O Centro de Gestão e Estudos
Estratégicos (CGEE), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologias, Inovações e
Comunicações (MCTIC), lançou nesta semana o livro “A ciência e a tecnologia noolhar dos brasileiros. Percepção pública da C&T no Brasil – 2015”. A obra
reúne os resultados de uma ampla enquete que buscou conhecer a percepção dos
cidadãos do país sobre o tema.
Encomendada pelo MCTIC, a
pesquisa ouviu cerca de dois mil jovens e adultos em todas as regiões do país.
Alguns aspectos investigados foram o interesse em ciência e tecnologia
(C&T), grau de acesso à informação, avaliação da cobertura da mídia sobre o
tema, opinião sobre cientistas e o papel da C&T na sociedade.
“Esse é um tipo de pesquisa
que possibilita quebrar tabus, como por exemplo, o de que o brasileiro não se
interessa por ciência”, afirmou Luisa Massarani, pesquisadora da Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) e coordenadora da RedPOP. Outro resultado destacado por
ela mostra que o esforço de divulgação tem tido resultado. “Por exemplo,
detectamos que o volume de visitação nos museus triplicou, desde a última
enquete”, conta.
A equipe de produção e análise
dos dados contou ainda com a participação do vice-presidente e presidente
eleito da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu
Moreira. “Eu acho que os cientistas e divulgadores da ciência devem ler o livro
para saberem o que o conjunto da população brasileira pensa sobre ciência e
sobre os cientistas, para saber quais os espaços de ciência que elas visitam ou
não visitam e porque. É um aprendizado importante para todos nós”, disse.
De acordo com a publicação, os
brasileiros concordam, em sua maioria, que a ciência e a tecnologia estão
tornando a vida das pessoas mais confortável. Acreditam ainda que a pesquisa é
essencial para a indústria, que os governantes devem seguir, pelo menos em
parte, as orientações dos cientistas e que a C&T pode contribuir para a
redução das desigualdades sociais no país.
“Os resultados mostram que os
brasileiros respeitam, valorizam e têm interesse em ciência, mas ao mesmo
tempo, confirmam que ainda existe um hiato entre a produção científica e a
população”, afirmou Mariano Laplane, presidente do CGEE. Para ele, é necessário
encontrar uma linguagem para comunicar melhor o que é ciência. Um dos caminhos
para encurtar essa distância, segundo Ildeu Moreira, é melhorar a comunicação
de ciência nas escolas.
Além da versão impressa, o
livro pode ser baixado diretamente do site do CGEE.
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