Destaques

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Ministra da Agricultura apresenta programas prioritários da pasta

 Michel Jesus/Câmara dos Deputados

A nova ministra da Agricultura, Tereza Cristina, será ouvida na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária

Saiba mais
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Teresa Cristina Corrêa da Costa Dias, comparece à Comissão de Agricultura e Reforma Agraria (CRA) na quarta-feira (27) para apresentar os programas prioritários de sua pasta para os próximos anos. A reunião tem início às 11h na sala 7 da ala Alexandre Costa.

Autora do requerimento para a realização da audiência pública, a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), que preside a CRA, argumenta que o comparecimento da ministra será importante para divulgar as atividades do ministério e identificar oportunidades de aprimoramentos na legislação relativa ao agronegócio.

Teresa Cristina vem defendendo a adoção de procedimentos de fiscalização e auditoria mais modernos no setor produtivo para garantir segurança e qualidade para o consumidor. No entender da ministra, as empresas devem assumir mais responsabilidades como forma de garantir a qualidade de seus produtos. Segundo ela, a abertura do diálogo para mudanças na fiscalização e controle é uma evolução que segue a tendência mundial de modernização e simplificação em vários setores.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Agenda do Ministro de Estado, Luiz Henrique Mandetta


09h – Sessão solene em comemoração ao Dia Mundial das Doenças Raras
Local: Plenário Ulysses Guimarães, na Câmara dos Deputados, Brasília/DF

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

RAIMUNDO GOMES DE MATOS - PSDB-CE NOMEADO SECRETÁRIO NACIONAL DE INCLUSÃO SOCIAL E PRODUTIVIDADE URBANA


O ex-deputado Raimundo Gomes de Matos(PSDB) foi nomeado o Secretário Nacional de Inclusão Social e Produtividade Urbana. O órgão é vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Social, do Ministério da Cidadania.

A Secretaria chefiada pelo cearense vai reunir ações também da Secretaria Nacional de Economia Solidária, funções que antes eram atribuídas aos antigos ministérios do Desenvolvimento Social (MDS) e do Trabalho (MTE).

Cearenses no governo, são eles:
Raimundo Gomes de Matos (Secretário Nacional de Inclusão Social e Produtividade Urbana);
General Guilherme Theophilo (Secretário Nacional de Segurança Pública vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública); 
Mayra Pinheiro (Secretária da Gestão do Trabalho e da Educação da Saúde vinculada ao Ministério da Saúde); 
Mansueto Almeida (Secretário do Tesouro Nacional, vinculado ao Ministério da Economia); 
Tarcísio Gomes de Freitas (Ministro da Infraestrutura); 
Waldery Rodrigues Júnior (Secretário da Fazenda, vinculado ao Ministério da Economia), e,
José Roberto Carlos Cavalcante (Secretário Nacional de Inclusão Social e Produtiva Rural vinculado ao Ministério da Cidadania).

Por Neliane Macedo


CFF SEDIA REUNIÃO DAS PROFISSÕES DA SAÚDE


Ensino a Distância, moratória dos cursos de graduação em saúde e carreira de estado para os profissionais do SUS estiveram em pauta na manhã de hoje, dia 21 de fevereiro, em reunião do Fórum dos Conselhos Profissionais da Área da Saúde (FCFAS), realizada na sede do Conselho Federal de Farmácia (CFF).

A titular da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), do Ministério da Saúde, a médica Mayra Pinheiro, trouxe boas notícias aos representantes dos conselhos de 11 profissões da área representadas no encontro (Nutrição, Odontologia, Técnicos em Radiologia, Biomedicina, Psicologia, Medicina, Medicina Veterinária, Enfermagem, Terapia Ocupacional e Educação Física). 

Mayra Pinheiro reiterou que o governo pactua da preocupação das entidades e agradeceu a colaboração do CFF no fornecimento de subsídios e na articulação para o enfrentamento do problema do EaD e da abertura indiscriminada de cursos presenciais de graduação em saúde. Ela reafirmou a posição do atual governo em defesa da qualidade do ensino nessa etapa da formação profissional e anunciou que, após o feriado do carnaval, o Ministério da Saúde estará reunido com o Ministério da Educação para discutir estratégias conjuntas nesse sentido.

A secretária reiterou a intenção do governo de reformular o programa Mais Médicos, transformando-o em um programa multiprofissional, que garanta o cuidado integral à saúde da população de localidades com acesso limitado à rede pública. Segundo já declarou Mayra Pinheiro, os farmacêuticos estarão entre os profissionais estratégicos para o novo programa, Saúde Brasil, que passará pela implantação de plano de carreira na saúde, acessível por meio de concurso público.

A decisão do CFF, de não registrar egressos com diplomas de EaD foi elogiada por representantes de outras profissões. O presidente do CFF, assinalou que tem consciência dos riscos de judicialização, mas disse que a iniciativa é uma atitude drástica e corajosa para alertar o Judiciário e a sociedade sobre essa grave ameaça à saúde pública, que é o ensino de graduação em saúde EaD. Ele cobrou um posicionamento firme de todos os conselhos frente ao avanço do EaD, demonstrado mais uma vez pela presidente da Comissão Assessora de Educação Farmacêutica (CAEF), do CFF, Zilamar Costa Fernandes. Já são 913 mil vagas autorizadas em 11 profissões da saúde e um crescimento de 232,5% em dois anos. Em algumas profissões, como a Biomedicina o aumento ultrapassa 6.000% e na Farmácia já existem polos EaD até fora do país.

O representante do Conselho Federal de Medicina (CFM) Alceu Pimentel, disse que o posicionamento da entidade é convergente com o das demais profissões da saúde, apesar de a Medicina ser uma das poucas profissões que não tem EAD, junto com a Psicologia e a Odontologia. “A posição do CFM é contrária ao EaD na graduação em saúde”, assinalou.

A coordenadora do FCFAS, Ivone Martini de Oliveira, avaliou o encontro como muito positivo e está confiante nas estratégias definidas pelos integrantes do fórum, que envolvem ações junto à Casa Civil e ao Ministério da Educação. “Creio que avançamos mais alguns passos rumo ao nosso intento, que é o ensino de qualidade. Agradeço ao presidente do CFF, Walter Jorge João, por, mais uma vez, abrir as portas da sede da entidade ao fórum e pelo apoio que tem prestado às causas das profissões da saúde e em defesa do bem estar da população.”

Fonte: Comunicação do CFF


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

AGU COBRA R$ 2 BI EM MAIS DE 600 AÇÕES DE IMPROBIDADE


Grupo de procuradores federais criado em 2016 aumentou em 55% número de processos protocolados pela instituição; entre os alvos estão fraudes previdenciárias, como dublês em perícias médicas e ameaça a servidores do INSS, e uso irregular de recursos públicos na merenda e no transporte escolar.

A Advocacia-Geral da União cobra R$ R$ 2 bilhões em 623 ações de improbidade administrativa ajuizadas nos últimos 3 anos. O número é superior aos 400 processos ajuizados de 2002 até 2015. O aumento de 55% tem como explicação a criação da Equipe de Trabalho Remoto de Ações de Improbidade Administrativa (ETR-Probidade), da Procuradoria-Geral Federal (PGF), em 2016.

"Os dados revelavam não só que havia falta de uniformidade no trato da defesa da probidade administrativa, mas também evidenciavam a urgente necessidade de alterar esta realidade visando a defender a implementação de políticas públicas caras e essenciais à sociedade brasileira", afirma o procurador federal Alessander Jannuci, da ETR-Probidade nesta entrevista.

Procuradora-regional Federal da 3ª Região Lara Aued e o procurador federal Alessander Jannuci.

Os alvos das ações são principalmente fraudes previdenciárias. O grupo de 7 procuradores já identificou uso de dublês para perícias médicas, captação de pessoas com o uso de documentos falsos para concessão de benefícios e ameaça de servidores do INSS para obter benefícios previdenciários com a inserção de dados falsos nos sistemas da instituição.

A investigação os procuradores ainda pegou uso irregular de recursos públicos na merenda e no transporte escolar, abandono de cargo, cumulação ilícita de cargos públicos, assédio sexual, assédio moral e problemas em contratos administrativos.

LEIA A ÍNTEGRA DA ENTREVISTA COM

ESTADÃO: Qual é o alvo da Equipe de Trabalho Remoto de Ações de Improbidade Administrativa?
ALESSANDER JANNUCI: Desde a criação do ETR-Probidade, em 2016, até agora já foram ajuizadas 623 ações de improbidade administrativa, totalizando valores buscados superiores a R$ 2 bilhões (mais precisamente R$ 2.019.345.892,94), incluindo-se na contagem o dano ao Erário provocado e as multas civis pretendidas. Já existem 142 liminares judicialmente deferidas autorizando o bloqueio de mais de R$ 483 milhões -- em uma só delas, por exemplo, foi deferido o bloqueio de mais de R$ 30 milhões. Atualmente, os principais alvos das ações são fraudes previdenciárias, irregular utilização de recursos da merenda e transporte escolar, omissão na prestação de contas, fraude na concessão de bolsas de estudo e de pesquisa no âmbito de Universidade e Institutos de Educação Federais, ações envolvendo faltas funcionais e desvios de recursos públicos em geral. Atualmente o INSS e o FNDE possuem o maior número quantitativo de ações porque possuem órgãos de controle e corregedorias atuantes e por conseguirem, exemplarmente, estabelecerem bom fluxo de informações com a Procuradoria-Geral Federal. Quanto ao número de fraudes no INSS, tal se deve tanto à capilaridade da atuação da autarquia, presente em todo o território nacional, bem como ao empenho de seus órgãos de controle. Ser hoje a autarquia com o maior número de fraudes identificadas não significa, ao fim e ao cabo, que seja a que detém, na realidade, o maior número delas. A Funasa, por exemplo, também possui capilaridade em todo o território nacional com seus programas de saneamento e distribuição de água, e nem por isso a Procuradoria-Geral Federal recebe constante fluxo de expediente desta estirpe daquela entidade, o que não significa que fraudes não ocorram naquele âmbito, tratando-se apenas de fluxo de informações ainda deficiente.

ESTADÃO: Em 2016, a Procuradoria editou uma portaria que constituiu uma equipe de trabalho especializada na defesa da probidade administrativa. Como funcionava este trabalho antes desta portaria?
ALESSANDER JANNUCI: Antes da edição da Portaria PGF n. 156, de 8 de março de 2016, a defesa da probidade administrativa era realizada pelos Núcleos de Acompanhamento Prioritário (NAP), instalados nas Procuradorias Regionais Federais e nas Procuradorias Federais nos Estados. Nestes NAP’s o mesmo procurador que realizava as atividades de contencioso das ações de improbidade administrativa, regressivas previdenciárias, execuções fiscais decorrentes de Acórdãos do TCU, ações decorrentes de Tomada de Contas Especiais (TCE) e ações de cobrança de créditos superiores a R$ 1 milhão também tinha a incumbência de analisar os casos suscetíveis de ajuizamento dessas mesmas ações. Aquela realidade dificultava sobremaneira o ajuizamento de novas ações de improbidade, uma vez que se priorizava o atendimento dos prazos exíguos e recorrentes das ações já judicializadas. Só para se ter uma ideia, desde a criação da Procuradoria-Geral Federal, em 2002, até o ano de 2015, haviam sido ajuizadas apenas 400 ações de improbidade, sendo 309 entre os anos de 2010 e 2015, por apenas 10 das 135 unidades da Procuradoria-Geral Federal. Aludidos dados revelavam não só que havia falta de uniformidade no trato da defesa da probidade administrativa, mas também evidenciavam a urgente necessidade de alterar esta realidade visando a defender a implementação de políticas públicas caras e essenciais à sociedade brasileira.

ESTADÃO: Quais as atribuições do ETR-Probidade?
ALESSANDER JANNUCI: Com a edição da Portaria PGF n. 156, de 8 de março de 2016 foi criada a Equipe de Trabalho Remoto de Ações de Improbidade Administrativa (ETR-PROBIDADE) no âmbito da Procuradoria-Geral Federal. Para tanto instaurou-se processo seletivo com critérios objetivos, todos relacionados à especificidade da matéria (números de ações de improbidade administrativa ajuizadas pelo candidato, por exemplo), aberto a todos integrantes da carreira de Procurador Federal interessados em se inscrever. A equipe iniciou seus trabalhos com apenas 2 procuradores e atualmente conta com 7. Trata-se de equipe nacional, em caráter de dedicação exclusiva, responsável pela análise dos casos suscetíveis de ajuizamento de ações de improbidade relacionados a qualquer das 159 autarquias e fundações públicas federais representadas pela PGF, distribuídas nos 27 Estados da Federação. Dentre as autarquias e fundações públicas federais em pauta, no âmbito das atribuições desempenhadas pelo ETR-Probidade, destacam-se INSS, FNDE, FUNASA, Universidades e Institutos Técnicos Federais, Agências Reguladoras e de Infraestrutura.

ESTADÃO: Que casos mais chamaram a atenção?
ALESSANDER JANNUCI: Como exemplos de ações protocoladas pelo grupo, podem ser destacadas as ajuizadas concomitantemente à deflagração de operações realizadas pela Polícia Federal, relativas a fraudes previdenciárias, onde, além da imediata indisponibilidade dos bens dos envolvidos, busca-se descapitalizar organizações criminosas para evitar a perpetuação das fraudes, permitindo a rápida recomposição do Erário diante dos prejuízos sofridos. Mas a isto não se resume o trabalho do ETR-Probidade, sendo importante destacar ações de improbidade ajuizadas no âmbito do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), PNATE (Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar), ambos relacionados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE); ações de improbidade relacionadas à concessão irregular de bolsas de estudo e pesquisa nos mais diversos Institutos e Universidades Federais; omissões em prestações de contas; ações de improbidade relativas a Sistemas de Saneamento Básico e Distribuição de Água, relacionados à Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), dentre outras. Chama a atenção que, diante da multiplicidade de autarquias e fundações públicas federais representadas, os temas são muito variados e demandam especialização contínua dos integrantes da equipe, sob pena de não conseguirem avaliar corretamente os dados que lhe são apresentados. Para não ficar apenas em questões genéricas, destaco oportunidade em que, havendo dois contratos distintos com um mesmo município, um envolvendo Sistema de Distribuição de Água e outro Sistema de Saneamento Básico, ambos teoricamente cumpridos, identificou-se ato de improbidade porque os dois sistemas foram construídos um exatamente ao lado do outro, com materiais inferiores aos esperados, a uma profundidade de meros 4 centímetros em um piso de terra batida, com trânsito frequente de veículos, o que provocava a quebra dos materiais utilizados e constante contaminação de água potável por esgoto, gerando consideráveis gastos à saúde local diante dos constantes quadros de infecção intestinal e diarreia registrados na comunidade. Este o grau de especialização exigido dos integrantes do ETR-Probidade. Fato é que, após o ajuizamento da ação de improbidade, o município retificou os dois sistemas, adequando-os às normas técnicas.

ESTADÃO: Este grupo de trabalho tem trabalhado em parceria direta com a Polícia Federal? Como funciona esta cooperação? Vocês acompanham a investigação criminal da PF para propor as ações de improbidade?
ALESSANDER JANNUCI: O ETR-Probidade tem desenvolvido projeto piloto junto à Superintendência da Polícia Federal em São Paulo no combate a fraudes previdenciárias. Muito embora a Procuradoria-Geral Federal não esteja ainda incluída formalmente no âmbito da Força-Tarefa Previdenciária, contatos realizados diretamente com o Dr. Marcelo Ivo, Delegado Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, bem como principalmente com o dr. Rafael Fernandes Souza Dantas, Delegado da Polícia Federal de Combate a Crimes Previdenciários, permitiram a atuação do ETR-Probidade desde a fase das investigações policiais, mediante representação ao Poder Judiciário solicitando o compartilhamento das provas. Deste modo, no dia da deflagração da operação policial, a Procuradoria-Geral Federal, por meio do ETR-Probidade, ajuíza simultaneamente ação cautelar de indisponibilidade de bens dos envolvidos e pleiteia o afastamento dos agentes públicos de seus cargos, visando a cessar as fraudes, descapitalizar a organização criminosa, resguardar o rápido ressarcimento ao Erário em virtude dos prejuízos causados pelas fraudes estruturadas e também diminuir a interferência destes agentes públicos na colheita de elementos de prova. Após a deflagração da operação policial, a equipe do ETR-Probidade passa a acompanhar todos os novos elementos amealhados a partir das declarações prestadas, documentos e objetos apreendidos, perícias realizadas para, ao final, requerer a conversão daquela ação cautelar antecedente em ação de improbidade administrativa, incluindo, muitas vezes, outros envolvidos somente descobertos após a deflagração da operação e a partir dos novos elementos apurados. Em pouco mais de um ano, já foram cinco operações policiais deflagradas em conjunto com o ETR-Probidade: Pseudea, Púnico, Recidiva, Custo-Previdenciário e Barbour.

ESTADÃO: As ações de improbidade têm como alvo apenas servidores públicos federais?
ALESSANDER JANNUCI: A Lei de Improbidade Administrativa exige, para a configuração do ato ímprobo, a participação de agentes públicos, não necessariamente servidores públicos federais. Basta que o agente público tenha recebido valores ou causado prejuízo a autarquias e fundações públicas federais para que, praticado o ato ilícito e presentes os demais requisitos legais, esteja a Procuradoria-Geral Federal /ETR-Probidade autorizada a promover a respectiva responsabilização pela Lei de Improbidade Administrativa. Vale dizer que todos os particulares que, de qualquer modo, tiverem concorrido ou induzido à prática do ato, bem como dele se beneficiado, direta ou indiretamente, também devem compor, juntamente com o agente público, o polo passivo da ação. Já por agente público a própria Lei de Improbidade Administrativa estabelece conceito bastante amplo, correspondendo a todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido. Já houve caso, por exemplo, de auxiliar de enfermagem servidora pública estadual que desviava e falsificava prontuários médicos de hospitais públicos para fins de concessão fraudulenta de benefícios previdenciários por incapacidade. Apesar de não ser servidora pública federal, está sendo responsabilizada em ação de improbidade administrativa ajuizada pela Procuradoria-Geral Federal, em virtude de danos causados ao INSS.

ESTADÃO: Qual a importância de integrar a força-tarefa previdenciária?
ALESSANDER JANNUCI: Lamentavelmente a Procuradoria-Geral Federal /ETR-Probidade não faz parte, ainda, da força-tarefa Previdenciária. Desde a criação, em 2016, tem-se lutado por sua inclusão formal, o que fora até certo momento prometido pelo Governo anterior. No entanto, curiosamente no dia 31 de dezembro de 2018, sem qualquer consulta à Procuradoria-Geral Federal /ETR-Probidade, renovou-se formalmente a força-tarefa olvidando, mais uma vez, a inclusão da Procuradoria-Geral Federal /ETR-Probidade. Não se mostra justificável esta ausência e o atual Advogado-Geral da União já está ciente desta situação e envidando todos os esforços para reverter este quadro. De toda a forma, será muito importante a integração na força-tarefa Previdenciária, facilitando o fluxo de informações entre os entes responsáveis pela investigação e aqueles voltados à punição dos envolvidos, permitindo-se o rápido bloqueio patrimonial, célere recomposição do Erário mediante alienação antecipada de bens e consequente descapitalização das organizações criminosas voltadas a esta nefasta prática. Sem a adoção de medidas desta natureza, como a inclusão formal da Procuradoria-Geral Federal /ETR-Probidade na força-tarefa Previdenciária, mudam-se apenas as peças de um jogo, mas o tabuleiro permanece lá, permitindo que outros participantes assumam aquelas mesmas posições e sustentem a continuidade do nefasto jogo da corrupção e da fraude.

Julia Affonso


ADVOGADO-GERAL DEFENDE MODERNIZAÇÃO E DESBUROCRATIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS


O advogado-geral da União, André Mendonça, afirmou que os “próximos quatro anos serão de defesa da modernização e da desburocratização das licitações e contratos”. A declaração foi dada na manhã desta quarta-feira (7), na cerimônia de abertura do I Seminário sobre Licitações, Contratos Administrativos e Governança no Âmbito da Administração Pública Federal.

Para Mendonça, os agentes públicos que lidam diariamente com contratos e licitações são verdadeiros “heróis”, já que são muitas as dificuldades que envolvem esses processos. “São várias as ramificações de burocracia que os senhores estão envolvidos. Se o modelo da Lei 8.666 [Lei das Licitações] fosse o melhor não teríamos tantos preços inadequados, ineficientes e nem tantas fraudes como temos hoje”, explicou.

Organizado pela Escola da AGU, o seminário tem o objetivo de capacitar gestores que lidam diariamente com as contratações e licitações na Administração Pública, a partir do aprofundamento de conhecimentos e aperfeiçoamento de práticas.  Cerca de 200 gestores públicos, funcionários e membros da AGU acompanharão os encontros. “Esse curso nasceu com um viés de trazer mais integridade e eficiência ao trabalho de vocês. É para trazer segurança jurídica”, afirmou o advogado-geral.  “A AGU espera de vocês um trabalho ético, íntegro e eficiente”.

A abertura do ciclo de palestras também contou com a participação do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner de Campos Rosário; e do diretor da Escola da AGU, Danilo Barbosa de Sant'Anna. O primeiro dia também contou com palestras do advogado da União Ronny Charles, que falou sobre os pontos polêmicos nas licitações; e Franklin Brasil, da Controladoria-Geral da União, que abordou as fraudes em licitações e contratos.

Simplicidade e eficiência

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner de Campos Rosário, também destacou a importância da modernização dos procedimentos. “Durante anos, pensamos que endurecer regras era a maneira de trazer integridade. Passamos a criar regras e as fraudes não deixaram de acontecer. A partir do momento que simplificamos os processos, eles se tornam mais eficientes”, ponderou.

“O seminário tem o objetivo de mostrar algumas experiências e ferramentas para que o gestor possa trabalhar com tranquilidade”, explicou o diretor da Escola AGU, Danilo Barbosa de Sant'Anna. “A legislação é muito complexa na área de contratações e isso gera muitas vezes insegurança dos gestores que trabalham com contratações. Então sempre se tem receio sobre os órgãos de controle; se a contratação está sendo feita de forma correta. A gente precisa trabalhar esse ambiente com mais segurança”, completou.

As palestras continuarão em fevereiro. Nos encontros, ainda serão abordados temas como os desafios da regulamentação licitatória e as licitações de serviços terceirizados, entre outros.

Tchérena Guimarães, Foto: Daniel Estevão/AscomAGU


Produtos para a saúde terão peticionamento eletrônico


O novo sistema, que entrará no ar no dia 26/2, permitirá que documentos sejam peticionados e protocolizados por meio digital.

Graças a mais uma evolução no Sistema de Peticionamento Eletrônico da Anvisa, os documentos submetidos à análise da Gerência Geral de Tecnologia de Produtos para Saúde (GGTPS) serão peticionados e protocolizados eletronicamente. A novidade estará disponível a partir da próxima terça-feira (26/2).

O novo sistema dispensa o encaminhamento de documentos físicos à GGTPS pelas empresas. Dessa forma, serão agilizados os procedimentos, com redução significativa de custos administrativos e logísticos, tanto para as empresas como para a própria Agência.

Histórico
A Anvisa inaugurou, em 21 de janeiro deste ano, no Sistema de Peticionamento Eletrônico, o Cumprimento Eletrônico de Exigência para a GGTPS. Isso possibilitou às empresas encaminharem, eletronicamente, os documentos necessários ao atendimento das notificações de exigência recebidas em decorrência das análises das petições.

Procedimento on-line
Para enviar os documentos, o usuário deve efetuar o login no Sistema de Peticionamento Eletrônico e clicar na opção “Cumprimento eletrônico de exigência”. Feito isso, será informado o número do expediente da notificação de exigência, para que o usuário seja direcionado à tela de carregamento de arquivos. Atendidos os passos necessários, o cumprimento de exigência será protocolado automaticamente e disponibilizado para análise da GGTPS.

Acesse aqui a Orientação para peticionamento eletrônico com protocolo on-line de produtos para a saúde e veja como o procedimento é simples e rápido.

Atenção
A partir do dia 26/2, os códigos de assunto de petições secundárias, como alterações, revalidações, aditamentos, cancelamentos e retificações, entre outros, também estarão disponíveis para peticionamento e protocolo eletrônicos.

Antes da implementação do sistema, ou seja, antes do dia 26/2, não será possível realizar protocolos on-line.

 Por: Ascom/Anvisa

SAÚDE FAZ LEVANTAMENTO INÉDITO PARA ACOMPANHAR GRAVIDEZ ENTRE ESCOLARES


O Ministério da Saúde contará com mais uma ferramenta para direcionar e acompanhar ações de saúde para o cuidado e a prevenção da gravidez em adolescentes. A pasta realiza até o dia 15 de abril, um questionário sobre a quantidade de casos de gravidez nas jovens, com idades entre 10 e 19 anos, que estudam em escolas públicas e privadas de todo o país. O levantamento está disponível juntamente com o EducaCenso 2019, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

“Nosso objetivo é identificar esses casos, para que ambos os sistemas, saúde e educação, possam realizar ações de prevenção da gravidez na adolescência e qualificar o cuidado a essas gestantes, tanto no que se refere à oferta da educação durante toda a gestação e pós-parto, quanto no que tange às equipes de saúde, para que eles possam atender com pré-natal, possam orientá-las e apoiá-las em todas as etapas”, destacou a coordenadora do programa Saúde na Escola, no Ministério da Saúde, Michele Lessa.

O questionário pode ser respondido por gestores escolares, como diretor (a), vice-diretor (a), coordenador (a) ou pessoa designada para tal fim. As perguntas giram em torno do número de gestantes que engravidaram em 2018, das que já estavam com o diagnóstico gestacional e se houve interrupção da gravidez durante todo o ano passado. Com isso, será possível identificar quais escolas possuem maior prevalência e onde demanda maior atuação dos Ministérios da Saúde e Educação. Além disso, a expectativa é de que essa ação possa reduzir as vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes na trajetória escolar.

A proposta do levantamento ocorre no âmbito do Programa Saúde na Escola (PSE), que já possui ações que visam contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de medidas de promoção, prevenção e atenção à saúde. Atualmente, o programa atende um universo de 20 milhões de estudantes de 85.706 escolas com apoio de mais de 36 mil equipes da Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (SUS). O investimento anual do Governo Federal no último ciclo do PSE foi de R$ 89 milhões.

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
No Brasil, embora dados apontem tendência de queda, a taxa de gravidez na adolescência (58,7/1000) está acima da média das Américas (48,6/1000). Dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) apontam que entre os anos de 2000 a 2016, o número de casos de gravidez na adolescência (10 a 19 anos) teve queda de 33% no Brasil, saindo de 750.537 nascimentos e indo para 501.385 nascimentos. Em 2017 e 2018, dados preliminares do Sinasc, informaram que nasceram, 480.211 crianças filhas de mães entre 10 e 19 anos em 2017 e 394.717 em 2018.  

A queda no número de adolescentes grávidas está relacionada a vários fatores, como a expansão do programa Saúde da Família, que aproxima os adolescentes dos profissionais de saúde, mais acesso a métodos contraceptivos e ao programa Saúde na Escola que oferece informação de educação em saúde.

Por Victor Maciel, da Agência Saúde


Aprovado do Manual de Uso da marca do Governo Federal


PORTARIA Nº 2, DE 22 DE FEVEREIRO DE 2019
Dispõe sobre a aprovação do Manual de Uso da marca do Governo Federal.
O SECRETÁRIO ESPECIAL DA SECRETARIA ESPECIAL DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA SECRETARIA DE GOVERNO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 22 do Decreto nº 9.669, de 2 de janeiro de 2019, resolve:
Art. 1º Aprovar o Manual de Uso da Marca do Governo Federal, a ser observado na identificação das ações de comunicação do Governo Federal de que trata o art. 23 da Instrução Normativa-SECOM nº 2, de 20 de abril de 2018.
Parágrafo único. O Manual de que trata o caput deste artigo decorre da criação da logomarca "Pátria Amada Brasil", que identificará as ações de publicidade, patrocínios e as obras do Poder Executivo federal.
Art. 2º A peça e o material publicitário produzidos com a marca anterior poderão continuar a ser divulgados até o término da campanha, ação ou material, em atenção ao princípio da economicidade, a ser ponderado pelo órgão ou entidade responsável.
Art. 3º O Manual de Uso da Marca do Governo Federal estará disponível no endereço http://www.secom.gov.br/acesso-a-informacao/manuais.
Art. 4º Fica revogada a Portaria nº 85, de 15 de junho de 2016 e a Portaria nº 14, de 30 de janeiro de 2012.
Art. 5º Esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
FLORIANO BARBOSA DE AMORIM NETO
Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada (pdf).


ALVIMAR BOTEGA, NOMEADO NOVO COORDENADOR GERAL DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E MEDICAMENTOS ESTRATÉGICOS DO DAF DA SCTIE


PORTARIA Nº 273, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2019 
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da competência que lhe foi delegada pelo art. 3º, do Decreto nº 8.821, de 26 de julho de 2016, 
resolve: Nomear 
ALVIMAR BOTEGA para exercer o cargo de Coordenador-Geral de Assistência Farmacêutica e Medicamentos Estratégicos, código DAS-101.4, nº 35.0017, do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. 
LUIZ HENRIQUE MANDETTA


CLARISSA HABCKOST DUTRA DE BARROS É A NOVA COORDENADORA DE VIGILÂNCIA DAS IST, AIDS E HEPATITES DA SVS


PORTARIA N° 268, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2019

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da competência que lhe foi
delegada pelo art. 3º, do Decreto nº 8.821, de 26 de julho de 2016,

resolve: Nomear

CLARISSA HABCKOST DUTRA DE BARROS, para exercer o cargo de Coordenadora
de Vigilância das IST, AIDS e Hepatites Virais, código DAS-101.3, n°
38.0048, da Coordenação-Geral de Vigilância e Prevenção de IST, AIDS e
Hepatites Virais, do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle
das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/AIDS e das Hepatites
Virais, da Secretaria de Vigilância em Saúde.

LUIZ HENRIQUE MANDETTA

BIOMANGUINHOS CONTRATA BIONOVIS PARA REALIZAR O ENCARTUCHAMENTO DE BETAINTERFERONA


Ministério da Saúde/Fundação Oswaldo Cruz/Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos
EXTRATO DE CONTRATO Nº 61/2019 - UASG 254445
Nº Processo: 25386100072201962. INEXIGIBILIDADE Nº 17/2019. Contratante: FUNDACAO OSWALDO CRUZ -.CNPJ Contratado: 12320079000117. Contratado : BIONOVIS S.A. - COMPANHIA -BRASILEIRA DE BIOTECNOLOGIA F. Objeto: Serviço de Embalagem (emcartuchamento) do produto Betainterferona nas apresentações de 22 mcg e 44 mcg. Fundamento Legal: Artigo nº 25 Caput da Lei nº 8.666/93. Vigência: 19/02/2019 a 19/02/2020. Valor Total: R$1.050.544,44. Fonte: 6153000000 - 2019NE800601. Data de Assinatura: 19/02/2019.
(SICON - 22/02/2019) 254445-25201-2019NE802697


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