de Portugal, Antônio Costa, o patamar das relações com o Brasil é muito diferente de anos atrás. "Hoje falamos de cooperação técnica e científica do mais alto nível. O Brasil será parte do Centro de Pesquisa Internacional dos Açores. Em abril, nos reuniremos nos Açores e firmarmos acordos na área aeroespacial, atmosfera e oceanos, energias."

Ascom/MCTIC

Comissão aprova distribuição gratuita a gestantes de repelentes contra Aedes aegypti

A relatora, Gorete Pereira, considera urgente garantir a proteção de todas as gestantes do contato com o Aedes aegypti

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 5461/16, do Senado, que torna obrigatória a distribuição às gestantes, de graça, repelente com eficácia comprovada contra o mosquito Aedes aegypti.
A proposta acrescenta dispositivo ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei 8.069/90). A lei garante à gestante, nutrição adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao pós-parto e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
A relatora na comissão, deputada Gorete Pereira (PR-CE), afirmou que várias medidas podem ser usadas para prevenir a ocorrência da microcefalia decorrente da infecção pelo Zika vírus. “O uso de repelentes adequados, não tóxicos e que protejam efetivamente a gestante é condição de primeira linha.”
De 2010 e 2014, apenas 781 casos de microcefalia foram registrados no Brasil. Já em 2015, quando os primeiros casos de zika foram registrados no País, o número de casos de microcefalia foi de 2.401.
Celeridade
A comissão rejeitou o Projeto de Lei 4587/16, do deputado Ronaldo Carletto (PP-BA), que também previa a distribuição de repelentes. O projeto tramita apensado ao PL 5461/16. Gorete Pereira disse que, por economia processual e celeridade na transformação dos anseios sociais em direitos, não deveria aprovar as duas propostas. “Nossa opção vai pela proposição principal, que já tramitou no Senado e se aprovada na Câmara sem alterações, segue para a sanção”, disse.

Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


ÍNTEGRA DA PROPOSTA:
Reportagem - Tiago Miranda, Edição - Marcia Becker, Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

Congresso Nacional está iluminado de azul em campanha de prevenção do câncer de próstata

Cúpulas do Senado e da Câmara terão iluminação azul durante o mês de novembro

Durante todo o mês de novembro, o Congresso Nacional estará iluminado de azul para lembrar a importância de os homens cuidarem da saúde. Como já acontece há 13 anos, a campanha Novembro Azul busca alertar sobre as doenças que mais atingem a população masculina, com destaque para a prevenção do câncer de próstata. Além do Congresso, outros locais públicos do País estarão iluminados de azul, como o Viaduto do Chá, em São Paulo.
O coordenador da Frente Parlamentar de Atenção Integral à Saúde do Homem, deputado Dr. Jorge Silva (PHS-ES), lembra que o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do de pele. Médico, ele destaca que somente em 2016 serão cerca de 13 mil mortes por esse tipo de câncer no Brasil e cerca de 61 mil novos casos.
A detecção do câncer de próstata em estágios iniciais aumenta em 90% as chances de cura. Daí a importância de exames de prevenção. O deputado Dr. Jorge Silva explica que homens negros, obesos ou com história familiar de câncer de próstata têm que fazer o acompanhamento a partir dos 45 anos. O mesmo vale para homens acima de 50 anos que tenham algum sintoma ou queixa de trato urinário.
Saúde integral
Neste ano, o mote da campanha é: “De novembro a novembro azul – movimento permanente pela saúde integral do homem”. "Sempre aproveitando este momento de o Novembro Azul estar orientando sobre a prevenção do câncer de próstata, mas não é só isso. Alertando a população masculina sobre a necessidade e a importância de cuidar de sua saúde como um todo", afirma Dr. Jorge Silva.

Além da iluminação de prédios públicos em azul e de campanha pelas redes sociais, outros eventos estão agendados ao longo do mês sobre o tema. Na próxima segunda-feira (7), será realizado no Congresso o 2º Fórum Ser Homem no Brasil, em parceria com o Instituto Lado a Lado. O evento ocorrerá no auditório do Interlegis, no Senado. E no dia 22 de novembro, a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados promoverá o 9º Fórum de Políticas Públicas e Saúde do Homem.

Reportagem – Ana Raquel Macedo, Edição – Pierre Triboli , Pierre Triboli/Câmara dos Deputados

Anvisa e Inmetro: parceria para proteger a saúde da população

Desenvolver ações com foco na proteção da saúde da população brasileira é o objetivo principal do Termo de Cooperação firmado entre a Anvisa e o Inmetro

O Termo de Cooperação firmado entre a Anvisa e o Inmetro nesta terça-feira (1/11) na sede da Agência, em Brasília tem validade de cinco anos e poderá ser prorrogado. O objetivo central da cooperação é desenvolver ações com foco na proteção da saúde da população brasileira.  
Para o diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, o acordo é amplo e contará com metas estruturadas. “Fizemos uma oficina no Inmetro em que 12 pessoas da Anvisa participaram. Estabelecemos bem todas as áreas de cooperação”, sintetizou. 
O presidente do Inmetro, Carlos Augusto de Azevedo, enumerou algumas das áreas em que o acordo deverá ser executado. “Temos que tratar de questões como qualidade de fármacos, equipamentos médicos e próteses, por exemplo”, descreveu. 
A capacitação de profissionais da Anvisa, do Inmetro e do Sistema Nacional da Vigilância Sanitária (SNVS) também está no escopo da parceria, assim como o fortalecimento da capacidade analítica dos Laboratórios Oficiais (Lacens) e a ampliação da transparência e aumento da eficiência na comunicação entre Anvisa e o Inmetro e a sociedade.

Leucemias e mielodisplasias ganham genérico inédito

A Anvisa publicou nesta segunda-feira (31/10) o registro do medicamento genérico da azacitidina. O medicamento é utilizado no tratamento da síndrome mielodisplásica e leucemia. A aprovação do medicamento deve reduzir os custos do tratamento dessas doenças, pois de acordo com a Lei dos Genéricos, esses medicamentos devem entrar no mercado com um valor pelo menos 35% menor que o valor do produto de referência.
Até o momento, não havia genéricos do medicamento azacitidina, que está no mercado com o nome comercial Vidaza, fabricado pela empresa United Medical Ltda. A empresa é a mesma que recebeu agora o registro do genérico inédito. Apesar de ser a mesma empresa que possui o registro do produto de referência e do genérico inédito, o produto tem que ir para o mercado com o desconto exigido por lei.
Indicação da azacitidina
A síndrome mielodisplásica envolve um grupo de doenças que atacam a produção de células sanguíneas pela medula óssea e que pode evoluir para formação de um câncer. A leucemia é o câncer das células brancas do sangue (leucócitos).
A azacitidina é indicada para o tratamento de pacientes com Síndrome Mielodisplásica dos subtipos anemia refratária com excesso de blastos (AREB), de acordo com a classificação FAB (utilizada para classificar as leucemias). O medicamento tem ainda indicação para o tratamento da leucemia mielóide aguda com 20 – 30% de blastos na medula óssea com displasia multilinhagem de acordo com a classificação OMS e também para tratar a leucemia mielomonocítica crônica (classificação FAB modificada).

Ministério da Saúde incentiva homens a cuidar da saúde

Estudo com mais de 6 mil adultos do sexo masculino aponta que 1/3 (31%) desse público ainda não têm o hábito de ir ao médico. Cuidados de prevenção devem começar desde a adolescência
Muitas doenças podem ser prevenidas quando os homens procuram os serviços de saúde regularmente. Esse é o alerta do Ministério da Saúde durante todo este mês de novembro, período em que fará campanha nas redes sociais sobre o tema. O objetivo é incentivar os homens a irem rotineiramente às unidades de saúde para acompanhar  como anda a sua saúde. 
Dados do Ministério da Saúde apontam que dos 6.141 homens que participaram do inquérito telefônico (Vigitel 2015), 1/3 (31%) ainda não têm o hábito de ir ao médico. Desses que não vão, 55% afirmam que não precisam.
O Ministério da Saúde tem adotado ações para levar esse público mais aos postos de saúde. Recentemente foi lançada a campanha de combate à sífilis que tem como foco as gestantes jovens e seus parceiros sensibilizando-os para a realização do teste de sífilis no início da gestação e, também incentivando o parceiro a fazer o teste, evitando a reinfeção. Também visando a prevenção desde cedo, o ministério anunciou que, a partir de janeiro do próximo ano será disponibilizado a vacina contra o HPV para a população masculina de 12 a 13 anos na rotina do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).
“É preciso desconstruir essa ideia de que o homem é um super herói e que não precisa ir preventivamente aos serviços de saúde. Essa ideia errônea leva os homens muitas vezes a descobrir as doenças quando já estão em estágio avançado, o que prejudica a cura”, explica o secretário de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, Francisco de Assis Figueiredo. De acordo com o secretário, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, do Sistema Único de Saúde (SUS), promove ações específicas voltadas ao homem e as pessoas que ele quer bem. “O homem precisa se cuidar para estar bem ao lado da sua família”, disse o secretário.
A prevenção representa ganho de qualidade de vida. Neste sentido, no SUS, o homem pode fazer uma série de exames de check-up, como sangue (hemograma e dosagem dos níveis de colesterol total e frações, triglicerídios, glicemia e insulina); aferição de pressão arterial, verificação de peso e cálculo de IMC (índice de massa corporal); função pulmonar (indicada aos fumantes); pesquisa de antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg); e teste de detecção de sífilis, pesquisa de anticorpos anti-HIV e dos vírus da hepatite C.  E esses cuidados de prevenção, devem começar desde a adolescência.
Para muitos homens, o pré-natal, por exemplo, é voltado apenas para a mulher, no período da gestação. De acordo com a pesquisa Saúde do Homem Paternidade e Cuidado feita pela Coordenação Nacional de Saúde do Homem do Ministério da Saúde e Ouvidoria do SUS, cerca de 84% dos homens não realizaram exames durante o pré-natal da mulher. Ou seja, o que muitos não sabem, é que eles, também, podem realizar consultas de pré-natal, tendo acesso a testes de sífilis, hepatites e HIV, além de tirar medidas antropométricas (pessoa, altura e índice de Massa Corporal); exames de rotina como hemograma, lipidograma; atualização do cartão de vacina; aferição da pressão arterial; e teste de glicemia.
Entre os problemas de saúde que mais acometem o homem estão a obesidade (57%), o alcoolismo (25%), o tabagismo (13%), segundo dados do Vigitel 2015. As principais causas de morte entre os homens, segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade, são as causas externas, como acidentes de trânsito, acidentes de trabalho e lesões por violência. Em segundo lugar estão as doenças do aparelho circulatório (como infarto agudo do miocárdio), seguida das neoplasias (brônquios e pulmões).
MAIS CUIDADOS - Com o objetivo de prevenir, desde cedo, o HPV entre os homens, a partir de janeiro do próximo ano, o Ministério da Saúde passa a disponibilizar a vacina contra o HPV para a população masculina de 12 a 13 anos na rotina do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Para evitar grande parte das doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão, é importante que, não só o homem, mas como toda a família, adote dicas simples de saúde. A primeira dica do Ministério da Saúde é adotem uma alimentação saudável; bebam ao menos 2 litros de água por dia; evitem fumar e ingerir bebidas alcoólicas; pratiquem exercícios físicos e atividades de lazer regularmente e procurem uma unidade de saúde para fazer check up.
Com a saúde em dia, o homem pode estar mais presente na vida de sua família em todos os momentos. Para isso, muitos são os avanços no SUS que têm permitido essa maior participação.
Em 2005, por exemplo, foi publicada a Lei do Acompanhante (11.108/2005) que determina que os serviços da rede pública de saúde, da rede própria ou conveniada, são obrigados a permitir a gestante o direito a acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto. A participação no momento do parto, sendo o pai biológico ou não, pode trazer benefícios para a mulher, para a criança e para o próprio pai.
Além disso, a publicação do Marco Legal da Primeira Infância (Lei 13.257/2016) que apresenta alguns artigos específicos ligados ao exercício da paternidade ativa e consciente, como a ampliação da licença paternidade para os funcionários das empresas cidadãs para 20 dias, o acompanhamento de consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez da esposa ou companheira aos funcionários registrados em CLT e a garantia de um dia por ano para acompanhar filho de até seis anos em consulta médica.
 Por Carolina Valadares, da Agência Saúde 

Ministério da Saúde incorpora novo medicamento para pacientes com fibrose cística

Novo medicamento reduz em até 26% o número de internações, além de melhorar a qualidade de vida desta população 

Os pacientes que vivem com fibrose cística vão ser beneficiados com mais um medicamento para auxiliar no tratamento da doença. O Ministério da Saúde incorporou, na última semana, a Tobramicina inalatória que será usada em aparelhos nebulizadores, no combate às infecções respiratórias que acometem esses doentes. A nova aquisição será uma importante ferramenta na melhora da qualidade de vida dessa população, já que as infecções geram piora na função pulmonar. 

A decisão de incorporar esse medicamento ao Sistema Único de Saúde (SUS), veio após discussão de especialistas que compõem a Comissão Nacional de Incorporação de Novas Tecnologias ao SUS (Conitec), sobre a evidência dos benefícios clínicos da Tobramicina inalatória, que são relevantes aos pacientes. Além disso, também foi levado em conta as observações e sugestões do público, sendo a grande maioria vinda de pacientes e familiares dos portadores da doença. 

De acordo com estudos realizados pela Conitec, a nova tecnologia traz vários benefícios em relação aos dados de funcionamento do pulmão, como o ganho de 12% na função pulmonar aferida pelo volume expiratório forçado (VEF) e redução nas colônias de bactérias que causam essas infecções. Outro dado importante apresentando pelo estudo, foi a redução de 26% nas internações desses pacientes. 

Atualmente, o SUS oferece tratamento integral e gratuito para pacientes com Fibrose Cística nas unidades de saúde da rede pública. São disponibilizados aos pacientes acompanhamento médico regular, suporte dietético, utilização de enzimas pancreáticas, suplementação vitamínica (vitaminas A, D, E, K) e fisioterapia respiratória. O objetivo do tratamento medicamentoso é propiciar a estabilização do comprometimento cognitivo, do comportamento e da realização das atividades da vida diária (ou modificar as manifestações da doença), com um mínimo de efeitos adversos.

ASSISTÊNCIA - Em 2010, o Ministério da Saúde publicou o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para fibrose cística. O objetivo desse documento foi estabelecer critérios para tratamento da doença respiratória, especificamente com a alfadornase, um medicamento que reduz a viscosidade do muco, não tendo sido avaliados outros medicamentos para essa condição, como, por exemplo, antibióticos.

A fibrose cística, também chamada de mucoviscidose, é uma doença genética que atinge todos os sistemas do corpo, porém, as complicações pulmonares são responsáveis pelo maior risco de morte dos pacientes. O acúmulo de secreção (muco) nas vias respiratórias é uma das características da doença pulmonar. 

Além disso, os pacientes com fibrose cística apresentam infecções respiratórias frequentes, também chamadas de exacerbações respiratórias, causadas por bactérias como a pseudomonas aeruginosa. As infecções geram piora do funcionamento do pulmão e reduzem a qualidade de vida dessas pessoas.

Por Victor Maciel, da Agência Saúde

Calendário Agenda