Já estão abertas as matrículas
para a nova turma do curso online Manejo da Coinfecção Tuberculose-HIV,
produzido e oferecido pela Secretaria Executiva da Universidade Aberta do SUS
(SE/UNA-SUS/Fiocruz). Profissionais de saúde da Atenção Básica e demais
interessados no tema podem ingressar gratuitamente na capacitação até 8 de novembro,
pelo link. O início é imediato.
A qualificação é uma ação do
Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e tem
como objetivo capacitar profissionais de saúde para o atendimento integral das
pessoas que estão infectadas simultaneamente por tuberculose e HIV/Aids.
De acordo com dados da
Organização Mundial da Saúde, a tuberculose é a doença infecciosa que mais mata
pessoas com HIV. Por isso, é necessário tratar as doenças de forma conjunta.
Com carga horária de 60 horas,
o curso é composto por três unidades, que tratam de aspectos de apoio
psicossocial e manejo clínico de coinfecção, com foco especial no diagnóstico
de tuberculose nas pessoas que tem HIV, e a organização de serviços para
atendimento dessa população. Além disso, há uma unidade dedicada a casos clínicos
interativos, que simulam situações reais vividas no atendimento dos
profissionais de saúde.
Para Rossana Coimbra, uma das
responsáveis pelo conteúdo do curso, o aspecto psicossocial é uma das
principais questões, já que em ambas as doenças, a adesão ao tratamento é de
extrema importância, e o contexto de vida do paciente influencia diretamente na
continuidade do tratamento. “O tratamento irregular de ambas as doenças pode
fazer com que o paciente se torne resistente aos medicamentos, levando à necessidade
de tratamentos cada vez mais longos e custosos”, afirma.
Para Coimbra, é preciso
compreender que não será possível obter sucesso na abordagem da coinfecção se
os profissionais de saúde não estiverem preparados para lidar com aspectos que
impactam significativamente a adesão ao tratamento e que vão muito além dos
aspectos clínicos.
A conteudista acredita que
para conseguir a boa adesão do paciente é preciso conhecê-lo, bem como todos os
possíveis obstáculos possivelmente impostos à sua boa adesão. “Neste sentido
aspectos psicossociais devem ser reconhecidos e encaminhados da melhor maneira
pela equipe de saúde para que não se tornem obstáculos a adesão, levando a cura
da tuberculose e ao controle da infecção pelo HIV”, esclarece.
O curso em números
A capacitação já foi oferecida
três vezes, desde 2015. Desde então, foram 20.692 matrículas e 6.656
certificações.
O estado com maior número de
matriculados foi São Paulo (2.145), seguido do Ceará (1.466) e Minas Gerais
(1.297). As categorias profissionais de maior participação no curso são os
enfermeiros (35,18%) e técnicos de enfermagem (26,91%).
Fonte: SE/UNA-SUS
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