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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Novos municípios de São Paulo recebem incentivos para aprimorar assistência farmacêutica


O montante será aplicado para dar mais agilidade no atendimento à população de 47 municípios do estado e uma melhor organização dos estoques de medicamentos

No estado de São Paulo, 47 novos municípios receberão incentivo financeiro do Ministério da Saúde para aprimorar a qualidade e estrutura dos serviços farmacêuticos das unidades de saúde. O valor de mais de R$ 2,1 milhões destinados para o estado faz parte do Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (Qualifar-SUS).

O recurso incentiva o processo de aprimoramento, implementação e integração sistêmica das atividades da Assistência Farmacêutica nas ações e serviços de saúde. O objetivo é dar mais agilidade no atendimento à população e uma melhor organização dos estoques de medicamentos. A destinação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 2 de fevereiro. Em todo o país, 302 novo municípios receberão o incentivo, no valor total de R$ 13 milhões.

Para ver a lista completa de municípios contemplados clique aqui.

O QUALIFAR-SUS está organizado em quatro eixos (estrutura, educação, informação e cuidado), o programa engloba desde investimentos na estruturação dos serviços farmacêuticos até ações de cuidado ao usuário. Atualmente, o programa possui 2.211 municípios habilitados nas cinco regiões do País, que já receberam o recurso no momento da adesão. Em 15 de dezembro de 2017, o Ministério da Saúde liberou mais cerca de R$ 11 milhões para outros 327 municípios do país para estruturação do Qualifar-SUS.

Confira a lista de beneficiados em dezembro.

A ampliação no investimento e no aprimoramento da informatização é um dos principais objetivos do Ministério da Saúde. A estratégia de qualificar os serviços de saúde integra o conjunto de investimentos já realizados por meio do outros Projetos de Qualificação da Assistência Farmacêutica. Em janeiro, a Pasta anunciou a criação do Programa Cuidados Farmacêuticos. O projeto piloto, que terá início em São Paulo, Bahia e Distrito Federal, beneficiará pacientes portadores de hepatite e artrite reumatoide com orientações e acompanhamento sobre uso racional de medicamentos. Até o final do ano, mais sete estados devem ser inseridos no projeto.
UF
Município
Recurso
SP
Tejupá
R$ 25.239,31
SP
Altair
R$ 25.239,31
SP
Lagoinha
R$ 25.239,31
SP
Cabrália Paulista
R$ 25.239,31
SP
Alto Alegre
R$ 25.239,31
SP
Borebi
R$ 25.239,31
SP
Itaju
R$ 25.239,31
SP
Campos Novos Paulista
R$ 25.239,31
SP
Brejo Alegre
R$ 25.239,31
SP
Silveiras
R$ 29.092,64
SP
Guzolândia
R$ 29.092,64
SP
Barbosa
R$ 29.092,64
SP
Ubarana
R$ 29.092,64
SP
Pratânia
R$ 29.092,64
SP
Santo Antônio da Alegria
R$ 29.092,64
SP
Taiaçu
R$ 29.092,64
SP
Colômbia
R$ 29.092,64
SP
Paulicéia
R$ 29.092,64
SP
Guareí
R$ 35.083,13
SP
Cesário Lange
R$ 35.083,13
SP
Itatinga
R$ 35.083,13
SP
Pilar do Sul
R$ 45.654,23
SP
Conchal
R$ 45.654,23
SP
Bom Jesus dos Perdões
R$ 45.654,23
SP
Angatuba
R$ 45.654,23
SP
Martinópolis
R$ 45.654,23
SP
Guapiaçu
R$ 45.654,23
SP
Valparaíso
R$ 45.654,23
SP
Pontal
R$ 45.654,23
SP
Ibiúna
R$ 60.816,00
SP
Capivari
R$ 60.816,00
SP
Porto Ferreira
R$ 60.816,00
SP
Batatais
R$ 60.816,00
SP
Mirassol
R$ 60.816,00
SP
Itupeva
R$ 60.816,00
SP
Itapira
R$ 60.816,00
SP
Francisco Morato
R$ 65.387,14
SP
Embu das Artes
R$ 65.387,14
SP
Itapevi
R$ 65.387,14
SP
Ferraz de Vasconcelos
R$ 65.387,14
SP
Itapecerica da Serra
R$ 65.387,14
SP
Guarujá
R$ 65.387,14
SP
Tatuí
R$ 65.387,14
SP
Diadema
R$ 65.387,14
SP
Sertãozinho
R$ 65.387,14
SP
Itapetininga
R$ 65.387,14
SP
Atibaia
R$ 65.387,14
TOTAL
R$ 2.104.441,32

Por Gabriela Rocha, daAgência Saúde


CNS E PRESIDENTES DE CONSELHOS ESTADUAIS ARTICULAM AÇÕES CONTRA RETROCESSOS NA SAÚDE


Para articular ações integradas entre o Conselho Nacional de Saúde (CNS) e os Conselhos Estaduais de Saúde (CES), representantes do controle social brasileiro estiveram juntos em Brasília nesta quarta (07/02). Presidentes de CES e a mesa diretora do CNS discutem as principais pautas que mobilizam o conselho na luta contra os retrocessos recentes nas políticas de saúde, além de aprimorarem o Sistema Conselhos no desenvolvimento de estratégias e atividades conjuntas.

De acordo com Ronald dos Santos, presidente do CNS, a reunião é um momento para que seja possível melhorar o trabalho de conselheiros e conselheiras nos municípios e estados, numa relação mais próxima e estratégica com o conselho nacional. “Queremos afunilar entendimentos sobre qual é o lugar da gestão participativa integrada, envolver mais protagonistas no controle social”, disse.

As recentes reformas na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) e de Saúde Mental (PNSM) também estiveram na pauta. Isso porque ambas foram reformadas pelo Ministério da Saúde no final de 2017 sem participação social, mesmo com as diversas ponderações do CNS, que solicitou aprofundamento nos debates. “O que é pactuado tem que ser deliberado pelo conselho, como diz a Lei nº 8080/1990 [Lei do SUS]. Se não fizemos com que a lei seja cumprida, não estaremos fazendo nosso papel”, alerta Cleia Aparecida Giosoli, presidenta do CES de Santa Catarina.

“A regulamentação do ofício dos Agentes Comunitários de Saúde e de Endemias foi aprovada no Congresso e no Senado, porém, logo depois houve veto presidencial em parte da lei. Esses vetos dialogam com a nova orientação da PNAB”, explica Ronald dos Santos, presidente do CNS. “A gente precisa fazer com que os gestores respeitem o controle social”, disse Raimundo Nonato Soares, presidente do CES de Rondônia.


Sobre as mudanças na PNSM, o principal receio do CNS é que o modelo manicomial seja estimulado a partir do aumento de leitos em hospitais psiquiátricos, bem como os investimentos públicos em comunidades terapêuticas privadas. Outro ponto trazido à tona foi a recente implementação da Portaria nº 3992/2018, que mudou a forma de repasse dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).

Se antes a verba era distribuída em seis blocos específicos para estados e municípios, agora são apenas dois grandes blocos, dificultando a fiscalização por parte dos conselhos. “Já emitimos uma nota pública alertando que agora o gestor precisa de mais responsabilidade na administração do recurso”, disse Ronald.


Presidentes dos CES se somam à luta contra a EC 95/2016, que entrou em vigor este ano e congela os investimentos em saúde e educação por duas décadas. Conselhos devem coletar mais assinaturas que seguirão ao Supremo Tribunal Federal (STF) durante a Semana da Saúde, marcada para ocorrer entre 2 e 8 de outubro em todo o país. As pautas também serão levadas ao Fórum Social Mundial, que vai acontecer de 13 a 17 de março, em Salvador.

16ª A Conferência Nacional de Saúde, que acontecerá em 2019, será também um momento para unir todas essas lutas. “As pessoas querem um SUS público e de qualidade, mas não sabem o que está acontecendo na política de saúde. Precisamos formar as pessoas na base para que elas saibam a importância do controle social”, disse Itamar Santos, vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul. Os presidentes devem se reunir novamente ainda esse semestre para que o fórum continue fortalecido e em unidade de agendas.




Ascom CNS


Técnica inovadora pode viabilizar desenvolvimento de fármacos


Considerada uma das revistas científicas mais importantes, com fator de impacto 13.254, a Nature Protocols traz, em sua edição de fevereiro de 2018, um artigo assinado por pesquisadores do Instituto Carlos Chagas (ICC/ Fiocruz Paraná). O trabalho registra uma técnica inovadora que auxilia na caracterização de estruturas de proteínas homodiméricas – macromoléculas compostas por duas subunidades idênticas, que podem viabilizar o desenvolvimento de novos fármacos, além de possibilitar o maior entendimento de diversos agravos. O resultado terá impacto imediato na pesquisa de vários grupos nacionais e internacionais.

“Criamos uma técnica nova que supre uma dificuldade das técnicas atuais. Geralmente, as estruturas de proteínas homodiméricas são determinadas por ressonância magnética nuclear / difração de raios-x, entretanto; muitas vezes os complexos não são passíveis de análise por estas técnicas por não cristalizarem, gerar cristais que difratam mal, devido ao tamanho do complexo, ou por requerem grande quantidade (mg) de proteína com alto grau de pureza”, explica o pesquisador do ICC, Paulo Costa Carvalho.

Segundo o cientista, a união das expertises dos diferentes grupos que fazem parte desse trabalho permitiu uma solução para este gargalo. O resultado é fruto de colaboração interdisciplinar e internacional. A pesquisa contou com a experiência do grupo da Fiocruz Paraná em desenvolvimento de métodos computacionais voltados a espectrometria de massas e com a atuação da pesquisadora Tatiana Brasil em biologia estrutural; aliada ao conhecimento em metodologias para síntese de homodímeros marcadas com isótopos do grupo do pesquisador americano Sean Davidson, da University of Cincinnati. Sobretudo, o trabalho contempla como primeiro autor, o egresso do Programa de Pós-graduação em Biociências e Biotecnologia da Fiocruz Paraná, Diogo Borges, que hoje integra o quadro de cientistas do Instituto Pasteur, em Paris.

“O grupo liderado pelo Sean Davidson desenvolveu uma técnica capaz de sintetizar homodímeros com aminoácidos de uma subunidade contendo apenas átomos de N14, e a outra subunidade, apenas com N15.  Esta diferença de massa entre os nitrogênios, que fazem parte da composição atômica dos aminoácidos, permitiu criar uma metodologia de XL, seguida de analise por espectrometria de massas e acoplado a um método computacional, capaz de discernir entre as ligações intra e intermoleculares. O nosso grupo foi responsável pelo desenvolvimento da metodologia computacional para viabilizar esta análise”, reforça Paulo. Este projeto só foi possível porque reunimos especialistas em espectrometria de massas, estrutura de proteínas e computação. Não existe nada similar a esta solução no meio cientifico”, finaliza o pesquisador.

Os resultados são os primeiros frutos de uma nova linha de pesquisa na Fiocruz Paraná liderada pelos pesquisadores Paulo Costa Carvalho e Tatiana Brasil, onde pretende-se, através da biologia estrutural e espectrometria de massas computacional, elucidar as bases mecanísticas de processos celulares com relevância médica.

 (Fonte: Fiocruz – 06/02/2018)


Medicamentos terão um dos menores reajustes de preços dos últimos 13 anos


Diante da expectativa de continuidade da inflação baixa, o reajuste anual de preços de medicamentos estimado para 2018 deve ser um dos menores dos últimos 13 anos. O Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) registrado em 2017 foi de 2,94%. Se não houver nenhuma variação expressiva até março, data em que o índice compõe as fórmulas de reajuste dos medicamentos, as correções de preço também serão baixas.

Desde 2005, o menor índice médio foi de 1,49%, em 2007, seguido por 2,18% em 2012; o IPCA dessas datas foi de 3,02% e 5,85% respectivamente.

- A menos que haja alguma mudança inesperada e expressiva na economia, este ano teremos uma correção de preços de medicamentos muito pequena - afirma o ex-deputado federal (PMDB-RS) e ex-governador do Rio Grande do Sul, Antônio Britto, presidente-executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).

Segundo levantamento da entidade, existe uma defasagem na correção do preço dos medicamentos superior a 25 pontos percentuais nos últimos 13 anos. Isso porque o reajuste médio autorizado esteve sempre abaixo da inflação oficial; exceto em 2016, por conta da alta expressiva da energia elétrica e das oscilações da moeda norte-americana.

Os planos de saúde, em contrapartida, registraram aumento médio de 177% nesses anos - índice acima da inflação e bem acima do índice concedido ao setor farmacêutico.

O reajuste autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) diz respeito ao preço máximo que pode ser praticado para determinado medicamento, mas a concorrência de mercado acaba resultando na prática de descontos, que chegam a 60% do valor de lista. Como acontece na maioria dos anos, serão divulgados três níveis de reajustes em 2018. Eles são definidos pela concentração de mercado do medicamento. Quanto menor a concentração, situação em que há mais concorrência e descontos, maior o reajuste. É o caso dos genéricos e similares. Já os medicamentos novos, que concentram mais mercado, têm o menor nível de reajuste.

Para calcular os índices, além do IPCA de março, são necessários três fatores - X, Z e Y. O primeiro já foi divulgado e diz respeito à produtividade da indústria. O segundo aponta a concentração de mercado das classes terapêuticas e, portanto, define o enquadramento dos medicamentos nos diferentes níveis de reajuste.

Falta apenas o terceiro fator, o Y, a ser divulgado cerca de 30 dias antes das fórmulas finais. Ele aponta as oscilações do câmbio e a influências no setor de fatores como a energia elétrica. Os valores finais do reajuste devem ser divulgados pela CMED no fim de março.

Genéricos conquistaram maior espaço em 2017
A venda de remédios genéricos cresceu em 2017 acima do setor farmacêutico. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), com base nos indicadores do IQVIA, a indústria de genéricos fechou 2017 com crescimento de 11,78% no volume de unidades vendidas, na comparação com 2016.

No ano, foram comercializadas 1,2 bilhão de unidades contra 1,1 bilhão no ano anterior. Os genéricos encerraram o ano com 32,46% de participação de mercado em unidades contra 30,70% verificados em 2016.

- São diversos pontos a serem considerados para esse aumento, além do preço mais baixo, a confiança do consumidor foi fator determinante, para afirmar isso temos como base pesquisas realizadas pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (Ifepec), que apresentam que as pessoas já observam os genéricos como uma ótima alternativa - explica Edison Tamascia, presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar).

Com o resultado, se observa que genéricos tiveram uma elevação de seis pontos percentuais acima do mercado farmacêutico total, que registrou expansão de 5,73% no ano passado.

Os dados da pesquisa "Análise do perfil de compra dos consumidores de medicamentos" já projetavam esses resultados por mostrar que a possibilidade de economia sem riscos, proporcionado pelos medicamentos genéricos, está fazendo com que grande parcela da população já considere essa opção na hora da compra.

Segundo a pesquisa o número de brasileiros que consideram essa opção é bastante expressivo, sendo que 37% dos consumidores apontara que adquiriram medicamentos dessa modalidade, outros 32% compraram os de marcas e 31% compraram uma mescla dos dois tipos.

- Os genéricos já venceram uma desconfiança inicial e natural que enfrentaram no mercado e hoje já fazem parte das opções de escolhas dos consumidores, eles possuem um grande potencial competitivo por causa da economia que ele proporciona, sendo que os preços são fundamentais na escolha - analisa Edison Tamascia, que se refere ao fato de que a pesquisa também aponta a prioridade que o consumidor está dando ao preço em relação à marca na hora de adquirir medicamentos.

Segundo a pesquisa, 45% dos consumidores, acabaram comprando produtos diferentes do objetivo inicial e a quase totalidade desses clientes buscavam economia.

- É importante reforçar, porém, que o cliente não está indo contra a indicação médica, mas sim buscando uma alternativa real, sendo que o genérico possui a mesma substância ativa, forma farmacêutica e dosagem que o medicamento original - complementa Tamascia.

A pesquisa teve como objetivo apurar as características de compras de medicamento dos brasileiros, bem como o tipo de medicamento adquirido, o índice de troca de medicamento e os motivos que levaram a essa troca.

De acordo com o levantamento, dos entrevistados que foram às farmácias 72% adquiriram os medicamentos, contudo, apenas 24% compraram exatamente o que foram comprar, 31% modificou parte da compra e 45% trocaram os medicamentos por vontade própria ou por indicação dos farmacêuticos.

- Esse fato demonstra a existência de uma característica muito comum nos brasileiros que é não ser fiel ao produto que foi procurar em uma farmácia, ouvindo a indicação dos farmacêuticos. O principal fator de troca é o preço, demonstrando que o brasileiro se encontra mais preocupado com o bolso.

A pesquisa constatou que 97% dos entrevistados que trocaram de medicamentos compraram uma opção de menor preço.

Foram entrevistados 4 mil consumidores de todos o Brasil que quando esses saíam das farmácias em que estiveram para efetuar a compra.

(Fonte: Monitor digital – 06/02/2018)


Degerts realiza evento em parceria com Conass e Opas


O objetivo é fortalecer a gestão do trabalho em saúde nos 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal

Crédito: RICARDO SANCHEZ/SGTES
Dando continuidade à reunião realizada em dezembro de 2017, no Rio Grande do Norte, o Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde (DEGERTS) realizou nesta quarta-feira (07), em Brasília, a 2º Oficina do projeto “Apoio ao desenvolvimento institucional e ao fortalecimento da capacidade gestora das estruturas de gestão do trabalho das secretarias estaduais de saúde”.

A oficina tem como finalidade contribuir para a inovação, o desenvolvimento institucional e para o fortalecimento da capacidade gestora das equipes das Unidades de Gestão do Trabalho das Secretarias Estaduais de Saúde do Brasil, além de elaborar e pactuar a agenda com as Secretarias Estaduais de Saúde envolvidas no projeto, a fim de elaborar estratégias para fortalecimento da governança, institucionalização e o reconhecimento da Gestão do Trabalho como uma área estratégica para a gestão do SUS.

Participaram do evento, a diretora do DEGERTS, Ana Paula Schiavoni; o assessor técnico do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Haroldo Pontes; a representante da Organização Panamericana de Saúde (OPAS), Mônica Padilha; e a vice-coordenadora do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Janete Castro.

Por Ricardo Sanchez, do NUCOM/SGTES


quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Bachelet presidirá comissão da OPAS para impulsionar o acesso e a cobertura universal de saúde nas Américas


A presidenta do Chile, Michelle Bachelet, presidirá uma comissão de alto nível, convocada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), para propor soluções que ampliem o acesso e a cobertura de saúde na região das Américas para 2030, “sem deixar ninguém para trás”.  

Bachelet foi convidada por Carissa F. Etienne, diretora da OPAS, que também é o escritório regional para as Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS), para estar à frente da Comissão de Alto Nível do Fórum Regional “Salud Universal en el siglo XXI: 40 años de Alma-Ata” – “Saúde Universal no século XXI: 40 anos de Alma-Ata”, em português.  

“Sua liderança e compromisso são fundamentais se quisermos empoderar as pessoas e comunidades em busca de equidade e da concretização do direito à saúde”, disse Etienne a Bachelet na sessão inaugural da comissão, da qual a presidenta chilena participou virtualmente.  

Após quatro décadas da declaração da Alma-Ata, que advogava pela saúde para todos no ano 2000, 30% da população das Américas não tem acesso à atenção à saúde por motivos econômicos e 21% não recebe a atenção devido às barreiras geográficas. A saúde universal, que é a expressão da Alma-Ata no século XXI, “é possível e necessária”, afirmou Etienne. A diretora da OPAS considerou também que avançar rumo a essa meta exige um esforço especial e um enfoque nas populações em condição de vulnerabilidade.  
Nos últimos anos, os países da região progrediram e implementaram diversas transformações em seus sistemas de saúde para torná-los mais inclusivos e chegar às pessoas que deles necessitam. O trabalho da comissão apontará para a aceleração dessas transformações – incluindo as pessoas no desenho, implementação e supervisão das políticas e planos de saúde criados para elas. Espera-se que isso contribua para a saúde universal em 2030, conforme o comprometimento dos países na nova Agenda do Desenvolvimento Sustentável.  

“Devemos responder com urgência aos principais desafios atuais em saúde”, como o envelhecimento acelerado da população e as doenças crônicas não transmissíveis, sustentou Bachelet. A presidenta do Chile chamou os países a “atuar com maior decisão e impulsionar políticas que permitam enfrentar as desigualdades e as inequidades em matéria de saúde e incluir os grupos mais vulneráveis, porque não abordar isso implica em renunciar como região à possibilidade de alcançar o desenvolvimento sustentável”.  

A comissão produzirá um relatório com recomendações para melhorar o desempenho dos sistemas de saúde, incluir aqueles que ainda estão excluídos, empoderar as comunidades e melhorar a participação social nas decisões que impactam na saúde da população, com o objetivo de avançar em direção à saúde universal na região.  

Além de Bachelet, a Comissão é composta por representantes de organismos internacionais, governo, sociedade civil e academia de mais de 10 países. O secretário-geral adjunto da Organização dos Estados Americanos (OEA), Néstor Méndez, será o copresidente. Entre outros membros, estão: Denzil Douglas, ex-primeiro ministro de São Cristóvão e Neves; Carina Vance, diretora executiva do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde (ISAGS-UNASUR); Lais Abramo, diretora da Divisão de Desenvolvimento Social da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL); Margarita Posada, coordenadora nacional do Fórum Social de Saúde de El Salvador; Hernando Viveros Cabezas, presidente da Afro-colombian Global Initiative; Vivian Camacho, defensora dos direitos das populações indígenas da Bolívia; Toni Reis, presidente do Grupo Dignidade, que defende os direitos das pessoas LGBTI no Brasil; e Mirna Kay Cunningham Kain, presidente do Conselho Diretivo do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe (FILAC).  

Também integram a comissão Chelauna Providence, diretora de programas da Associação de Paternidade Responsável de Guiana (GRPA); María Soledad Cisternas, enviada especial do Alto Comissariado das Nações Unidas sobre incapacidades e acessibilidade; María Isabel Rodríguez, ex-ministra de Saúde Pública e Assistência Social de El Salvador; Beatriz Londoño, embaixadora da Missão Permanente da Colômbia ante as Nações Unidas em Genebra; e os uruguaios Daniel Olesker, do Instituto Cuesta Duarte del PIT, e Mario Mujica, representante dos trabalhadores na Junta Nacional de Saúde do Uruguai.  

*Conteúdo traduzido pela Representação da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil. A versão original, em espanhol, foi publicada pela sede da OPAS no dia 5 de fevereiro de 2018, no seguinte link: http://www.paho.org/hq/index.phpoption=com_content&view=article&id=14084%3Abachelet-presidira-comision-de-la-ops-que-impulsara-el-acceso-y-la-cobertura-universal-de-salud-en-las-americas&catid=1443&Itemid=135&lang=en.  



Ministério lança edital com foco na Educação Interprofissional em Saúde


O curso é destinado a professores e gestores dos cursos de graduação em saúde das Instituições de Ensino Superior do país

Com carga horária total de 80 horas e turmas de até 30 alunos, o curso tem como missão contextualizar a Educação Interprofissional em Saúde enquanto abordagem teórico-conceitual e metodológico estratégico no processo de reorientação da formação dos trabalhadores de saúde e da lógica do trabalho em saúde.

A pauta da Educação Interprofissional é um dos temas prioritários do Departamento de Gestão da Educação na Saúde (DEGES), da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde. O curso, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em discussão com a Rede Brasileira de Educação e Trabalho Interprofissional em Saúde (ReBETIS), será ofertado na modalidade à distância (EaD) e terá início em março de 2018, com carga horária de 80h

“A Educação Interprofissional é um dos nossos temas prioritários. A nossa proposta é qualificar docentes e gestores dos cursos de graduação da área da saúde, adotando os princípios da educação interprofissional com o objetivo de formar profissionais mais aptos ao trabalho colaborativo”, ressaltou a diretora do DEGES, Cláudia Brandão.

Ao todo serão ofertadas 300 vagas para docentes e gestores. As vagas serão distribuídas, conforme quadro abaixo:
REGIÃO
NÚMERO DE VAGAS
Região Centro Oeste
60
Região Nordeste
60
Região Norte
50
Região Sudeste
70
Região Sul
60

Inscrições
As inscrições somente serão aceitas após o preenchimento da ficha e do envio dos documentos por e-mail:
1)      Comprovante de atuação mínima de dois anos na docência e/ou na gestão dos cursos de graduação em saúde de IES pública, privada ou privada sem fins lucrativos;
2)      Carta de anuência institucional, declarando disponibilidade de cinco horas semanais, assinada pelo chefe imediato (anexo 1);
3)      Carta de intenções de no máximo uma página:
·         Fonte: Times New Roman, tamanho 12, espaçamento 1,5, A4, margens 2,5;
·         Justificativa das suas intenções para participar do curso;
·         Contribuições do curso para a prática docente na sua realidade.
Todos os documentos deverão ser enviados no formato PDF para mapeamentoeip.brasil@gmail.com com cópia para neprh.eeusp@gmail.com . O assunto do e-mail deve ser “curso de atualização” e deverá conter o nome da (o) interessada (o).

A divulgação do resultado final será publicada no e-mail dos candidatos inscritos e nas páginas eletrônicas e mídias sociais vinculadas ao Observatório de RHS da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Os selecionados serão convocados para confirmação de inscrição no curso, de acordo com as vagas disponíveis.

Por Natalia Pinheiro, do NUCOM/SGTES



Sanofi rejects Philippine plea for refund on used vaccines

Department of Health Undersecretary Dr. Rolando Enrique Domingo, right, gestures besides Philippine General Hospital Director Dr. Gerardo Legaspi, during a press conference at the Department of Health office in Manila,...

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MANILA, Philippines (AP) — A Sanofi Pasteur official said Monday that the French drugmaker couldn’t comply with the Philippines’ request for a refund of dengue vaccines injected on hundreds of thousands of children because it would imply that the drug is ineffective.

Thomas Triomphe, Sanofi Pasteur’s Asia-Pacific chief, told a House of Representatives hearing that it’s clear in “absolute terms” that the Philippines would reduce dengue infections more by using the company’s Dengvaxia vaccine than by halting its use.
“Dengvaxia is an effective product,” Triomphe told lawmakers. “Reimbursing doses that have been already injected, where the benefits of protection have been provided, will, de facto, imply that the vaccine is ineffective, which is not the case.”
Health Secretary Francisco Duque III has said that Sanofi Pasteur has agreed to take back huge stocks of unused Dengvaxia and pay back more than a billion pesos ($20 million) to the Philippine government.

The government, however, has also asked Sanofi Pasteur to refund payment of nearly 2 billion pesos ($40 million) for Dengvaxia already used in its massive anti-dengue immunization program, which was halted last year, health officials said.

The Philippine government halted its massive immunization drive last year after Sanofi said a study showed the vaccine may increase the risks of severe dengue infection. More than 830,000 children were injected with the Dengvaxia vaccine under the campaign, which was launched in 2016 under then-President Benigno Aquino III. The campaign continued under his successor, Rodrigo Duterte, until it was stopped last year.

On Friday, Philippine health officials said the deaths of three of 14 children injected with a Sanofi Pasteur dengue vaccine may have “causal association” to the inoculation, including two who may have died because the vaccine failed. They said, however, that they need to carry out further studies to confirm their findings.

Investigators found no evidence that the rest of the 14 deaths were related to the vaccine. Officials said the deaths of at least 15 other children injected with Dengvaxia would be investigated.

Triomphe welcomed the government examination on the 14 children, which he said did not turn up any clear evidence linking their deaths to Dengvaxia.

Philippine health officials have said that publicity of concerns raised over Dengvaxia has caused the number of children receiving preventive vaccinations for other diseases to drop.
About 200,000 dengue infections are recorded by the health department each year, officials said. Dengue is a mosquito-borne viral infection found in tropical countries worldwide. It is a flu-like disease that can cause joint pain, nausea, vomiting and a rash, and can cause breathing problems, hemorrhaging and organ failure in severe cases.

JIM GOMEZ, Photo ; Aaron Favila, The Associated Press 


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