Dados do novo Boletim
Epidemiológico foram apresentados nesta quinta-feira (3/12), em Brasília,
durante coletiva de imprensa
O número de recuperados da
Covid-19 no Brasil vem crescendo a cada semana, atingindo 88,5% do total de
casos já confirmados. De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde,
Arnaldo Medeiros, o dado reflete o esforço do Sistema Único de Saúde (SUS) no
enfrentamento à pandemia. “A cada semana agradecemos os profissionais de saúde,
desde aquele que fica na recepção até o que trabalha nos leitos de UTI salvando
vidas”, disse.
Dados do novo Boletim
Epidemiológico sobre a Covid-19, apresentado nesta quinta-feira (3/12), mostram
ainda que o país registrou aumento de 17% no número de novos casos da doença
entre os dias 22 e 28/11. O aumento pode ser explicado devido as instabilidades
enfrentadas nos sistemas do Ministério da Saúde nas últimas semanas, o que pode
ter causado represamento das notificações feitas pelos estados e municípios. A
pasta segue acompanhando os dados epidemiológicos em todas as regiões do país.
A publicação apresentou ainda
a dinâmica de redução, estabilização e incremento do registro de casos e óbitos
novos de Covid-19 no país. Com relação à notificação de novos casos, destaca-se
a redução em 3 estados, estabilização em 3 e aumento em 20 estados e no
Distrito Federal. Os estados que apresentaram redução foram Paraíba, Roraima e
São Paulo. Já o estado de Goiás, Acre e Espírito Santo apresentaram
estabilização no número de novos casos da doença. Os estados que apresentaram
aumento de novos casos foram Amazonas, Pará, Santa Catarina, Rio Grande de Sul,
Maranhão, Piauí, Minas Gerais, Ceará, Tocantins, Mato Grosso, Rondônia, Bahia,
Pernambuco, Paraná, Alagoas, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Amapá,
Sergipe, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.
Em relação aos óbitos novos
registrados entre os dias 22 e 28/11, os estados de São Paulo e do Rio de
Janeiro apresentaram os maiores números. Quando comparado com a semana
anterior, de 15 a 21/11, nove estados brasileiros apresentaram redução no
número de mortes pela doença, são eles: Roraima, Goiás, Tocantins, Rio de
Janeiro, Piauí, Alagoas, Pará, Bahia e Pernambuco.
VIGILÂNCIA LABORATORIAL
Desde o início da pandemia, em
março de 2020, o diagnóstico laboratorial se destacou como uma ferramenta
essencial para confirmar os casos e, principalmente, para orientar estratégias
de atenção à saúde, isolamento e biossegurança para profissionais de saúde. De
acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, o Ministério
da Saúde está realizando todas as ações necessárias para garantir a
continuidade das testagens nos estados.
Até 28 de novembro, foram
distribuídos mais de 9,5 milhões de testes RT-qPCR para todos o país. Já foram
realizados 23,6 milhões de exames para Covid-19, entre PCR e sorológicos. A
média diária de exames realizados passou de 1.148 em março para 39.748 em
novembro.
VACINAÇÃO CONTRA COVID-19
O secretário de Vigilância em
Saúde, Arnaldo Medeiros, falou ainda sobre o papel do Programa Nacional de
Imunizações (PNI) na campanha de vacinação contra a Covid-19. Segundo ele, o
Brasil, por meio do PNI, conta com grande expertise na realização de campanhas
de vacinação. “Nosso país é formado por 27 Unidades Federadas, mais de 5 mil
municípios e mais de 210 milhões de brasileiros. Para a campanha de vacinação
contaremos com o PNI, que tem grande experiência em imunizar nossa população
por décadas”, disse.
Tal conhecimento, inclusive de
logística, será utilizado na vacinação contra a Covid-19 - que seguirá os
trâmites do que já é praticado nas campanhas de vacinação do Sistema Único de
Saúde (SUS). Por meio do PNI, todos os anos, mais de 300 milhões de doses de
imunobiológicos são distribuídas aos estados brasileiros.
Na ocasião, o secretário
destacou alguns pontos da vacina desejada: “que traga proteção contra a doença,
tenha eficácia, tenha segurança, que seja capaz de fazer indução de memória
imunológica”. E completou que o objetivo fundamental da vacinação é redução a
morbidade e mortalidade pela Covid-19, assim como a redução da transmissão da
doença. Além disso, apresentou os critérios para definição dos grupos
prioritários.
ESTRUTURAÇÃO DA REDE DE SAÚDE
O Governo Federal vem
fortalecendo a estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS) desde o início da
pandemia, dando apoio irrestrito aos estados e municípios para o combate à
pandemia, com aquisição e entrega de ventiladores pulmonares, equipamentos de
proteção individual (EPI), medicamentos, além da habilitação e prorrogação de
leitos de UTI.
Até hoje, foram habilitados
16.248 leitos de UTI para o tratamento exclusivo de paciente com Covid-19,
desses 244 são UTI pediátrica. Além disso, foram prorrogadas as habilitações de
13.314 leitos de UTI. O valor total investido pelo Governo Federal é de R$ 2,9
bilhões, para que estados e municípios façam o custeio dessas unidades pelos
próximos 90 dias, ou 30 dias para unidades intensivas prorrogadas.
Além disso, a pasta também tem
auxiliado os gestores locais de saúde na aquisição e entrega de ventiladores
pulmonares, equipamentos de proteção individual (EPI), medicamentos e recursos
para o combate à pandemia. O Ministério da Saúde já destinou aos 26 estados e o
Distrito Federal R$ 178,33 bilhões. Desse total, R$ 134,16 bilhões foram para
serviços de rotina do SUS, e os outros R$ 44,17 bilhões para o enfrentamento da
Covid-19.
A rede pública de saúde teve
sua estrutura de assistência intensiva ampliada com a entrega, até o momento,
de 12.177 novos ventiladores pulmonares adquiridos pelo Ministério da Saúde,
para o tratamento de pacientes graves infectados com o coronavírus em todos os
estados e no Distrito Federal. Com a compra, o SUS conta agora com 58.840
ventiladores pulmonares distribuídos em todas as regiões do país.
SUPORTE VENTILATÓRIO
A pasta também habilitou,
desde o início da pandemia, 1.604 leitos de suporte ventilatório voltados para
o atendimento exclusivo aos pacientes confirmados ou com suspeita de Covid-19, com
investimentos de cerca de R$ 23 milhões por parte do Governo Federal. Os leitos
são habilitados temporariamente por 30 dias, mas podem ser prorrogados em
decorrência da situação epidemiológica do coronavírus no Brasil.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL
O Ministério da Saúde já
distribuiu 306,8 milhões de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para
garantir a proteção dos profissionais de saúde que atuam na linha frente do
enfretamento à Covid-19 no Brasil. São máscaras, aventais, óculos e protetores
faciais, toucas, sapatilhas, luvas e álcool. A medida é mais uma ação do
Governo Federal para reforçar a segurança do atendimento na rede de saúde
pública dos estados e municípios brasileiros.
A compra de EPI é de
responsabilidade dos estados e municípios. No entanto, devido à escassez
mundial desses materiais, neste cenário de emergência em saúde pública, o
Ministério da Saúde utilizou o seu poder de compra para fazer as aquisições em
apoio irrestrito aos gestores locais do SUS e, assim, fortalecer a rede pública
de saúde no enfrentamento da doença em todos os estados.
TRANSPARÊNCIA
A transparência e o uso da
tecnologia em prol da saúde pública são marcas da gestão do ministro da Saúde,
Eduardo Pazuello. Por meio da plataforma Localiza SUS, a população pode
acompanhar a quantidade de EPI, medicamentos, ventiladores pulmonares
distribuídos a cada estado. O painel on-line também o número de leitos
habilitados em todo país, testes entregues e insumos disponibilizados,
informando o cidadão sobre tudo o que foi comprado, doado e distribuído para o
enfrentamento da pandemia de Covid-19.
Luiza Barufi e Bruno Cassiano
Ministério da Saúde
(61) 3315-3435