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sexta-feira, 21 de julho de 2017

Coinfecção Tuberculose-HIV é tema de curso da UNA-SUS

Já estão abertas as matrículas para a nova turma do curso online Manejo da Coinfecção Tuberculose-HIV, produzido e oferecido pela Secretaria Executiva da Universidade Aberta do SUS (SE/UNA-SUS/Fiocruz). Profissionais de saúde da Atenção Básica e demais interessados no tema podem ingressar gratuitamente na capacitação até 8 de novembro, pelo link. O início é imediato.

A qualificação é uma ação do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e tem como objetivo capacitar profissionais de saúde para o atendimento integral das pessoas que estão infectadas simultaneamente por tuberculose e HIV/Aids.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, a tuberculose é a doença infecciosa que mais mata pessoas com HIV. Por isso, é necessário tratar as doenças de forma conjunta.

Com carga horária de 60 horas, o curso é composto por três unidades, que tratam de aspectos de apoio psicossocial e manejo clínico de coinfecção, com foco especial no diagnóstico de tuberculose nas pessoas que tem HIV, e a organização de serviços para atendimento dessa população. Além disso, há uma unidade dedicada a casos clínicos interativos, que simulam situações reais vividas no atendimento dos profissionais de saúde.
Para Rossana Coimbra, uma das responsáveis pelo conteúdo do curso, o aspecto psicossocial é uma das principais questões, já que em ambas as doenças, a adesão ao tratamento é de extrema importância, e o contexto de vida do paciente influencia diretamente na continuidade do tratamento. “O tratamento irregular de ambas as doenças pode fazer com que o paciente se torne resistente aos medicamentos, levando à necessidade de tratamentos cada vez mais longos e custosos”, afirma.

Para Coimbra, é preciso compreender que não será possível obter sucesso na abordagem da coinfecção se os profissionais de saúde não estiverem preparados para lidar com aspectos que impactam significativamente a adesão ao tratamento e que vão muito além dos aspectos clínicos.

A conteudista acredita que para conseguir a boa adesão do paciente é preciso conhecê-lo, bem como todos os possíveis obstáculos possivelmente impostos à sua boa adesão. “Neste sentido aspectos psicossociais devem ser reconhecidos e encaminhados da melhor maneira pela equipe de saúde para que não se tornem obstáculos a adesão, levando a cura da tuberculose e ao controle da infecção pelo HIV”, esclarece.

O curso em números
A capacitação já foi oferecida três vezes, desde 2015. Desde então, foram 20.692 matrículas e 6.656 certificações.

O estado com maior número de matriculados foi São Paulo (2.145), seguido do Ceará (1.466) e Minas Gerais (1.297). As categorias profissionais de maior participação no curso são os enfermeiros (35,18%) e técnicos de enfermagem (26,91%).

Fonte: SE/UNA-SUS


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