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sexta-feira, 21 de julho de 2017

Começa prazo para servidores optarem por permanecer no Base

Foto: Brito
Estatutários têm até 45 dias para manifestar interesse. Formulário já está disponível

A partir de hoje, os servidores em exercício no atual Hospital de Base podem optar pela cessão ao instituto ou a remoção para outras unidades da Secretaria de Saúde, conforme a Portaria nº 345 publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) em 6 de julho deste ano. Segundo a norma, os estatutários têm até 45 dias contados do início da validade da portaria que entrou em vigor nesta sexta-feira (21).

Os servidores do Base poderão indicar seu interesse aqui. Basta preencher o formulário com seus dados e a preferência. Segundo o texto, o servidor que não se manifestar no prazo previsto perderá qualquer prioridade na indicação da preferência para a nova lotação, que será feita em até 180 dias após o início da vigência do contrato de gestão com o IHBDF.

Na busca por maior eficiência na gestão, foi publicada a Lei nº 5.899/17, que autoriza a criação do Instituto Hospital de Base do Distrito Federal – IHBDF. A implementação desse instituto é um marco na gestão da Saúde Pública do DF, pois garantirá maior celeridade às admissões de pessoal, compras e contratações, além de estipular metas e avaliações de desempenho, no intuito de zelar pela manutenção da saúde e da vida dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), sempre sob o controle social e da fiscalização do Tribunal de Contas do DF.

A Secretaria de Saúde respeita a história, a importância e o comprometimento dos servidores desta casa. A Lei nº 5.899/17 busca disciplinar a transição da gestão para IHBDF, assegurando aos servidores públicos lotados no Hospital de Base, proteção integral dos seus direitos. Nesse sentido, conforme preveem o art. 3º e seus parágrafos da lei, haverá a possiblidade dos servidores serem cedidos ao IHBDF, mantendo todos os direitos previstos no regime estatutário, se assim desejarem.

O servidor que não tiver interesse na cessão ao IHBDF poderá ser removido para outra unidade hospital da rede. As novas unidades de lotação serão definidas tendo como primeiro critério as necessidades de atendimento à população, mantendo-se a mesma atividade exercida no Hospital de Base e atendendo-se, tanto quanto possível, a preferência dos servidores, respeitadas as diretrizes previstas na página 10 do DODF 128, de 6 de julho na Portaria nº 345. Os servidores não serão lotados na atenção primária ou no SAMU, e poderão ser lotados emunidade não hospitalar, como UPA 24h, farmácia ou na Administração Central, considerando a preferência pela região de saúde, em função da carência desses serviços.  

Os servidores que optarem pela remoção deverão indicar, na mesma manifestação, até três unidades de preferência. A lotação - que será feita gradativamente para garantir o funcionamento da unidade no período de transição - dependerá de critérios como: necessidade do serviço, redução dos custos com horas extras e manutenção preferencialmente das atividades da mesma natureza daquelas já exercidas no Base.
ENTENDA – O objetivo do levantamento é conhecer as preferências dos servidores para realizar o planejamento da instalação do Instituto Hospital de Base do DF (IHBDF), além de fazer o dimensionamento do repasse a título de fomento a ser previsto no contrato de gestão.

Confira aqui o texto na integra da portaria na página 10 do Diário Oficial do Distrito Federal.

Serviço:
Preencha aqui o formulário de preferência por ficar ou não no Base

Vanessa Cezar e Ailane Silva, da Agência Saúde



Coinfecção Tuberculose-HIV é tema de curso da UNA-SUS

Já estão abertas as matrículas para a nova turma do curso online Manejo da Coinfecção Tuberculose-HIV, produzido e oferecido pela Secretaria Executiva da Universidade Aberta do SUS (SE/UNA-SUS/Fiocruz). Profissionais de saúde da Atenção Básica e demais interessados no tema podem ingressar gratuitamente na capacitação até 8 de novembro, pelo link. O início é imediato.

A qualificação é uma ação do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e tem como objetivo capacitar profissionais de saúde para o atendimento integral das pessoas que estão infectadas simultaneamente por tuberculose e HIV/Aids.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, a tuberculose é a doença infecciosa que mais mata pessoas com HIV. Por isso, é necessário tratar as doenças de forma conjunta.

Com carga horária de 60 horas, o curso é composto por três unidades, que tratam de aspectos de apoio psicossocial e manejo clínico de coinfecção, com foco especial no diagnóstico de tuberculose nas pessoas que tem HIV, e a organização de serviços para atendimento dessa população. Além disso, há uma unidade dedicada a casos clínicos interativos, que simulam situações reais vividas no atendimento dos profissionais de saúde.
Para Rossana Coimbra, uma das responsáveis pelo conteúdo do curso, o aspecto psicossocial é uma das principais questões, já que em ambas as doenças, a adesão ao tratamento é de extrema importância, e o contexto de vida do paciente influencia diretamente na continuidade do tratamento. “O tratamento irregular de ambas as doenças pode fazer com que o paciente se torne resistente aos medicamentos, levando à necessidade de tratamentos cada vez mais longos e custosos”, afirma.

Para Coimbra, é preciso compreender que não será possível obter sucesso na abordagem da coinfecção se os profissionais de saúde não estiverem preparados para lidar com aspectos que impactam significativamente a adesão ao tratamento e que vão muito além dos aspectos clínicos.

A conteudista acredita que para conseguir a boa adesão do paciente é preciso conhecê-lo, bem como todos os possíveis obstáculos possivelmente impostos à sua boa adesão. “Neste sentido aspectos psicossociais devem ser reconhecidos e encaminhados da melhor maneira pela equipe de saúde para que não se tornem obstáculos a adesão, levando a cura da tuberculose e ao controle da infecção pelo HIV”, esclarece.

O curso em números
A capacitação já foi oferecida três vezes, desde 2015. Desde então, foram 20.692 matrículas e 6.656 certificações.

O estado com maior número de matriculados foi São Paulo (2.145), seguido do Ceará (1.466) e Minas Gerais (1.297). As categorias profissionais de maior participação no curso são os enfermeiros (35,18%) e técnicos de enfermagem (26,91%).

Fonte: SE/UNA-SUS


8º Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde abre inscrições

Com o tema “Telessaúde transformando realidades: tendências e impactos”, a Associação Brasileira de Telemedicina e Telessaúde (ABTms) promove entre os dias 14 e 17 de novembro, no Centro de Eventos da FAURGS/UFRGS, em Gramado (RS), o 8º Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde.

Em sua programação, o evento contará com apresentação de pôsteres, área de desconferência, hackathon em saúde, além do Encontro da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS).

O evento já possui mais de 70 palestrantes confirmados e diversos temas como: tendências em telemedicina; Telessaúde nas especialidades médicas; mHealth aplicado a teleassistência; Cases internacionais em teleassistência; A telessaúde nos currículos acadêmicos; Games em telessaúde; Inovações em teleducação: mobile learning, realidade virtual aplicado a saúde; entre outros.

Além de um espaço de troca de experiências e compartilhamento de informações sobre inovação e tecnologia no campo da saúde, o 8º Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde é uma oportunidade para os participantes que desejarem conhecer Gramado, no Rio Grande do Sul, em pleno período do Natal Luz, o maior espetáculo natalino da América Latina.

Inscrições
Os interessados em se inscrever no evento, bem como os que desejam submeter trabalhos, podem encontrar todas informações necessárias no site: congresso.abtms.org.br
Membros associados à ABTms ganham descontos exclusivos em suas inscrições do 8º CBTms. Cadastre-se clicando aqui e garanta essa vantagem.

Fonte: CBTms


Relatório da OMS revela aumento de políticas de controle do tabaco

O último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a epidemia mundial de tabagismo, publicado nesta quarta-feira (19), revela um aumento no número de países que implementaram políticas de controle do tabaco, que vão desde proibições de publicidade até áreas livres do fumo.

Aproximadamente 4,7 bilhões de pessoas - 63% da população mundial - estão protegidas por ao menos uma medida integral de controle do tabaco, número que quadruplicou desde 2007, quando só um bilhão de pessoas (15% da população mundial) estavam protegidas.

As estratégias para aplicar essas ações têm salvado milhões de pessoas de uma morte prematura.

No entanto, a indústria do tabaco continua prejudicando os esforços dos governos para implementar plenamente as intervenções de vida e de economia de custos, de acordo com o novo relatório da OMS sobre a epidemia mundial de tabaco 2017.

"Governos de todo o mundo devem incorporar logo todas as disposições da Convenção-Quadro da OMS para o Controle do Tabaco em seus programas e políticas nacionais de controle do tabaco", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização. "Eles devem também reprimir o comércio ilícito de tabaco, que está exacerbando a epidemia mundial de tabaco e suas consequências socioeconômicas e de saúde".

Tedros acrescentou que, "trabalhando juntos, os países podem impedir que milhões de pessoas morram a cada ano por doenças evitáveis relacionadas ao tabaco e economizar bilhões de dólares em despesas de saúde evitáveis e perdas de produtividade".

Atualmente, 4,7 bilhões de pessoas são protegidas por ao menos uma “boa prática” de controle do tabaco da Convenção-Quadro da OMS sobre o Controle do Tabaco (OMS FCTC) – 3,6 bilhões a mais do que em 2007, de acordo com o relatório. Esse progresso foi possível porque os governos intensificaram as ações para implementar medidas-chave da OMS FCTC.

Nas Américas Nas Américas, 21 dos 35 países membros têm implementado ao menos uma das medidas integrais de controle do tabaco, o que implica em quase um bilhão de pessoas (ou quase 95% da população do continente) beneficiadas por essas ações. Ao menos 15 países da região colocaram em prática duas dessas medidas, o que se traduz em 59% da população da região protegida contra o consumo de tabaco.

A principal medida adotada por países da região tem sido a implementação de ambientes livres de tabaco, beneficiando quase 500 milhões de pessoas nas Américas (48,7% da população), em 18 países. O uso de imagens de advertência contra o consumo do tabaco nas embalagens dos produtos derivados do tabaco tem sido a segunda medida mais utilizada na região, implementada em 16 países que, juntos, reúnem 55% da população do continente.

Estima-se que existem 69 milhões de fumantes na região, que representam 6% do total de fumantes no mundo. A prevalência de consumidores de tabaco nas Américas tem diminuído nos últimos anos. Sessenta e oito por cento (47 milhões) dos fumantes são homens e 32% mulheres (22 milhões). Dessa forma, a região é a segunda da OMS com a maior prevalência de mulheres tabagistas em termos relativos (a primeira é a região da Europa).

Estratégias para reduzir a demanda de tabaco
Estratégias para apoiar a implementação das medidas para a redução da demanda de tabaco na Convenção-Quadro da OMS, como as "MPOWER", ajudaram a evitar milhões de mortes e economizaram centenas de bilhões de dólares na última década. O MPOWER foi criado em 2008 para promover a ação dos governos em seis estratégias de controle do tabaco:
  • Monitorar políticas de uso e de prevenção do tabaco;
  • Proteger as pessoas contra a fumaça do tabaco;
  • Oferecer ajuda para a cessação do tabagismo;
  • Avisar a população sobre os perigos do tabaco;
  • Reforçar as proibições de publicidade, promoção e patrocínio do tabaco; e
  • Aumentar os impostos sobre o tabaco.
  • Uma em cada 10 mortes globalmente é causada pelo tabaco, mas podemos mudar isso por meio das medidas de controle do tabaco MPOWER, que se mostraram altamente efetivas", afirmou Michael R. Bloomberg, embaixador da OMS para doenças não-transmissíveis e fundador da Bloomberg Philanthropies. "O progresso feito em todo o mundo – e documentado ao longo desse relatório – mostra que é possível para os países ‘virarem a maré’. A Bloomberg Philanthropies espera trabalhar com o diretor-geral Ghebreyesus e continuar o trabalho com a OMS".
O novo relatório, financiado pela Bloomberg Philanthropies, centra-se no acompanhamento do uso do tabaco e das políticas de prevenção e mostra que um terço dos países possui sistemas abrangentes para monitorar o uso do tabaco. Embora isso seja superior a um quarto dos países que monitoram o uso do tabaco nos níveis recomendados em 2007, os governos ainda precisam fazer mais para priorizar ou financiar essa área de trabalho.

Mesmo países com recursos limitados podem monitorar o uso do tabaco e implementar políticas de prevenção. Segundo o relatório, ao gerar dados sobre jovens e adultos, os países podem, por sua vez, promover a saúde, economizar os custos nessa área e gerar receita para os serviços governamentais.

O documento acrescenta ainda que o monitoramento sistemático da interferência da indústria do tabaco na formulação de políticas governamentais protege a saúde pública, evidenciando as táticas dessa indústria, que incluem o exagero na importância econômica da indústria do tabaco, desacreditando a ciência comprovada e usando litígios para intimidar os governos.

"Os países podem proteger melhor seus cidadãos, incluindo as crianças, da indústria do tabaco e de seus produtos quando usam sistemas de monitoramento do tabaco", afirmou Douglas Bettcher, diretor do departamento da OMS para a prevenção de doenças não-transmissíveis.

"A interferência da indústria do tabaco na formulação de políticas governamentais representa uma barreira mortal para o avanço da saúde e do desenvolvimento em muitos países", alegou Bettcher. "No entanto, ao monitorar e bloquear tais atividades, podemos salvar vidas e plantar sementes para um futuro sustentável para todos".

Entre as conclusões-chave do relatório da OMS sobre a epidemia mundial de tabaco em 2017 estão:
  • 43% da população mundial (3,2 bilhões de pessoas) são cobertas por duas ou mais medidas do MPOWER em seu nível mais alto, quase sete vezes o número desde 2007;
  • Oito países, incluindo cinco de baixa e média renda, implementaram quatro ou mais medidas MPOWER no mais alto nível (Brasil, República Islâmica do Irã, Irlanda, Madagascar, Malta, Panamá, Turquia e Reino Unido da Grã-Bretanha e do Norte Irlanda);
  • Monitoramento: o Nepal, a Índia e as Filipinas estão entre os países que realizaram iniciativas apoiadas pela OMS para monitorar o uso do tabaco e, em seguida, implementaram medidas para proteger as pessoas desse produto.
  • O Nepal apresentou os maiores avisos de saúde do mundo sobre as superfícies de embalagens de tabaco (que cobrem 90% do pacote) em maio de 2015, após o uso de um conjunto de perguntas de um questionário sobre o uso doméstico do tabaco permitiram às autoridades detectar uma alta prevalência de fumantes homens adultos e usuários de produtos sem fumaça;
  • A Índia lançou um programa de cessação do tabagismo em todo o país e uma linha gratuita de ajuda em 2016 após a realização de um "questionário global sobre tabaco para adultos" em 2009 e 2010 que revelou grande interesse entre quase um em cada dois fumantes e usuários de produtos sem fumaça para parar eventualmente;
  • A “Lei dos Impostos sobre o Pecado” das Filipinas foi aprovada em 2012 após o questionário global de tabaco para adultos de 2009, que mostrou altas taxas de tabagismo entre homens (47,4%) e meninos (12,9%). Essas fortes medidas de redução da demanda de tabaco contribuíram para a diminuição do consumo de tabaco, de acordo com os resultados do questionário sobre tabaco em adultos de 2015.
  • Proteção: legislações abrangentes antifumo estão atualmente em vigor para quase 1,5 bilhão de pessoas em 55 países. Desde 2007, houve progressos drásticos em países de baixa e média renda, dos quais 35 adotaram uma lei antitabaco completa desde 2007.
  • Oferta: um tratamento de cessação do tabagismo apropriado está em vigor para 2,4 bilhões de pessoas em 26 países;
  • Aviso: mais pessoas são protegidas por fortes advertências nas embalagens do que por qualquer outra medida do MPOWER, cobrindo quase 3,5 bilhões de pessoas em 78 países – quase metade da população global (47%);
  • Campanhas: 3,2 bilhões de pessoas vivem em um país que exibiu pelo menos uma campanha de mídia nacional abrangente antitabaco nos últimos dois anos;
  • Aplicação: as proibições de publicidade, promoção e patrocínio do tabaco interferem na capacidade da indústria do tabaco de promover e vender seus produtos, além de reduzir sua utilização. No entanto, apenas 15% da população mundial está atualmente coberta por uma proibição abrangente;
  • Aumento: aumentar os impostos para subir os preços dos produtos derivados do tabaco é o meio mais efetivo e rentável para reduzir seu consumo e incentivar os usuários a parar. Entretanto, essa é uma das medidas de controle menos utilizadas.
Nota aos editores
O uso do tabaco é a principal causa evitável de mortes em todo o mundo, matando mais de 7 milhões de pessoas por ano. Os seus custos econômicos também são enormes, totalizando mais de US$ 1,4 trilhão em custos de saúde e perda de produtividade.
Controlar o consumo de tabaco é uma parte fundamental da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Ela inclui metas para fortalecer a implementação nacional da Convenção-Quadro da OMS e uma redução de um terço no número de óbitos prematuros por doenças não-transmissíveis, incluindo as cardíacas e pulmonares, câncer e diabetes. O consumo de tabaco é um dos principais fatores de risco comuns para as doenças não-transmissíveis, que matam 40 milhões de pessoas por ano – o equivalente a 70% de todas as mortes em todo o mundo, sendo 15 milhões delas com idade entre 30 e 69. Mais de 80% dessas mortes prematuras ocorrem em países de baixa e média renda.

Fonte: OPAS/MS


Brasil é reconhecido pela OMS nas ações de combate e prevenção ao tabagismo

O Brasil é um dos oito países que atingiram quatro metas ou mais, recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para reduzir doenças e mortes relacionadas ao tabaco (MPOWER). A informação vem do relatório “Who report on the global tobacco epidemic, 2017” divulgado pela entidade, nesta quarta-feira (19). O texto destaca, também, as ações que o Ministerio da Saúde vem realizando no monitoramento do tabagismo no país, através de levantamentos como a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) e a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS).

Além do Brasil, o Irã, Irlanda, Madagascar, Malta, Panamá, Turquia e Reino Unido conseguiram cumprir algumas das medidas, como: o monitoramento de políticas de uso e de prevenção do tabaco, a proteção dos fumantes passivos, o oferecimento de tratamento para quem deseja parar de fumar, a divulgação dos perigos de se fumar; a proibição de publicidade, promoção e patrocínio do tabaco e o aumento de impostos sobre o produto.

No Brasil, a política de controle do tabaco, conseguiu reduzir em 35% a prevalência de fumantes nas capitais brasileiras nos últimos 10 anos, segundo a Vigitel. A pesquisa, que é realizada, pelo Ministério da Saúde, nas 26 capitais e no Distrito Federal apontou a queda no percentual de 15,7%, em 2006, para 10,2%, no ano passado. Entre aqueles que fumam 20 cigarros ou mais por dia a prevalência, também, foi decrescente. Caiu de 4,6% em 2006 para 2,8% em 2016. O Vigitel também verifica a questão do fumo passivo. No total de capitais, a prevalência de fumantes passivos no trabalho também caiu de 2009 (12,1%) a 2016 (7,0%).

A proibição da publicidade de cigarros nos meios de comunicação e pontos de venda e do consumo de tabaco em ambientes fechados, a obrigatoriedade das imagens de advertência sanitária nos maços e os projetos para a cessação de fumar no SUS, também, foram passos importantes para redução do consumo de tabaco no país. Por isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu este ano uma consulta pública para atualização das imagens e advertências nas embalagens de tabaco.

A medida mais eficaz para reduzir o consumo, no entanto, foi o aumento de preços por meio da elevação dos impostos, recomendação da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco, tratado mundial ratificado pelo Brasil em 2005.  Segundo dados da Vigitel, em 12 capitais houve tendência de estabilidade na prevalência de fumantes até 2010 e redução a partir 2011.

Como parte da política de combate ao tabagismo, o SUS oferece tratamento gratuito para fumantes nas Unidades Básicas de Saúde. São ofertados adesivos, pastilhas e gomas de mascar. Com esses tratamentos, o Ministério da Saúde gastou R$ 23,77 milhões.

CUSTOS DO TABAGISMO – Uma pesquisa do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostrou que o consumo de cigarros e outros derivados causa um prejuízo de R$ 56,9 bilhões ao país a cada ano. Deste total, R$ 39,4 bilhões são com custos médicos diretos e R$ 17,5 bilhões com custos indiretos, decorrentes da perda de produtividade, provocadas por morte prematura ou por incapacitação de trabalhadores.

O estudo verificou que a arrecadação total de impostos pela União e estados, com a venda de cigarros no país em 2015, foi de R$ 12,9 bilhões. Ou seja, o saldo negativo do tabagismo para o país foi de R$ 44 bilhões, quando se subtrai os gastos da saúde em relação aos impostos arrecadados.
Segundo o estudo, as doenças relacionadas ao tabaco que mais oneraram em 2015 o sistema público e privado de saúde no Brasil foram: doença pulmonar obstrutiva crônica-DPOC - principalmente enfisema e asma - (R$ 16 bilhões); doenças cardíacas (R$10,3 bilhões); tabagismo passivo e outras causas (R$4,5 bilhões); cânceres diversos de esôfago, estômago, pâncreas, rim, bexiga, laringe, colo do útero e leucemia (R$4 bilhões); câncer de pulmão (R$2,3 bilhões); acidente vascular cerebral (AVC)(R$2,2 bilhões); e pneumonia (R$146 milhões).

A pesquisa teve coordenação científica da Fundação Oswaldo Cruz e do Instituto de Efectividad Clínica y Sanitaria (IECS), da Universidade de Buenos Aires. O INCA financiou o estudo por meio de um acordo técnico com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e com subsídios do International Development Research Centre (IDRC), do Canadá.

Por Victor Maciel, da Agência Saúde


Ministério da Saúde lança estratégia para reduzir mortalidade neonatal

O Ministério da Saúde acaba de lançar a QualiNEO, uma estratégia que visa diminuir a mortalidade neonatal e qualificar o atendimento ao recém-nascido nas maternidades das regiões Norte e Nordeste. Inicialmente, a estratégia contemplará nove estados que concentram as maiores taxas de mortalidade neonatal no país: Amapá, Amazonas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Roraima e Sergipe. O Ceará também fará parte do grupo, mas foi escolhido por ser um centro de referência da Rede Cegonha, estratégia do Ministério da Saúde que proporciona às mulheres saúde, qualidade de vida e bem estar durante a gestação, parto, pós-parto e o desenvolvimento da criança até os dois primeiros anos de vida.

O QualiNEO visa qualificar as práticas de atenção ao recém-nascido de risco, que integra as diversas ações do Ministério da Saúde voltadas à saúde da criança. A iniciativa será desenvolvida durante dois anos (junho de 2017 a julho de 2019) nas maternidades selecionadas. Ao final desse período, a pasta entregará um selo de qualidade às instituições que, além de integrar a estratégia, também conquistaram melhoras nos indicadores de assistência. Entre estas melhorias, destacam-se a redução da mortalidade neonatal (primeiros 28 dias de vida), casos de asfixia no nascimento e de infecções da corrente sanguínea associada a cateter, além do aumento na taxa de aleitamento materno. As maternidades também estarão aptas a compartilhar esta estratégia com outras unidades de saúde em seu estado.

A proposta é reunir as principais ações desenvolvidas pela pasta voltadas à saúde da criança, como Hospital Amigo da Criança, Método Canguru (atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso), Bancos de Leite Humano, qualificação e habilitação de leitos neonatais, Reanimação e Transporte Neonatal. Por meio de apoio técnico e capacitação de profissionais, será garantindo ao recém-nascido o melhor início de vida. A nova estratégia pretende dar continuidade à qualificação perinatal iniciada com a Rede Cegonha.

ACOMPANHAMENTO - Em cada estado foram selecionadas três maternidades para receber a estratégia neste primeiro momento. A seleção das instituições levou em conta critérios como ser referência no Método Canguru, ser hospital de ensino ou ser a unidade que concentra o maior número de óbitos neonatais no estado. Depois de elaborada, a estratégia foi pactuada com os estados envolvidos. Até agosto, equipes do Ministério da Saúde irão aos estados para assinatura dos termos de compromissos, realização de oficinas de qualificação da atenção neonatal e elaboração dos planos de ação. As oficinas devem acontecer semestralmente.

O acompanhamento e monitoramento cotidiano das práticas de atenção neonatal e indicadores de assistência será realizado, tanto presencialmente quanto via plataforma eletrônica. Serão realizadas videoconferências bimestrais com os estados e utilização da plataforma da estratégia com fóruns de discussão, chats, estudos de caso, compartilhamento de experiências e materiais de apoio.

A Estratégia QualiNEO baseia-se nos princípios e diretrizes da Política Nacional de Humanização (PNH, 2003) e da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNASIC, 2015). Esta estratégia possui os seguintes pilares estruturais: Foco nos processos de trabalho em saúde e nas práticas baseadas em direitos e evidências científicas; Articulação de saberes, fazeres e interesses de gestores, profissionais e usuários, como sujeitos diretamente envolvidos no cuidado ao processo de parturição e nascimento; Práticas educativas que funcionem como dispositivos para análise coletiva, compartilhamento, fomento e ampliação de experiências.

Confira as maternidades selecionadas para participar da Estratégia QualiNEO:
UF
MUNICÍPIO
CNES
ESTABELECIMENTO
AM
MANAUS
6627595
INSTITUTO DA MULHER DONA LINDU
AM
MANAUS
2019558
MATERNIDADE BALBINA MESTRINHO
AM
MANAUS
3151794
MATERNIDADE DE REFERENCIA ANA BRAGA
AP
MACAPÁ
2020890
HOSPITAL SAO CAMILO E SAO LUIS
AP
SANTANA
2021064
SES AP HOSPITAL ESTADUAL DE SANTANA
AP
MACAPÁ
2020068
SES AP HOSPITAL DA MULHER
BA
SALVADOR
3859
HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS
BA
SALVADOR
4731
MATERNIDADE CLIMERIO DE OLIVEIRA (UFBA)
BA
SALVADOR
3956369
MATERNIDADE PROFESSOR JOSE MARIA DE MAGALHAES NETO
CE
FORTALEZA
2499363
HGCC HOSPITAL GERAL DR CESAR CALS
CE
FORTALEZA
2497654
HGF HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA
CE
FORTALEZA
2481286
MATERNIDADE ESCOLA ASSIS CHATEAUBRIAND
CE
SOBRAL
3021114
SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SOBRAL
MA
CAXIAS
2453665
MATERNIDADE CARMOSINA COUTINHO
MA
IMPERATRIZ
2452383
HRMI HOSPITAL REGIONAL MATERNO INFANTIL DE IMPERATRIZ
MA
SAO LUIS
2726653
HOSPITAL UNIVERSITARIO HUUFMA
MA
SAO LUIS
2309254
MATERNIDADE DA COHABMATERNIDADE MARLY SARNEY
MT
CUIABÁ
2659107
HOSPITAL GERAL UNIVERSITARIO
MT
CUIABÁ
2311682
HOSPITAL SANTA HELENA
MT
CUIABÁ
2655411
HOSPITAL UNIVERSITARIO JULIO MULLER
PA
BELEM
2333031
HOSPITAL DE CLINICAS GASPAR VIANA
PA
BELEM
2752700
SANTA CASA DE MISERICORDIA DO PARA
PA
ANANINDEUA
2615835
HOSPITAL ANITA GEROSA
PI
TERESINA
2323397
MATERNIDADE DONA EVANGELINA ROSA
PI
TERESINA
2727064
MATERNIDADE MUNICIPAL PROF WALL FERRAZ
PI
PARNAIBA
8015899
HOSPITAL ESTADUAL DIRCEU ARCOVERDE
RR
BOA VISTA
2566168
HOSPITAL MATERNO INFANTIL N SRA DE NAZARETH
SE
ARACAJU
2232
HOSPITAL SANTA IZABEL
SE
ARACAJU
5714397
MATERNIDADE NOSSA SENHORA DE LOURDES

Por Nicole Beraldo, da Agência Saúde


CARNE, PARA "BLINDAR" O MERCADO BRASILEIRO O PAÍS VAI ABRIR MERCADO A IMPORTAÇÃO DE NOVOS PRODUTOS E FACILITAR AS EXIGÊNCIAS SANITÁRIAS

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, comunicou ao comissário de Saúde da União Europeia, Vytenis Andriukatis, que vai autorizar a importação de novos produtos e facilitar as exigências sanitárias para os europeus. Trata-se da primeira ação concreta do governo para “blindar” a carne brasileira contra novos embargos, numa tentativa de amenizar a crise do setor.

O gesto contempla um pedido antigo da UE, que solicita há mais de uma década que o Brasil libere a entrada de produtos do setor lácteo, frutas e cortes especiais de carnes. Outra medida é a flexibilização das inspeções e certificações de unidades que quiserem vender itens ao País. 

Indústrias que já tiverem plantas habilitadas terão automaticamente o direito de incluir novas unidades. Em casos de novos exportadores, a solicitação poderá ser feita diretamente às autoridades europeias.

Enquanto a Europa vendeu US$ 1,7 bilhão ao Brasil em produtos agrícolas e alimentos no ano passado, o país faturou nada menos que US$ 14 bilhões em exportações para a Comunidade em 2016. A Comissão Europeia ainda avalia a proposta, e deve tomar uma posição nos próximos meses.


MINISTRO RICARDO BARROS - DEBATE NA GLOBO NEWS NO PROGRAMA ALEXANDRE GARCIA



Ministro da Saúde e convidados debatem ineficiência da saúde pública
O Ministro da Saúde, Ricardo Barros, provocou reações ao fazer declarações sobre a falta de médicos na saúde pública. Os médicos alegam que são bodes expiatórios para a incompetência dos administradores da saúde. E entre os dois lados, pacientes continuam vítimas de um sistema que funciona mal.

Com a costumeira objetividade e transparência o Ministro expos a realidade, deixando implícito a posição de formador de políticas cobrando a “fiscalização”  de todos para que os gestores sejam mais eficientes e eficazes para garantir a presença do médico no seu local de trabalho...



Universidade de Birmingham lança chamada de proposta global de £2 milhões

A Universidade de Birmingham, no Reino Unido, reservou £2 milhões da National Institute for Health Research (NIHR) para apoiar grupo de pesquisa interessado em melhorar os cuidados de saúde com pacientes portadores de doenças pulmonares em quatro países, incluindo o Brasil.

Iniciativa visa melhorar a assistência médica para pacientes com doenças pulmonares em quatro países, inclusive o Brasil

A chamada, que integra a NIHR’s Global Health Research initiative, terá como base a própria Universidade de Birmingham, segundo a Assessoria de Comunicação da Universidade. O projeto de pesquisa será liderado pelos professores Rachel Jordan e Peymané Adab, do Institute of Applied Health Research da universidade, em conjunto com especialistas locais em atenção primária à saúde.

Eles trabalharão em vários projetos de pesquisas nos próximos dois anos para identificar os melhores métodos de detecção precoce da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e aprimorar os cuidados primários da doença na comunidade de quatro regiões globais (Brasil, China, Geórgia e a República da Macedônia), intercambiando experiências entre contextos e países.

A DPOC é uma doença pulmonar progressiva, incluindo enfisema e bronquite crônica. É causada principalmente pelo tabagismo, mas, particularmente nos países menos desenvolvidos, a exposição à poluição, à fumaça e a gases do local de trabalho também podem levar ao desenvolvimento da doença.

Não há cura para a DPOC, mas o tratamento pode ajudar a aliviar os sintomas, diminuir a chance de complicações e de hospitalizações e melhorar a qualidade de vida. Mais de metade das pessoas que sofrem da doença não sabem que a têm, e um diagnóstico precoce poderia melhorar o resultado para os pacientes.

“Ao compartilhar nossos conhecimentos, trabalhamos com nossos parceiros internacionais para identificar áreas de prioridade em cada país e forneceremos as habilidades e treinamento necessários para garantir que eles estejam preparados para melhorar sua própria capacidade de pesquisa no diagnóstico e tratamento da DPOC”, diz o professor Peymané Adab.

O projeto integra uma das 33 novas unidades ou grupos de pesquisa anunciados pelo Departamento de Saúde do Reino Unido em 14 de julho, com financiamento total de £ 120 milhões da iniciativa Global Health Research da NIHR, dando às universidades e institutos de pesquisa no Reino Unido a oportunidade de desenvolver e expandir seu trabalho global na área de saúde.


imagem: Universidade de Birmingham


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