Destaques

sexta-feira, 7 de abril de 2017

NATALIZUMABE 20 mg/ml inj. BIOGEN vende ao MS no valor total de R$ 43.407.900,00.

COORDENAÇÃO-GERAL DE SERVIÇOS GERAIS
EXTRATO DE CONTRATO Nº 51/2017 - UASG 250005 Nº Processo: 25000176945201606. INEXIGIBILIDADE Nº 15/2017.
Contratante: MINISTERIO DA SAUDE -.CNPJ Contratado: 07986222000336. Contratado : BIOGEN BRASIL PRODUTOS FARMACÊUTICOS LTDA.
Objeto: Aquisição de Natalizumabe 20mg/ml, solução injetável. Fundamento Legal: Lei nº 8.666/1993 . Vigência: 05/04/2017 a 04/04/2018.
Valor Total: R$43.407.900,00. Fonte: 6151000000 - 2017NE800597. Data de Assinatura: 05/04/2017. (SICON - 06/04/2017) 250110-00001-2017NE800119


15ª Mostra Nacional de Experiências Bem Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças - do Ministério da Saúde, a ser realizada em Brasília/DF

AVISO DE REABERTURA DE PRAZO PREGÃO Nº 8/2017
Comunicamos a reabertura de prazo da licitação supracitada, processo Nº 25000094597201641. , publicada no D.O.U de 21/03/2017 .

Objeto: Pregão Eletrônico - Contratação de empresa especializada na prestação de serviços, de planejamento, organização, assessoria, suporte, coordenação, acompanhamento, promoção, operacionalização e execução do evento:

15ª Mostra Nacional de Experiências Bem Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças - do Ministério da Saúde, a ser realizada em Brasília/DF, no período de 30 de maio a 02 de junho de 2017, nas condições constantes do Edital, Termo de Referência (TR) e seus apêndices.

Novo Edital: 07/04/2017 das 08h00 às 12h00 e de14h00 às 17h59. Endereço: Edifício Anexo a Sala 317 do Ministério da Saúde Asa Sul - BRASILIA – DF Entrega das Propostas: a partir de 21/03/2017 às 08h00 no site www.comprasnet.gov.br.
Abertura das Propostas: 20/04/2017, às 10h00 no site www.comprasnet.gov.br
EDNALDO MANOEL DE SOUSA, Pregoeiro Oficial



Avaliação do Instituto Pasteur

SAMUEL GOLDENBERG, Diretor e Pesquisador em Saúde Pública do Instituto Carlos Chagas, do Ministério da Saúde, participará da Avaliação do Instituto Pasteur, na qualidade de membro do Comitê Consultivo Internacional, em Montevidéu, Uruguai, no período de 16/04 a 20/04/2017, inclusive trânsito.

Gasto com 10 remédios mais pedidos na Justiça para o SUS é de quase R$ 1 bi


quinta-feira, 6 de abril de 2017

Unidades Embrapii precisam ter forte relação com mercado e inovação, avalia Jorge Guimarães

A Empresa Brasileira de Pesquisa de Inovação Industrial (Embrapii) divulgou na semana passada o resultado preliminar da chamada pública 01-2016, que selecionou sete novas unidades que atuarão em áreas de competência diversas. Para o diretor-presidente da entidade, Jorge Guimarães, este resultado possui um diferencial em relação às demais chamadas.

“Procuramos selecionar áreas de competência que possuem uma relação forte com o mercado e que está a todo momento necessitando de inovação. A área de Fármacos é de um potencial enorme. Precisamos fomentar nossa indústria aproveitando o que temos de melhor em estudos brasileiros”, declarou.

As novas unidades irão atuar em áreas de competência inéditas e com alta demanda por inovação e de mercado. Elas tratarão de controle biológico de pragas; biofotônica e instrumentação; recuperação de rejeitos industriais; biofármacos e fármacos; manufatura avançada; eletrônica impressa; sistemas de manufatura e em laser. Confira as unidades selecionadas pelo edital aqui.

Para esta chamada pública, foram recebidas 85 propostas de instituições candidatas. O valor total dos planos de ação das selecionadas é de R$ 177 milhões, sendo R$ 58,8 milhões da Embrapii. Desde sua fundação, a entidade já fechou 198 projetos no valor total de R$ 312 milhões. Com o novo resultado, chegam a 35 o número de unidades credenciadas.

A Embrapii mantém contrato de gestão com o Ministério da Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e Ministério da Educação (MEC) e atua por meio da cooperação com instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas, tendo como foco as demandas empresariais e como alvo o compartilhamento de risco na fase pré-competitiva da inovação.

(Agência ABIPTI, com informações da Embrapii)


Brasil pode ser quinto país que mais gasta em remédios caso não invista em tecnologias

Cerca de R$ 4 bilhões são desperdiçados apenas com a compra de materiais inadequados no setor da saúde - Foto: Divulgação/Static

O Sistema Único de Saúde (SUS) tem gastos pesados na aquisição de medicamentos e equipamentos. Uma estimativa do governo federal apontou que cerca de R$ 4 bilhões são desperdiçados apenas com a compra de materiais inadequados, por falta de institutos de pesquisa que façam as certificações adequadas e o controle. Nesse ritmo, em dois anos, o Brasil poderá se tornar o quinto país com maior gasto em medicamentos no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, China, Japão e Alemanha.

O alerta é do coordenador do Instituto de Tecnologia e Informação em Saúde (ITS) do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Cimatec), Roberto Badaró. Ele apresentou os dados nesta terça-feira (4), na Câmara dos Deputados, durante a comissão especial que discute o processo de inovação e incorporação tecnológica na área da saúde. O especialista afirma que há uma necessidade emergencial do Brasil produzir tecnologias para desenvolver seus próprios medicamentos, caso contrário, terá ainda mais despesas no setor.

“Nós importamos quase 100% de tudo que consumimos na saúde. De medicamento a equipamentos e insumos. A proposta é fazer tudo isso dentro do país, com nossa tecnologia, para ter competitividade e abaixar os preços”, comentou. “Doenças oncológicas, diabetes e crônicas, de maior ênfase em idosos, tem um custo medicamentoso bilionário”, destacou o coordenador, lembrando que há um aumento do número de idosos no Brasil que acarreta em mais gastos.

A estratégia apresentada por Badaró para estimular a produção tecnológica brasileira em medicamentos inclui: integrar competências científicas na área de bioengenharia e medicina; estabelecer parcerias entre institutos, universidades e centros de pesquisa; e desenvolver serviços tecnológicos estratégicos de controle de materiais biológicos e medicamentos.

Uma das iniciativas para fomentar essa estratégia, segundo Badaró, tem sido implementada pelo ITS em parceria com pesquisadores dos Estados Unidos, na aplicação da nanotecnologia. O objetivo é embarcar proteínas e substâncias específicas que vão atuar diretamente na célula cancerígena, fazendo com que os efeitos adversos dos medicamentos sejam menores. “Esses produtos, em um ou dois anos, já podem ser transferidos. É uma aceleração da transferência de tecnologia para o Brasil”, comentou.

Para a coordenadora da Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Rebrats), Luciana Leão, a dependência que o país tem de tecnologias importadas deixa o Brasil com um grave problema de desabastecimento no setor. “Se um indústria dessas decide parar de fazer o abastecimento que nós compramos, o Brasil entra em uma crise incrível na área de saúde, porque às vezes não tem outro fornecedor. Por isso o incentivo ao Complexo Industrial da Saúde é estratégico, não só para a saúde, como para a economia do país.”

Esforço
O estímulo ao Complexo Industrial da Saúde e aos institutos de pesquisa que desenvolvem as tecnologias nacionais depende, majoritariamente, de investimentos, como pontuou o coordenador do Senai Cimatec. “O grande esforço que o país tem que fazer é investir na incorporação de tecnologia. Mas qual a garantia de financiamento que há hoje para institutos de pesquisa aplicada e transferência de tecnologia?”, questionou Roberto Badaró, em alusão aos cortes sucessivos feitos pelo governo na ciência, tecnologia e inovação (CT&I).

Segundo o deputado Jorge Solla (PT-BA), responsável pelo requerimento para discutir o tema na comissão especial, um relatório será elaborado pelo colegiado de modo a sinalizar a prioridade orçamentária para o setor. O objetivo é viabilizar alguma parcela dos recursos federais para pesquisas e novas tecnologias do país que atuam na área da saúde.

(Leandro Cipriano, da AgênciaABIPTI)


292ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde é transmitida ao vivo

A 292ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS) será realizada nesta quinta (6) e sexta-feira (7), no edifício anexo do Ministério da Saúde, em Brasília, com transmissão ao vivo pela internet. É possível participar da reunião enviando perguntas para o e-mail reuniaoordinariacns@saude.gov.br.

Objetivos da 292ª Reunião Ordinária:

Acompanhar, debater e rever encaminhamentos sobre os pontos do RADAR - Fiscalização Sanitária dos Alimentos, em especial a carne e Aquisição de Asparaginase pelo Ministério da Saúde.
Apreciar e deliberar sobre os pareceres da Comissão Intersetorial de Recursos Humanos e Relações de Trabalho – CIRHRT.
Conhecer, refletir, debater e definir sobre possíveis encaminhamentos referentes ao tema Política, Planejamento e Gestão em Saúde.
Acompanhar, refletir e rever possíveis encaminhamentos referentes às temáticas da 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde e da 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres.
Apreciar e deliberar sobre as demandas da Comissão Intersetorial de Orçamento e financiamento – COFIN.
Apresentar, debater e deliberar sobre as Recomendações do Tribunal de Contas da União ao Conselho Nacional de Saúde.
SERVIÇO

292ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde

Onde: Plenário do Conselho Nacional de Saúde “Omilton Visconde”, localizado no edifício anexo do Ministério da Saúde, ala B, em Brasília.

Quando: 06/04, das 9h às 20h; e 7/04, das 9h às 17h30

Transmissão ao vivo: datasus.saude.gov.br/transmissão-em-tempo-real

Texto: ASCOM/GM/MS com informações do CNS


Surto de febre amarela pode estar ligado a estiagem

A causa mais provável do surto de febre amarela silvestre que ocorre no Brasil neste ano, pelas informações disponíveis até agora, está ligada a períodos de secas ou de anomalia de chuvas em áreas próximas a matas. De acordo com a especialista da Fiocruz Márcia Chame, que falou aos deputados da Comissão de Seguridade Social nesta quinta-feira (6); os dados ainda são preliminares, mas explicam, por exemplo, o surto ocorrido em 2009 no Rio Grande do Sul e o atual, na região central do País, principalmente em Minas Gerais.

Especialistas ouvidos na comissão ressaltaram a importância da prevenção

A pesquisadora ressaltou a importância de capacitar os agentes comunitários de saúde, que atuam no interior do País, para detectar sinais da presença deste tipo de doença. "É muito importante que o País entenda a necessidade de aperfeiçoar as informações, principalmente as que estão no campo. E isso só vai ser feito se as pessoas que estiverem no campo forem capacitadas e puderem fazer a vigilância no período de silêncio. Para a gente entender esse processo, senão a gente só corre na época dos surtos."

Márcia Chame contou que foi uma enfermeira de Franciscópolis, em Minas Gerais, quem deu o primeiro alerta sobre a possibilidade da doença em outubro do ano passado. O cidadão comum, segundo Márcia, pode usar um aplicativo da Fiocruz para enviar fotos ou relatar mortes ou mudanças de comportamento em animais silvestres como os macacos.

Oriana Bezerra, representante do Conselho Nacional de Saúde, disse que prevenção e vigilância custam dinheiro; mas são fundamentais. Ela citou o exemplo da falta de vigilância contra a raiva no País. Segundo ela, uma investigação sobre a morte de um animal por raiva pode levar a descobrir outras causas.

Outro exemplo de cuidado com a prevenção foi dado por Cássio Peterka, representante do Ministério da Saúde. Ele informou que foram registradas apenas 31 mortes por malária em 2016. Este seria o momento ideal, segundo ele, para investir na eliminação da forma mais grave da doença. Isso é importante porque o vírus já estaria mostrando sinais de resistência à medicação atual na Ásia.

O deputado Mário Heringer (PDT-MG), que pediu a realização da audiência, relatou a possibilidade de doentes de febre amarela terem pego a doença mais de uma vez. "Na cidade de Manhuaçu, temos hoje internados no hospital César Leite 4 pacientes que apresentaram recidiva - eu nunca tinha ouvido falar disso - de febre amarela. Temos que saber por que isso está acontecendo."

Renato Alves, representante do Ministério da Saúde, disse que esses casos ainda estão sendo investigados. Segundo ele, o surto de febre amarela teve 1.987 casos notificados, mas apenas 586 confirmados em 5 estados até agora.

Reportagem - Sílvia Mugnatto, Edição – Natalia Doederlein Billy Boss - Câmara dos Deputados

Agência Câmara Notícias


Tecpar sedia workshop sobre atuação de institutos tecnológicos

Representantes da área de ciência e tecnologia debateram nesta quarta-feira (5), no Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), os caminhos para a atuação dos institutos tecnológicos, sobretudo os públicos. No atual cenário, os especialistas apontam que as instituições precisam se reinventar para continuarem a serem grandes atores para o desenvolvimento tecnológico do país.

O workshop “A atuação sustentável dos institutos de pesquisa face aos novos modelos de desenvolvimento tecnológico e inovação” reuniu representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e do governo paranaense, além da comunidade científica e tecnológica nacional, para avaliar a atuação dos institutos em um cenário caracterizado pela escassez de recursos e de novas formas da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), parcerias estratégicas, startups, indústria 4.0 e inovação aberta, entre outros.

O diretor-presidente do Tecpar e presidente da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (Abipti), Julio Félix, que mediou uma das mesas redondas, destaca que uma das principais saídas para as organizações é aprimorar a sua gestão. “Os altos dirigentes das instituições de ciência e tecnologia, em especial as públicas, precisam trilhar caminhos para o seu desenvolvimento, tendo em vista o cenário de escassez de recursos”, afirma.

O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, ressalta que nenhum país se desenvolve sem investimentos em educação e na ciência e tecnologia. “O nosso desafio na vida pública é trabalhar para que sejam criadas políticas voltadas a essa área, com foco em inovação”, pontua.

Para Paulo Brofman, presidente da Fundação Araucária, o investimento em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) traz resultados benéficos a toda sociedade. “Quando investimos em ciência e tecnologia com foco na inovação, os segmentos da saúde e educação ganham, com novos produtos e processos à disposição da população”, salienta.

Jorge Mário Campagnolo, diretor do Departamento de Políticas e Programas de Apoio à Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que ministrou a palestra magna sobre as novas formas de organização de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), avalia que os institutos de ciência e tecnologia brasileiros são os grandes atores para o desenvolvimento tecnológico. “Por essa razão, temos que fortalecê-los, com políticas de Estado para essa área, que precisa de investimentos contínuos”, ressalta.

O evento, promovido pelo Tecpar e a Abipti, contou com a presença de representantes do MCTIC e do governo paranaense, além da comunidade científica e tecnológica nacional.


Ministro defende gestão informatizada para melhorar uso de recursos na saúde

Não farei campanha no governo pedindo mais dinheiro para o setor”, declarou Ricardo Barros, em audiência pública na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira

 O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse nesta quarta-feira (5) aos deputados das comissões de Seguridade Social e Família; e de Fiscalização Financeira e Controle que é possível usar melhor 20% dos recursos do sistema de saúde, ou R$ 50 bilhões, com a informatização da gestão. Ele defendeu a ideia de que a falta de recursos para o setor não é generalizada, e que os governos têm de gastar melhor o que já têm.

Billy Boss - Câmara dos Deputados
Ricardo Barros: "Temos de trabalhar com os recursos que já possuímos"

A informatização, afirmou o ministro, vai possibilitar o pagamento de serviços efetivamente prestados, fiscalizando melhor a produtividade dos médicos do Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo. Segundo ele, tem havido uma grande resistência ao cumprimento da carga horária.

“Os pacientes não comparecem a 30% das consultas marcadas, e 80% dos exames radiológicos pedidos têm resultado normal”, acrescentou Barros, ao mencionar outros exemplos de mal-uso dos recursos.

Limites do SUS
Barros informou que aguarda uma decisão favorável do Supremo Tribunal Federal (STF) ao argumento de que o atendimento da população tem limites. Isso deverá acontecer com o julgamento de duas ações, uma delas sobre a disponibilização de medicamentos de alto custo.

“Espero que o Supremo decida que o SUS tem uma tarefa finita, possível. Temos de trabalhar com os recursos que possuímos. Não farei campanha dentro do governo contra a área econômica, pedindo mais dinheiro para a saúde”, declarou.

Deputados comentam
Vários deputados da base do governo elogiaram o que chamaram de “pragmatismo” do ministro e, em especial, o atendimento personalizado que ele estaria dando aos parlamentares. “Vossa Excelência está resolvendo entraves burocráticos antigos, que paralisavam obras importantes para a saúde brasileira”, comentou Wilson Filho (PTB-BA).

Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados
Wilson Filho elogiou a atuação do ministro na desburocratização do setor

Conforme o ministro, a execução de emendas individuais subiu de 31,6% em 2015 para quase 80% em 2016.

Pelo lado da oposição, porém, o deputado Chico D'Angelo (PT-RJ) discordou da opinião de Barros e afirmou que o maior problema da área de saúde está, sim, na falta de recursos. “O senhor é o primeiro ministro da Saúde que diz que o SUS não precisa de mais verbas, uma lógica completamente na contramão dos seus antecessores”, apontou.

Segundo Barros, em seus 300 dias de governo, já conseguiu economizar R$ 2,9 bilhões com o que ele chamou de “desaparelhamento” do ministério e outras medidas de gestão.

Repasse simplificado
O ministro pediu aos parlamentares apoio para um projeto de lei ou medida provisória que deverá ser encaminhado (a) ao Congresso pelo Executivo no sentido de simplificar o repasse de recursos do SUS a estados e municípios.

Barros também disse que deverá ser proposto ao Congresso uma legislação que permita aos pais registrarem seus filhos no local onde eles nasceram ou no local onde moram. “Isso porque muitos municípios não têm maternidade”, explicou o ministro.

Credenciamentos
Questionado a respeito da necessidade de ampliação dos credenciamentos para serviços de alta e média complexidade, Barros destacou que o deficit do setor é hoje superior a R$ 3 bilhões e, portanto, não haverá novos credenciamentos até o final do ano.

Com relação ao programa Farmácia Popular, Barros explicou aos parlamentares que a iniciativa está passando por uma avaliação pois foram descobertas fraudes, como receitas utilizadas várias vezes. Segundo ele, a população não ficará sem atendimento porque, onde não houver farmácia do governo ou farmácia privada que faça parte do programa, o cidadão poderá buscar o remédio no posto de saúde.

Febre amarela
Sobre o problema da febre amarela, o ministro informou que o governo ainda está avaliando a possibilidade de fracionar a vacina em cinco doses, a fim de ampliar a cobertura imediatamente.

Reportagem – Sílvia Mugnatto, Edição – Marcelo Oliveira, Agência Câmara Notícias


Comissão discute, hoje registros de febre amarela e malária no Brasil

A ocorrência de casos de febre amarela e malária no País será discutida nesta manhã na Comissão de Seguridade Social e Família. O deputado Adail Carneiro (PP-CE), um dos parlamentares que pediram o debate, lembra que País tem sofrido as consequências de doenças transmitidas por meio de mosquitos, como malária, zica, dengue e chikungunya. “No caso da malária, o Brasil registrou em 2015 o menor número de casos dos últimos 35 anos, contudo 143 mil casos da doença foram notificados naquele ano, com 26 mortes”, contabiliza o deputado.

A febre amarela, no entanto, na opinião de Carneiro, representa uma preocupação mais imediata, pois, segundo dados do Ministério da Saúde, até 3 de fevereiro deste ano, foram notificados 921 casos suspeitos de febre amarela no País. “Destes, foram confirmados 161 casos da doença, 58 foram descartados e 702 permanecem em investigação.”
O deputado Mário Heringer (PDT-MG), que também pediu a realização da audiência, lembra a luta do sanitarista Oswaldo Cruz, que resultou na erradicação da febre amarela no Brasil. “A febre amarela teve seu último caso urbano registrado em 1942, no Acre. De lá para cá, considerava-se erradicada sua modalidade urbana”, afirma o parlamentar lembrando que eventuais surtos febre amarela silvestre continuaram a ser registrados. “Neste momento, o Brasil se depara com mais um surto de febre amarela silvestre, que preocupa por suas dimensões e agressividade.”

Debatedores
Foram convidados para discutir o assunto:
- o gerente da Unidade Técnica de Vigilância das Doenças de Transmissão Vetorial do Ministério da Saúde, Renato Vieira Alves;
- o secretário de Saúde de Minas Gerais, Sávio Souza Cruz;
- a veterinária Oriana Bezerra Lima representante Conselho Nacional de Saúde (CNS)
- a secretária de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Lenir Santos;
- a representante do Centro de Informação em Saúde Silvestre da Fundação Osvaldo Cruz Márcia Chame.

A audiência será realizada no plenário 7, a partir das 9h30.

Da Redação – ND, Agência Câmara Notícias



Inmetro avalia desgaste de próteses ortopédicas articulares

Pioneiro no Brasil, o programa de ensaios de desgaste em próteses ortopédicas de quadril e joelho, desenvolvido pelo Inmetro, está concluindo uma importante etapa, com os primeiros resultados de ensaio de próteses de joelho.

Iniciado há dez anos no Laboratório de Biomateriais e Tribologia (Labit), integrante da Divisão de Metrologia de Materiais (Dimci/Dimat), o programa teve como primeiros passos o estabelecimento de procedimentos de ensaio para avaliação do nível de desgaste de próteses de quadril em laboratório, tendo gerado diversos resultados com próteses nacionais desde então.

A iniciativa tem como compromisso fornecer suporte à indústria brasileira, pois os resultados obtidos pelo Inmetro auxiliam os fabricantes na análise pré-clinica dos seus produtos. Além disso, o banco de dados formado pelo Instituto tem como papel servir de referência para novos desenvolvimentos de próteses, com materiais mais resistentes e de maior qualidade. As ações voltadas ao desenvolvimento de próteses mais duráveis impactam diretamente o bem-estar de pessoas que necessitam de próteses para substituir articulações danificadas. Implantes fabricados com materiais que desgastam menos minimizam o risco de recirurgia para o paciente.

Ensaio de próteses de joelho no Laboratório de Biomateriais e Tribologia (Labit)

“O diferencial dos estudos conduzidos no Inmetro é a preocupação com a utilização de critérios com base metrológica em cada um dos processos de medição oferecidos à sociedade. No caso da medição do desgaste das próteses de quadril, um resultado confiável depende de uma avaliação adequada. Isto é feito por meio de ensaios criteriosamente executados, que são padronizados e harmonizados internacionalmente. Desta forma, o resultado de desgaste pode ser comparado com padrões internacionais, possibilitando assim verificar a compatibilidade do nível de desgaste do produto com a devida confiança”, comenta Marcia Maru, pesquisadora do Labit.

Uma forma de garantir a atualização contínua do conhecimento das melhores práticas de avaliação-padrão de próteses, adotadas por grandes laboratórios do mundo, é a participação em fóruns nacionais e internacionais de normalização. O Inmetro vem atuando nestes fóruns através das ações do pesquisador do Labit, Rafael Trommer, que coordena a Comissão da ABNT que trata das normas brasileiras de Materiais para Implantes. “Além de coordenar a comissão da ABNT, também trabalhamos ativamente na elaboração e revisão das normas do Comitê da ISO/TC 150 Implants for Surgery. Além disso, representamos o Brasil no subcomitê da ASTM F04 Medical and Surgical Materials and Devices. A participação nos comitês é importante para estabelecer relações com os melhores do mundo na área de fabricação, especificações de produtos e métodos de ensaio de todos os tipos de implantes”, diz Rafael.

Os equipamentos do Labit simulam as condições de funcionamento das próteses no corpo humano. Nos ensaios, são aplicados movimentos de caminhada e carga equivalente ao peso corporal de um paciente, e temperatura em torno de 37 graus Celsius. A cada 500 mil ciclos (cada ciclo corresponde a um passo de um segundo), o equipamento é parado para que a massa das amostras seja medida (a perda de massa é um dos indicadores de desgaste). Um milhão de ciclos de funcionamento, ao longo de 12 dias, representam um ano de simulação de um usuário caminhando 40 minutos diários com a prótese. De acordo com normas internacionais, o ensaio deve ser executado até completar pelo menos cinco milhões de ciclos, o que representa em média cinco anos de uso da prótese pelo paciente.

Dos ensaios com próteses de quadril, o Inmetro já dispõe de um banco de dados com resultados de desgaste de insertos acetabulares de UHMWPE ensaiados com cabeças femorais de aço inoxidável e de liga de cobalto-cromo. Mais recentemente, o Instituto está ensaiando próteses de quadril nacionais que empregam materiais com tecnologia mais avançada, em que a cabeça femoral é de cerâmica e o inserto acetabular de UHMWPE reticulado, que possivelmente irão apresentar níveis de desgaste menores do que os materiais convencionais.

Agora o Inmetro também analisa os primeiros dados obtidos com um ensaio de próteses de joelho, tendo completado os primeiros dois milhões de ciclos. As próteses são de aço inoxidável (componente femoral), e de polietileno de ultra-alto peso molecular, ou UHMWPE (inserto tibial). O ensaio é complexo, pois a simulação dos movimentos da prótese depende da correta simulação dos ligamentos do joelho.

O Instituto está desenvolvendo, ainda, um procedimento para medir e quantificar as partículas resultantes do desgaste das próteses, que podem, eventualmente, causar inflamações em tecidos no entorno do quadril e do joelho, levando à necessidade de uma nova cirurgia.



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