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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Recursos aprovados para produção de Fitoterapicos no SUS

Fitoterápicos no SUS
Com aprovação de recursos, Minas deverá ter, em 2015, xarope de guago como alternativa de tratamento para bronquites e outras doenças respiratórias

Projeto da Funed, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES), para produção de medicamentos fitoterápicos e incorporação deles no SUS (Sistema Único de Saúde) foi aprovado pelo Ministério da Saúde e contará a partir de agora com financiamento de recursos financeiros para execução. Serão R$993.511,00, em verba única, destinados ao projeto Funed/SES e que vão atender desde o desenvolvimento, validação da metodologia analítica para análise de matéria-prima até o produto final.

A portaria Nº 2.323, DE 23 DE OUTUBRO DE 2014, que aprova o repasse dos recursos de investimento e custeio, em parcela única para os Municípios e Estados selecionados pelo Edital nº 1/SCTIE/MS, foi publicada essa semana. O Edital selecionou propostas de projetos de apoio à Assistência Farmacêutica em Plantas Medicinais e Fitoterápicos, no âmbito do SUS, por meio de Laboratórios Públicos.

No caso de Minas Gerais, o projeto contempla a produção pela Funed, inicialmente, de dois produtos: o Xarope de Guaco, que atua como broncodilatador, anti-inflamatório e antiasmático, no tratamento de tosses, gripes, resfriados e bronquites e o Xarope de Espinheira Santa, muito utilizado no tratamento de úlcera gastroduodenal e gastrite.  
A inclusão destes medicamentos no elenco do Ministério da Saúde, na atenção primária, é muito importante e vai trazer economia para o SUS, possibilitando à Funed se capacitar para novas pesquisas e novos fitoterápicos para o futuro, conforme explica Nery Cunha, coordenador do Núcleo de Inovação e Proteção ao Conhecimento – NIPAC, da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Ezequiel Dias.

“A elaboração deste projeto na Funed foi muito interessante e peculiar pela visão do nosso presidente, Francisco Tavares Júnior, em entender a instituição como uma só, facilitando todo o processo, permitindo a participação também da Diretoria Industrial e do Instituto Octávio Magalhães, o que foi muito saudável por aproveitar o potencial de pesquisadores de todas as áreas para projetos deste tipo. Se os próximos projetos forem elaborados dentro deste formato teremos todas as chances de aprovação”, avalia Nery.

Próximas etapas
A previsão é que os xaropes estejam disponibilizados no mercado no final do ano de 2015 e início de 2016. “O processo envolve uma série de etapas técnicas que requerem tempo para execução, como validação analítica e de Boas Práticas de Fabricação do Serviço de Líquidos da Funed,  produção de lotes pilotos, estudos de estabilidade, além de uma série de peticionamentos junto à Anvisa”, explica Nery Cunha, coordenador do Núcleo de Inovação e Proteção ao Conhecimento – NIPAC, da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Ezequiel Dias.

Segundo Nery, a Funed também estuda possibilidades de produção compartilhada com outros laboratórios para antecipar a entrega desses produtos no SUS. “Esta medida significa um grande ganho na área da saúde pública, na oferta de produtos de qualidade, seguros e de baixo custo para o SUS podendo, assim, atender à demanda da sociedade em utilizar medicamentos naturais, tendo um grande apelo para a saúde”, afirma o presidente da Funed, Francisco Antônio Tavares Junior.

Parcerias
Acreditando no grande potencial deste projeto, aponta-se a necessidade de reproduzir a metodologia e de se fazer um projeto conjunto, com a ideia de que, no futuro, a instituição possa fornecer a matéria-prima para a produção de fitoterápicos em outros laboratórios.

Com esta visão, a Funed está fazendo um arranjo produtivo local com outros atores deste projeto, como SES, COSEMS, Prefeitura Municipal de Betim e Fundação de Parques Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte, para o cultivo de mudas das plantas utilizadas na produção da matéria-prima dos xaropes, podendo também utilizar a área da Fazenda Experimental São Judas Tadeu.

“Esta medida é muito importante por tornar o projeto extramuros, saindo da Funed e envolvendo setores distintos da sociedade, agregando muito valor ao processo”, explica Nery Cunha, que comemora este avanço da Funed e SES e o grande ganho para a sociedade, mas alerta para o perigo da automedicação: “fitoterápicos, apesar de possuírem menos efeitos colaterais, são um medicamento e, como tal, podem trazer efeitos indesejáveis se utilizados de forma indevida. Por isso, é imprescindível indicação médica”, conclui.

Texto: Nayane Breder
Mais informações:

Assessoria de Comunicaçao Social da Funed (31) 3314-4576

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