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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

FARMÁCIA POPULAR DO BRASIL, SISTEMA COPAGAMENTO - GOVERNO ABRE CRÉDITO SUPLEMENTAR PARA ASSEGURAR O FUNCIONAMENTO NO VALOR DE R$ 300 Milhões

LEI No 13.398, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2016
Abre ao Orçamento da Seguridade Social da União, em favor do Ministério da Saúde, crédito suplementar no valor de R$ 300.000.000,00, para reforço de dotação constante da Lei Orçamentária vigente.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Fica aberto ao Orçamento da Seguridade Social da União (Lei nº 13.255, de 14 de janeiro de 2016), em favor do Ministério da Saúde, crédito suplementar no valor de R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais), para atender à programação constante do Anexo.
Art. 2º Os recursos necessários à abertura do crédito de que trata o art. 1º decorrem de superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial do exercício de 2015, relativo a Outras Receitas Vinculadas.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 21 de dezembro de 2016; 195o da Independência e 128o da República.
MICHEL TEMER
Dyogo Henrique de Oliveira
ÓRGÃO: 36000 - Ministério da Saúde                          UNIDADE: 36901 - Fundo Nacional de Saúde
ANEXO Crédito Suplementar
2015 Fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) 300.000.000,
Atividades: Manutenção e Funcionamento do Programa Farmácia Popular do Brasil pelo Sistema de Copagamento
TOTAL - GERAL 300.000.000



PLANO PLURIANUAL 2016/19 - ANEXO II DA LEI 13.249 é atualizado

LEI No 13.397, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2016
Altera a Lei nº 13.249, de 13 de janeiro de 2016, que institui o Plano Plurianual da União para o período de 2016 a 2019.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º O Anexo II ao Plano Plurianual para o período de 2016 a 2019, aprovado pela Lei nº 13.249, de 13 de janeiro de 2016, passa a vigorar com as alterações constantes do Anexo a esta Lei.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 21 de dezembro de 2016; 195o da Independência e 128o da República.
MICHEL TEMER
Dyogo Henrique de Oliveira



ANVISA - ABRE PARA INTERESSADOS MANIFESTAR DESINTERESSE DE ANÁLISE DE PROCESSOS DE REGISTRO E MEDICAMENTOS

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
DIRETORIA DE AUTORIZAÇÃO E REGISTRO SANITÁRIOS
EDITAL DE REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES N° 5, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2016

O Diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe confere o art. 54, VII do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, resolve tornar público o presente Edital de Requerimento de Informações para notificar as empresas titulares dos expedientes na fila de análise de registro de medicamentos similares e genéricos a manifestarem desinteresse na análise de seus processos, nos termos do anexo.
FERNANDO MENDES GARCIA NETO

ANEXO
1. OBJETO
Edital para manifestação de interesse em solicitar a desistência a pedido pelas empresas com expedientes na fila de análise de registro de medicamentos similares e genéricos.
2. PÚBLICO-ALVO
O presente Edital destina-se a todas as empresas com expedientes na fila de análise de registro de medicamentos similares e genéricos, protocolados anteriormente a 12 de setembro de 2016 e que ainda não tiveram a análise iniciada pela Anvisa.
3. OBJETIVOS DO EDITAL
Permitir a participação das empresas que não tiveram a oportunidade de se manifestar no Edital de Requerimento de Informações nº. 3, de 9 de setembro de 2016, possibilitando a retirada adicional de processos da fila de análise de registro de medicamentos genéricos e similares que a empresa solicitante não apresente mais interesse em angariar o registro.
4. PRAZO E FORMA DE PARTICIPAÇÃO
As empresas titulares dos expedientes na fila de análise de registro de medicamentos similares e genéricos devem manifestar o interesse em desistir da análise de seus processos, protocolados anteriormente a 12 de setembro de 2016 e que ainda não tiveram a análise iniciada pela Anvisa.
Caso haja desistência(s), ocorrerá a substituição do(s) processo(s) desistido(s) pelo(s) próximo(s) processo(s) da empresa na fila. A substituição das posições irá ocorrer até o último processo da empresa protocolado até data limite de 02/12/2016.
Os primeiros 30 dias após a publicação do Edital serão destinados para a divulgação às empresas diretamente interessadas visando à compreensão da proposta e objetivo do Edital.
Após o primeiro prazo, a Anvisa disponibilizará em seu portal, por mais 15 dias, uma plataforma eletrônica para que as empresas assinalem as petições para as quais a desistência a pedido sob o benefício da migração sequencial das petições posteriores é requerida.
O titular de expediente que não manifestar interesse nos termos deste Edital não sofrerá qualquer alteração quanto à ordem do(s) seu(s) processo(s) na fila.
A desistência ou substituição estabelecida com base neste Edital de Notificação não prejudicará as priorizações por relevância pública deferidas com fulcro na Resolução - RDC nº 37, de 16 de junho de 2014 e Instrução Normativa - IN nº 3, de 16 de julho de 2014.


NILOTINIBE - MS adquire da NOVARTIS por inexigibilidade no valor total de R$ 27.509.820,80

EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº 51/2016 - UASG 250005
Nº Processo: 25000122195201644 . Objeto: Aquisição do medicamento Nilotinibe 200 mg. Total de Itens Licitados: 00001. Fundamento
Legal: Art. 25º, Inciso I da Lei nº 8.666 de 21/06/1993. Justificativa: Novartis Biociências S.A. detém a exclusividade do produto Tasigna® em todo o território nacional. Declaração de Inexigibilidade em 13/12/2016. EDUARDO SEARA MACHADO POJO DO REGO. Coordenador-geral de Análise Das Contratações de Insumos Estratégicos para Saúde.. Ratificação em 20/12/2016. DAVIDSON TOLENTINO DE ALMEIDA. Diretor do Departamento de Logística em Saúde. Valor Global: R$ 27.509.820,80. CNPJ CONTRATADA : 56.994.502/0098-62 NOVARTIS BIOCIENCIAS SA.
(SIDEC - 21/12/2016) 250110-00001-2016NE800177


RITUXIMABE é comprado da ROCHE por inexigibilidade no valor total de R$ 86.775.122,70

EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº 50/2016 - UASG 250005
Nº Processo: 25000122171201695 . Objeto: Aquisição do medicamento Rituximabe 100mg e Rituximabe 500mg. Total de Itens Licitados: 00002. Fundamento Legal: Art. 25º, Inciso I da Lei nº 8.666 de 21/06/1993.. Justificativa: Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A. detém a exclusividade em todo o território nacional do produto MABTHERA®. Declaração de Inexigibilidade em 12/12/2016. EDUARDO SEARA MACHADO POJO DO REGO. Coordenador-geral de Análise Das Contratações de Insumos Estratégicos para Saúde. Ratificação em 20/12/2016. DAVIDSON TOLENTINO DE ALMEIDA. Diretor do Departamento de Logística em Saúde. Valor Global: R$ 86.775.122,70. CNPJ CONTRATADA : 33.009.945/0023-39 PRODUTOS ROCHE QUÍMICOS E FARMACÊUTICOS S A.
(SIDEC - 21/12/2016) 250110-00001-2016NE800177

FATOR DE COAGULAÇÃO IX é comprado pelo MS, sendo: 91.000.000 UIs da OCTAPHARMA no valor total de R$ 51.842.700,00 e da GRIFOLS no valor total de R$ 27.915.300,00

EXTRATO DE CONTRATO Nº 176/2016 - UASG 250005
Nº Processo: 25000190004201677. PREGÃO SRP Nº 44/2016. Contratante: MINISTÉRIO DA SAÚDE -.CNPJ Contratado: 02513899000171. Contratado : GRIFOLS BRASIL LTDA -.Objeto: Aquisição de Concentrado de Fator de Coagulação, Fator IX, AE=OU>50UI, pó liófilo p/ injetável. Fundamento Legal: Lei nº. 10.520/2002 e Decreto nº.5.450/2005. Vigência: 20/12/2016 a 19/12/2017. Valor Total: R$27.915.300,00. Fonte: 6100000000 - 2016NE802742. Data de Assinatura: 20/12/2016.
(SICON - 21/12/2016) 250110-00001-2016NE801177

EXTRATO DE CONTRATO Nº 177/2016 - UASG 250005
Nº Processo: 25000017855201676. PREGÃO SRP Nº 44/2016. Contratante: MINISTÉRIO DA SAÚDE -.CNPJ Contratado: 02552927000160.
Contratado : OCTAPHARMA BRASIL LTDA. -.Objeto: Aquisição de 91.000.000UI de Concentrado de Fator de Coagulação, Fator IX. Fundamento
Legal: Lei nº 10.520/2002 e Decreto nº 5.450/2005. Vigência: 21/12/2016 a 20/12/2017. Valor Total: R$51.842.700,00. Fonte: 6100000000 - 2016NE802741. Data de Assinatura: 21/12/2016.
(SICON - 21/12/2016) 250110-00001-2016NE800177



PALIVIZUMABE MS compra por inexigibilidade da ABBVIE no valor total de R$ 99.998.938,80

COORDENAÇÃO-GERAL DE SERVIÇOS GERAIS
EXTRATO DE CONTRATO Nº 169/2016 - UASG 250005 Nº Processo: 25000110405201651. INEXIGIBILIDADE Nº 46/2016.
Contratante: MINISTÉRIO DA SAÚDE -.CNPJ Contratado: 15800545000311. Contratado : ABBVIE FARMACÊUTICA LTDA. -
.Objeto: Aquisição de Palivizumabe 50mg e 100mg.Fundamento Legal: Lei nº 8.666/1993. Vigência: 20/12/2016 a 19/12/2017.
Valor Total: R$99.998.938,80. Fonte: 6153000000 - 2016NE802634. Data de Assinatura: 20/12/2016.
(SICON - 21/12/2016) 250110-00001-2016NE800177



AVILA TEIXEIRA VIDAL, designado substituto eventual da Coordenadora de Avaliação e Monitoramento de Tecnologias - SCTIE/MS

O Subsecretário de Assuntos Administrativos do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições legais e considerando o disposto no art. 2º, parágrafo único, inciso V, da Lei 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e art. 15, art. 16 e art. 16B da Lei 11.356, de 19 de outubro de 2006,
resolve:
Designar
ÁVILA TEIXEIRA VIDAL para substituir, no período de 12 a 17/12/2016, a Coordenadora de Avaliação e Monitoramento de Tecnologias, FCPE-101.3, código 35.0033, do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, por motivo de férias da titular do cargo.

Designar
ÁVILA TEIXEIRA VIDAL para exercer o encargo de substituto eventual da Coordenadora de Avaliação e Monitoramento de Tecnologias, FCPE-101.3, código 35.0033, do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
LEONARDO ROSÁRIO DE ALCÂNTARA


ANVISA - nomeado WILLIAM DIB para complementar o quadro da diretoria da Instituição

MINISTÉRIO DA SAÚDE
DECRETOS DE 21 DE DEZEMBRO DE 2016
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso XIV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 10, parágrafo único, da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999,
Resolve NOMEAR
WILLIAM DIB, para exercer o cargo de Diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, com mandato de três anos.
Brasília, 21 de dezembro de 2016; 195o da Independência e
128o da República.
MICHEL TEMER
Ricardo José Magalhães Barros


PATENTES, como sobreviver sem? Grandes Empresas Farmacêuticas precisam se reinventar sem blackbuster

Pfizer, Merck, Eli Lilly e Bristol-Myers, precisaram se reinventar depois que os maiores sucessos de vendas perderam a exclusividade das fórmulas. Conheça suas estratégias

Sem pressão: Gay-Ger, da Eli Lilly, vê a perda de campeões de vendas ser compensada com um blockbuster nascido de pesquisas de diabetes

O termo blockbuster (em português, arrasa-quarteirões) surgiu na língua inglesa, durante a II Guerra Mundial, para designar bombas aéreas potentes o suficiente para causar grandes estragos em áreas urbanas. Mas o termo pegou de vez a partir dos anos 1970, quando uma série de filmes de Hollywood, como Tubarão (1975) e Star Wars (1977), pulverizaram recordes de público e renda, e criaram uma nova tendência no entretenimento. Apostando em filmes de alto orçamento e premissas facilmente vendidas por equipes de marketing, a indústria se reinventou.

Os grandes estúdios, desde então, passaram a investir em poucos e poderosos filmes para garantir a sua lucratividade. Na virada do milênio, uma outra indústria, oposta ao mundo do entretenimento, acreditou nessa forma de fazer negócios. As grandes fabricantes de remédios apostaram em produtos com potencial de atingir grandes populações e colocaram quase que todos os seus ovos nessa cesta. As drogas que vendiam mais de US$ 1 bilhão por ano também começaram a ser chamadas de blockbusters.

A estratégia, no entanto, apresentou um final tão catastrófico quanto um filme de terror: o período conhecido como patent cliff (colina das patentes). A partir da virada para a década de 2010, grande parte desses medicamentos perdeu a proteção intelectual. Entre eles, o Viagra (disfunção erétil) e o Lipitor (colesterol), da Pfizer; o Plavix (doenças cardiológicas), da Bristol-Myers Squibb; o Singulair (asma), da Merck; e o Diovan (pressão alta), da Novartis. E isso apenas entre 2009 e 2012.

O ciclo continua. Segundo pesquisa da Bloomberg Industry Report, por dez anos, a partir de 2016, mais de 150 drogas, responsáveis por mais de US$ 190 bilhões de vendas anuais, perderão suas proteções. Com o fim das patentes, as suas fórmulas podem ser copiadas e vendidas como medicamentos genéricos, forçando o laboratório desenvolvedor a enfrentar a concorrência e a baixar preços. O problema é que não havia alternativas de grande potencial mercadológico chegando ao mercado para substituí-los.

Se o ciclo de produção de um filme costuma levar alguns anos, na indústria farmacêutica, chega a uma década. “Estamos num mercado em que, de cada 10 mil produtos pesquisados, um chega ao mercado, o que não significa que será um blockbuster”, Julio Gay-Ger, presidente da Eli Lilly no Brasil. A saída para as gigantes do setor, então, foi reinventar a indústria. Nos últimos anos, a ordem foi estabelecer um portfólio de pesquisa voltado a especialidades raras e tratamentos complexos, mesmo que atendessem a poucas pessoas.

Alguns campos começaram a chamar mais atenção, como a oncologia, diabetes, doenças autoimunes e problemas do sistema digestivo. Também o foco se voltou, em algumas empresas, como na alemã Merck e na suíça Roche, para medicamentos biológicos, mais complexos e que não podem ter as suas moléculas copiadas sinteticamente em remédios genéricos. “Como não se tratam de doenças simples, o jogo fica cada vez mais caro e arriscado”, diz Antônio Britto, presidente da Interfarma - Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa. “Para dividir os custos, as empresas passaram a se associar a startups e universidades.”

O mais surpreendente é que essa estratégia está começando a dar origem a alguns frutos inesperados, como novos blockbusters. Em outubro, a americana Eli Lilly lançou no Brasil o Trulicity, terapia injetável para o tratamento de diabetes tipo 2, que representa 90% dos casos e está ligada a fatores ambientais. Com a chegada no mercado local, o medicamento – que já resultou em vendas de US$ 250 milhões nos EUA, Japão e Europa, no último trimestre fiscal – deve superar a receita de US$ 1 bilhão neste ano. Ao superar esse valor, será um blockbuster.

“Depende apenas de como vai ser a aceitação aqui”, diz Gay-Ger. “Mas, o resultado tem sido muito melhor do que a expectativa.” Estima-se que, dos cerca de 415 milhões de diabéticos do mundo, 14 milhões estejam no Brasil, a quarta maior população global de pacientes da doença. A inovação do Trulicity, que vem ajudando no seu rápido sucesso mercadológico, é o fato de sua molécula ser liberada aos poucos no organismo. Então, o paciente pode tomar apenas uma injeção de insulina por semana, em vez das duas vezes por dia do tratamento convencional.

Além da diabetes, estão no foco do laboratório a oncologia, as dores crônicas, as doenças autoimunes e a síndrome de Alzheimer, recebendo o investimento de 25% do faturamento anual de US$ 20 bilhões. E, com isso, a empresa espera afugentar o fantasma do fim das patentes. “Na virada desta década perdemos a patente de cinco medicamentos importantes, incluindo o Cybalta e o Cialis. Podíamos apostar em genéricos, mas escolhemos recuperar a nossa origem de inovações”, afirma Gay-Ger.

“Em 2014, acabou o nosso período da patent cliff e anunciamos 15 produtos.” Agora, a companhia tem uma previsão de 20 lançamentos em 10 anos, dos quais seis já chegaram ao mercado. “Serão de dois a três produtos por ano no Brasil”, diz. Com isso, já em 2016, a Eli Lilly projeta crescimento acima de 10% de sua receita no País. Afugentar o risco também foi a estratégia adotada na Bristol-Myers Squibb. Em entrevista à DINHEIRO, em abril deste ano, Gaetano Crupi, presidente da companhia no Brasil, admitiu que, se lhe dissessem dez anos atrás que iria trabalhar na Bristol-Myers, não acreditaria, porque ela estava no rumo de desaparecer.

A empresa, no entanto, se reinventou e lançou neste ano o Opdivo, que utiliza o próprio sistema imunológico para combater o câncer. O medicamento rendeu à Bristol-Myers US$ 942 milhões, em 2015, quase atingindo a marca de um blockbuster. É um caminho similar ao da Boehringer Ingelheim, que abriu no fim de novembro, no Brasil, uma área de oncologia. A motivação foi o lançamento do Giotrif, medicamento que promete bloquear a multiplicação de células cancerígenas e aumentar em mais de um ano a sobrevida, em relação à quimioterapia, de pacientes com câncer de pulmão.

Outro laboratório que apostou na oncologia para vencer prognósticos difíceis foi a alemã Merck, que se redirecionou para tipos de câncer menos atendidos pela indústria, e para produtos biológicos. A companhia fechou ainda uma parceria com a americana Pfizer, para fazer testes clínicos de remédios biológicos no Brasil. A expectativa é lançar 20 medicamentos no País a partir de 2017. No entanto, nenhuma empresa sofreu uma perda de receita tão grande quanto a Pfizer, a maior farmacêutica do mundo. Por conta do fim das patentes do Lipitor e do Viagra, o faturamento chegou a recuar 10%, há quatro anos.

Para completar, a sua tentativa de aquisição da Allergan, que permitiria a mudança de sua sede para a Irlanda, economizando alguns bilhões de dólares em impostos, foi negada pelo governo americano. Ou seja, o futuro se desenhava complicado. A Pfizer também colocou sua empresa de genéricos no Brasil, a Teuto, à venda, o que mostra que esse segmento deixou de ser atrativo para a empresa. O laboratório optou, também, por comprar empresas com portfólios de inovações, como a Medivation, voltada a tratamentos oncológicos, e a Anacor, de biotecnologia e com um portfólio forte em dermatologia. 

Com o movimento, a área de produtos inovadores conseguiu ganhos de 10% nas vendas com marcas como Ibrance, para tratamento do câncer de mama, e com o anticoagulante Eliquis. No último ano, a receita da companhia subiu de US$ 49 bilhões para US$ 51 bilhões. Para 2016, a estimativa é que chegue a US$ 53 bilhões. “Perder patentes faz parte do jogo, mas a crise também nos traz oportunidades para aprimoramento”, diz Victor Mezei, presidente da Pfizer no Brasil. O mercado nacional, segundo o CEO, ainda ajudou.

Por aqui, o crescimento nunca parou – nem mesmo nas marcas em que a exclusividade ficou para trás. Para este ano, é esperado um aumento de 6% nas vendas. No caso do Viagra, por exemplo, a queda da patente impactou nos preços – uma pílula passou a custar R$ 2, ante R$ 15 anteriormente –, mas também popularizou o produto. De acordo com Mezei, apesar de ter perdido uma boa margem, as vendas saltaram 80%. A dependência dos blockbusters acabou, mas a receita com eles ainda ajuda a financiar novos caminhos.

Por: Carlos Eduardo Valim e André Jankavski – Isto é Dinheiro



quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Próteses dentárias e ortopédicas - Anvisa fecha fábrica PROMP HIGH SOLUTION clandestina em Valinhos

Em ação desencadeada na manhã desta terça (20), a Agência interditou uma fábrica clandestina de implantes dentários, implantes ortopédicos e de instrumental médico.

A fábrica funcionava no município de Valinhos, interior de São Paulo. O estabelecimento Prompt High Solution não tem Autorização de Funcionamento, que depende da inspeção da vigilância sanitária local para que a fábrica possa, então, operar. Os produtos fabricados no local também não estão registrados na Agência.

Como a fabricação deste tipo de produto de forma clandestina é considerada crime, o proprietário da fábrica foi levado para prestar esclarecimentos à polícia.

A ação foi realizada pela Anvisa e contou com apoio da Vigilância Sanitária de Valinhos e da Guarda Municipal local. Esta iniciativa de fiscalização tem acontecido no país para coibir a venda e o uso de produtos para saúde irregulares e que podem colocar em risco a saúde dos seus usuários



Iniciativas inovadoras promovem atendimento humanizado no SUS - Ministério da Saúde premia nove experiências exitosas em todo País

Nove experiências bem sucedidas e inovadoras foram premiadas pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (21), em Brasília (DF), por promover o atendimento humanizado no SUS. As iniciativas de unidades de saúde de Manaus (AM), Borba (AM), Maringá (PR), Blumenau (SC), Salvador (BA), Brasília (DF), Betim (MG), Sete Lagoas (MG) e Goiânia (GO) foram escolhidas em concurso cultural sobre a Política Nacional de Humanização.

“Estamos premiando boas práticas e inovações das instituições que estão no dia a dia, sendo entregues aos usuários do sistema. A humanização tem três pilares que devem atingir, não só o usuário, mas também o gestor e o colaborador. Quando há uma integração destes fatores temos uma entrega muito maior que chega mais forte a cada usuário do sistema. É isso que o HumanizaSUS faz, trabalha a cada dia para levar a todos que compõe o sistema uma maneira mais fácil, mais simples e mais forte de atendimento”, destacou o secretário de Atenção à Saúde, Francisco Figueiredo.

Os projetos viraram documentários para que as iniciativas possam ser multiplicadas em outras localidades. Os vídeos estão disponíveis no canal do Ministério da Saúde  e foram escolhidos a partir de uma seleção de 284 inscrições. Uma equipe de 18 apoiadores da Rede HumanizaSUS avaliou até outubro de 2016 as experiências. Entre os critérios para seleção estão a criatividade, o respeito ao tema do edital e o potencial de melhorar o acesso e qualidade no SUS.

A Política Nacional de Humanização (PNH) existe desde 2003 e apoia ações com potencial para produzir mudanças nos processos de atenção e gestão, com foco para as necessidades dos usuários e garantia dos direitos. O objetivo da humanização no SUS é promover a participação ativa, ampliando o diálogo dos gestores, dos profissionais de saúde e da população em processos diferenciados, permeando os diferentes espaços de produção e promoção da saúde.

Desde a criação foram diversos avanços em diferentes regiões do país, como a implementação do acolhimento com classificação de risco, implementação da visita aberta nos hospitais, direito ao acompanhante, implementação das ouvidorias e espaços de diálogo entre gestores, trabalhadores e usuários do SUS, criação de projetos cogeridos de ambiência, apoio para implementação das Boas Práticas de Parto e Nascimento, além das ações transversais com as outras políticas de saúde.

Conheça as experiências do SUS documentadas em vídeos:

1. Igaraçu - Canoa Grande. Direção: Fabio Bardella
Tema: UBS Fluvial – Projeto sobre o atendimento dentro do barco no Rio Madeira em comunidades indígenas.
Cidade: Borba – AM.

2. Clínica Ampliada - A Odonto Além da Boca. Direção: Fábio Bardella
Tema: Graduação Odontologia. Projeto com estudantes de odontologia, com enfoque na formação generalista. A universidade insere o jovem na sociedade por meio da clínica no SUS.
Cidade: Maringá – PR.

3. Dona Lindú. Direção: Diogo Martins, Rafael Frazão.
Tema: Projeto sobre o parto, a importância do atendimento humanizado no pré-natal no hospital Dona Lindú em Manaus.
Cidade: Manaus – AM.

4. Do que vem antes. Direção: Diogo Martins
Tema: Projeto sobre o atendimento a idosos no Centro de Saúde do Idoso em Blumenau
Cidade: Blumenau – SC.        

5. Permaneço eu, permaneço tu, permanecer SUS. Direção: Celina Lerner
Tema: Projeto educacional que envolve secretarias de educação, da saúde e universidade e vários hospitais. O projeto tem o intuito de integrar estudantes no SUS, promovendo melhorias no atendimento.
Cidade: Salvador – BA.

6. Cura e Carinho. Direção: Celina Lerner.
Tema: Projeto sobre o atendimento no ambulatório de hanseníase, doença que estigmatiza os pacientes. Aborda o tratamento em rede e humanizado da hanseníase.
Cidade: Brasília – DF.

7. Cersami - A clínica feita por muitos. Direção: Alice Riff
Tema: Projeto de Saúde Mental, similar ao CAPS, que faz atendimento juvenil de casos de psicose e neuroses graves. Os jovens fazem natação, cozinham e as atividades ajudam a reduzir a medicalização.
Cidade: Betim – MG

8. Doulas: O toque que faz a diferença. Direção: Alice Riff
Tema: Projeto sobre o trabalho das doulas integrado ao dos profissionais de saúde do hospital Nossa Senhora das Graças, em Sete Lagoas, que faz em média 400 partos por mês.
Cidade: Sete Lagoas – MG.            

9. HDT. Humanização Contagiante. Direção: Quelany Vicente
Tema: Projeto no hospital de Doenças tropicais em Goiânia.. O projeto trata da maneira como os profissionais se relacionam entre si e com os pacientes. A humanização está em todos os sentidos, principalmente no atendimento.
Cidade: Goiânia – GO.


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