Incidência da doença é maior
na região norte do país, mas mortalidade atinge principalmente a região sul.
Veja em gráficos no link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/grafico/2017/07/28/Os-n%C3%BAmeros-da-hepatite-viral-no-Brasil
INCIDÊNCIA DE HEPATITE VIRAL
MORTALIDADE POR HEPATITE VIRAL
A cada 100 mil habitantes, por
região mortes a cada 100 mil 2,5 2,0 SUL SUDESTE 1,5 NORTE BRASIL 1,0
CENTRO-OESTE NORDESTE 0,5 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
INCIDÊNCIA POR TIPO DE
HEPATITE VIRAL Entre 2007 e 2015 em mil 0 25 50 75 100 125 C B A B e C B e D A
e B A e C E * as categorias “B e C”, “B e D”, “A e B”, “A e C” se referem a
casos em que o paciente tem dois tipos simultaneamente São consideradas
hepatites as inflamações do fígado originadas por diversos motivos, entre eles
o uso de remédios e o consumo de álcool e drogas, bem como a infecção por
certos tipos de vírus ou a existência de doenças metabólicas, genéticas ou
autoimunes. As hepatites são doenças muitas vezes silenciosas cujos sintomas —
como tontura e enjoo, vômitos, dores abdominais, febre, urina escura e pele e
olhos amarelados — podem muitas vezes não se manifestar.
Os tipos de hepatites virais
mais comuns no Brasil são as A, B e C, mas existem ainda os tipos D e E.
Um dos principais riscos
associados às hepatites (sobretudo aos tipos B, C e D) é de a doença tornar-se
crônica — ou seja, persistir por mais de seis meses — e danificar o fígado,
causando outros problemas como cirrose e câncer de fígado.
As hepatites são
diagnosticáveis por diferentes tipos de exames de sangue e com tratamentos
específicos para cada tipo de vírus (veja ao fim deste gráfico as diferenças e
características principais de cada tipo).
TOTAL CASOS DE HEPATITE VIRAL
POR MEIO DE TRANSMISSÃO* Sexual Alimento/Água Uso de Drogas Injetáveis
Transfusional Outros Domiciliar* Tratamento Dentário Tratamento Cirúrgico
Pessoa/pessoa* Vertical* Hemodiálise Acidente de Trabalho * “Domiciliar” consiste
na transmissão doméstica, como por exemplo via compartilhamento de objetos
(como escovas de dentes e lâminas de barbear),“Pessoa/pessoa” é a transmissão
direta entre indivíduos sem relação sexual e “Vertical” é a transmissão da mãe
para o bebê.
PROPORÇÃO DOS TIPOS DE
TRANSMISSÃO DE HEPATITE VIRAL POR GÊNERO Sexual Alimento/Água Uso de Drogas
Injetáveis Transfusional Outros Domiciliar Tratamento Dentário Tratamento
Cirúrgico Pessoa/pessoa Vertical Hemodiálise Acidente de Trabalho
TIPOS DE HEPATITE VIRAL
Hepatite A É uma doença contagiosa com baixa mortalidade, que em boa parte das
vezes não apresenta sintomas e não se torna crônica. A doença é autolimitada,
mas pode ser necessário tratamento de sintomas, em especial em casos mais
graves. Sua vacina foi introduzida para crianças no Brasil em 2014.
MEIOS DE TRANSMISSÃO: Oral e
fecal, através de água ou alimentos contaminados, e contato com saliva de
pessoas doentes. A transmissão sexual é possível por via anal/oral.
Hepatite B É uma doença
sexualmente transmissível contagiosa que só costuma apresentar sintomas em
estágios avançados. Os recém-nascidos devem ser vacinados ainda na maternidade.
A vacina é disponibilizada para a população gratuitamente pelo SUS e deve ser
tomada em três doses.
MEIOS DE TRANSMISSÃO: Por
contato com o sangue infectado, leite materno, fluídos vaginais e seminais,
sangue menstrual, entre outros. É considerada uma doença sexualmente
transmissível (DST), mas sua transmissão também se dá por transfusão sanguínea,
compartilhamento de materiais perfurantes (como lâminas e seringas) e
transmissão vertical, da mãe para o bebê.
Hepatite C É uma doença
contagiosa que evolui para a fase crônica em 80% dos casos, com 20% de chance
de evoluir para cirrose hepática, destes, até 5% de chance para câncer no
fígado. Seu tratamento depende de aspectos do paciente, do grau de
comprometimento do fígado, de tratamentos prévios e do subtipo do vírus. Não
existe vacina para a doença e a prevenção é feita evitando possíveis meios de
transmissão, como sexo desprotegido e compartilhamento de materiais
perfurocortantes.
Pessoas que receberam
transfusão ou foram submetidas a cirurgias antes de 1993 devem ser testadas.
Para pessoas com maior risco de aquisição da doença, os testes devem ser
periódicos.
MEIOS DE TRANSMISSÃO: É
transmitida pelo contato com sangue infectado e pelo compartilhamento de
objetos perfurocortantes, bem como pela relação sexual por via anal/oral. Há
também a transmissão vertical, com menos frequência. Hepatite D O contágio pelo
vírus da hepatite D só pode ocorrer na presença da infecção do vírus da
hepatite B. A infecção pode ser simultânea (contraindo os dois tipos ao mesmo
tempo) e apresentar sintomas idênticos aos da hepatite B, ou pode ocorrer após
o contágio pelo tipo B e provocar danos severos ao fígado, como cirrose. A
maioria dos casos no Brasil acontecem na região norte.
MEIOS DE TRANSMISSÃO: Por só
existir na presença anterior (ou simultânea) da hepatite B, o tipo D tem os
mesmos métodos de transmissão. Hepatite E Mais comum na Ásia e na África e de
rara ocorrência no Brasil, a hepatite E é similar ao tipo A, com os mesmos
sintomas, métodos de tratamento e meios de transmissão. Mais leve, pode até
mesmo ser curada sem tratamento pelo organismo.
MEIOS DE TRANSMISSÃO: Tem os
mesmos meios de transmissão da hepatite A, pela via oral/fecal.
Fonte: Datasus, Ministério da
Saúde, Aids.gov.br; OMS
(Organização Mundial da Saúde) * Observação: Considera-se o meio de transmissão
como aquele que provavelmente levou à infecção pelo vírus.
Gabriel Zanlorenssi, Rodolfo Almeida e Vitória Ostetti
Gabriel Zanlorenssi, Rodolfo Almeida e Vitória Ostetti
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