Destaques

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Hospitais do Ministério da Saúde reduzem espera cirúrgica pela metade

As seis unidades hospitalares no Rio de Janeiro realizaram 23,2 mil cirurgias de média e alta complexidade e mais de 400 mil consultas pelo SUS neste ano

A espera cirúrgica dos seis hospitais do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro foi reduzida à metade desde janeiro – de 16.924 para 8.465 cirurgias. Dados do primeiro semestre do ano revelam que houve 23,2 mil cirurgias de média e alta complexidade, 400,3 mil consultas ambulatoriais e 57,4 mil atendimentos de emergência na rede hospitalar. A meta é zerar a fila judicializada para cirurgias dos hospitais federais de Ipanema, Cardoso Fontes, Andaraí, Bonsucesso, dos Servidores do Estado e da Lagoa até o final de outubro.

“São dados relevantes porque a fila é dinâmica, já que todos os dias ingressam novos pacientes para cirurgias na rede”, afirma o diretor do Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde, Marcus Vinicius Dias. “A reestruturação que estamos fazendo nos seis hospitais deve melhorar ainda mais o desempenho cirúrgico e de ocupação de leitos, aproveitamento de insumos, medicamentos e recursos humanos e financeiros”.

Com a reestruturação, é previsto o aumento em 20% do atendimento especializado em oncologia, ortopedia e cardiologia realizados nos seis hospitais – são as maiores demandas em média e alta complexidade na rede. A medida prevê a especialização de cada uma das unidades hospitalares em determinadas áreas de atuação.

Essa especialização das unidades visa o aumento do número de procedimentos realizados e maior qualificação das equipes de profissionais. Setores com baixa produção em uma unidade estão sendo realocados para outra, onde a estrutura existente poderá ser melhor aproveitada pela população. É prevista a criação de centros de cirurgias ortopédicas de joelho e quadril nos hospitais federais de Ipanema (HFI) e dos Servidores do Estado (HFSE). O HFSE também deve receber um centro ortopédico de cirurgias da coluna. Já as cirurgias vasculares que ocorrem no HFI devem ser realocadas para o Hospital Federal da Lagoa (HFL).

Para viabilizar a medida, está em andamento o processo de especialização das unidades federais no Rio de Janeiro com a consultoria de profissionais do hospital Sírio-Libanês (SP), por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS).

DESEMPENHO CRESCENTE – No primeiro semestre, os seis hospitais realizaram mutirão de consultas e cirurgias nas especialidades mais demandadas pelo sistema municipal de regulação (Sisreg), em apoio ao município do Rio de Janeiro. O atendimento cirúrgico foi intensificado nas áreas pediátrica, oftalmológica de catarata, de hérnia e de vesícula, além de procedimentos cirúrgicos de dermatologia (como biopsias e retirada de tumores de pele).

O HFI aumentou as cirurgias em 26% no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2016 – realizou 4.146 procedimentos cirúrgicos de janeiro a junho deste ano. É o maior índice de aumento na rede, que ampliou as cirurgias em 6%, ao todo, no período. “O atendimento é ‘10’, maravilhoso. As meninas da enfermagem são super atenciosas. Do médico até a pessoa da limpeza, são todos super educados. Minhas colegas de enfermaria falam que aqui é o ‘Spanema’”, contava, bem-humorada, a dona de casa Maria Aparecida Ribeiro Faria, 49 anos, ao receber alta hospitalar nesta quarta-feira (26/07), depois de uma cirurgia ginecológica.

Por Géssica Trindade e João Borges, da Ascom MS/RJ



0 comentários:

Postar um comentário

Calendário Agenda