O ministro interino da
Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima, presidiu nesta
quarta-feira a sessão de instalação do Grupo de Trabalho da Indústria 4.0. O
GTI 4.0 tem como atribuição propor uma Estratégia Nacional para a Indústria 4.0,
buscando sua correlação com outras ações governamentais em curso que impactam a
indústria nacional.
"Temos a oportunidade de
vivenciar um marco real da história da evolução industrial e, mais do que isso,
temos a oportunidade de contribuir para a elaboração de propostas de políticas
públicas que serão fundamentais para a transformação da indústria", disse.
"A Indústria 4.0
incorpora novas tecnologias à indústria tradicional, conectando nossos parques
fabris às nuvens, a sistemas sensoriais virtuais-físicos, entre outros. A
transformação digital é um desafio e uma oportunidade para a indústria
brasileira, porque o investimento em tecnologia, certamente, implicará avanços
na competitividade da nossa indústria", completou.
O GTI 4.0 é coordenado pelo
Gabinete do MDIC e conta com a participação dos ministérios da Educação;
Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações; Fazenda; Trabalho e Secretaria
Especial de Assuntos Estratégicos, entre outros. Também integram o grupo o
BNDES, a FINEP, a EMBRAPII, o CNPq e a CAPES. O setor privado está representado
por diversas associações e entidades de classe. A academia é representada por
Instituições de Ensino e Pesquisa que desenvolvam atividades relacionadas à
Indústria 4.0 e Manufatura Avançada.
Estratégia
Marcos Jorge disse aos
integrantes do GTI 4.0 que o MDIC realizou uma pesquisa na qual identificou os
pontos prioritários para uma estratégia governamental para a Indústria 4.0, com
o seguinte resultado: desenvolvimento e conhecimento tecnológico; mecanismos de
inserção e adoção de tecnologias; habilidades sistêmicas e formação educacional
4.0; fomento e financiamento para a adoção e geração de tecnologias para a
indústria 4.0.
"Espera-se uma participação
plural, em um projeto coletivo, envolvendo os diversos segmentos da sociedade
brasileira, na elaboração de propostas com impacto de curto e médio prazo,
constituindo uma plataforma para o diálogo de políticas públicas. Temas
prioritários como aumento da competitividade das empresas brasileiras, mudanças
na estrutura das cadeias produtivas, um novo mercado de trabalho, fábricas do
futuro, massificação do uso de tecnologias digitais, startups, dentre outros,
serão amplamente debatidos e aprofundados neste GTI 4.0. A participação dos
senhores com envio de contribuições resultará em importantes medidas que
impulsionarão a Indústria 4.0 no Brasil", concluiu Marcos Jorge.
Parceiros
O presidente da Agência
Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Guto Ferreira, disse aos
integrantes do GTI 4.0 que a ABDI passou por uma série de transformações, se
posicionando como uma agência de inteligência do governo federal para o setor
produtivo. "Desde o primeiro momento, o ministro Marcos Pereira tem nos
pedido muita atenção e celeridade nos temas relacionados à Indústria 4.0. No
caso da ABDI, nós vamos trabalhar em dois polos dentro desse projeto: um é o
modelo de maturidade e outro é o desenvolvimento dos testbeds".
Guto explicou que o modelo de
maturidade consistirá em uma plataforma onde a própria indústria vai conseguir
enxergar o momento de maturidade em que está em relação à indústria 4.0.
"A indústria vai poder enxergar se está na 1.0, 2.0, 3.0 e se ele está
pronta para dar esse salto para a 4.0. Na Alemanha, por exemplo, que é um
país que tem avançado muito nesta discussão, pouco mais de 10% da indústria é
4.0, então essa ainda é uma transformação que deve levar alguns anos. A questão
é quanto o Brasil vai estar no timing correto disso ou não, sabendo que nos
próximos dez anos, teremos uma atualização do maquinário entre 40% e 50% do
nosso parque fabril, é uma atualização muito sensível e é uma atualização
extremamente necessária. Se a gente conseguir casar essa atualização de
maquinário, essa atualização tecnológica com os temas de 4.0, isso obviamente
fará o Brasil dar um grande salto".
Na reunião, Guto Ferreira
anunciou ainda que a ABDI via disponibilizar no próximo ano R$ 5 milhões para
os testbeds, que são plataformas de experimentação de novas tecnologias em um
ambiente que reproduz em escala um cenário real.
"Os testbeds são
laboratórios-piloto que nós colocaremos em algumas áreas ou plantas
específicas, dentro de alguns setores que nós vamos identificar sob o comando
do MDIC. Vamos identificar quais setores estão prontos para dar esse salto de
4.0. O setor têxtil, por exemplo, já tem feito grandes avanços em 4.0. Para
estes testbeds a ABDI vai disponibilizar já para o orçamento do ano que vem R$
5 milhões", afirmou.
Assessoria de Comunicação
Social do MDIC
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