Painel realizado nesta quarta-feira (19/7) avaliou
os impactos da reutilização e do descarte de linhas de diálise. A proibição de
reuso foi suspensa para avaliar melhor os impactos da medida.
A proibição ou a permissão do reuso de linhas de
diálise foram o tema da discussão durante o painel técnico realizado pela
Anvisa nesta quarta-feira (19/7). Durante o evento, foram apresentados pontos
favoráveis e contrários à reutilização das linhas para procedimentos de diálise
como hemodiálise, hemofiltração, diálise peritoneal, entres outros.
Esses procedimentos são utilizados por pessoas com
problemas renais, em que os rins não funcionam corretamente, tanto crônicos
como agudos. As linhas de diálise são os materiais que ligam o paciente ao
dialisador, composta por cateteres e outros materiais.
Estima-se que, no Brasil, mais de 100 mil pessoas
estão incluídas em programa de diálise. Todo ano, são realizados cerca 5,5 mil
transplantes de rins e, de 2000 a 2014, o número de pacientes renais subiu
134%.
A reunião foi aberta pelo diretor-presidente da
Anvisa, Jarbas Barbosa, que destacou a sensibilidade do tema para os serviços
de saúde no Brasil. Segundo ele, o desafio da Anvisa é encontrar o equilíbrio
entre a segurança dos pacientes e a viabilidade econômica dos tratamentos. “É
um tema importante que está em qualquer mapeamento de risco em serviços de
saúde”, lembrou Jarbas.
O evento contou com representantes de diferentes
associações da área médica, de pacientes e das clínicas que oferecem esses
serviços.
Entenda
a discussão
Em 2014, a Anvisa publicou a Resolução RDC 11 que
dava um prazo de três anos para que os serviços de diálise adotassem o
descarte após o uso, de todas as linhas arteriais e venosas utilizadas em
procedimentos hemodialíticos, proibindo o reuso desses materiais.
Apesar disso, em março deste ano, a Anvisa
suspendeu o prazo, tendo em vista uma série de questionamentos sobre a
viabilidade econômica da proibição, já que as clínicas teriam que usar linhas
novas a cada procedimento realizado.
A iniciativa de revisar a norma foi aprovada no
último mês de junho e o painel desta quarta-feira faz parte do processo de
discussão do tema.
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