Um plano de ação para cooperação em inovação,
válido de 2017 a 2020, foi aprovado pelo grupo de países formado por Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul, durante o 5º Encontro Ministerial de
Ciência, Tecnologia e Inovação do Fórum de Diálogo dos Brics, realizado em
Hangzhou, na China. No encontro, também foi atualizada a agenda de trabalho do
grupo até 2018, com três eventos previstos para cidades brasileiras.
O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e
Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
(MCTIC), Alvaro Prata, representando o Brasil, assinou com os ministros dos
outros quatro países o Plano de Ação dos Brics para Cooperação em Inovação.
Proposta em 2016 pela Índia para estender a cooperação multilateral além de
objetivos puramente acadêmicos, a Parceria de Empreendedorismo em Ciência,
Tecnologia e Inovação (Stiep, na sigla em inglês) se responsabiliza por duas
metas principais neste momento inicial.
"A primeira delas é a criação de redes de
parques científicos e incubadoras de negócios, promovendo o apoio a pequenas e
médias empresas de base tecnológica", detalha o secretário. "A
segunda meta seria estimular a capacitação de talentos em um contexto ampliado,
culturalmente diversificado, porque cada país tem seu próprio ambiente de
inovação, sobretudo em busca de converter ideias em soluções de tecnologias da
informação e comunicação [TICs], materiais, recursos hídricos, saúde, energia e
resiliência a desastres naturais."
Segundo Prata, cada ministro apresentou e discutiu
as políticas nacionais e as estratégias adotadas para promover o crescimento a
partir da inovação, a fim de trocar experiências e traçar possibilidades de cooperação.
"Fizemos um panorama do nosso investimento público e privado em pesquisa e
desenvolvimento [P&D] e exploramos as iniciativas brasileiras de apoio ao
empreendedorismo de base tecnológica, ao destacar o nosso esforço por meio de
programas de startups e da Embrapii [Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação
Industrial]."
O secretário ressaltou o amadurecimento da China em
ciência e tecnologia, expresso pelo alto investimento em P&D, e as
preocupações humanitárias da África do Sul, próximo país a presidir o grupo.
"A ministra sul-africana de Ciência e Tecnologia, Naledi Pandor, trouxe
isso na perspectiva de que os avanços em desenvolvimento tecnológico e inovação
devem ser inclusivos e contemplar questões raciais e de gênero", relata.
Os cinco ministérios ainda revisaram e atualizaram
o Plano de Trabalho de 2015 a 2018, firmado em Moscou, na Rússia, durante o 3º
Encontro de Ministros, em outubro de 2015. A nova versão do documento estabelece
uma agenda de 17 eventos até o fim do ano que vem. A lista prevê a realização
de três reuniões de grupos de trabalho (GTs) dos Brics em cidades brasileiras.
Campinas (SP) deve receber em março de 2018 o 2º
Encontro do GT em Infraestruturas de Pesquisa e Projetos de Megaciência. Já em
abril de 2018, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq) realiza, em Brasília (DF), o 4º Encontro do Programa-Quadro dos Brics em
Ciência, Tecnologia e Inovação (Brics STI). A última reunião dos Brics marcada
para 2018 em uma cidade brasileira, ainda não definida, é o 2º Encontro do GT
em Ciência e Tecnologia Oceânica e Polar, previsto para junho.
(Fonte: Agência ABIPTI – 28/07/2017
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