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sexta-feira, 21 de julho de 2017

ANVISA REDUZ SIGNIFICATIVAMENTE PRAZOS DE LIBERAÇÃO EM PORTOS E AEROPORTOS

Com esforços e reivindicações do SINDASP, resultados atuais mostram que Guarulhos, que teve um pico de espera em abril de 35 dias úteis, agora, em junho, ficou em 10 dias. Viracopos, em 06. Outras localidades acompanham melhorias.

Após insistentes gestões junto à ANVISA – Agência de Vigilância Sanitária, o SINDASP (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo) comemorou números recentes do Órgão, divulgados em estudo da ABRAIDI (Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde). O SINDASP se movimentou neste ano com visitas constantes em Brasília (DF), Sede da Anvisa, e protocolos de documentos junto ao Órgão Federal e ao Ministério da Saúde.

Tendo em vista o aumento crescente da demanda para análise dos processos de importação nos postos da Coordenação de Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados de São Paulo (CVPAF/SP) – Guarulhos e Congonhas, a Anvisa ativou no final de maio uma Força-Tarefa, formada por servidores de outros seis estados, para suporte à análise documental e liberação remota desses processos. Tal atitude, foi antecipadamente formalizada ao SINDASP por ocasião de um dos pleitos.

E o levantamento da ABRAIDI realmente constatou essas melhorias. A liberação sanitária de cargas para produtos importados pela Anvisa caiu significativamente no mês passado, em relação a maio e abril. A maior queda foi no aeroporto de Guarulhos que chegou demorar 35 dias úteis e agora está em 10 dias úteis. O aeroporto de Congonhas também reduziu de 26 para 7 dias úteis. Houve reduções ainda no aeroporto de Viracopos de 11 para 6 dias úteis e no porto do Rio de Janeiro de 11 para 10 dias. A única exceção ainda é o porto de Santos que mantém em 14 dias úteis a espera pela liberação sanitária de cargas. Todos os demais portos e aeroportos tem espera inferior a 6 dias úteis.

O levantamento faz parte do “Monitoramento ABRAIDI de Liberação Sanitária em PAFs – Portos, Aeroportos e Fronteiras” que é feito desde 2014. O estudo contempla, além dos já mencionados, os aeroportos do Galeão, Curitiba, Maringá, Recife, Confins, Brasília e Porto Alegre e portos de Paranaguá (PR), Fronteira de Guaíra (PR), Recife (PE) e Suape (PE). O processo de fiscalização sanitária da importação de mercadorias é manual e necessita da checagem de inúmeras informações espalhadas em fontes diferentes. Em alguns casos, é realizada, inclusive, uma inspeção física, com contagem e verificação da conformidade da mercadoria com os documentos de embarque e transporte.

Força-Tarefa
Em maio uma Força-Tarefa foi instituída com a participação de servidores do Paraná, Goiás, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Paraíba. A estimativa, à época, com a iniciativa, era que cerca de 300 processos fossem analisados diariamente, reduzindo imediatamente a fila de análise dos processos de importação da CVPAF/SP, obtendo, uma redução do atual prazo médio para a liberação de cargas de 30 para apenas sete dias. “Pela previsão, o objetivo foi cumprido”, lembrou Farneze, presidente do SINDASP, que completou, dizendo que “a Anvisa, que é um órgão essencial, possui uma dificuldade muito grande, e não podemos culpar os seus servidores, que estão em quantidade pequena. Não existe reposição de servidores para a Anvisa e os poucos que ela possui trabalham muito. Sou testemunha e presencio. No aeroporto de Guarulhos, entram cerca de 2.000 processos por dia e temos lá uns dez servidores para atender a toda a demanda.

Infelizmente, a legislação feita para produtos farmacêuticos, por exemplo, é muito burocrática e deveria ser revista. Estão fazendo isso, pelas informações que tenho. A ideia no comércio exterior é facilitar com segurança. Se não tiver uma facilitação da parte de exigências, você não consegue ter agilidade e segurança, que é o que o comércio exterior hoje requer”, conclui Farneze.

No início de junho a novidade da força-tarefa atingiu a um dos maiores centros cargueiros do País: o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), que agora está com a liberação em 06 dias úteis, segunda, ainda, o estudo divulgado.

Sobre o Sindasp:
Para os profissionais atuantes nos processos de comércio internacional, 180 anos de história seriam suficientes para justificar a força e importância da categoria. O Despachante Aduaneiro é hoje um dos principais intervenientes do comércio exterior brasileiro, O início da organização da categoria deu-se em torno de uma associação, fundada pelos 20 primeiros despachantes, que escolheu Antonio Suplicy como presidente.

O primeiro endereço da entidade, foi à Rua João Adolfo, 118 – 7º andar, sala 706, e o presidente na época era Silvio Gouveia. A história dos despachantes aduaneiros de São Paulo foi construída sem sobressaltos e com muito trabalho. Prova disso é que nestes 47 anos de existência (comemorados dia 3 de dezembro de 1996), nunca ocorreu nenhum movimento de paralisação ou de desagravo junto aos clientes ou ao Governo Federal. Além disso, a categoria sempre se comportou de maneira apolítica, apesar de atuar diretamente com o consórcio de exportação e de importação normatizados pelo Ministério da Fazenda.

O status da profissão foi estabelecido no ano de 1946 pelo então presidente da República Eurico Gaspar Dutra, que nomeou interinamente 20 despachantes que na época, atuavam junto à Estação Aduaneira de Importação Aérea de São Paulo, um departamento do Ministério da Fazenda. Nos anos 60, a base territorial de atuação foi ampliada para Campinas e em 1985 nova extensão da base territorial incluiu o município de Guarulhos, quando da inauguração do aeroporto de Cumbica.

O perfil da categoria nos dias de hoje é caracterizado por intensa concorrência, tendência reforçada por um Decreto de 1988 que ampliou as possibilidades para nomeação de despachantes, somando-se a isso, as frequentes mudanças ocorridas no âmbito do comércio exterior, principalmente as relativas ao restabelecimento do livre comércio com outros países, exigindo dos profissionais constantes mudanças, sobretudo as ligadas à especialização.

A partir de 7 de outubro de 1996 o Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo, Campinas e Guarulhos passa a atender em sua nova sede, à Av. Paulista, 1337 – 22 º andar, o que constituiu-se em uma das maiores vitórias da categoria, no primeiro ano de gestão de sua atual diretoria.

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