Mídia nacional avança sobre itens específicos da agenda fabril na cobertura desta sexta-feira (23), provocando um aumento expressivo da visibilidade do setor no noticiário. Em destaque está a pesquisa Investimentos na Indústria, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O levantamento, realizado entre 4 de novembro e 12 de dezembro do ano passado com 592 empresas, mostra que 78,1% dos empresários pretendiam realizar investimentos em 2014. A perspectiva para este ano, aponta o estudo, é de que 69,3% das indústrias realizem algum tipo de investimento - menor patamar em cinco anos.
Com foco na pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), VALOR ECONÔMICO destaca que o fraco desempenho da indústria em 2014, aliado às perspectivas ruins para este ano, levou o percentual de empresas que pretendem investir ao menor nível da série histórica iniciada em 2010.
Reportagem reproduz declarações atribuídas ao gerente-executivo de Políticas Econômicas da CNI, FLÁVIO CASTELO BRANCO. Na relação investimento e emprego, o economista afirma: "Se há uma perspectiva pouco favorável em termos de investimento para 2015, isso vai se refletir em um mercado de trabalho bem mais desaquecido".
VALOR acrescenta que a pesquisa também mostra que a maioria dos empresários pretende melhorar o processo produtivo atual em vez de aumentar a capacidade. A primeira opção ficou com 36,1% das respostas, contra 25,1% da segunda opção. Em terceiro lugar vem a introdução de novos produtos, com 17,8%.
BRASIL ECONÔMICO destaca que o que mais assusta o empresariado são as incertezas econômicas, citadas por 77,4% dos entrevistados. Em seguida, aparece a reavaliação da demanda, mencionada por 45% deles, e também o custo do crédito, por 34,2%.
Reportagem publica avaliação conferida ao gerente-executivo de Políticas Econômicas da CNI, FLÁVIO CASTELO BRANCO, avaliando que o pessimismo é reflexo das dificuldades enfrentadas pelas indústrias em 2014. "O desempenho do setor foi negativo e o nível de ociosidade está elevado", afirmou, lembrando que a confiança dos empresários também está abalada.
O veículo lembra que, de acordo com a CNI, o índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) caiu 0,8 ponto em janeiro em relação a dezembro de 2014 e ficou em 44,4 pontos, o nível mais baixo desde janeiro de 1999.
BRASIL ECONÔMICO relata que analista avaliam que os ajustes que estão sendo promovidos pela equipe econômica devem gerar efeitos positivos sobre a confiança dos empresários e de fato levar à retomada dos investimentos. "Contudo, o primeiro efeito das medidas é reforçar a tendência de retração da demanda e aumento das dificuldades para a indústria".
Texto traz ainda posicionamento assumido pelo economista da CNI MARCELO AZEVEDO. Segundo ele, não foi apenas a intensidade dos investimentos que mudou desde 2014, mas também o perfil dos aportes feitos pela indústria.
"Boa parte dos investimentos realizados durante o ano não foram direcionados ao aumento da capacidade, mas à melhoria da produtividade por meio da simplificação de processos", destacou. BRASIL ECONÔMICO relata que para os próximos anos a CNI espera que as medidas adotadas pelo governo incentivem a expansão da indústria.
Em reportagem curta, O ESTADO DE S. PAULO também registra publica os dados da CNI. Jornal destaca que, segundo o levantamento, apenas 41,4% das indústrias efetivaram o total de investimentos planejado ara 2014.
ESTADÃO reproduz que, de acordo com a entidade, o principal fator que limitou os aportes foi a "feita de confiança que atinge toda a indústria" em relação à economia. "A elevada incerteza econômica se compara somente à verificada em 2009, ano influenciado pela crise financeira internacional de 2008", disse a CNI.
Ainda sobre o levantamento Investimentos na Indústria da CNI, EDITORIAL ECONÔMICO do ESTADÃO afirma que existe uma correlação entre o comportamento dos investimentos industriais e a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que reflete o conjunto dos investimentos do País. Em geral, pontua o texto, as indústrias só pretendem continuar projetos em curso - a interrupção pode implicar custos de capital e de mercado elevados.
EDITORIAL ECONÔMICO avalia que a pesquisa da CNI justifica o esforço do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para convencer as pessoas de que a economia será estabilizada, como passo inicial para reconquistar a confiança das empresas, que se traduzirá em mais investimentos.
Ainda no ESTADÃO, PANORAMA ECONÔMICO publica frase atribuída ao gerente-Executivo de Políticas Econômicas da CNI, FLÁVIO CASTELO BRANCO: "As perspectivas não são favoráveis. Claro que o mercado de trabalho vai sentir os efeitos da atividade mais fraca em 2015".
Em outra nota, PANORAMA ECONÔMICO registra que a queda no preço do petróleo e os altos estoques de algodão da China preocupam a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção em relação ao preço da pluma. Segundo a entidade, esses fatores podem trazer impactos nas safras futuras do algodão, afetando o custo da produção a longo prazo. Técnicos explicam que o recuo do preço petróleo provoca queda no valor das fibras sintéticas derivadas da commodity e usadas na fabricação de roupas, pressionando o preço do algodão para baixo.
Reportagem no VALOR ECONÔMICO informa que a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) prevê mais um ano difícil para a indústria têxtil brasileira em 2015, com queda no faturamento de 7%, para US$ 51,5 bilhões. "No ano passado, o setor apresentou queda de 4,8%, totalizando US$ 55,4 bilhões. Em reais, a receita em 2015 está estimada em R$ 139,05 bilhões, o que representa um alta de 6,8% em relação ao ano passado, quando o setor apresentou um avanço de 3,6% sobre 2013, para R$ 130,2 bilhões".
VALOR acrescenta que, em relação à produção, a associação projeta um incremento de 0,7% na área de confecção, e de 0,3% na produção têxtil. "Em 2014, a produção têxtil apresentou queda de 5%, para 2,1 milhões de toneladas. O segmento de vestuário teve retração de 2%, para 6 bilhões de peças". Segundo o presidente da Abit, Rafael Cervone, a elevação dos custos com o encarecimento da energia e da água e o aumento da carga tributária provocarão uma pressão sobre a indústria, que enfrentará dificuldades para repassar a alta ao varejo.
Como ponto de atenção, JULIO GOMES DE ALMEIDA, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, aborda, em coluna no BRASIL ECONÔMICO, o pacote tributário anunciado pelo governo no início da semana. Texto relata que, segundo o governo, as mudanças nos tributos vão gerar R$ 20,6 bilhões este ano. Esse valor, somado aos R$ 18 bilhões de economia obtidos com o endurecimento das regras do seguro-desemprego, abono e pensões, garantiria parcela significativa do superávit primário do setor público estabelecido como meta para 2015, ou seja, R$ 66,3 bilhões (1,2% do PIB).
"Como a atualização de tarifas - que eleva prontamente a inflação - e o aumento da taxa de juros promovido pelo Banco Central - que também encarece o crédito e esfria as decisões de investir - compõe o plano de governo, este deverá diminuir o poder de compra da população, reduzindo o consumo, e derrubar ainda mais os investimentos. Não é por acaso que a CNI apurou o mais baixo índice histórico de confiança da indústria neste início de 2015", avalia GOMES DE ALMEIDA.
Dados da atividade industrial na cidade de São Paulo são abordados com destaque no VALOR ECONÔMICO. Reportagem informa que, segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o espaço da indústria é cada vez mais limitado na capital.
Conforme publica o veículo, de 1999 a 2012, a participação do setor na economia do município caiu de 25,5% para 18,1%. O valor adicionado bruto da indústria paulistana atingiu R$ 73,6 bilhões em 2012. "As atividades industriais no município passaram a responder por 25,5% do setor no Estado de São Paulo, ante 32,5% registrados em 1999. Em 14 anos, a fatia da indústria paulistana na nacional encolheu de 13,3% para apenas 7,6%."
VALOR avalia que, de maneira macro, a indústria tem perdido participação no PIB do país devido à baixa competitividade. "Porém, há um conjunto de fatores específicos que influenciam a retração do setor na capital. Um deles é que os serviços avançaram em ritmo acentuado. Há também um movimento de desconcentração em curso no setor".
Reportagem publica avaliação conferida ao gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), RENATO DA FONSECA. "Há uma migração de indústrias, não necessariamente fechamento e reabertura, mas uma expansão rumo ao interior de São Paulo e ao resto do país para se aproximar de mercados consumidores em crescimento ou outros polos logísticos. No entanto, temos que considerar também os incentivos fiscais", diz FONSECA, indicando que existe uma tendência positiva de que a distribuição geográfica das indústrias se torne cada vez mais equilibrada no país.
Reportagem acrescenta que, de acordo com o estudo da CNI "Perfil da Indústria nos Estados", a participação do Estado de São Paulo no PIB industrial nacional caiu para 29,8% em 2012 - perda de 7,9 pontos percentuais no PIB industrial nacional em dez anos. Em contrapartida, entre 2002 e 2012, as indústrias do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Pernambuco e Goiás foram as que mais ampliaram suas contribuições no PIB nacional do setor.
Em texto relacionado, VALOR registra que, na avaliação de especialistas, o grande desafio para que a economia da capital paulista não sofra reduções em seu dinamismo é que a substituição da perda de participação das indústrias ocorra com incremento mais significativo de serviços modernos, de maior valor agregado, como financeiros, os ligados à tecnologia da informação, consultorias, publicidade, marketing, atividades jurídicas etc.
Informações relacionadas ao mercado de trabalho também aparecem com algum destaque no noticiário. Como ponto de atenção, CORREIO BRAZILIENSE publica entrevista com o ministro do Trabalho, Manoel Dias. Ao jornal do DF, Dias admitiu que o estoque de empregados com carteira assinada cresceu menos de 1% em 2014. Jornal do DF relata que a pequena expansão indica que foram abertas menos de 400 mil vagas no ano passado, o pior resultado desde 1999 (saldo negativo em 196 mil postos).
Mesmo com a piora do mercado de trabalho, o ministro avalia que as medidas tomadas pelo governo, que implicaram alta de juros, de impostos e de preços de energia elétrica, colocarão o país de volta aos trilhos do crescimento econômico. Dias destacou ao CORREIO ainda que as mudanças nas regras de concessão de seguro-desemprego e abono-salarial serão importantes para reduzir a rotatividade do mercado sem retirar direitos dos trabalhadores.
Sobre o assunto, O ESTADO DE S. PAULO destaca que, em meio a um cenário de ajuste fiscal, aumento de impostos e baixo crescimento econômico, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, avalia que haverá demissões "em alguns setores" neste ano. Ele afirma que a indústria é um exemplo de setor que passa por dificuldades. "Demissão haverá em alguns setores, como está havendo na indústria", disse o ministro.
Noticiário sobre a crise enfrentada nos sistemas de abastecimento elétrico e hídrico está em evidência na cobertura e abordagens trazem associação com o setor fabril.
PAINEL, na FOLHA DE S. PAULO, informa que, além da restrição da quantidade de água destinada à agricultura, o governo de São Paulo pediu à Sabesp que elabore estudos para um plano específico de contingenciamento de água direcionado às indústrias. "O objetivo é revisar contratos para fornecimento de água mantidos por grandes consumidores com a estatal. A ideia do governo é incentivar, paralelamente, a adoção de práticas de reúso de água pela indústria, mas os mecanismos não foram definidos".
Reportagem na FOLHA DE S. PAULO relata que a crise de abastecimento de energia só não é pior por cauda da crise na indústria, cuja produção acumula queda de 3,2% de janeiro a novembro de 2014. Texto registra que, de janeiro a novembro, o consumo industrial de energia caiu 3,4%. Já o residencial subiu 3,4%. Texto registra que o diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli, disse que "se a indústria estivesse bem, seria uma catástrofe. Já teríamos, sem dúvida, um racionamento".
Nivalde de Castro, diretor do Gesel (Grupo de Estudos do Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ), compartilha da mesma opinião: "Se a indústria estivesse a pleno vapor, estaria faltando energia no país". Reportagem da FOLHA lembra que a indústria utiliza a maior fatia da energia produzida no país, embora seu peso venha caindo ano a ano, principalmente após a crise de 2009.
Como ponto de atenção, CELSO MING, em sua coluna no ESTADÃO, escreve sobre a possível volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Segundo o jornalista, o tributo "não descansa em paz. É uma alma penada, dessas que não sossegam e sempre voltam em busca de alívio para seus tormentos".
Texto lembra que a CPMF foi extinta em 2008 por ter sido entendida como tributo de má qualidade, na medida em que incide em cascata, em cada etapa da produção, e vai sobrecarregando o produto com impostos. "Esse imposto é ruim por outra razão: porque tira a competitividade nas vendas ao exterior. Ninguém exporta imposto, e sim mercadoria. Por isso, os impostos não integram o preço final do produto exportado".
MING avalia que, se o imposto voltasse a vigorar no país, ele oneraria o produto de exportação. "É impraticável desonerar a mercadoria (ou o serviço) final do que foi arrecadado antes e devolver aos contribuintes o que já tivesse sido pago em todas as fases anteriores de produção. Além disso, nenhuma economia do mundo tem CPMF em sua cesta de impostos".
Na pauta internacional, FOLHA DE S. PAULO informa que o pacote de estímulo europeu, anunciado pelo BCE (Banco Central Europeu), que impulsionou Bolsas e moedas pelo mundo, também aumentou a chance de uma valorização do real (leia mais em ECONOMIA).
Texto relata que assessores presidenciais defendem que o Banco Central a estude uma redução em suas intervenções diárias no câmbio. "O temor é que a injeção de recursos na Europa aumente a entrada de moeda estrangeira no Brasil, valorizando o real e tirando competitividade de produtos brasileiros no exterior", informa o jornal.
FOLHA registra que uma ala do governo ligada à indústria defende que o BC poderia inclusive encerrar seu programa de venda diária desses contratos, chamados de "swap" cambial. "A equipe da presidente Dilma defende a redução das intervenções porque, além do pacote europeu, o real também pode ter tendência de valorização com os juros mais elevados no Brasil, que torna a remuneração de investimentos no país mais atraente ao investidor estrangeiro".
O caso Petrobras volta a ser protagonista da cobertura politica de hoje. Dessa forma, o noticiário com foco nos desdobramentos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, se sobrepõe, mais uma vez, a outros temas da agenda.
Manchete do jornal O ESTADO DE S. PAULO traz detalhes de um documento entregue pela defesa do vice-presidente da Engevix Engenharia, Gérson de Mello Almada, entregue à Justiça Federal. Segundo o documento, registra o veículo, “superfaturamentos em contratos da Petrobras foram usados para bancar o ‘custo alto das campanhas eleitorais’ para que o governo federal pagasse parlamentares em toca de apoio no Congresso Nacional”.
Como ponto de atenção, ESTADÃO publica, ainda com base no documento apresentado pelo empresário, que “o esquema foi montado pelo PT como instrumento para se manter no poder”. A Engevix é uma das empreiteiras alvo da Operação lava jato.
Mídia nacional também destaca a informação divulgada na edição de ontem do Jornal Nacional, da TV GLOBO, de que a Justiça Federal do Paraná quebrou o sigilo da JD Consultoria, empresa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
FOLHA DE S. PAULO e O GLOBO reservam principais espaços do noticiário político para o assunto. Conforme o jornal paulista, a medida judicial revelou que a JD “recebeu pagamentos de quase R$ 4 milhões de três empreiteiras investigadas na Lava Jato, que apura esquema de corrupção na Petrobras: UTC, Galvão Engenharia e OAS”.
Em outra frente do noticiário, veículos continuam a abordar as divergências dentro da base aliada do governo Dilma Rousseff e reforçam o aumento da rivalidade entre o PT e o PMDB, especialmente no âmbito da disputa para a Presidência da Câmara dos Deputados.
VALOR ECONÔMICO afirma que a disputa “já desestabiliza a relação entre a bancada do PMDB e o governo”. Segundo o texto, enquanto o candidato do PT, Arlindo Chinaglia (SP), se fortaleceu, ao oficializar o apoio do PSD, o candidato do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), “aumentou a agressividade verbal, afirmando que não vai mais negociar matérias de interesse do Palácio do Planalto com o líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS)”.
Na mesma linha, O GLOBO publica que o deputado Eduardo Cunha, líder do PMDB na Câmara e apontado como favorito na disputa à Presidência da Casa, “rebateu via Twitter as declarações dadas no dia anterior pelo líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT- RS) e anunciou que o PMDB não reconhece mais o petista como líder da base e não participará de discussões que o tenham como interlocutor”. Segundo a reportagem, as declarações azedaram ainda mais a relação do PMDB da Câmara com o governo.
FOLHA relata que a eleição para a Câmara provocou ontem nova troca de provocações entre as campanhas de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Arlindo Chinaglia (PT-SP). “Apontado como favorito, Cunha criticou o líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS), que reclamou do peemedebista ter dito que recebeu informações de que a Polícia Federal teria montado uma gravação para incriminá-lo no escândalo da Petrobras.”
A ameaça de um racionamento de energia toma conta das primeiras páginas dos jornais de circulação nacional nesta sexta-feira. Abordagens repercutem as declarações do ministro Eduardo Braga (Minas e Energia), que ontem admitiu que o governo pode adotar medidas para tentar reduzir o consumo, caso os níveis dos reservatórios atinjam o chamado nível “prudencial” (10%).
Enfatizando um cenário pouco favorável, mídia nacional apresenta dados do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), apontando que em algumas regiões o baixo volume dos reservatórios das hidrelétricas está próximo a esse percentual: 17,43% no Sudeste/Centro-Oeste e em 17,18% na região Nordeste. Contrapõe, contudo, que para o ministro o Brasil “está longe” de atingir o esse limite.
Manchete da FOLHA DE S. PAULO destaca as declarações feitas por Braga e esclarece que as medidas que podem ser efetivadas, caso os reservatórios cheguem a níveis críticos “vale tanto para que seja decretado racionamento quanto para que se inicie uma campanha de racionalização”.
VALOR ECONÔMICO informa, em manchete, que os “atrasos de usinas também explicam o risco de apagão”. Veículo resume que o “Plano Decenal de Energia (2006-2015), formulado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal criada no governo Lula para conceber o planejamento do setor, mostra que pelo menos 33 hidrelétricas previstas para entrar em operação até este ano não saíram do papel ou tiveram o cronograma postergado”.
Já o BRASIL ECONÔMICO, também em manchete, pontua que “os governos federal e de São Paulo anunciaram ontem restrições para a captação de água nos rios Jaguari, Camanducaia e Atibaia, que compõem parte da estrutura de abastecimento da região metropolitana de São Paulo”, para enfrentar a crise hídrica no Sistema Cantareira. Texto afirma que a medida afetará a população residente em 42 cidades de São Paulo e Minas Gerais.
A participação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), é outro assunto que está em evidência na pauta do dia.
Entre os destaques, reportagem do CORREIO BRAZILIENSE publica que a diretora-gerente do FMI, Chistine Lagarde, “deu apoio ontem ao programa de ajuste da economia brasileira conduzido” por Levy. “Depois de uma reunião a portas fechadas com o ministro, Lagarde disse que Levy é "um profissional competente" e que "tem credibilidade" para fazer as mudanças que o país exige”, relata o jornal do DF.
Cadernos econômicos também reservam espaço privilegiado para a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de injetar € 1,1 trilhão até 2016 para tentar tirar a zona do euro da estagnação e evitar deflação.
Sobre a decisão, O ESTADO DE S. PAULO ressalta que “esforço sem precedentes para acabar com oito anos de crise, a medida fez o euro atingir o valor mais baixo diante do dólar em 11 anos. No Brasil, a moeda americana fechou a R$ 2,5760, menor cotação desde 3 de dezembro. Também pesou a elevação da taxa Selic para 12,25%”.
Em tom crítico ao debate que domina a disputa sucessória na Câmara dos Deputados, FOLHA DE S.PAULO afirma que “deputados e governo, engajados nessa disputa mesquinha, apequenam a Casa legislativa que, por definição constitucional, abriga os representantes do povo”. O jornal faz referência à “intensificação da rivalidade” entre os candidatos, especialmente entre Eduardo Cunha (PMDB) e Arlindo Chinaglia (PT), o que “aumenta proporcionalmente o potencial do noticiário para constranger, deprimir e rebaixar o espírito de quem o acompanhe”.
O ESTADO DE S. PAULO afirma que “se a política [de ajuste fiscal] foi mantida com firmeza, pelo menos os fundamentos da economia serão reparados e o País terá melhores condições de voltar ao crescimento”. Segundo o jornal, “voluntarismo, populismo e erros de diagnóstico empurraram o País ladeira abaixo”.
Com foco na crise do sistema elétrico nacional, O GLOBO dispara: “Depois do apagão de segunda-feira, quando 11 estados e o Distrito Federal ficaram às escuras, a tentativa do governo Dilma Rousseff de negar a crise no setor elétrico, se já era risível, ficou patética. Agora, cabe ao senador da vez no Ministério de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB-AM) - derrotado nas eleições estaduais, substituto de outro senador na Pasta, Edison Lobão (PMDB-MA) -, dar explicações inverossímeis para a queda no fornecimento de energia”.
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