Destaques

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Acompanhe a 27ª reunião pública da Diretoria Colegiada


Pauta traz inspeções em boas práticas em fabricantes de insumos farmacêuticos e revisão da norma para os programas de acesso expandido e uso compassivo.

A Diretoria Colegiada da Anvisa (Dicol) realiza, nesta terça-feira (04/12)a partir das 9h, a 27ª reunião pública de 2018. Na pauta, proposta de iniciativa regulatória para Programa de inspeções em boas práticas de fabricação em estabelecimentos fabricantes de insumos farmacêuticos ativos internacionais por meio de avaliação de risco. Os membros da Diretoria Colegiada vão debater ainda proposta de Iniciativa para Resolução da Diretoria Colegiada sobre a revisão da RDC 38/2013 que aprova o regulamento para os programas de acesso expandido, uso compassivo e fornecimento de medicamento pós-estudo

Também estão na pauta a iniciativa regulatória sobre o Programa de inspeções em boas práticas de fabricação em estabelecimentos fabricantes de insumos farmacêuticos ativos internacionais por meio de avaliação de risco. 

Outro assunto é a proposta de alteração da RDC 234/2018, que trata da terceirização de etapas de produção, de análises de controle de qualidade, de transporte e de armazenamento de medicamentos e produtos biológicos.  

A reunião ocorre na Sala de Reuniões da Dicol, que fica no Bloco E (térreo) da sede da Agência, em Brasília (DF) – Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), Trecho 5, Área Especial 57. 


Acompanhe ao vivo 
Você pode acompanhar a reunião ao vivo, a partir das 9h, por um dos¿links¿abaixo. A transmissão pelo Skype também permite rever a atividade posteriormente. 



70% dos norte-americanos planejam vacinar-se contra a gripe


Pesquisa realizada pela rede de farmácias Walgreens revela uma intensa mobilização dos norte-americanos para o início do inverno, de olho na temporada de gripe no Hemisfério Norte. Cerca de 40% dos entrevistados disseram esperar a mesma gravidade da epidemia do ano anterior, que contabilizou mais de 47 mil casos. Como forma de prevenção, 54% planejaram vacinar-se no início deste ano, enquanto 70% pretendem imunizar-se até dezembro.

No entanto, a pesquisa apontou que há um grande nicho a ser explorado, já que 32% dos entrevistados disseram não ter recebido uma vacina contra a gripe nos últimos três anos. Isso apesar de cerca de 80% revelarem que eles ou um membro da família sofreram com esse problema no mesmo período de tempo. Daqueles que não foram imunizados, 39% responderam que evitaram a prática porque acreditavam que a vacina era ineficaz.

O levantamento também mostrou que, apesar dos casos graves registrados em 2017 – uma das piores incidências dos últimos anos – 37% dos pacientes continuaram a trabalhar normalmente. A Walgreens observou que, desde 2010, administrou mais de 60 milhões de vacinas contra a gripe.



REVITALIZAÇÃO DA OMC E MUDANÇAS CLIMÁTICAS INTEGRAM O COMUNICADO DO G20 NA ARGENTINA 2018


O comunicado, anexo, oficial do G20 foi feito em acordo com as nações que participam da cúpula de 2018. O texto “reflete a realidade de revitalizar o comércio e a OMC, e também a preocupação pela mudança climática”.

Os países reconhecem que “comércio internacional e investimento são motores importantes de crescimento, produtividade, inovação, emprego, criação e desenvolvimento“. Afirmam, no entanto, que “o sistema tem falhado nos objetivos e há espaço para melhorar“.

As principais questões discutidas foram sobre o livre comércio e os impactos da mudança climática. Os EUA foram os únicos que enfrentaram a maioria dos países, o que dificultou a chegada a 1 livre acordo. O comunicado ressalta a saída dos norte-americanos do Acordo de Paris.

No texto, os EUA reforçam seu “forte compromisso com o crescimento econômico e acesso à energia e segurança, utilizando todos os recursos energéticos e tecnologias, enquanto protege o meio-ambiente“.

Duas palavras foram bastantes comentadas durante a reunião final do G20: multilateralismo e protecionismo. As dificuldades em relação à aceitação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com a opinião dos demais países também foi uma questão discutida. 

“O mundo tem suas enormes diferenças com Trump, mas a comunidade internacional está fazendo todo o possível para manter o mundo guiado por regras multilaterais de comércio. E para que os Estados Unidos parem de gerar 1 mal estar com os chineses”, disse um diplomata ao jornal argentino Clarín.
No documento de 7 páginas, os líderes mundiais consideraram o encontro “1 grande passo adiante”. Apesar disso, o presidente norte-americano, Donald Trump, conseguiu incluir medidas para limitar a produção do aço –o que pode prejudicar o relacionamento comercial com a China.

O ministro das finanças da Rússia, Anton Siluanov, divulgou, momentos antes da liberação do comunicado oficial, que os principais líderes do G20, inclusive Trump, entraram em 1 acordo sobre a necessidade de uma futura reforma da OMC (Organização Mundial do Comércio), principalmente no que tange à “reforma dos corpos jurídicos e arbitragem”.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cancelou a coletiva à imprensa que iria realizar após o final da cúpula. Afirmou estar “ansioso para oferecer uma entrevista antes de deixar a Argentina”, mas que, “por respeito à família Bush e ao ex-presidente George H. W. Bush”, ele esperará para falar “após o funeral”.

Trump tem agendado, para ainda hoje, encontros com Angela Merkel, chanceler alemã; Recep Tayyip, presidente da Turquia e Xi Jinping, presidente da China.

Poder 360

Anexo:




GERENCIAMENTO DE RISCOS MÉDICO-JURÍDICOS E COMPLIANCE MÉDICO-HOSPITALAR


Nos últimos anos, o número de processos contra médicos e profissionais da saúde tem aumentado de forma assustadora. Há aqueles que acreditam que isso decorre do tratamento ineficaz e de baixa qualidade. Entretanto, outros acreditam que a justiça foi banalizada pelos pacientes.

Esse é um cenário que se tornou cotidiano quando tratamos da diária da prática médica e a evolução da relação do médico com seu paciente vem ganhando contornos incomuns que repercutem sensivelmente na esfera dos direitos subjetivos dos sujeitos envolvidos no ato de “dar” serviços de saúde e de recebê-los.

De um lado, temos o profissional da saúde que, inequivocamente, não mais se encontra – ao menos do ponto de vista fático – numa relação de hierarquia de sobreposição (paternalista) em relação a seu paciente e que, muitas vezes, está vinculado a contratos coligados e de natureza complexa, nos quais se verifica uma produção em massa, com remunerações aquém do desejado por esses profissionais, cujos efeitos são invariavelmente maléficos ao sistema de saúde como um todo.

Do outro, temos o paciente “moderno”que tem acesso a ferramentas de pesquisa das mais variadas (com a internet, smartphones e o Google, dentre outras ferramentas de busca e Apps) e que exige cada vez mais informações específicas a respeito do seu estado de saúde e das alternativas possíveis de tratamento – além de “pensar” que entende os aspectos médico científicos de sua doença.

O ponto é que essa nova relação médica-paciente tem assoberbado o Poder Judiciário com novas ações de erro médico. Conforme relatório de Judicialização da saúde em números de 2017, produzido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), encontramos um número assustador de ações ajuizadas em razão de “erros médicos”, que chegaram a um total de 57.739, o que perfaz um número 158 demandas versando sobre erro médico ajuizadas diariamente em nosso país, o que indica o ajuizamento 6,5 ações por erro médico a cada hora.

Recentemente, foram disponibilizados os novos números da  judicialização da saúde no Brasil, para 2018, por meio da 14ª edição do relatório Justiça em Números, do Conselho Nacional de Justiça.

Já no que se refere ao erro médico, houve um aumento considerável do número de ações, que passou de 57.739 para 83.728, o que representa, aproximadamente, 230 demandas versando sobre erro médico ajuizadas diariamente em nosso país. E um aumento de 6,5 ações por erro médico a cada hora, para quase 9,6 ações atualmente.

É neste contexto normativo e social que o profissional da medicina se insere, atuando em área particularmente vulnerável a acusações, sejam elas civis, administrativas, ético-profissionais e/ou criminais, vendo-se cercado de riscos potenciais, derivados de suas ações ou omissões, e contando com a carga adicional de lidar com ambientes estressantes (hospitais públicos sucateados) e pacientes, muitas vezes, pouco colaborativos.

Assim, a aplicação do compliance na profissão médica pode municiar os profissionais e empresas da saúde para que estejam aptos a melhor sustentar a correição de sua atuação, servindo de apoio à sua defesa em possíveis reclamações e denúncias. Isso é relevante porque os erros médicos inserem-se num contexto dinâmico, ocorrendo, principalmente, devido a falhas multifatoriais e inevitáveis.

Se a ética da organização não estiver correta, a cultura também nunca estará e a ética e a cultura formam rotinas (hábitos) e padrões1, com impulsionamento dos profissionais e organizações da saúde. Logo, a cultura é a personalidade de uma empresa e ela manifesta para o público qual a verdadeira identidade de uma organização; e quais as situações que são importantes e relevantes para a empresa (médicos, clínicas e hospitais).

Destaca-se que não se deve aplicar uma estrutura de Compliance única para toda e qualquer empresa, sob pena de ineficiência, pois cada empresa terá um tempo próprio de preparação para receber e desenvolver o referido sistema.2 Assim, faz-se cada vez mais necessário que os médicos, clínicas e hospitais adotem posturas preventivas como forma de gerenciar e minimizar o risco3 de ações judiciais na atividade médico-hospitalar. Além disso, os próprios médicos e os administradores de empresas da saúde precisam saber como são vistos pela legislação Brasileira e quais suas responsabilidades jurídicas.

Como dito, há uma imputação generalizada e indiscriminada de erro do atuar e é notório que essa generalização se avoluma para toda a classe e estende-se em todo o atuar médico. Assim, não é surpresa que a maioria dos pacientes passam a duvidar dos médicos e de seu compromisso com a beneficência e com o princípio da justiça e, mais grave ainda, fica em jogo a própria credibilidade da medicina brasileira. E as alegações de “erro médico” custam ao setor de saúde, além de dinheiro, danos à reputação de um médico, clínica ou de um hospital. 

Por oportuno, devemos lembrar que vários profissionais da saúde desconhecem as regras impostas pelo Ordenamento legal, já que as faculdades de medicina não educam o médico para lidar com esta realidade.

Dados de 2016 do Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), revelaram que, em média, 829 brasileiros morreram por dia em hospitais devido a erros e falhas que poderiam ser evitados. Diante desses dados, esses erros hospitalares, alcançou a marca de 2ª à 5ª maior causa de morte no país.

Com efeito, devemos entender que essa banalização de processos contra médicos e profissionais da saúde é decorrente de alguns motivos. Um deles é a confusão que os pacientes fazem entre o que é erro médico e mau resultado4/iatrogenia/resultado adverso previsível e também pela necessidade do paciente de “encontrar” um culpado, seja pela existência de seu problema de saúde ou por insucesso do tratamento.

Importante mencionar que a insatisfação decorrente de um tratamento, por si só, não gera responsabilidade jurídica, pois os tratamentos de saúde, em tese, são obrigação de meio e não de resultado (responsabilidade objetiva). Ainda assim, pacientes e familiares meramente insatisfeitos ingressam na Justiça para tentar conseguir uma reparação pecuniária.

Isso também ocorre pela facilidade de acesso a informações médicas pelo paciente e pela pressão da mídia sobre os casos de saúde; além da facilidade de acesso à justiça e aos deferimentos de gratuidade de justiça para a maioria dos pacientes que processam médicos.

Portanto, o médico atualmente se depara com uma realidade na qual o gerenciamento dos riscos médico-jurídicos já se faz muito necessário e ele deve estar preparado antes que o evento indesejado aconteça. O bom médico, diligente, deve conhecer os novos paradigmas e as atuais nuances que fazem “simbiose” com a profissão, sempre com a intenção de melhorar o desenvolvimento de sua atividade e observando os princípios da bioética.

Contudo, não existem fórmulas milagrosas que possam evitar uma demanda judicial ou ético-profissional, até porque o ser humano é falível e o relacionamento interpessoal entre paciente e profissional é imprevisível.

Nesse sentido, sem um planejamento adequado5 para o bom desenvolvimento do trabalho interdisciplinar e o crescimento das empresas de serviços médicos, o percentual de ocorrência de erros e insucesso nas defesas aumenta de forma considerável.

Não obstante, o uso desse instrumento proposto enfrenta dificuldades, inclusive para ser compreendido. Apesar de ser comum a aplicação dos programas de compliance em organizações empresariais de saúde, além dos grandes hospitais, entende-se que os procedimentos de controle de uso regular nas instituições de saúde sejam suficientes para lidar com os frequentes problemas decorrentes de acusações de imperícia, imprudência e negligência (culpa) na atividade médica. Mas não são!

E por uma simples razão; a mentalidade norteadora dessas práticas visa, com raras exceções, a proteção do procedimento hospitalar frente a fiscalizações diversas. Ou seja, é um sistema de proteção norteado pela burocracia profissional da atividade. Por isso que o uso do compliance por pessoas físicas/médicos/enfermeiros e todos os colaboradores tem propósito maior, o de proteção integral da equipe de trabalho, da clínica ou hospital e do próprio paciente.

A realidade é que não há como ter uma cultura empresarial que impulsione uma organização, a menos que a empresa tenha uma cultura ética fundante, embasada em uma responsabilidade social da empresa enraizada no conceito e método do compliance, para que os funcionários saibam “como fazer as coisas”, para que eles aproveitem seu trabalho e não sintam a necessidade de agir de forma antiética e em desconformidade com as normas que regulam uma categoria, trabalho ou função.

Além disso, devemos lembrar que nem sempre as expectativas do paciente ou dos seus familiares são alcançadas, apesar do tratamento chegar ao seu objetivo técnico/terapêutico, entendemos que não é mais facultado ao profissional da área da saúde ater-se somente a aplicação da boa técnica, cabe a ele, mormente, em razão da complexidade do ser humano, enxergar o paciente como um ser de corpo e alma – precisamos retomar a humanização da relação. Como costumamos dizer, as expectativas do médico nem sempre são idênticas as expectativas dos pacientes. É muito comum que o paciente crie “expectativas ilusórias”, seja em razão da falha na comunicação, seja pela própria incapacidade de querer aceitar o que o médico explicou (ou aceitar sua condição/doença).

Para finalizar, cumpre esclarecer que a aplicação de rotinas legais e éticas devem ser enxergadas como medidas nobres e fundamentais, que demonstram fidelidade e
respeito à autodeterminação e demais direitos fundamentais dos pacientes e, como resultado, temos pacientes satisfeitos, hospitais e médicos seguros e a redução de “erros” e dos índices de judicialização da medicina.

Referências
AVELING EL, Parker M, Dixon-Woods M. What is the role of individual accountability in patient safety? A multi-site ethnographic study. Sociol Health Illn. 2016;38(2):216–232. [PMC free article] [PubMed]
CARSON-STEVENS A, Hibbert P, Avery A, et al. A cross-sectional mixed methods study protocol to generate learning from patient safety incidents reported from general practice. BMJ Open. 2015;5(12): e009079. [PMC free article] [PubMed]
ANTONIK, Luis Roberto, Compliance, Ética, Responsabilidade Social e Empresarial, 1. ed. Rio de Janeiro: Alta Books, 2016. 
BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Tradução de Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999. BALESTRIN, Alsones; VERSCHOORE. Redes de cooperação empresarial: estratégias de gestão na nova economia. Porto Alegre: Bookman, 2008.
BERWICK D. Uma Promessa de Aprender – Um Compromisso de Agir: Melhorar a Segurança de Pacientes na Inglaterra . Londres, Inglaterra: Crown Publishing; 2013.
CALVO COSTA, Carlos A. Daños ocasionados por la prestación médico-asistencial. Buenos Aires: Hammurabi, 2007.
CANDELORO, Ana Paula P.; RIZZO, Maria Balbina Martins de; PINHO, Vinícius. Compliance 360º: riscos, estratégias, conflitos e vaidades no mundo corporativo. São Paulo: Trevisan Editora Universitária, 2012.
COIMBRA, Marcelo de Aguiar; MANZI, Vanessa Alessi (Coord.). Manual de Compliance: preservando a boa governança e a integridade das organizações. São Paulo: Atlas, 2010.
GONÇALVES, José Antônio Pereira. Alinhando processos, estrutura e compliance à gestão estratégica. São Paulo: Atlas, 2012.
CREMESP. O médico e a justiça: um estudo sobre ações judiciais relacionadas ao exercício profissional da medicina. São Paulo: Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, 2006.
GHERSI, Carlos Alberto Problemática moderna, relación médico-pacienteBuenos Aires: Ediciones Jurídicas Cuyo, 2000.
INSTITUTE OF MEDICINE (US) Committee on Quality of Health Care in America; Kohn LTCorrigan JMDonaldson MS, editors. Washington (DC): National Academies Press (US); 2000. To Err is Human: Building a Safer Health System.
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1 The Business Case for a Strong Culture of Ethics. Disponível em: <https://www.corporatecomplianceinsights.com/a-new-way-of-thinking-about-ethics-and-culture/>. Acesso em: 19/08/2018.
2 O programa de compliance deve ser estruturado de acordo com a realidade particular da organização, as suas circunstâncias específicas, a sua cultura, o seu tamanho, o seu setor de atuação, o tipo de atividade por ela desenvolvido e o local da sua operação” (COIMBRA; MANZI, 2010, p. 20).
3 “Risco legal ou regulatório relaciona-se a não conformidade com leis, regulações e padrões de compliance que englobam matérias como gerenciamento de segregação de função, conflitos de interesse, adequação na venda dos produtos, prevenção à lavagem de dinheiro etc. Este arcabouço regulatório tem como fonte leis, convenções do mercado, códigos e padrões estabelecidos por associações, órgãos regulatórios e códigos de conduta” (COIMBRA; MANZI, 2010, p. 2).
4 Significa que uma falha ocorreu determinando um resultado assistencial indesejado relacionado à terapêutica ou ao diagnóstico.
5 Leia-se: Prontuário do paciente no seu sentido mais amplo, Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, Contratos, dentre outros), nas questões de biossegurança e no conhecimento da legislação (ética, administrativa, consumerista, civil e criminal) existente, além da blindagem patrimonial da pessoa jurídica ou física (com societário e sucessório).

TERTIUS REBELO – Advogado formado pela Universidade Potiguar em 2001, pós graduando do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Direito Médico e da Saúde, pós graduado em Direito Civil e Empresarial. Sócio do Escritório André Elali Advogados; Membro da Comissão Especial de Direito Médico e da Saúde do Conselho Federal da OAB; Membro da Comissão de Direito à Saúde da OAB/RN; Membro da Comitê Executivo de Demandas da Saúde do TJRN; Membro da Comissão de Revisão do Código de Ética Médica no RN; Membro da World Association for Medical Law; Diretor da Associação dos Advogados do RN - AARN; Conferencista/Palestrante sobre Direito Médico, Direito da Saúde e Bioética.


domingo, 2 de dezembro de 2018

TECNOLOGIA É APLICADA NO COMBATE AO CÂNCER NO PAÍS


Algoritmos entram em ação no diagnóstico e auxiliam na criação de tratamentos de quimioterapia

No Brasil, pacientes em trata mento contra câncer já vêm recebendo ajuda da inteligência artificial. Hospitais, gigantes da tecnologia e startups em diferentes partes do País aplicam o poder dos algoritmos contra a doença.

A Microsoft, por exemplo, tem uma parceria desde 2017 com o Grupo Oncoclínicas. Nela, o cérebro eletrônico pode entrar em ação durante tratamentos de radioterapia e quimioterapia. No primeiro caso, a inteligência artificial ajuda os médicos a delimitarem a área na qual a radiação será direcionada. A máquina consegue reduzir o tempo da análise de "algumas horas" para poucos minutos.

No segundo caso, o computador faz correlações entre diagnósticos de pacientes diferentes. O objetivo é que o médico possa encontrar a forma de tratamento mais adequada para cada perfil. Supostamente, a máquina tem uma memória mais vasta que a do médico, e consegue "se lembrar" de tratamentos de maior sucesso em determinados perfis de pacientes. Assim, o médico poderá escolher a droga mais adequada e o número de sessões mais eficiente.

O Instituto do Câncer do Ceará, em Fortaleza, conta com ferramenta parecida, desenvolvida pela IBM. O IBM for Oncology cruza dados dos pacientes com um grande banco de dados composto por artigos científicos e registros de casos já tratados por hospitais e instituições. A curadoria do banco fica a cargo do Memorial Sloan Kettering, nos EUA. O cruzamento das informações permite a busca por tratamento mais personalizado.
A mesma ferramenta também está disponível no Hospital do Câncer Mãe de Deus, de Porto Alegre.

Entre as startups está a Onkos, de Ribeirão Preto, que criou uma ferramenta que consegue descobrir a origem de um tumor que se espalhou.

Novamente, muitos dados são colocados em ação. A partir de uma biópsia, o sistema compara o comportamento de genes a um banco com informações de mais de 4 mil pacientes. Dessa maneira, identifica o tipo de tumor, o que permite um tratamento mais eficiente.

A paulistana Predict Vision também está construindo uma plataforma de análise de imagens de tumores para direcionar o tratamento.

Segundo o último levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil deve registrar cerca de 600 mil novos casos de câncer até o fim deste ano. /b.r.
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IA na saúde
US$ 6,6 bi é a estimativa para 0 total de investimentos em projetos de inteligência artificial na área da saúde em 2020, de acordo com a consultoria Accenture Analysis  US$ 600 mi era o valor de investimentos nessa tecnologia em 2014, segundo a mesma pesquisa

Saúde em pauta


PESQUISA CLÍNICA COM SERES HUMANOS E INSTITUIÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE ÉTICA EM PESQUISA CLÍNICA COM SERES HUMANOS. - AUDIÊNCIA PÚBLICA DIA


COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA
PAUTA DE REUNIÃO ORDINÁRIA

AUDIÊNCIA PÚBLICA  DIA 06/12/2018    LOCAL: Anexo II, Plenário 07                    HORÁRIO: 10h

TEMA: "Pesquisa Clínica com Seres Humanos e Instituição do Sistema Nacional de Ética em Pesquisa Clínica com Seres Humanos."

CONVIDADOS                                               
Representante da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde

WILLIAM DIB, Diretor-Presidente da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
JORGE ALVES DE ALMEIDA VENÂNCIO, Coordenador da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP)
DIRCEU BARTOLOMEU GRECO, Presidente da Sociedade Brasileira de Bioética
JADERSON SOCRETES LIMA, Representante da Aliança Pesquisa Clínica Brasil
ANTOINE SOUHEIL DAHER, Presidente da Casa Hunter
ANTÔNIO BRITO, Presidente do Conselho Consultivo da Interfarma
PEDRO VILLARD, Coordenador do Grupo de Trabalho de Propriedade Intelectual/Rede Brasileira pela Integração dos Povos (REBRIP)


O PAPEL DO GOVERNO E DA INICIATIVA PRIVADA NAS PESQUISAS DE INOVAÇÃO é PAUTA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA DIA 5, PLENÁRIO 13 ÀS 10h


COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA
PAUTA DE REUNIÃO ORDINÁRIA
AUDIÊNCIA PÚBLICA DIA 05/12/2018
LOCAL:  Plenário 13, Anexo II da Câmara dos Deputados     HORÁRIO: 10h
TEMA: "O papel do governo e da iniciativa privada nas pesquisas de inovação" (Requerimento nº 317/18, dos Deputados Odorico Monteiro e Celso Pansera, subscrito pelos Deputados Sandro Alex e Luiza Erundina)UTA DE REUNIÃO ORDINÁRIA EM 5/12/2018   - C O N F I R M A D A
PALESTRANTES:

GILBERTO KASSAB, Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
MARCOS CINTRA, Presidente da Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep)
VÂNIA CRISTINA CANUTO SANTOS, Diretora da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) | Ministério da Saúde
MÁRIO NETO BORGES, Presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
ABÍLIO BAETA NEVES, Presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)
ROBSON BRAGA DE ANDRADE, Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
FRANCILENE GARCIA, Presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti) 


PORTARIA GM-MS No. 3992-2017, QUE ALTEROU O FINANCIAMENTO DOS RECURSOS FEDERAIS - CSSF DA CÂMARA DEBATERÁ OS IMPACTOS NAS POLÍTICAS DE AIDS


COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA
PAUTA DE REUNIÃO ORDINÁRIA - AUDIÊNCIA PÚBLICA

DIA 04/12/2018            LOCAL: Anexo II, Plenário 07 HORÁRIO: 10h

TEMA: "Debater os Impactos da Portaria n° 3.992/2017, EM ANEXO, nas Políticas de AIDS"

Convidados:

REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE.
REPRESENTANTE DO CONSELHO DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE (CONASS).
REPRESENTANTE DO CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE (CONASEMS).
REPRESENTANTE DA ARTICULAÇÃO NACIONAL DE LUTA CONTRA A AIDS (ANAIDS).
REPRESENTANTE DA RENA NACIONAL DE PESSOAS VIVENDO COM HIV E AIDS.
REPRESENTANTE DA RENA NACIONAL DE ADOLESCENTES E JOVENS VIVENDO COM HIV / AIDS.
REPRESENTANTE DO MOVIMENTO NACIONAL DAS CIDADÃS POSITIVAS (MNCP).


INOVAÇÃO EM MEDICAMENTOS A PARTIR DE PLATAFORMA VEGETAL É PAUTA DE ENCONTRO PROMOVIDO POR BIO-MANGUINHOS/FIOCRUZ


Evento reunirá grupos de pesquisa e empresas que atuam em plataformas vegetais, no Brasil e no exterior, para debater as principais tendências e desafios nesse segmento, e promover oportunidades de parceria e possibilidades de investimento local

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (BioManguinhos/Fiocruz), organiza de 2 a 4 de dezembro o II Encontro sobre Tendências Tecnológicas em Plataformas Vegetais, em Fortaleza e Eusébio (CE). O evento servirá ao debate de tendências nas tecnologias baseadas em plataformas vegetais e potenciais produtos em desenvolvimento atualmente ou com potencial a serem desenvolvidos utilizando essa abordagem, além da visão das agências reguladoras nacionais e internacionais sobre o tema.

Os palestrantes, brasileiros e internacionais, são oriundos tanto da academia quanto da indústria, órgãos públicos e de instituições que atuam na área de pesquisa, desenvolvimento e inovação na indústria biofarmacêutica com tecnologias baseadas em plataformas vegetais.

A abertura do Encontro ocorrerá em Fortaleza, quando serão debatidos temas como o Polo Tecnológico e Industrial da Saúde do Ceará; a Unidade regional da Fiocruz CE e o Centro Tecnológico de Plataformas Vegetais no campus da Fiocruz no Ceará, cujo palestrante será o diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma.

A primeira apresentação científica ocorre no mesmo dia, com o pesquisador da St. George’s University of London, do Reino Unido, Julian Ma. O especialista abordará o tema “Vacinas, biofármacos e diagnósticos baseados em plataforma vegetal para a saúde global”.

Nos dois dias seguintes, o evento ocorrerá no auditório do Campus da Fiocruz em Eusébio e contará com outros especialistas internacionais, como Jennifer Ann Harikrishna e Rofina Yasmin Othman, ambos da University of Malaya (Malásia); Inga Hitzeroth, da University of Capetown (África do Sul); Karen McDonald, da University of California (EUA) e Andreas Schaaf, da Greenovation Biotech GmbH (Alemanha).

Também são destaques da programação o painel Desafios tecnológicos da produção e desenvolvimento em plataforma vegetal, que terá moderação do vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico de Bio-Manguinhos, Sotiris Missailidis; e a palestra Aspectos regulatórios no desenvolvimento de biológicos recombinantes em plataformas vegetais no Brasil, conduzida pela vice-diretora de Qualidade do Instituto, Rosane Cuber.

Serviço
Abertura
Local: Hotel Luzeiros (Av. Beira Mar, 2600 – Meireles, Fortaleza)
Data/Horário: 2 de dezembro, domingo. Coquetel de boas-vindas a partir de 16h
Programação científica
Local: Auditório da Fiocruz-CE (Rua São José, s/n – Precabura, Eusébio)
Data/Horário: 3 de dezembro – das 8h30 às 18h | 4 de dezembro – das 9h30 às 15h20
Inscrições: veja aqui


UNAIDS LANÇA SITE ‘DEU POSITIVO, E AGORA?’ COM INFORMAÇÕES ESSENCIAIS PARA JOVENS RECÉM-DIAGNOSTICADOS COM HIV


O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) lança hoje a plataforma online Deu Positivo, e Agora? (deupositivoeagora.org): um site que reúne informações sobre HIV em linguagem atualizada, clara, acessível, com foco em jovens que acabaram de receber diagnóstico positivo para o HIV, o vírus da imunodeficiência humana.
A iniciativa conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Comunicação (UNESCO).

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) lança hoje (1) a plataforma online Deu Positivo, e Agora? (deupositivoeagora.org): um site que reúne informações sobre HIV em linguagem atualizada, clara, acessível, com foco em jovens que acabaram de receber diagnóstico positivo para o HIV, o vírus da imunodeficiência humana. A iniciativa conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Comunicação (UNESCO).

O objetivo é mostrar que o tratamento, quando iniciado precocemente e seguido de forma adequada garante melhor qualidade de vida à pessoa. Estudos científicos já comprovaram que a adesão ao tratamento antirretroviral leva as pessoas vivendo com HIV à redução da carga viral no organismo, alcançando um nível chamado de “indetectável”. Com a carga viral indetectável, o HIV deixa de ser transmitido a outras pessoas—conhecido pela expressão “indetectável = intransmissível”—, o que coloca o tratamento antirretroviral como um dos diversos métodos da Prevenção Combinada.

“A gente percebeu que as pessoas, quando recebem o disgnóstico positivo para o HIV, geralmente correm para a internet para buscar informação. Só que percebemos também que, na internet, há muita desinformação”, explica Georgiana Braga-Orillard, Diretora do UNAIDS no Brasil. “A ideia do projeto é suprir essa necessidade de informação sobre HIV. Que as pessoas possam chegar e encontrar, em um só lugar, informações que sejam de qualidade, acolhedoras e de uma forma que seja também leve.”

Além de incentivar a adesão ao tratamento antirretroviral, os materiais reunidos no site têm o objetivo de mostrar que é possível viver com HIV e ser saudável, ter relacionamentos, ter filhos, exercer seus direitos, entre tantos outros pontos. É também mostrar que o diagnóstico positivo para HIV pode ser um novo começo de vida, com uma nova mentalidade, novas conquistas e aprendizados.

O número de casos de AIDS entre jovens de 15 a 24 anos tem crescido nos últimos dez anos: as taxa de detecção de casos de AIDS entre jovens do sexo masculino nesta faixa etária mais que dobraram em uma década: 3 para 7 casos por 100 mil habitantes (15 a 19 anos) e de 15,6 para 36,2 casos por 100 mil habitantes (20 a 24 anos)—os dados são do Boletim Epidemiológico de HIV 2018, divulgado pelo Ministério da Saúde. Entre mulheres, as taxas têm mostrado uma tendência de queda em quase todas as faixas etárias.

O Brasil hoje tem uma das maiores coberturas de tratamento antirretroviral (TARV) entre os países de renda média e baixa. Apesar disso, a adesão ao tratamento disponível gratuitamente pelo SUS ainda é um desafio. Das pessoas estimadas vivendo com HIV no país, 84% já fizeram o teste de HIV; destas, 75% estão em tratamento para o HIV; e, dentro deste grupo de pessoas em tratamento, cerca de 92% apresentam carga viral indetectável.
Mesmo com toda a estrutura e medicamentos disponíveis, há um número importante de quase 200 mil de pessoas diagnosticadas com HIV e que, por diversos motivos, não se encontram em tratamento. Os jovens vivendo com HIV estão entre os que apresentam os menores níveis de adesão ao tratamento antirretroviral. A plataforma Deu Positivo, e Agora? surge como uma resposta a deste desafio e busca engajar os jovens oferecendo informações corretas sobre HIV, em linguagem acessível e  livre de estigma e discriminação.

Além de 12 vídeos com informações essenciais sobre HIV (tratamento, relacionamentos sorodiferentes, filhos, prevenção, direitos, entre outros), o site conta com materiais adicionais como gráficos, resumos dos vídeos, histórias de vida e referências para outros sites oficiais. Participam do projeto influenciadores digitais e pessoas que vivem ou convivem com HIV engajadas como ativistas na área de prevenção e sensibilização sobre a epidemia no Brasil.

Entendendo a relação do jovem com o HIV
Esta mesma geração que tem sido mais fortemente afetada pela epidemia é também aquela que hoje busca e recebe informações de forma mais frequente na internet. Uma pesquisa realizada pelo grupo Credit Suisse com jovens brasileiros de 16 a 25 anos (Credit Suisse Youth Barometer, 2014) apontou que, para 93% deles, a internet é muito importante, e que, além disso, 63% deles passam mais de duas horas por dia online.

Outro dado relevante é o fato de que, cada vez mais, as pessoas têm acessado a internet para buscar informações sobre a saúde. Uma pesquisa feita pela seguradora de saúde Bupa, em 2011, a Bupa Health Pulse, constatou que 86% dos brasileiros com acesso à Internet utilizam a rede para buscar orientações sobre saúde, remédios e condições médicas.  A pesquisa mostra, que destes 86%, 68% buscam, online, informações sobre medicamentos, 45% buscam informações sobre hospitais e 41% buscam conhecer, na Internet, experiências de outros pacientes com determinado problema de saúde. Contudo, um dado preocupante é que  somente um quarto das pessoas verifica as fontes das informações.

UNICEF



80 ADOLESCENTES PODERÃO MORRER DIARIAMENTE DE AIDS NO MUNDO ATÉ 2030, SEGUNDO A UNICEF


Às vésperas do Dia Mundial contra a AIDS, 1º de dezembro, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) aponta que 3 milhões de pessoas com 19 anos de idade ou menos estão infectadas com o HIV no mundo.

Mais da metade das crianças que morrerão de AIDS não chegarão aos cinco anos de idade, revela a pesquisa.
Jovens em Moçambique organizam programa de TV para falar sobre gravidez na adolescência, sexualidade e prevenção do HIV. Foto: UNICEF

Até 2030, cerca de 80 adolescentes vão morrer todos os dias de AIDS se não acelerarmos o progresso na prevenção da transmissão, disse na quinta-feira (29) a chefe do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Henrietta Fore. Às vésperas do Dia Mundial contra a AIDS, 1º de dezembro, a agência da ONU divulgou um novo relatório sobre a epidemia de HIV entre os jovens.

De acordo com o levantamento, 3 milhões de pessoas com 19 anos ou menos estão infectadas com o HIV em todo o mundo. Mais da metade das crianças que morrerão de AIDS não chegarão aos cinco anos de idade, revela a pesquisa.

“O relatório deixa claro, sem uma sombra de dúvida, que o mundo está fora do caminho no que diz respeito a acabar com a AIDS entre crianças e adolescentes até 2030”, disse Fore. O fim da AIDS é uma meta ambiciosa, concebida pela coalizão de agências da ONU para pôr fim à epidemia. Essa aliança se consolidou no Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).

Segundo a publicação “Crianças, HIV e AIDS: O Mundo em 2030”, as tendências atuais indicam que mortes relacionadas à AIDS e novas infecções estão em redução, mas a trajetória descendente não está acontecendo rápido o suficiente.

Esforços para prevenção e tratamento da infecção, destacou Fore, ainda estão fora do desejado, especialmente no que diz respeito à transmissão do HIV de mães para bebês. “Programas para tratar o vírus e impedir que se propague entre crianças mais velhas não estão nem perto de onde deveriam estar”, acrescentou a dirigente.

O número de infecções de mães para filhos caiu em torno de 40% nos últimos oito anos, mas meninas ainda representam dois terços de todas as novas infecções por HIV entre adolescentes e taxas de infecção entre crianças mais velhas são as de redução mais lenta, de acordo com o UNICEF.

O relatório cita uma meta global para garantir que o número de crianças infectadas com o HIV não ultrapasse 1,4 milhão até 2030. O valor projetado a partir dos atuais esforços de saúde pública é de 1,9 milhão, bem acima do previsto. Dois milhões de novas infecções podem ser evitados até 2030, se compromissos internacionais forem cumpridos, estima o fundo da ONU.

O UNICEF aponta que muitos adolescentes e crianças infectados não têm conhecimento do seu estado sorológico e, mesmo se testados como HIV-positivos, raramente aderem aos tratamentos corretos.

A visão da agência para uma geração livre da AIDS implica fortalecer os métodos de testagem centrados nas famílias, para ajudar a identificar crianças com HIV que ainda não foram diagnosticadas. O organismo internacional também defende o uso de plataformas digitais para aumentar a conscientização a respeito da transmissão e prevenção do vírus.

“Não podemos vencer a luta contra o HIV se não acelerarmos progresso para prevenir a transmissão para a próxima geração”, completou Fore.

UNICEF


sábado, 1 de dezembro de 2018

PROJETO QUE REDUZ TEMPO DE PATENTE DE MEDICAMENTOS COMEÇA A TRAMITAR


Começou a tramitar no Senado um projeto que limita em 20 anos a propriedade das patentes de medicamentos. O PLS 437/2018, do senador José Serra (PSDB-SP), elimina esse prazo para adaptar a legislação brasileira ao Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (Trips, na sigla em inglês), da Organização Mundial do Comércio (OMC), do qual o Brasil é signatário.

O Trips — assinado pelo Brasil, Estados Unidos, União Européia, Japão e outras nações em 1994 —, prevê que o direito de propriedade sobre uma criação intelectual, uma patente, se extingue passados 20 anos do registro. Assim explica o senador José Serra, na justificativa do projeto:
— Está previsto no acordo a possibilidade de os países retirarem de suas legislações as proteções ampliadas que prejudicam a concorrência e colocam em risco o acesso aos medicamentos.

O projeto foi distribuído para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Caso seja aprovado na CCJ sem recurso, poderá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados.

Proposições legislativas:  PLS 437/2018

Carlos Penna Brescianini - artisteer/iStockphoto, Agência Senado 


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