O Brasil mantem importante
programa de imunizações, reconhecido internacionalmente como um dos mais
avançados do mundo, já obteve significativas vitórias, como a erradicação da poliomielite
e a eliminação da circulação do vírus autóctone da rubéola.
O Programa Nacional de
Imunizações (PNI), foi criado em 1973, sob a coordenado do Ministério da Saúde
de forma compartilhada com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, e,
tem a missão de organizar a política nacional de vacinação, contribuindo para o
controle, a eliminação e/ou erradicação de doenças imunopreveníveis.
Vacinar é uma das formas mais
efetivas e de menor custo para reduzir a mortalidade infantil, conforme a Organização
Mundial da Saúde..
Um movimento antivacina vem
ganhando força no mundo, especialmente, depois da publicação, na prestigiada
revista científica, “The Lancet” de um estudo fraudulento que envolve estudos
mal feitos cujos resultados a comunidade científica precisa enfrentar, décadas
depois.
A Europa, Estados Unidos e,
aos poucos, o Brasil, precisam lidar com uma pedra no sapato: pais que se
recusam a vacinar as crianças. A escolha, aparentemente individual, afeta todo
mundo: a lógica da vacina é que imunizar uma população impede que o vírus se
propague. Portanto, quanto mais pessoas vulneráveis, maiores as chances do
agente invasor causar doenças.
O movimento ganhou
significativas proporções ao ponto da edição de setembro da revista da Academia
Americana de Pediatria publicar um duro golpe aos partidários da não
imunização. A partir daí os pediatras norte-americanos podem se recusar a
atender pais com filhos não imunizados.
Entre as ações pregadas pelo
movimento antivacina estão retardar o início da vacinação até que o sistema
imune esteja mais maduro, separar as vacinas para absorver o remédio
isoladamente (não em uma única dose) e aumentar o tempo entre as imunizações.
No passado o movimento antivacina era encampado por religiosos ou conspiradores
contra a indústria farmacêutica, hoje ele está cada vez mais “natureba”. O esforço agora também é contra a
“artificialidade” da vacina, que desregularia o sistema imunológico da criança
a partir de um remédio não natural (na verdade, a vacina é feita com agentes
encontrados na natureza).
Infelizmente, o País tem sido
confrontado com baixas Coberturas vacinais e homogeneidade abaixo da meta,
destacando-se o ano de 2016 em que houve uma acentuada queda aplicação da
maioria das vacinas, como pode ser observado no quadro, abaixo, e, na apresentação
disponibilizada, em anexo
A queda nas coberturas não
parecem estar relacionadas com eventuais e momentâneos problemas de
desabastecimento de imunobiológicos (ex: poliomielite, pneumococos, rotavírus).
As doses de reforço, também, estão muito abaixo da meta esperada para todas as vacinas.
O Ministério da Saúde/SVS/PNI
estuda e coloca em prática uma série de ações, entre elas:
Implantação do Sistema nominal
( SIPNI),
Vacinação Extramuros onde se
busca alcançar as populações de não vacinados, flutuante, móvel e as
populações que não vão às unidades de saúde, e, para isso serão implementadas a
estratégias de vacinação casa a casa, horários estendidos para os sábados e
domingos, participação ativa dos ACS, o monitoramento rápido de coberturas
vacinais, horários diferenciados nas salas de vacina, dentre outras ações de
divulgação.
Outra aposta do Ministério da
Saúde está fundamentada na parceria firmada com o Ministério da Educação (MEC),
que se uniram para realizar o controle e a vacinação nas escolas, visando
ampliar cobertura vacinal no ambiente escolar.
Anexo:
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