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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Ministro da Saúde apresenta Programa Mais Médicos ao STF

Em audiência pública, Padilha mostra que maioria dos profissionais em atividade atende as regiões mais pobres do país, principalmente Norte e Nordeste.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou nesta segunda-feira (25) de uma audiência pública sobre o Programa Mais Médicos no Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, o ministro ressaltou que os médicos em atividade pelo programa, em poucos meses, já conseguiram modificar a realidade das pessoas que vivem nas regiões mais carentes do país.

“Em dezembro, vamos chegar a uma marca histórica no Brasil: teremos médicos atuando em todos os municípios do Semiárido, em todos os municípios da Amazônia Legal, em todos os municípios de regiões pobres como Vale do Jequitinhonha e Vale do Ribeira. Em todo o Brasil, serão mais de 6 mil médicos atuando com supervisão de uma universidade próxima a eles”, disse. Padilha acrescentou que a ida desses médicos para municípios afastados dos grandes centros é uma forma de atrair melhorias para a estrutura de saúde da cidade.

A audiência foi convocada pelo ministro Marco Aurélio, relator de duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) que contestam dispositivos da Medida Provisória que instituiu o Programa Mais Médicos. Serão dois dias de audiência, que visam esclarecer informações junto a especialistas para subsidiar o julgamento da matéria pelo STF. Nesta terça-feira (26) haverá a última. Na ocasião, se reúnem representantes de entidades de classe, prefeitos, Ministério Público, Secretarias Municipais de Saúde, Tribunal de Contas da União e Presidência da República.

Na audiência desta segunda-feira, o ministro Padilha apresentou dados que mostram que a maior parte dos profissionais do Programa Mais Médicos está atuando nas regiões Norte e Nordeste: estão nestes locais 2.207 dos 3.676 médicos, sendo 1.616 deles em municípios de extrema pobreza e 1.406 em áreas de periferia em regiões metropolitanas e nas capitais. E assegurou que até o final deste ano, áreas remotas com grande dificuldade em fixar profissionais vão receber médicos do programa.

O Secretário de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, ressaltou a importância da experiência na Atenção Básica para a formação do médico no Brasil. “Não se tem qualquer processo formativo na área da saúde que não seja voltado ao processo e à pratica assistencial”, disse.

O advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams, também participou do debate e destacou a importância de fortalecer a Atenção Básica para a qualificação do atendimento à população brasileira. Adams afirmou que atualmente as pessoas procuram por atendimento apenas quando estão doentes, o que provoca a lotação das principais emergências. Ao disponibilizar mais profissionais na Atenção Básica, haverá uma mudança na estrutura de saúde e, consequentemente, na postura das pessoas, que passarão a ter acesso ao tratamento preventivo, o que vai evitar o agravamento das doenças.

Para o ministro Marco Aurélio, os dias de audiência são de grande importância para esclarecer os diversos pontos de vista em relação à vinda de médicos de outros países para atender as regiões mais carentes do Brasil. “O debate é salutar para um bom desfecho das ADIs”, disse.

Att.
Mario Sergio Ramalho
RM Consult – Consultoria Empresarial

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