Novo equipamento de radioterapia
ampliará em 40% o atendimento em Alagoas
O acelerador linear faz parte
do Plano de Expansão dos Serviços de Radioterapia do Ministério da Saúde. O
equipamento vai ampliar o acesso a tratamentos oncológicos no SUS
Maceió (AL) e região passam a
contar com mais um equipamento de radioterapia para os usuários do Sistema
Único de Saúde (SUS). A obra, onde foi instalado o novo acelerador linear, na
Santa Casa de Misericórdia, foi inaugurada nesta quarta-feira (26/07) pelo
ministro da Saúde, Ricardo Barros. Com o equipamento, o atendimento em
radioterapia na unidade, será ampliado em até 40%. O Ministério da Saúde
investiu R$ 4,6 milhões na compra do equipamento e construção do bunker (espaço
destinado para instalação do aparelho).
“A Santa Casa é um hospital de
excelência e um dos primeiros do Brasil a receber o equipamento, que está sendo
inaugurado hoje, graças a agilidade de seus dirigentes. Esse equipamento vai
permite ampliar, cada vez mais, os serviços de radioterapia aqui em
Alagoas”, ressaltou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta quarta-feira.
O secretário de Ciência
Tecnologia e Insumos Estratégicos, do Ministério da Saúde, Marco Fireman,
destacou a importância do equipamento para a população. “Esse investimento do
Ministério da Saúde vai tratar 50 paciente/dia a mais, 600 pacientes/mês,
trazendo mais oportunidade para os alagoanos da cura do Câncer”. A agenda
também contou com a presença do secretário de Vigilância em Saúde, Adeilson
Cavalcante, que enfatizou o trabalho que o Ministério da Saúde vem
desenvolvendo para a melhoria da assistência oncológica no Estado.
O hospital foi um dos
selecionados após levantamento do Ministério da Saúde sobre os vazios
assistenciais nos serviços de radioterapia. A região Nordeste foi considerada a
mais carente com um déficit de 58 equipamentos. Este será o terceiro acelerador
linear da unidade de saúde, que atenderá exclusivamente pacientes do SUS em
Maceió e nas cidades vizinhas. O equipamento tem capacidade para realizar 43
mil sessões de radioterapia por ano, aumentando a capacidade de atendimento em
600 pacientes por mês.
PLANO DE EXPANSÃO - O
novo acelerador linear é o quinto já entregue pelo Plano de Expansão da
Radioterapia, que tem como objetivo ampliar o acesso da população a
procedimentos oncológicos SUS. Os pacientes de outras três cidades: Campina
Grande (PB), Feira de Santana (BA) e Curitiba (PR) já estão sendo beneficiados
pelo plano. Na última semana, o Hospital Universitário de Brasília (HUB)
recebeu o quarto aparelho e deve colocar em funcionamento nos próximos 90 dias.
Após a inauguração em Maceió,
estão programadas as entregas de outros equipamentos, ainda neste ano. Ao todo,
cerca de R$ 500 milhões foram investidos para a aquisição de 80 aceleradores
lineares, além da realização de projetos e obras. Outros 20 ainda devem ser
adquiridos, totalizando 100 aparelhos distribuídos em todas as regiões do país.
Os novos equipamentos, que serão adquiridos, viabilizará uma economia de
aproximadamente R$ 25 milhões em relação ao que era realizado por meio de
convênios.
Os projetos estão em andamento
e estão sendo executados dentro das atividades previstas do Plano de Expansão
da Radioterapia. Cabe ressaltar que os aceleradores lineares são equipamentos
de altíssima complexidade tecnológica e não podem ser instalados sem os devidos
cuidados com a proteção radiológica. As instalações exigem espaço físico com
características peculiares e distintas das construções tradicionais de
estabelecimentos e unidades de saúde, uma vez que envolve, por exemplo,
sistemas de climatização específicos, refrigeração da água, sistema elétrico
diferenciado e maior espessura das paredes.
ASSISTÊNCIA – Nos últimos
anos, observou-se uma crescente oferta da radioterapia no país. Em 2010, foram
realizados 8,3 milhões procedimentos de radioterapia. Em 2016, foram 10,45
milhões, um aumento de 25,9%. Vale ressaltar que essa ampliação também é
resultado do investimento realizado pelo Ministério da Saúde na compra de
aceleradores lineares, por meio de convênios. Consequentemente, a pasta
ampliou, em seis anos, 46% os recursos para tratamentos oncológicos (cirurgias,
radioterapias e quimioterapias), passando de R$ 2,27 bilhões, em 2010,
para R$ 3,33 bilhões, em 2016. Em 2017, até o momento, foram investidos R$
672,8 milhões. Somados a esses valores, há ainda os recursos relacionados às
ações de média complexidade, como consulta com especialista e realização de
exames, além dos medicamentos oncológicos.
GESTÃO – O ministro da
Saúde, Ricardo Barros, também participou, nesta quarta-feira (26), de um
encontro com prefeitos e gestores de saúde do estado de Alagoas na capital. Na
ocasião, ele anunciou a liberação de R$ 6,5 milhões para melhorar e ampliar a
assistência na atenção básica, principal porta de entrada para o SUS, em 34
municípios. O estado também está sendo contemplado com o credenciamento de 28
equipes de Saúde Bucal; com custeio de R$ 1 milhão por ano e 36 novas
ambulâncias, sendo 20 para renovação da frota e 06 para ampliação e expansão
dos serviços do SAMU 192. Com os recursos, serão credenciados 81 Agentes
Comunitários de Saúde, 22 Equipes de Saúde da Família, 05 Núcleos de Apoio à
Saúde da Família e 03 Equipes de Saúde Prisional.
Além disso, em um ano de
gestão, o estado foi contemplado com R$ 95,8 milhões para custeio de 24
serviços em 07 municípios e emendas parlamentares para 70 municípios. Deste
total, 14,9 milhões foram destinados ao custeio de serviços, sendo R$ 492,7 mil
apenas em 2017. Quanto às emendas parlamentares, foram empenhados R$ 80,9
milhões, dos quais já foram pagos R$ 46,7 milhões. Esses valores somam-se aos
R$ 6,5 milhões, totalizando investimento na ordem de R$ 102,3 milhões para
Alago, desde que o ministro assumiu a pasta, em maio de 2016.
RECURSOS - O ministro
visitou ainda o Hospital do Açúcar em Alagoas, onde anunciou recursos para a
unidade no valor de R$ 6 milhões, oriundos de emenda parlamentar, para custeio
de serviços. A unidade atende casos de alta e média complexidade, além de ser
referência em neurocirurgia e ortopedia. Em 2016, foram registradas, na
unidade, mais de 57 mil atendimentos ambulatoriais e mais de 6.600 internações,
ao custo de R$ 14,8 milhões. Já em 2017, até o mês de maio, foram feitos 28 mil
atendimentos ambulatoriais e 2.801 mil de internações, ao custo de R$ 6
milhões.
Por Victor Maciel, Gustavo
Frasão e Carolina Valadares, da Agência Saúde
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