Destaques

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Projeto da biodiversidade terá novo texto para o PL 7735/14 - regras de acesso ao patrimônio genético brasileiro

O deputado Alceu Moreira (PMDB-RS) informou há pouco que deverá se reunir hoje, às 18 horas, com o ministro da Agricultura, Neri Geller, para discutir um novo texto para o Projeto de Lei 7735/14, que estabelece regras de acesso ao patrimônio genético brasileiro. Moreira foi indicado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, para ser relator da proposta.

O projeto regula a pesquisa científica e a exploração comercial da biodiversidade de plantas, animais e também do conhecimento acumulado por povos indígenas e tradicionais.
Alceu Moreira vai acolher um texto substitutivo elaborado pelo próprio governo. Esse substitutivo inclui no projeto, por exemplo, emendas da bancada do agronegócio com regras sobre pesquisas ligadas à produção de alimentos e à agropecuária. “Esse [novo] texto engloba todo o patrimônio genético brasileiro, abrange a área de agricultura e inclui as variedades exóticas que já foram internalizadas”, disse.

“Esse substitutivo é resultado do acumulado de um longo debate com diversos setores da sociedade e do governo”, afirmou o deputado. Segundo Moreira, em reunião realizada nesta tarde, representantes da área jurídica do Ministério da Agricultura pediram mais tempo para analisar o novo texto.

Uma das divergências apontadas pelo ministério, segundo Moreira, está relacionada aos processos de arbitragem. “O Ministério da Agricultura quer participar das arbitragens juntamente com o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético”, declarou.

Agilidade nas pesquisas

O objetivo da proposta é atualizar a legislação para facilitar o início de pesquisas científicas com recursos da biodiversidade brasileira. Pelo projeto, por exemplo, pesquisadores brasileiros precisarão apenas de um cadastro declaratório para ter acesso ao patrimônio genético do País, incluindo o conhecimento acumulado por povos indígenas e comunidades tradicionais.


Atualmente, é necessária autorização prévia do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (Cgen) para o início das pesquisas.

Íntegra da proposta:
·       PL-7735/2014
Reportagem – Murilo Souza
Edição – Pierre Triboli


'Agência Câmara Notícias'

Lucro da MSD recua 20,4% no terceiro trimestre

Com queda nas vendas e perda de patentes, a farmacêutica MSD (conhecida nos EUA e Canadá como Merck & Co.) registou lucro líquido de 895 milhões de dólares no terceiro trimestre deste ano, pelo padrão contábil US GAAP, avança o Valor OnLine, citado pelo G1, o site noticioso da rede Globo.

O montante representou uma queda de 20,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Já o lucro ajustado da companhia de Julho a Setembro foi de 2,73 mil milhões de dólares em 2013 para 2,62 mil milhões de dólares neste ano, uma queda de 4%.

As vendas da companhia passaram de 11,03 mil milhões de dólares de Julho a Setembro de 2013 para 10,56 mil milhões de dólares neste ano - queda de 4,3%. 

O desempenho da empresa sofreu impacto da expiração de patentes de medicamentos e queda na venda de produtos para tratamento de hepatite C. 

As vendas do Singulair®, medicamento usado no tratamento de asma, recuaram 20%, para 218 milhões de dólares, por causa da perda do mercado exclusivo. O medicamento Nasonex®, utilizado por pacientes que sofrem de rinite alérgica, também registou queda expressiva nas vendas, de 12%, para 261 milhões de dólares. 

Fonte: Valor OnLine/G1

Desafios do Brasil: financiamento para área da saúde precisa ser ampliado

Especialistas falam sobre prioridades na saúde, como a modernização do Sistema Único de Saúde

Uma das principais cobranças dos brasileiros para os próximos quatro anos inevitavelmente será sobre a questão da saúde. No começo do ano, uma pesquisa Datafolha contratada pela Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) revelou que 45% dos brasileiros identificam a saúde como principal problema do país. O próprio ministro da Saúde Arthur Chioro, que assumiu o cargo em fevereiro deste ano, elencou na época de sua posse uma série de desafios fundamentais para o setor, que vão desde investir e consolidar a atenção básica à saúde até a necessidade de qualificar as relações interfederativas e a modernização do Sistema Único de Saúde (SUS), passando pela questão fundamental do financiamento da saúde.

Chioro  levantou questões que precisam ser vistas como prioritárias. Para ele, é necessário pensar uma nova agenda para a Saúde Pública. Chioro acredita que, devido aos avanços no combate de doenças infectocontagiosas e transmissíveis, é preciso avaliar quais são os novos problemas de saúde do brasileiro. Para o ministro, dificuldades como a obesidade infantil, o alcoolismo, o tabagismo e a violência no trânsito devem passar a ocupar posições de destaque entre as prioridades que devem ser trabalhadas na saúde brasileira.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Eder Gatti, o principal desafiopara o novo presidente é questão do financiamento da saúde que, de acordo com ele, precisará ser ampliado – e esse aumento se deve em parte às mudanças no perfil da população brasileira. “Passamos por um momento em que a população está envelhecendo e isso acarreta um aumento em doenças mais complexas e caras. Vai ter que aumentar o financiamento. Além disso, o pacto federativo deve ser revisto, o Governo Federal deve trazer para ele uma maior responsabilidade na administração da saúde, talvez criando planos de carreiras para profissionais em municípios pequenos, para sanar as desigualdades”, aponta.

Sobre a modernização do SUS, Chioro afirmou no principio do ano que esse seria o ponto mais importante a ser debatido na questão da saúde. O ministro considera que a reforma do sistema é algo que já deveria estar sendo trabalhado desde a década de 1980 em relação à gestão dos serviços de saúde. Para Chioro, a reforma é algo necessário e decisivo para que a saúde no Brasil avance e é preciso que haja universalidade nos sistemas de gestão públicos.

Apesar dos problemas, o presidente do Simesp faz questão de ressaltar que a saúde no Brasil vem melhorando inegavelmente nos últimos 20 anos. “Os indicadores melhoraram, houve um aumento da expectativa de vida, houve queda na taxa de mortalidade infantil, além de mudanças no perfil epidemiológico. Hoje é menor o número de pessoas que morrem de doenças infecciosas, ao passo que aumentou a incidência de doenças crônicas. Essa melhora na saúde acontece muito em parte por conta a maior oferta de serviços de saúde e melhora do padrão de consumo”, conta.

Apesar das melhoras no campo da saúde desde que ela passou a ser tratada como um direito do cidadão, Gatti diz que ainda existem fortes deficiências na área. “São três grandes problemas que acabam resultando em todos os outros. O primeiro é a falta de financiamento, você tem uma escassez de recursos para tocar os serviços de saúde. O segundo problema é o modelo de gestão onde a saúde é muito fragmentada, administrada pelas três esferas de governo. O terceiro problema é a escassez de recursos humanos que o Brasil sofre”, enumera.

O presidente do Simesp explica que o Brasil atualmente possui dois médicos para cada mil habitantes. Gatti explica que para alguns esse número é considerado suficiente, mas é pequeno quando é feita uma comparação com outros países que trabalham no objetivo de construir uma política universal e pública de saúde. “Para o que o Brasil se propõe, é um número que pode melhorar. E associado a isso você tem a concentração desses profissionais nos grandes centros urbanos, onde encontram melhores estruturas e melhores salários. Essa concentração é fruto de uma deficiência dos sistemas de saúde”, avalia.

Outras necessidades que Eder Gatti aponta são em questões de como se organiza os investimentos na rede de saúde. Para ele, é necessário que haja um fortalecimento nas Redes de Atenção à Saúde (RAS). “Só isso já dá conta de resolver mais de 70% das demandas da população. O governo vai precisar fortalecer ainda mais a função básica, dando um suporte muito grande aos municípios. A saúde é um direito do cidadão, ou seja, a garantia disso por si só já é um desafio para o Estado”, pontua.

O ministro da Saúde Arthur Chioro afirmou ainda que é fundamental que seja compreendida a importância que o programa Saúde da Família possui dentro do sistema de saúde. De acordo com o ministro, uma quantidade relevante de pessoas que estão nas emergências dos hospitais deveriam ser tratadas em seus próprios bairros e receber acompanhamento de forma integral. Para isso, Chioro afirmou que é necessário que haja investimento das três esferas de governo nas 27 mil unidades básicas de saúde, para que o país possa apresentar, já a curto prazo, um quadro descentralizado de atenção básica à saúde de qualidade.

Taxa de longevidade mais alta no país
No Brasil, somos mais de 202 milhões e, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), a expectativa de vida do brasileiro é de 73,9 anos. A marca representa um aumento de 17,9% nos últimos 20 anos. Sobre as mudanças na saúde em relação aos idosos, Chioro diz não ser mais possível postergar esse debate. Para o ministro da Saúde, novos médicos irão precisar de uma formação que englobe o cuidado ao idoso, avaliando que não serão formados tantos geriatras quanto serão demandados, e os médicos precisarão estar preparados para esse novo perfil populacional.

Sobre o envelhecimento da população, o patologista Ricardo Artigiani, diretor da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), aponta para outra face do problema: a possibilidade de uma futura falta de patologistas, os médicos que trabalham em laboratórios, hospitais ou universidades, especializados no diagnóstico. “O Brasil vai ser o sexto país em idosos em dez anos, estamos envelhecendo rápido e com qualidade de vida. O paciente de 70 anos hoje tem uma vida saudável e produtiva. Porém, o envelhecimento está associado ao aparecimento de diversas doenças, principalmente do câncer. Quem vai definir o tratamento do câncer é o patologista e nós temos cada vez um número maior de biópsias e cada vez menor de novos patologistas”, aponta.

Além desse déficit em determinadas áreas da medicina por falta de estímulos em determinadas áreas da medicina, Artigiani aponta para a presença de problemas estruturais que acabam influenciando no campo dos diagnósticos. “No caso do câncer, temos tratamentos que aumentam a sobrevida dos pacientes, mas para que o paciente possa fazer esse tratamento são necessários exames patológicos apurados. Patologia depende de equipamento atualizado e é isso que está faltando. É preciso ter linhas de crédito ou o fornecimento desses equipamentos para hospitais públicos”, acredita o patologista.

Investimentos em tratamento e pesquisas sobre câncer
Para o hematologista Angelo Maiolino, diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), a dificuldade de acesso a medicamentos para tratamentos de câncer, e para outras doenças, é um problema que também precisa ser resolvido. “Para o tratamento do câncer, existe uma gama bastante expressiva de medicamentos desenvolvidos nos últimos anos, mais modernos que quimioterápicos, como os anticorpos monoclonais e os imunomoduladores. Na medida em que esses medicamentos vão sendo introduzidos no cenário internacional, a ideia é que a incorporação no Brasil fosse feita mais rapidamente. O problema é que no Brasil, o processo de registros de medicamentos leva muito tempo”, aponta.

No campo do câncer, inclusive, o oncologista pediátrico Marcelo Rizzatti, gestor médico do Grupo em Defesa da Criança com Câncer (Grendacc), diz que um dos principais avanços contra o câncer infantil nos últimos anos foi a promoção da importância do diagnóstico precoce no meio pediátrico geral. Porém, ele grifa que o câncer em crianças também possui algumas demandas específicas. “As principais urgências na oncologia pediátrica são aquelas nas quais a doença expõe o paciente a risco iminente de morte. Seja no diagnóstico, em tumores de sistema nervoso central ou leucemias com risco de sangramentos, ou ao longo da terapia, em infecções decorrentes da terapia que deixa o paciente mais susceptível”, explica.

Maiolino aponta ainda que muitas vezes existem graves discordâncias entre o que é aprovado dentro do Brasil é o que é aprovado no exterior. O hematologista diz também que o atraso na incorporação e a garantia de acesso de medicamentos são problemas sérios no país. “Existe um medicamento para mieloma que já é aprovado em 80 países e não é aprovado no Brasil, é meio incompreensível. Além disso, existe um segundo problema, que é fazer com que um medicamento consiga atingir toda a população que tem a doença. Isso acaba não acontecendo porque para incorporar no SUS, é preciso passar pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec). Muitas vezes o medicamento é disponibilizado na rede privada e não é pelo SUS. Isso causa um grande prejuízo para o tratamento das doenças”, explica.

O que é necessário, de acordo com Maiolino é que a burocratização do sistema diminua e que seja apresentada uma lógica mais clara tanto de incorporação quanto de acesso a esses medicamentos pelos pacientes. Não só na questão dos medicamentos, mas também da pesquisa. “O processo regulatório, que envolve a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), são muito burocratizados. Basta uma rasura em uma folha, uma incompreensão em uma vírgula nessas pesquisas para todo o processo atrasar dois, três meses. O processo do Conep é necessário, mas também é necessário agilizar. A solução seria trabalhar por meta para aprovar pesquisas e colocar gente suficiente para analisar os processos e, assim, não perder tempo”, afirma.

Jornal do Brasil Rafael Gonzaga - Do programa de estágio do JB

Cid Gomes cotado para ministro de Dilma

O governador do Ceará, Cid Gomes deve assumir em 2015 o Ministério da Educação, embora nos últimos dias tenham sido especuladas as pastas da Integração Nacional e Saúde para Cid.
Informações publicadas no Portal 247 davam conta de que Cid Gomes é um dos nomes mais cotados na bolsa de apostas de Brasília para se tornar ministro da Saúde no novo governo Dilma. O Blog “Gerson Camarotti” (G1), publicou na manhã de hoje que entre os aliados, o governador do Ceará, é cotado para  um cargo de destaque no primeiro escalão. “Ele pode ocupar o Ministério da Integração Nacional, para concluir a transposição do São Francisco, ou mesmo o Ministério da Educação.
A expectativa para um cargo em Brasília já havia sido lançada em 2013, quando o então ministro da Saúde, Alexandre Padilha se preparava para deixar o cargo e disputar o governo de São Paulo. Há informações que Cid não teria aceitado o convite por não abrir mão do governo do Ceará.

Líderes vão discutir nesta quarta-feira projeto sobre pesquisa na biodiversidade

Líderes partidários, ambientalistas e representantes do agronegócio se reúnem nesta quarta-feira (29), às 13h30, na liderança do governo para tentar um acordo que permita o avanço das negociações sobre o projeto que cria novas regras para pesquisa e exploração do patrimônio genético de plantas e animais e de conhecimentos tradicionais associados (PL7735/14).
O projeto pretende diminuir a burocracia para pesquisas voltadas aos setores farmacêutico, cosmético, entre outros, mas tem a oposição de parlamentares ligados ao agronegócio. Apresentado pela Presidência da República no final de junho, o texto já recebeu mais de 100 emendas, mas ainda não tem relator definido. A proposta tranca a pauta de votações desde 11 de agosto.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, disse esperar que os deputados terminem a reunião com um texto de consenso, que já possa ser votado nesta semana em Plenário.
Já o líder do PT, deputado Vicentinho (SP), admite que o número alto de emendas indica que o tema é controverso. “Como tem muitas emendas, vai requerer muitas discussões, talvez audiência pública, isso tudo vai depender da postura do relator escolhido”, disse.
O líder do governo, deputado Henrique Fontana, disse que a intenção é colocar na mesa de negociação as divergências de cada lado – ambientalistas e deputados ligados ao agronegócio.
Desburocratização
O projeto incentiva as pesquisas com recursos genéticos de plantas e animais brasileiros, que passam a ser feitas por meio de cadastro pela internet, sujeito à fiscalização posterior. Hoje, é necessária autorização prévia, um processo demorado que atrasa o início das pesquisas.
A proposta também simplifica o pagamento de royalties pelo uso dessa biodiversidade e de conhecimentos tradicionais associados. Esses royalties deverão ser pagos pelo fabricante do produto final resultante das pesquisas realizadas.
Agronegócio
O projeto não trata das pesquisas voltadas à agricultura e à produção de alimentos, que continuarão reguladas pela Medida Provisória 2.186-16/01. Mesmo assim, o texto não tem o aval dos deputados ligados à Frente Parlamentar Agropecuária. O presidente da frente, deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), disse que o setor já negociou com o Ministério da Agricultura uma norma sobre as pesquisas para a produção de alimentos e quer garantir que os temas sejam incluídos no projeto.
O temor dos produtores rurais é que eles sejam obrigados a pagar royalties ao exterior pelas sementes de produtos cultivados no Brasil – que não fazem parte da nossa biodiversidade – caso o Brasil ratifique o Protocolo de Nagoya, que entrou em vigor sem a participação do Brasil. A intenção é incluir no texto que as pesquisas para produção de alimentos não serão taxadas.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

'Agência Câmara Notícias'

Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma

Projeto era destinado a criar conselhos populares em órgãos da administração

Marcela Mattos, de Brasília

Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília 
(Zeca Ribeiro/ABr/VEJA)
A Câmara dos Deputados reagiu e, enfim, derrubou nesta terça-feira o decreto bolivariano da presidente Dilma Rousseff, destinado a criar conselhos populares em órgãos da administração pública. A matéria foi assinada no final de maio em uma canetada da presidente e foi alvo decríticas de juristas e parlamentares. O Senado ainda tem de avaliar o projeto de decreto legislativo para que a determinação do Planalto seja suspensa. 

A derrubada da matéria é uma reivindicação antiga da oposição e se deu dois dias após as eleições, indicando a turbulência que Dilma encontrará no Congresso no novo mandato. “Essa derrota é para mostrar que o discurso de conversa com o Congresso não poder ficar só na teoria”, resumiu o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).

Reinaldo Azevedo: Decreto é bolivariano, sim!
Tão logo foi apresentado, no início de julho, o projeto que sustava o texto palaciano teve adesão maciça de partidos de oposição e da base, contando inclusive com o apoio do PMDB, maior aliado do governo. Na Câmara, a matéria ganhou regime de urgência, o que permitiu que fosse direto ao plenário antes de tramitar pelas comissões. O projeto de decreto legislativo que pedia a suspensão da canetada de Dilma foi pautado nesta terça por Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Casa que saiu derrotado na disputa ao governo do Rio Grande do Norte. Alves credita sua derrota à falta de apoio da presidente Dilma e ao fato de que o ex-presidente Lula chegou a participar da propaganda eleitoral do adversário Robinson Faria (PSD), eleito para o governo potiguar. Durante a sessão, o presidente convocou os deputados para que se mantivessem no plenário e garantissem a aprovação do texto. A derrubada do decreto foi aprovada em votação simbólica. 
'Sociedade civil' – O decreto número 8.243/2014 foi criado sob o pretexto de instaurar a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS). Mas, na prática, prevê a implantação de “conselhos populares”, formados por integrantes de movimentos sociais, vinculados a órgãos públicos. A matéria instituiu a participação de “integrantes da sociedade civil” em todos os órgãos da administração pública. Porém, ao trazer uma definição restritiva de sociedade civil, representa um assombroso ataque à democracia representativa e à igualdade dos cidadãos ao privilegiar grupos alinhados ao governo.

O decreto do Palácio do Planalto é explícito ao justificar sua finalidade: “consolidar a participação social como método de governo”. Um dos artigos estabelece, em linhas perigosas, o que é a sociedade civil: “I – sociedade civil – o cidadão, os coletivos, os movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”. Ou seja, segundo o texto assinado por Dilma, os movimentos sociais – historicamente ligados ao PT – são a representação da sociedade no Estado Democrático de Direito.
A votação, que se arrastou por mais de duas horas, foi marcada por debates acalorados. “Numa democracia, quem escolhe o representante é o cidadão, é o povo. Com esse decreto, a presidente quer que essa escolha seja feita pelo próprio PT. Isso é um regime autoritário”, afirmou o líder do PSDB, deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA). “A Casa tem de se pronunciar. Não há espaço para que haja uma omissão do Parlamento brasileiro tendo em vista um quadro tão grave. A presidente Dilma prega dialogar, chama a nação para uma ampla negociação, mas impõe, via decreto presidencial, um modelo de consulta à população que é definido pelo Poder Executivo. É uma forma autocrática, autoritária, passando por cima do Congresso Nacional. Esse é um decreto bolivariano que realmente afronta o Poder Legislativo”, continuou o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE).
O PT tentou evitar a derrota a todo custo. Sabendo que não funcionaria no diálogo, o partido apresentou uma série de requerimentos, entre eles para adiar a sessão e retirar a matéria de pauta, mas todos foram rejeitados. 

Sanofi board votes to remove Christopher Viehbacher as CEO

Sanofi announced Wednesday that the board of directors decided unanimously to "remove" Christopher Viehbacher as CEO, with chairman Serge Weinberg replacing him on an interim basis. The company noted that "as a consequence...Viehbacher resigned as a director." Shares in Sanofi fell as much as 6 percent on the news.
According to Weinberg, the decision was taken as a result of "numerous issues," including Viehbacher's management style, along with "problems of cooperation with the board and execution problems." Weinberg suggested that discussions surrounding Viehbacher's future began in the middle of the summer, adding that there was general dissatisfaction among Sanofi's 15 board members about what the company really needed. "Governance is not just about dealing with difficulties when they are obvious to everyone," Weinberg remarked, noting "it is about anticipating risks in the future."
Commenting on the news, Kepler Cheuvreux analyst Fabian Wenner said "I'm flabbergasted," adding "just firing him without having a replacement only makes things worse. I'd be slightly scared of how things progress from here." Sanford C. Bernstein analyst Tim Anderson noted that "the ups have generally exceeded the downs," under Viehbacher's tenure, whichstarted in 2008. "Our perception is that Viehbacher has had the support of the investment community more often than not," Anderson remarked.
The announcement follows recent speculation surrounding Viehbacher's position, with the company on Monday saying that replacing the CEO was not on the agenda of a meeting to review quarterly results. On Tuesday, Sanofi's shares dropped as much as 9.5 percent after the drugmaker indicated alongside its third-quarter financial results that pricing pressure on its diabetes portfolio is likely to increase in the US into next year, with sales "broadly stable" versus 2014.
Weinberg also highlighted inventory mismanagement in Brazil last year, which led the company to cut its profit forecast, as being behind the decision to remove Viehbacher. In addition, Weinberg cited the fact that the executive hadn't briefed the board in advance of efforts to divest a portfolio of mature products in Europe. Weinberg stressed that the issue had nothing to do with Viehbacher's nationality, or his decision to move to Boston earlier this year.
However, Weinberg conceded that Viehbacher's relocation had made everyday dealings more difficult and had also been "an illustration" of some of the differences that had arisen in recent months. "Overall, we had the feeling that the management style in a company that is big, international and complex needs to be much more inclusive," Weinberg said.
"Going forward, the group needs to pursue its development with a management aligning the teams, harnessing talents and focusing on execution with a close and confident cooperation with the board," Sanofi said. The drugmaker added "the board confirms its commitment to continuing the strategy and the international expansion of the group based on research and innovation and its growth platforms." Weinberg would not put a timeframe on appointing a new CEO, but indicated that the position will not be filled by an internal candidate. "We will be looking outside," Weinberg said, adding "we are looking for the best CEO for this company."
Navid Malik of Cenkos Securities noted that "Viehbacher tried hard to change the DNA of the company but the board won in the end. Sanofi will become more parochial now." Meanwhile, Anderson suggested that Sanofi could look to make further acquisitions in the wake of Viehbacher's departure. "Generally speaking, in the pharmaceutical sector, larger M&A deals tend to happen when companies are in difficult straights and this is where Sanofi seems to be at the moment," Anderson said.

(Ref: Financial Times, The Wall Street Journal, Fidelity, ABC News, The Guardian, Bloomberg, Sanofi)
October 29th, 2014  By: Matthew Dennis

País é questionado na OMC sobre alta de subsídios para a indústria farmacêutica

Por Assis Moreira | De Genebra
Washington Costa/MdicFelipe Hees, chefe da delegação brasileira no Comitê de Subsídios: questões de Canadá, EUA, Austrália e Nova Zelândia

O aumento de 525% na ajuda dada pelo governo brasileiro à industria farmacêutica em quatro anos teria se justificado pelo ritmo acelerado de crescimento do setor. Essa foi a explicação dada ontem pela delegação brasileira na Organização Mundial do Comércio a questões apresentadas por países-membros.
Indagado pelo Canadá sobre a alta de subsídios, de R$ 12 milhões em 2009 para R$ 75 milhões em 2012, o Brasil respondeu que, nos anos recentes, o mercado farmacêutico brasileiro cresceu mais de 10% por ano. Com isso, as companhias do setor têm tentado aumentar investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos como estratégia para reforçar a competitividade, elevando a demanda de fundos do programa BNDES Profarma Inovação.
A delegação brasileira na reunião do Comitê de Subsídios, chefiada pelo conselheiro Felipe Hees, respondeu a questões também dos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia sobre uma serie de programas governamentais. A resposta em geral foi de que nenhum programa introduzido desde 2011 constitui subsídio que poderia ser considerado irregular pelas regras da OMC, ou como forma de discriminação entre produtos estrangeiros e domésticos.
Segundo a delegação brasileira, todos os programas visam aumentar eficiência energética e sustentabilidade da economia como um todo, expandir e modernizar a infraestrutura, proteger o consumidor, apoiar pequenas e medias empresas e reduzir disparidades regionais e sociais.
Os Estados Unidos, que fizeram várias perguntas sobre o Inovar-Auto, Plano Brasil Maior (2011-2014) e Programa de Desenvolvimento Produtivo, não pareceram muito convencidos e sinalizaram que podem voltar com mais questões no mesmo Comitê de Subsídios da OMC.
Sobre o programa de modernização da frota pesqueira, questionada pela Nova Zelândia, a delegação brasileira respondeu que o último desembolso ocorreu em 2010 e que ele está sendo redefinido pelo governo.
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Análise Diária de Mídia - 29 de outubro de 2014

A pauta política associada a repercussões pós-eleitorais continuam impactando diretamente na agenda da indústria nesta quarta-feira (29). Como pano de fundo, jornais exploram conceitos como confiança e credibilidade, posicionando o setor produtivo como um dos agentes que aguardam por definições que poderão impactar a atividade e a tomada de decisões.

Um dos destaques está em O ESTADO DE S. PAULO, que revela: o governo definiu como prioridade para a área econômica até o fim do ano duas medidas de desafogo tributário: a aprovação da unificação e redução das alíquotas do ICMS para operações entre os estados; e a definição do projeto de lei de fusão e simplificação de dois dos principais tributos federais, o PIS e a Cofins.

“Fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, informaram que o anúncio de algumas medidas deve ocorrer antes mesmo da divulgação do novo ministério”, informa o ESTADÃO.

Como ponto de atenção, ESTADÃO expõe que “a indústria deseja desesperadamente” o pacote do governo que prevê a unificação do PIS/Cofins em um único tributo sobre o valor agregado, com alíquotas fixas. “Toda a operação vai gerar créditos tributários. Se o planejamento do governo der certo, entrará plenamente em vigor em 2016.” jornal pontua, contudo, que apesar de a ideia contar com o apoio da indústria, o setor de serviços, que tem uma cadeia produtiva considerada curta, teme que sua operação fique mais cara.

A conjuntura na indústria e dados setoriais reforçam a disposição dos jornais por acompanhar desdobramentos associados à construção civil.

EDITORIAL ECONÔMICO do ESTADÃO relata que a maioria do empresariado do setor consultado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê que a atividade do setor, já em nível preocupantemente baixo, deve piorar nos próximos meses.

Já o VALOR ECONÔMICO divulga que o Índice de Confiança da Construção (ICST), calculado pela FGV, teve forte queda no trimestre terminado em outubro, influenciado por avaliações mais negativas quanto ao presente e por uma deterioração nas expectativas. Texto registra que o indicador teve queda de 14,8% na comparação com o mesmo período de 2013, e que no trimestre encerrado em setembro, foi registrado recuo de 12,3% e, em agosto, de 9,9%.

ANTONIO DELFIM NETTO afirma, em sua coluna na FOLHA DE S. PAULO, que o setor revela sinais de desânimo e fraqueza neste fim de 2014. O ex-ministro avalia que para devolver a competitividade ao setor industrial que lhe permita voltar a suprir a demanda interna e reencontrar a externa, é necessário muito mais do que chamamos de "política industrial".

Outro destaque do dia está na coluna assinada por MÔNICA BERGAMO, na FOLHA. Nota informa que uma comitiva de 105 empresários brasileiros dos setores têxtil, madeireiro, de combustíveis e de máquinas agrícolas inicia hoje visita ao Paraguai. Como ponto de atenção, a coluna registra que essa é a terceira missão liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao país vizinho, “que tem atraído investidores com custos trabalhistas 35% menores que no Brasil e energia 70% mais barata”.

Outro item relevante refere-se à formação da nova equipe de governo continua em alta no noticiário, especialmente sobre um novo nome para o comando do Ministério da Fazenda. Mídia nacional especula sobre os candidatos cotados para assumir a pasta e mostra como o mercado financeiro vem reagindo à tentativa da presidente Dilma Rousseff de escolher um nome que tenha mais afinidade com o setor (leia mais em ECONOMIA).

Segundo O ESTADO DE S. PAULO, Dilma pretende escolher o novo ministro da Fazenda antes da reunião de cúpula do G-20, marcada para os dias 15 e 16 de novembro, na Austrália. Já o CORREIO BRAZILIENSE registra que antes de definir os nomes da equipe econômica, Dilma anunciará as medidas para acalmar os mercados e restabelecer a confiança de que o país poderá retomar um ciclo virtuoso ao longo dos próximos quatro anos.

A escolha da equipe de governo também alvo de analises em colunas dos grandes jornais. Em O GLOBO, MÍRIAM LEITÃO afirma que Dilma Rousseff procura executivos para área econômica que tirem um país de grande potencial da estagnação, inflação alta, piora na contabilidade e baixa confiança. "Os pretendentes ao emprego devem ter capacidade de restaurar a credibilidade na administração, e ao mesmo tempo aceitar interferências frequentes sobre a melhor forma de conduzir o trabalho".

Na FOLHA DE S. PAULO, VINICIUS TORRES FREIRE expõe que a temporada de especulação sobre o titular do Ministério da Fazenda parece mais vaporosa que de costume. "O que mais se ouve parece óbvio e genérico: o ministro da Fazenda virá do setor privado, não é dos empresários próximos do governo, provavelmente será do setor financeiro".

CELSO MING, no ESTADÃO, assinala que, se a confiança for restaurada, ficará mais fácil repassar a conta da crise e liderar o País para a virada e avalia que pouco importa a questão ideológica. "Um ministro da Fazenda pode defender a primazia da política social ou, então, pode entender que é preciso ser mais conservador. Mas, para ser eficaz, em nenhum caso pode abandonar a solidez dos fundamentos da economia. O primeiro mandato do presidente Lula foi assim."

Informações relacionadas ao setor automotivo também aparecem com destaque no noticiário, com enfoque para os benefícios à atividade que podem ser garantidas no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

FOLHA DE S. PAULO informa que a Caixa Econômica Federal e o BancoPan (antigo Panamericano) anunciam juros mais baixos para os financiamentos a pessoas físicas em mais de 8.000 concessionárias do país. Texto avalia que o anuncio visa estimular as vendas de veículos no final deste ano. Na mesma reportagem, FOLHA afirma que o governo já indicou que o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos, reduzido desde 2012, não deve ser recomposto neste ano.

O ESTADO DE S. PAULO relata que, com vendas em queda e cortes na produção, a indústria automobilística vai pedir à presidente Dilma Rousseff que mantenha inalteradas as alíquotas do IPI para automóveis, que está previstas para serem retomadas integralmente em 1º de janeiro, depois de dois anos de redução.

O GLOBO também relata que a indústria automobilística já se mobiliza para cobrar do "novo governo" a prorrogação do benefício de uma alíquota menor do IPI para veículos em 2015. Segundo o texto, o IPI reduzido para o setor automotivo é considerado fundamental pelos empresários para amenizar o quadro de queda nas vendas de veículos no mercado brasileiro.  Texto indica que o presidente da Anfavea, Luiz Moan, já havia indicado que a reeleição da presidente Dilma poderia facilitar as negociações para renovar o benefício.

VALOR ECONÔMICO apresenta as principais expectativas da indústria automobilística para o segundo mandato de Dilma Rousseff. "Embora não haja sinais de que o resultado das eleições do último domingo tenha alterado os planos estratégicos e de investimentos bilionários das montadoras, o setor aguarda os nomes que vão operar a economia no segundo mandato de Dilma".

De volta ao ESTADÃO, reportagem afirma que, além dos impostos elevados e da falta de infraestrutura, o que aflige a indústria automobilística atualmente é um possível racionamento de energia elétrica no próximo ano. Texto relata que em Estados como São Paulo e Rio de Janeiro essa preocupação se estende também para o abastecimento de água.

Também sobre os efeitos da estiagem, O GLOBO informa que os prejuízos da maior seca em São Paulo nos últimos 80 anos já começam a chegar ao caixa das empresas do estado. Texto relata que ao menos 54 municípios paulistas já decretaram racionamento. Ainda assim, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) não consegue estimar de quanto será o prejuízo da crise para o Produto Interno Bruto (PIB) paulista, atualmente em RS 1,2 trilhão.

Completando a pauta do dia, ESTADÃO pontua que o Índice Serasa Experian de inadimplência das empresas subiu 13,4% em setembro ante o mesmo mês do ano passado, registrando a maior alta anual desde outubro de 2012. Em setembro, em relação a agosto, houve queda de 0,5%. No acumulado de janeiro a setembro de 2014 o indicador sobe 7,4% ante igual período de 2013. O panorama seria consequência do fraco desempenho da atividade econômica, que prejudica a geração de caixa das empresas, e a elevação dos custos. VALOR ECONÔMICO também publica reportagem sobre o assunto.


Ganham espaços nos jornais especulações em torno de nomes que devem compor o governo neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. As primeiras páginas também trazem desdobramentos envolvendo decisões que beneficiam condenados do mensalão. As relações do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional complementam a cobertura que, depois das eleições, é a mais variada e abrangente.

Em tom de alerta e sob perspectiva negativa para o governo, mídia registra que a Câmara dos Deputados aprovou ontem a proposta que susta o decreto da presidente Dilma que regulamenta os conselhos populares. Veículos pontuam que a ação, que previa a obstrução das votações na Casa caso a proposta não fosse apreciada, foi liderada pelo PMDB, partidos da base e da oposição.

Abordagens indicam que o movimento foi capitaneado pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Segundo O GLOBO, o peemedebista teria voltado ao Legislativo “com sangue nos olhos”, após perder a eleição para o governo do Rio Grande do Norte, devido ao apoio do PT e do ex-presidente Lula a seu adversário, Robinson Faria (PSD).

Textos expõem, ainda, que a presidente deu um passo atrás sobre a convocação de um plebiscito sobre a reforma política. O movimento presidencial decorre das resistências enfrentadas pelo PMDB sobre o assunto. Assim, Dilma já admite o referendo sobre a reforma. A diferença entre os dois é que o plebiscito consulta a população antes das novas regras serem aprovadas. Já no referendo, a população apenas ratifica ou não as mudanças já aprovadas.

Como ponto de atenção, FOLHA DE S. PAULO publica com exclusividade que o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, externou pela primeira vez, a aliados, que será candidato ao Planalto em 2018 e tentará “interferir mais no governo Dilma Rousseff”.

As informações, segundo a FOLHA, foram confirmadas por diversos interlocutores consultados pelo jornal. A reportagem relata que, internamente, o PT já trata a candidatura de Lula como algo oficial. “O petista terá 73 anos em 2018, e aliados ponderam que uma série de variáveis pode fazer com que mude de opinião mais à frente.” O jornal destaca, ainda, que em entrevista ontem, Dilma disse que “o que o Lula quiser ser, eu apoiarei”.

Em outra frente do noticiário, o mensalão volta à tona com a manifestação da Justiça italiana que decidiu ontem negar extradição e libertar o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. No Brasil, o ex-executivo foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por envolvimento no esquema, mas fugiu para a Itália antes de ser detido e acabou preso em Modena em fevereiro. A justiça brasileira vai recorrer.

No contexto do caso Pizzolato, jornais registram também que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o ex-ministro José Dirceu a cumprir pena em regime domiciliar. O petista foi condenado a 7 anos e 11 meses de prisão no processo do mensalão. A decisão foi do ministro Luís Roberto Barroso.


Ações que visam a retomada da expansão econômica e a reação do mercado financeiro quanto aos rumos da cena política conferem peso especial à agenda do dia. Embora menos analítica, cobertura pontua questões factuais que despertam discussões e elevam o nível técnico da maior parte das abordagens.

Mídia afirma que o mercado “deu um voto de confiança” ao governo e renovou as expectativas em torno das mudanças que possivelmente serão efetuadas pela presidente Dilma. Ontem, informações são de que os mercados reagiram.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subiu 3,62% e retornou ao patamar pré-eleição – um dia antes, ela encerrou o dia em queda de 2,77%. Já o dólar comercial caiu 1,94% frente ao real, afastando-se das máximas desde 2008 e devolvendo boa parte da forte alta de anteontem: a divisa terminou o dia cotada a R$ 2,474.

O movimento positivo, destaca O GLOBO, acompanha a “expectativa de que o governo anuncie nomes mais alinhados com o mercado financeiro para a pasta da Fazenda”.

As especulações sobre um novo nome para liderar a equipe econômica do governo federal repercutem. Com destaque, O GLOBO expõe que a “bolsa de apostas só aumenta” e que dois novos nomes surgem no cenário: o do presidente da Vale, Murilo Ferreira, e do governador da Bahia, Jaques Wagner. Eles se juntam aos nomes do ex-secretário executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, o do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

FOLHA DE S. PAULO observa a influência das discussões em torno do nome do novo ministro para a Fazenda sobre o mercado. A alta da bolsa, um dia depois de experimentar um pregão extremamente negativo, e a queda do dólar após registrar uma de suas maiores altas, são movimentos que estão em análise. Segundo a reportagem, a “mudança de ventos se deve ao rumor de que o filósofo Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, poderia ser convidado para a Fazenda. Uma das poucas pessoas do mercado com quem Dilma manteve contato durante seu governo, Trabuco é nome dos sonhos dos investidores”.

A agenda de infraestrutura também está em alta na pauta do dia. Principal destaque do caderno econômico do ESTADÃO revela que o “governo deve continuar a buscar o setor privado para obras de infraestrutura no segundo mandato de Dilma Rousseff, com novas concessões de aeroportos e rodovias, concretização do programa de ferrovias e portos e um elemento novo: a aposta nas Parcerias Público-Privadas (PPPs)”.

Também com foco no mercado, mídia nacional volta sua atenções para a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) após a reeleição da presidente Dilma Rousseff. A expectativa é que a taxa básica de juros (Selic) seja mantida nos atuais 11% ao ano, segundo economistas.


O GLOBO escreve sobre relações internacionais e opina que “é essencial ao Brasil retomar, em sua plenitude, as relações com os Estados Unidos, abaladas pelos chavistas de Brasília, pelos antiamericanistas do Planalto e, é bom lembrar, pela atitude de Washington de espionar todo mundo, inclusive os celulares de Dilma e assessores, algo que levou a presidente a cancelar, com razão, uma visita de Estado aos EUA”.

Ainda em O GLOBO, texto opinativo centra forças na discussão que começa a ganhar forças sobre ajustes na condução da Economia e registra em tom crítico que a presidente Dilma Rousseff “não pode levar a sério o ministro da Fazenda, Guido Mantega, quando ele diz que a vitória eleitoral reflete o apoio da “população” à condução da economia”.

CORREIO BRAZILIENSE escreve que “reconhecer a perda de credibilidade da atual equipe econômica e anunciar a escalação do novo time é um dos sinais inadiáveis, dependendo, é claro, do perfil dos indicados”. No contexto das especulações sobre a montagem da nova equipe que formará o governo Dilma, jornal do DF afirma que afirma que é urgente refazer o pacto com a austeridade fiscal.

VALOR ECONÔMICO analisa o recente relatório recente da Confederação Nacional do Transporte (CNT) sobre o estado ruim de conservação das rodovias: segundo a entidade, desde 2013 aumentou em 15,6% o número de pontos críticos nas rodovias, com pontes caídas, buracos e trechos desmoronados. Texto ressalta que os investimentos efetivamente realizados nas estradas federais caíram 21,7% no último ano.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Vital Brazil promove 2ª edição da Feira Científica Literária

Vital Brazil promove 2ª edição da Feira Científica Literária
A programação conta com 20 apresentações de trabalhos de novos talentos

Depois do sucesso da primeira edição, o Instituto Vital Brazil promove, no próximo dia 30 de outubro, a 2ª edição da Feira Científica Literária do Projeto Jovem Cientista. A feira vai apresentar o trabalho desenvolvido com alunos do ensino médio durante o projeto, que busca a inclusão de estudantes em pesquisas científicas e desenvolvimento tecnológico. O evento é gratuito e será realizado na quadra do Colégio Estadual Guilherme Briggs.

O objetivo do encontro é proporcionar o acesso da população de Niterói ao conhecimento científico e tecnológico produzido por estudantes do ensino médio e seus orientadores, além de promover o resgate da cidadania, desenvolvimento da autoestima e interação social dos jovens. A programação conta com 20 apresentações de trabalhos dos participantes do Projeto e de alunos do Colégio Estadual Guilherme Briggs, com o tema “Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social”. Os trabalhos serão avaliados por uma Comissão Científica, e os três melhores receberão um prêmio.

Apresentação da banda do colégio e oficina com plantas medicinais e aromáticas também estão inclusas na programação. Durante a feira serão lançados os Anais da 1ª Feira Científica, resultado do esforço conjunto do Centro de Estudo e Aperfeiçoamento do Instituto Vital Brazil, da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Escola Estadual Guilherme Briggs. A publicação reúne os trabalhos dos jovens cientistas que foram apresentados no evento de 2013, além da explicação sobre a idealização desse projeto. O evento será realizado de 8h às 17h, na quadra do Colégio Estadual Guilherme Briggs (Rua Mário Vianna, 625, Santa Rosa – Niterói).

Projeto Jovem Cientista - O projeto tem o objetivo de estimular e desenvolver jovens talentos para a área das ciências. Para isso, o Instituto Vital Brazil em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), o Colégio Estadual Guilherme Briggs e financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), selecionou alunos do ensino médio e introduziu em seus laboratórios, onde aprendem ciência fazendo ciência.

A integração entre universidade, empresa e escola favorece o despertar da vocação científica, resultado alcançado neste projeto que iniciou em 2013, com quinze jovens de 15 a 19 anos. Além de serem inseridos no ambiente de pesquisa aplicada, os alunos apresentam seus trabalhos em eventos da área científica. "O Projeto Jovem Cientista representa papel inovador que o Instituto Vital Brazil assume na área da educação, ciência e tecnologia", disse Antonia Cavalcanti, coordenadora geral do projeto pelo Instituto Vital Brazil.


O Instituto - O Instituto Vital Brazil (www.vitalbrazil.rj.gov.br) é uma instituição de ciência e tecnologia do Governo do Estado do Rio de Janeiro ligado à Secretaria de Estado de Saúde. É um dos 21 laboratórios oficiais brasileiros, um dos quatro fornecedores de soros contra o veneno de animais peçonhentos e produtor de medicamentos estratégicos para o Ministério da Saúde.


Recursos aprovados para produção de Fitoterapicos no SUS

Fitoterápicos no SUS
Com aprovação de recursos, Minas deverá ter, em 2015, xarope de guago como alternativa de tratamento para bronquites e outras doenças respiratórias

Projeto da Funed, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES), para produção de medicamentos fitoterápicos e incorporação deles no SUS (Sistema Único de Saúde) foi aprovado pelo Ministério da Saúde e contará a partir de agora com financiamento de recursos financeiros para execução. Serão R$993.511,00, em verba única, destinados ao projeto Funed/SES e que vão atender desde o desenvolvimento, validação da metodologia analítica para análise de matéria-prima até o produto final.

A portaria Nº 2.323, DE 23 DE OUTUBRO DE 2014, que aprova o repasse dos recursos de investimento e custeio, em parcela única para os Municípios e Estados selecionados pelo Edital nº 1/SCTIE/MS, foi publicada essa semana. O Edital selecionou propostas de projetos de apoio à Assistência Farmacêutica em Plantas Medicinais e Fitoterápicos, no âmbito do SUS, por meio de Laboratórios Públicos.

No caso de Minas Gerais, o projeto contempla a produção pela Funed, inicialmente, de dois produtos: o Xarope de Guaco, que atua como broncodilatador, anti-inflamatório e antiasmático, no tratamento de tosses, gripes, resfriados e bronquites e o Xarope de Espinheira Santa, muito utilizado no tratamento de úlcera gastroduodenal e gastrite.  
A inclusão destes medicamentos no elenco do Ministério da Saúde, na atenção primária, é muito importante e vai trazer economia para o SUS, possibilitando à Funed se capacitar para novas pesquisas e novos fitoterápicos para o futuro, conforme explica Nery Cunha, coordenador do Núcleo de Inovação e Proteção ao Conhecimento – NIPAC, da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Ezequiel Dias.

“A elaboração deste projeto na Funed foi muito interessante e peculiar pela visão do nosso presidente, Francisco Tavares Júnior, em entender a instituição como uma só, facilitando todo o processo, permitindo a participação também da Diretoria Industrial e do Instituto Octávio Magalhães, o que foi muito saudável por aproveitar o potencial de pesquisadores de todas as áreas para projetos deste tipo. Se os próximos projetos forem elaborados dentro deste formato teremos todas as chances de aprovação”, avalia Nery.

Próximas etapas
A previsão é que os xaropes estejam disponibilizados no mercado no final do ano de 2015 e início de 2016. “O processo envolve uma série de etapas técnicas que requerem tempo para execução, como validação analítica e de Boas Práticas de Fabricação do Serviço de Líquidos da Funed,  produção de lotes pilotos, estudos de estabilidade, além de uma série de peticionamentos junto à Anvisa”, explica Nery Cunha, coordenador do Núcleo de Inovação e Proteção ao Conhecimento – NIPAC, da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Ezequiel Dias.

Segundo Nery, a Funed também estuda possibilidades de produção compartilhada com outros laboratórios para antecipar a entrega desses produtos no SUS. “Esta medida significa um grande ganho na área da saúde pública, na oferta de produtos de qualidade, seguros e de baixo custo para o SUS podendo, assim, atender à demanda da sociedade em utilizar medicamentos naturais, tendo um grande apelo para a saúde”, afirma o presidente da Funed, Francisco Antônio Tavares Junior.

Parcerias
Acreditando no grande potencial deste projeto, aponta-se a necessidade de reproduzir a metodologia e de se fazer um projeto conjunto, com a ideia de que, no futuro, a instituição possa fornecer a matéria-prima para a produção de fitoterápicos em outros laboratórios.

Com esta visão, a Funed está fazendo um arranjo produtivo local com outros atores deste projeto, como SES, COSEMS, Prefeitura Municipal de Betim e Fundação de Parques Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte, para o cultivo de mudas das plantas utilizadas na produção da matéria-prima dos xaropes, podendo também utilizar a área da Fazenda Experimental São Judas Tadeu.

“Esta medida é muito importante por tornar o projeto extramuros, saindo da Funed e envolvendo setores distintos da sociedade, agregando muito valor ao processo”, explica Nery Cunha, que comemora este avanço da Funed e SES e o grande ganho para a sociedade, mas alerta para o perigo da automedicação: “fitoterápicos, apesar de possuírem menos efeitos colaterais, são um medicamento e, como tal, podem trazer efeitos indesejáveis se utilizados de forma indevida. Por isso, é imprescindível indicação médica”, conclui.

Texto: Nayane Breder
Mais informações:

Assessoria de Comunicaçao Social da Funed (31) 3314-4576

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