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sábado, 22 de março de 2014

Ministro anuncia Ampliação do Aeroporto Internacional de Cabo Frio

Medida promete aumentar turismo e capacidade de transporte de carga. Também deve ser construído um novo terminal de passageiros.

A RM Consult se orgulha de em ter contribuído com a regularização do terminal cargueiro destinado a área de saúde; hoje o Aeroporto pode operar com medicamentos, soros, vacinas, alimentos, cosméticos, produtos para saúde e domissaneantes. Com a ampliação terá maior frequência de voos e maior agilidade no manuseio de cargas.

O ministro da aviação civil, Moreira Franco, esteve nesta sexta-feira (21) em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, paraanunciar a ampliação do aeroporto internacional da cidade. A medida promete aumentar o turismo e a capacidade de transporte de cargas. A licitação para as obras deve começar já no mês de Abril.

Com a ampliação, o pátio que hoje tem capacidade para o estacionamento de 37 aeronaves vai praticamente dobrar de tamanho e poderá receber mais 25 aeronaves, entre helicópteros, aviões cargueiros e comerciais. Também deve ser construído um novo terminal de passageiros e implantada uma torre de controle mais moderna.

Atualmente, três voos comerciais saem toda semana de Cabo Frio. Para as plataformas, são 25 voos diários, o que representa um maior fluxo de passageiros. Com a ampliação do aeroporto, esse panorama deve mudar.

O terminal de Cabo Frio recebe atualmente 230 mil passageiros por ano. A partir do ano que vem, o número de embarques e desembarques deve aumentar para 450 mil. O anúncio da ampliação foi feito durante a visita do ministro-chefe da aviação civil, Moreira Franco e do secretário estadual de transportes Jasílio Lopes. Ainda não foi divulgada uma previsão para o início das obras, mas o processo de licitação deve começar no início de abril.

Com informações do portal G1

quinta-feira, 20 de março de 2014

Acordo Setorial busca Solução para Descarte de Medicamentos pela População

Encerra no dia 6 de abril o prazo para que os setores relacionados à fabricação e comercialização de medicamentos apresentem sugestões para a implantação do sistema de logística reversa de resíduos deste tipo de produto no País.

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) publicou em outubro de 2013 o edital de chamamento para a elaboração do acordo setorial que vai definir o funcionamento do sistema de descarte de medicamentos no Brasil. O edital chama os setores interessados a apresentarem sugestões que contemplem todas as etapas do ciclo de vida de medicamentos.

A iniciativa faz parte da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e é resultado da coordenação da Anvisa que avaliou o impacto e a viabilidade econômica e operacional da proposta junto aos representantes do setor farmacêutico, órgãos de vigilância sanitária, órgãos do meio ambiente, entidades profissionais e representantes da sociedade civil organizada. O documento final foi discutido ainda com os ministérios do Meio Ambiente, Saúde, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Agricultura e Abastecimento e Fazenda.

A perspectiva é que a população tenha alternativa apropriada para o descarte seguro e ambientalmente correto das sobras dos medicamentos no ambiente domiciliar, por falta de uso ou com prazo de validade vencido.

Desde 2009 regulamento da Anvisa possibilita que farmácias e drogarias participem de programas voluntários de coleta de resíduos de medicamentos para descarte pela população, na perspectiva de apoiar as iniciativas de empresas comprometidas com a responsabilidade social e ambiental e atentas a essa necessidade da população.

Países como Alemanha, Espanha, França, Itália, Portugal, Suécia, Austrália, Canadá e Estados Unidos já adotam práticas para o descarte desse tipo de resíduo há alguns anos. No Brasil há iniciativas voluntárias e também casos de recebimento pelo poder público de medicamentos em desuso ou impróprios para o consumo. Em algumas regiões há legislação estadual ou municipal própria estabelecendo regras e responsabilidades para esse descarte.

A proposta de abrangência nacional deve permitir que os medicamentos que hoje são descartados por falta de uso ou com prazo de validade vencido tenham uma destinação final correta, pois irá viabilizar a coleta e a devolução dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento ou destinação final ambientalmente adequada dos produtos e suas embalagens, em consonância com o princípio da responsabilidade compartilhada preconizado pela PNRS.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Anvisa

Câmara aprova prazo Indeterminado para Interdição Sanitária em Laboratórios

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (19), em caráter conclusivo, projeto de lei que permite a suspensão de atividades laboratoriais pelo tempo que for necessário para a realização de testes, provas e análises (PL 3673/12, do Senado). Assim, a interdição de estabelecimentos que falsificarem ou adulterarem medicamentos e cosméticos poderá superar os 90 dias, como prevê a lei.
Atualmente, o prazo máximo de interdição como medida cautelar, previsto na lei que trata de infrações sanitárias (Lei 6.437/77), não pode, em qualquer caso, exceder 90 dias. Depois desse prazo, o estabelecimento é liberado automaticamente.
O parecer da relatora, deputada Iriny Lopes (PT-ES), foi favorável à proposta e à emendaaprovada na Comissão de Seguridade Social e Família. A comissão incluiu os laboratório de produtos de higiene pessoal e de perfumaria entre os passíveis de interdição por tempo indeterminado. “A emenda amplia a incidência da lei, contribuindo para tornar o projeto mais abrangente no seu aspecto protetor da saúde pública”, afirma Iriny.
A proposta ainda determina que, enquanto perdurar a interdição do estabelecimento punido, é vedado o uso das instalações em que ele funcionava por outro estabelecimento que desenvolva atividade similar, ainda que apenas parcialmente.
O texto volta para o Senado, já que foi modificado na Câmara.

Íntegra da proposta:

quarta-feira, 19 de março de 2014

Ciro é convidado para coordenação da campanha de Dilma

O ex-ministro Ciro Gomes, que é filiado ao PROS, foi convidado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para integrar a coordenação da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff.
O convite foi feito, no Palácio do Planalto, durante um almoço de Mercadante com a cúpula do PROS. "O ministro pediu que o partido emprestasse o Ciro para ajudar na campanha", contou o deputado Givaldo Carimbão, líder do PROS na Câmara. Ficou acertado que Ciro Gomes vai conversar com o presidente do PT, Rui Falcão, para acertarem a sua participação no processo e para tratarem de alianças nacional e estaduais.
Trabalhando na coordenação da campanha de Dilma já estão acertados, além de Rui Falcão, o ex-ministro Franklin Martins, o deputado Edinho Silva, o marqueteiro João Santana, o ex-chefe de gabinete de Dilma, Giles Azevedo, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem estado sempre presente nas reuniões. O temperamento de Ciro Gomes, no entanto, causa preocupação entre alguns assessores presidenciais.
Na conversa com Mercadante, segundo o deputado Carimbão, foi informado que o atual ministro interino da Integração, Francisco Teixeira, será confirmado no cargo. O deputado disse que a direção do PROS assegurou ao ministro que o partido avalizava a indicação de Teixeira para o cargo, que aguardava apenas que a presidente Dilma referendasse seu nome.
Agência Estado

Burocracia impõe perdas para a pesquisa clínica de medicamento no Brasil

Fábio Franke: Brasil tem 576 novos diagnósticos de câncer por ano
O Brasil está perdendo oportunidades no campo da pesquisa clínica de novos medicamentos por conta de um sistema burocrático que engessa os pedidos de autorização para estudos, advertiram pesquisadores e organizações sociais em audiência pública realizada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) nesta terça-feira (18). Entre os expositores, o presidente da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Antônio Brito Filho, afirmou que apenas no ano passado foram inviabilizados 112 estudos em parceria com centros de pesquisa no exterior.
— A indústria não perde nada. Quando o estudo não vem para o Brasil, a indústria desenvolve em outro lugar, e um dia o medicamento vai chegar aqui. Quem perde é o paciente, que dele dependeria, e o pesquisador, para seu aperfeiçoamento — observou
Brito afirmou que os embaraços decorrem de um sistema de licenciamento sem similar no mundo, composto de três a quatro instâncias de análise, envolvendo “retrabalhos” que prolongam em demasia o tempo de avaliação para concessão das licenças. Segundo ele, o tempo de aprovação no país pode chegar a um ano e, na melhor hipótese, representa o dobro da média mundial.
Voluntários
As pesquisas clínicas de medicamentos envolvem estudos com seres humanos, em caráter voluntário, com o objetivo de validar e viabilizar medicamentos, produtos e insumos na área da saúde. Seguem protocolos rigorosos, que são normatizados por resoluções nacionais e internacionais. No Brasil, os pedidos passam pelos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), vinculados ao Conselho Nacional de Saúde, e também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com Brito, nos Estados Unidos os centros de pesquisa conseguem licenças em até 60 dias. Na Europa, o tempo pode variar entre 60 e 68 dias, enquanto a Coréia do Sul, país que vem se notabilizando nesse campo dos estudos, as autorizações saem dentro de 30 dias. Segundo ele, não adianta constatar que o sistema nacional vem ganhando agilidade, mas reconhecer que ainda perde para a grande maioria dos países e necessita “se colocar no jogo”.
— A disputa é mundial e, portanto, é insuficiente avançar um pouco se alguém lá fora continua andando mais — opinou o representante da indústria.
Ética versus burocracia
Brito refutou a ideia de que as exigências éticas no caso de pesquisas com novas drogas envolvendo testes em humanos exigem cuidados extremos que justificam a burocracia. Segundo ele, é perfeitamente possível conciliar ética, rapidez e eficácia. A seu ver, a verdadeira questão seria a “visão conservadora” sobre pesquisa que prevalece no Conselho Nacional de Saúde.
— Tem que se estabelecer claramente na cabeça do respeitável Conselho que não é pecado falar em pesquisa — enfatizou.

                                                                      Conquistas
Jaderson Sócrates Lima, que representou a Associação Médica Brasileira (AMB), destacou que os pacientes são os grandes beneficiários das pesquisas clínicas de medicamentos. Ele observou que doenças que no passado eram fatais hoje podem ser curadas ou controladas com medicamentos que dependeram de estudos em humanos. Citou o Acidente Vascular Cerebral (AVC), com redução de 70% da mortalidade, e o HIV-AIDS, com redução de 65% das mortes nas duas últimas décadas, além do sarampo, hoje praticamente extinto no mundo.

De acordo com o expositor, o tema não é de interesse exclusivo da indústria farmacêutica, já que a área estatal também financia e realiza pesquisas em seus próprios centos. Ele defendeu mudanças no atual sistema de regulação e a participação de todos os segmentos no debate para a definição do novo modelo.
Desvantagem no SUS
O avanço do câncer em todo mundo e a necessidade de avançar nas pesquisas foram destacados pelo especialista em oncologia Fábio Franke, coordenador do Centro de Alta Complexidade em Oncologia do Hospital de Caridade de Ijuí (RS). Segundo, os diagnósticos da doença aumentaram, saindo de 14 milhões para 22 milhões de casos novos por ano. No Brasil, seriam 576 novos diagnósticos anuais. Ele também criticou a demora para inclusão de novas drogas nos protocolos de tratamento do Sistema Único de Saúde.
- Quando a droga é aprovada, só fica acessível para pacientes do sistema privado. O SUS é o último destino, o que leva muitos pacientes a requisitar por via judicial – observou.
O pesquisador afirma que desde 2010 a comunidade envolvida em pesquisa clínica de medicamentos vem debatendo a necessidade de um novo modelo de análise das licenças para estudos. Segundo ele, a pesquisa clínica no país pode acabar se não houver mudanças. Observou que novas drogas, mesmo quando não representam cura definitiva, podem assegurar o controle de doenças e mais qualidade de vida para os pacientes.
— Muitos podem casar, ter filhos, escrever artigos e dar exemplo de que é possível, sim, uma melhor – observou.
Experimentos
Luciana Holtz, que preside o Instituto Oncoguia, uma associação sem fins lucrativos, criada e idealizada com o objetivo de ajudar o paciente com câncer a viver melhor, apresentou os resultados de pesquisa a respeito da disposição dessas pessoas em participar de pesquisas clínicas. Os dados mostram que 90% se dispõem a participar e 100% reconhece a importâncias desses estudos para o avanço dos meios de tratamento e cura.
- O câncer não espera, então vamos reduzir o tempo e aumentar o número de pacientes que podem se beneficiar da pesquisa clínica.
Flávio Cárcano, gerente da área de pesquisa clínica do Hospital de Câncer de Barretos, manifestou as mesmas preocupações, lamentando a impossibilidade de participar de ensaios clínicos internacionais que podem beneficiar os pacientes da instituição, em decorrência dos entraves que impedem a adesão. Também destacou a “angústia de famílias devastadas” em busca de medicamentos que o SUS se recusa a oferecer. Esses pacientes desejariam participar dos testes, se não estivessem impedidos.
— A gente não pede menos ética, mas sim eficiência – cobrou.
Agência Senado Gorette Brandão


Jayme Campos propõe que estabelecimento de saúde exiba tabela de preços

Em discurso no Plenário, o senador Jayme Campos (DEM-MT) anunciou a apresentação, nesta terça-feira (18), de projeto de lei (PLS 92/2014) com o objetivo de obrigar os estabelecimentos de saúde a exibirem tabela de preços dos serviços prestados aos usuários.
- O cliente de laboratórios, clínicas, profissionais liberais, hospitais e congêneres que buscam a descrição e o valor de consultas e procedimentos médicos normalmente não obtêm respostas satisfatórias e não raro se surpreendem com a complexidade dos cálculos, com a obscura visibilidade dos custos agregados e com as altas cifras que os envolvem – disse Jayme Campos.

O projeto foi enviado para análise da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde pode receber emendas nos próximos cinco dias úteis. Depois, seguirá para apreciação em decisão terminativa na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

De acordo com o texto da proposta os estabelecimentos de saúde ficarão obrigados a exibir “de forma clara, e em local de fácil acesso, a tabela de preços dos serviços prestados aos usuários”. O texto diz ainda que essa tabela deverá conter “todos os preços de consultar médicas e de outros profissionais, exames de toda ordem, custos administrativos e todo tipo de serviço oferecido ao usuário do estabelecimento”.

O projeto estabelece ainda que o desrespeito à norma constituirá “infração sanitária, sem prejuízo de outras sanções previstas no Código de Defesa do Consumidor e em outras leis em vigor”.

- Trata-se de medida simples, mas necessária, por meio da qual milhões de brasileiros serão beneficiados, seja para ter elementos para decidir pela utilização ou não de tais serviços, seja para efetivamente controlar os custos e preços praticados. Desta forma, daremos uma saudável visibilidade a este importante mercado e certamente estaremos estimulando maior competitividade e transparência, para um segmento que afeta diretamente o dia a dia do brasileiro – acrescentou.
Agência Senado

Tombini admite que inflação 'resiste', mas promete vigilância

Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), nesta terça-feira (18), o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, reconheceu que a alta variação dos índices de preços ao consumidor nos últimos 12 meses indica que a inflação "ainda mostra resistência".

Na avaliação do presidente do BC, pressões localizadas, como a dos alimentos in natura, constituem "choque temporário" que tende a se reverter nos próximos meses.

Para Tombini, em momentos como esse, a política monetária deve manter-se "especialmente vigilante", a fim de  minimizar "riscos de níveis elevados de inflação".

Em resposta à senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o presidente do BC disse que "não há nada que nos condene a ter inflação acima da meta de 4,5%", fixada por resolução da instituição em 2005 e mantida inalterada desde então.

Para segurar a alta dos preços, o Banco Central iniciou um aperto monetário em abril do ano passado, resultando na elevação de 3,5 pontos percentuais na meta da taxa Selic, que passou de 7,25% para 10,75%. A variação acumulada em 12 meses do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 6,7% para 5,68%.

Os efeitos de ações de política monetária sobre a inflação, segundo Tombini, são cumulativos e se manifestam com defasagens. Parte significativa da resposta dos preços ao atual ciclo de apertos ainda está por se materializar, acrescentou.

Vulnerabilidade
Os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Cristovam Buarque (PDT-DF) questionaram o presidente do Banco Central sobre uma suposta vulnerabilidade da economia brasileira, apontada em avaliação recente do Federal Reserve (FED), o Banco Central americano.

Tombini disse que esse tipo de avaliação contém fragilidades e nem sempre é levado em conta pelos investidores internacionais. Ele considerou uma "perda de tempo" elaborar uma resposta ao FED, que classificou a economia brasileira como a segunda mais vulnerável de uma lista de 15 países emergentes, à frente apenas da Turquia. A sugestão para o BC brasileiro responder ao FED foi feita por Cristovam.

Para o presidente do BC, o Brasil "tem transitado bem" nesse período de normalização das condições monetárias. Com a redução do ritmo de afrouxamento monetário em maio de 2013, nos Estados Unidos, após vários anos de política expansionista, houve consequências para os países em desenvolvimento.

– O aumento da volatilidade nos mercados financeiros internacionais que observamos desde maio de 2013 é reflexo desse processo. É uma consequência típica de períodos de transição, que geralmente são repletos de incertezas, quanto à magnitude e à velocidade dos ajustes – acrescentou.

De acordo com Tombini, esse processo e suas consequências não devem ser confundidos com vulnerabilidade. O Brasil, acrescentou, possui reservas internacionais de US$ 377 bilhões, é credor externo líquido e tem endividamento externo baixo e compromissos de curto prazo "relativamente pequenos". A parcela de dívida pública interna em mãos de não residentes no país é de apenas 17,2%, conforme acrescentou.

Operação da Caixa
Questionado pelo senador José Agripino (DEM-RN), o presidente do Banco Central evitou detalhar as providências adotadas diante da denúncia da revista IstoÉ, com base em auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), sobre o encerramento de milhares de contas de poupança sem movimento em 2012, na Caixa Econômica Federal.

O procedimento teria resultado num acréscimo de R$ 420 milhões ao lucro do banco naquele ano.

Tombini disse que houve uma "realocação contábil" (dos saldos das contas encerradas) e que o BC determinou a imediata cessação dessa prática, sendo atendido pela Caixa.
A audiência, que se realizou das 11h às 13h50 no Plenário 19 da Ala Alexandre Costa, foi presidida pelos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Luiz Henrique (PMDB-SC).
Agência Senado

Novo Ministro promete Plano Arrojado pra Alavancar CT&I Brasileira

                                                                                          Foto ABr.
Clelio Campolina quer aumentar o número de empresas estrangeiras que fazem P&D no Brasil. 
No primeiro discurso como ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina afirmou que pretende colocar o País entre as grandes potências do setor. Para isso, ele pretende criar um projeto arrojado que combine “crescimento econômico, justiça social e sustentabilidade ambiental”. Uma das principais ações deste planejamento será internalizar a pesquisa e a inovação do capital estrangeiro no Brasil.
“Todos os países desenvolvidos fizeram isso. Os Estados Unidos se industrializaram com empresas europeias fazendo pesquisas por lá. A China está condicionando as empresas a fazer o mesmo. A empresa tem que trazer para o Brasil a pesquisa. Hoje, ele faz a pesquisa lá fora e traz para cá a sua produção”, explica o ministro.
O processo de atração de empresas estrangeiras já vem sendo executado pela pasta. Multinacionais como a Microsoft trouxeram seus centros de pesquisa para o Brasil em virtude de programas como o TI Maior, plano estratégico para o desenvolvimento de software e serviços de Tecnologia da Informação do ministério.
O objetivo de Campolina, no entanto, é conseguir é criar espaço para a chegada de mais empresas. O novo ministro entende que, para trazê-las ao País, será necessário construir um ambiente cooperativo de estímulo e ter condicionantes para facilitar este processo.
“O Brasil é uma fronteira do desenvolvimento mundial. Possuímos diversas potencialidades como a nossa dimensão geográfica, disponibilidade de recursos naturais, o tamanho e as características de sua população, sua base produtiva e o avanço científico recente. Agora, é necessário mostrar que somos um país viável para que o capital estrangeiro, a medida que se convença disso, internalize a pesquisa”, afirma Campolina.
Recursos humanos
Outro pilar do plano arrojado será o processo de qualificação profissional. De acordo com o ministro do MCTI, esta meta é prioritária no conjunto de ações a serem implementados.
“O maior patrimônio de um país, principalmente nas áreas educacionais, científicas e tecnológicas, são seus recursos humanos. O Brasil tem um programa de pós-graduação muito avançado, mas essas coisas precisam ser complementadas, principalmente pela educação básica e essa interface com o sistema produtivo, pois são as empresas que, na prática, materializam a inovação”, argumenta.
Continuidade
Além de destacar que trabalhará intensamente para entregar o plano o mais rápido possível, Campolina fez questão de ressaltar que dará prosseguimento aos programas em execução do MCTI. Ele frisou que seria uma leviandade alterá-los neste momento.
“Planejamento é processo permanente. Vamos avaliar o que está sendo feito e fazermos os ajustes, caso haja necessidade. Não haverá projeto pessoal. Tenho que fazer tudo o que for possível no período em que estiver como ministro. Tentarei deixar a melhor herança possível para aqueles que vierem depois”, finaliza.

terça-feira, 18 de março de 2014

Franco Pallamolla - Presidente da Abimo - fala dos desafios para a inovação no setor médico-hospitalar

Apesar dos avanços e conquistas do Complexo Industrial da Saúde (CIS) quanto à política industrial e incentivos na área, diversos fatores ainda atrasam o desenvolvimento da indústria de materiais e equipamentos para saúde. Com um déficit comercial de US$ 3,7 bilhões em 2012 em oposição a US$ 1,7 bilhão em 2007, o setor apresenta uma tendência preocupante quanto ao crescimento das importações no País. Questões como a dificuldade de diálogo entre indústria e academia, falta de mão de obra especializada e os empecilhos para a inovação, além da falta de uma atuação forte e decisiva do Governo sobre aspectos que fortaleçam o desenvolvimento tecnológico são os principais desafios apontados por ele. Leia a entrevista abaixo: 

Está cada vez mais claro que a  saúde brasileira espera, com ansiedade, por inovações que permitam melhorias nos sistemas e maior acesso à população. Mas por que essa inovação demora tanto a aparecer?
FP: São vários os pontos a serem debatidos e, para isso, é preciso abrir espaço para uma comunicação bastante ampla e eficiente com todos os envolvidos nos processos de inovação. Ou seja, precisamos ouvir as universidades, os empresários e também o governo. Muitas vezes encontramos dificuldade de diálogo ou, ainda, uma dificuldade em saber o que os centros de pesquisa estão fazendo, o que está sendo desenvolvido pelas universidades e o que as empresas precisam.

Por que é tão difícil inovar?
FP: Os empecilhos para inovar não são exclusividade do setor da saúde e nem do Brasil. Outros segmentos e outras nações, desenvolvidas ou não, encontram problemas e batalham para contorná-los dia após dia. Mas, quando falamos em inovação na saúde, temos alguns pontos que merecem destaque, como mencionou recentemente Domingo Braile, presidente do conselho da Braile Biomédica, referência da tecnologia médica no Brasil: “quando falamos na área da saúde estamos falando da máquina mais complexa que existe, que é o corpo humano”.

Esse é um campo de atuação que realmente precisa de cuidados especiais...
FP: Sim, de fato deve-se tomar muito cuidado com as inovações neste setor, afinal tudo precisa ser fundamentado no cuidado com a vida. Mas inovar não necessariamente representa criar algo nunca antes visto.

Como assim?
FP: Inovar pode ser reformular um processo para garantir mais agilidade ou encontrar soluções tecnológicas para aproximar médico e paciente reduzindo o tempo de análise e o diagnóstico de casos específicos.

A inovação deve ser um meio de fomento à indústria e a economia, como um todo?
FP: Evidente. Países inovadores em diferentes segmentos se destacam na economia mundial e garantem melhor posição no mercado como um todo. E é justamente por isso que a inovação deve ser tratada no âmbito da política econômica pública.

Qual é o papel do governo nesse sentido?
FP: Para que universidades e empresas se entendam no que diz respeito à inovação, há a necessidade de uma atuação forte e decisiva do governo sobre aspectos que fortaleçam o desenvolvimento e ofereçam oportunidades a ambos os lados. Enquanto o governo e suas entidades trabalham planos de incentivo, desoneração de impostos e menos entraves burocráticos, as empresas devem otimizar seus processos produtivos. 

Esse debate se estende, também, aos papéis da universidade e da indústria neste cenário?
FP: A parceria entre academia e indústria deve sim existir, ou melhor dizendo, ambos os lados devem coexistir e trabalhar juntos para inovar.

Há, também, de se considerar o papel da Anvisa dentro dos projetos de inovação.
FP: A regulamentação da anuência de patentes enfrenta processos burocráticos que são considerados empecilhos à inovação. A Anvisa tem de ser mais ágil. Não podemos ter processos tão morosos. Isso é uma das coisas que causa o déficit da balança comercial, pois se não tenho as renovações, os importados entram e ganham dos nacionais.

Segundo um levantamento da revista americana Forbes, que listou as 15 graduações mais promissoras em termos de salários e oportunidades de emprego, o grande destaque até 2020 fica por conta da engenharia biomédica.  Essa é mais uma área que pode ser beneficiada pela cultura da inovação?
FP: A falta de mão de obra especializada para realizar e comandar projetos inovadores também atrapalha e torna ainda mais lento o desenvolvimento do Brasil no setor da saúde.  O engenheiro biomédico é aquele que aplica princípios elétricos, mecânicos, químicos, ópticos, de informática e outros para entender, modificar, mensurar ou controlar sistemas biológicos, projetar e fabricar produtos que possam monitorar funções fisiológicas e auxiliar no diagnóstico e tratamento de pacientes.
Trata-se de uma profissão ainda muito nova no Brasil, porém com um amplo campo de trabalho, já que, formado, o profissional pode atuar em toda cadeia da saúde pública ou privada.

A ABIMO destaca-se como uma indutora para a inovação dentro da indústria que representa. Além da organização do Congresso de Inovação em Materiais e Equipamentos para Saúde (CIMES), qual são as outras atuações da ABIMO em prol da inovação?
FP: A ABIMO acredita que incentivar a indústria nacional, independentemente do porte ou da área de atuação, favorece o país, que ganha em tecnologia; e também toda a sociedade, que é beneficiada com novas soluções e oportunidades. Trabalhamos ativamente junto aos órgãos de governo para incluir o setor em suas políticas de fomento e também organizamos anualmente o  Prêmio Inova Saúde, que tem como propósito compartilhar com todo o setor da saúde as conquistas e os progressos da nossa indústria. Além disso, pretendemos inspirar e incentivar todas as companhias a investirem em novas tecnologias, produtos e serviços.
Baseado no artigo do Portal Protec

Menos R$ 1 bilhão em vendas ao Governo, mesmo com a margem de preferência fabricantes nacionais garantiram apenas 10% do total de produtos comprados pelo Governo de 2012 para 2013

Mesmo favorecidas por margens de preferência que permitem vencer licitações do setor público cobrando preços até 25% maiores que os concorrentes estrangeiros, as empresas nacionais perderam, para fornecedores de outros países, a chance de abastecer compras do governo brasileiro equivalentes a R$ 965 milhões, entre abril de 2012 e outubro de 2013.

Alguns setores, porém, aproveitaram a vantagem: fornecedores de máquinas pesadas e caminhões, responsáveis por boa parte do aumento de investimentos em 2013, foram os mais beneficiados pelas compras oficiais com preferências para empresa nacional.

Adotado por vários países - entre eles os Estados Unidos, que chega a aplicar 50% de margem de preferência em compras para as Forças Armadas e representações no exterior -, o privilégio concedido aos fornecedores nacionais turbinou, no ano passado, a indústria têxtil e de calçados. As margens de preferência (usadas especialmente para uniformes e calçados militares e escolares) quase quadruplicaram as vendas desses setores ao Governo, de R$ 98 milhões em 2012 a R$ 356 milhões em 2013, até outubro.

As compras governamentais são cobiçadas pelas empresas de atuação internacional e alvo de um acordo na Organização Mundial do Comércio (OMC), do qual o Brasil - como a maioria dos países emergentes - não quis participar. Faz parte das negociações de livre comércio, como as firmadas entre os Estados Unidos e parceiros pelo mundo e a atual discussão de um tratado comercial entre Mercosul e União Europeia (nessa negociação, o Brasil oferece uma pequena margem, de 3% para os produtores europeus, em relação a preços de países de fora do Mercosul).

Entre abril e dezembro de 2012, as compras do Governo realizadas com a regra de favorecimento aos fornecedores nacionais somaram pouco menos de R$ 2,7 bilhões, a maior parte (R$ 2,2 bilhões) concentradas no último trimestre do ano; em 2013, os dados disponíveis até outubro mostram compras, pelas mesmas regras, de R$ 2,1 bilhões.

Em 2012, o PAC Equipamentos, pelo qual o Governo compra e distribui equipamentos pesados a governos e prefeituras, garantiu 86% das compras com margem de preferência: as escavadeiras e motoniveladoras, com margens de preço de até 25% acima da concorrência, responderam por 55%; os caminhões e outros equipamentos rodoviários (com margens preferenciais de 14% a 20%), 30%. Já em 2013, os destaques foram a compra de produtos médicos (47%) e de confecções, calçados e artefatos (como capacetes), com 17% do total. Caminhões, furgões e equipamentos rodoviários ainda representaram 13% das compras oficiais, quase R$ 270 milhões.

Os dados sobre o desempenho das empresas nacionais favorecidas pelas margens de preferência foram gerados pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a pedido da gerência-executiva de política industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que concluiu, no fim de 2013, um estudo só agora liberado para publicação.

Por meio dele, pode-se ver que nem com permissão para preços mais altos as empresas nacionais se mostraram competitivas em setores como fármacos, medicamentos e equipamentos médicos, uma das áreas prioritárias para o Governo - e desejadas por fornecedores americanos e europeus.

O mecanismo de privilégio aos nacionais, "se bem operado, pode fomentar a diversificação industrial, a agregação de valor e o desenvolvimento tecnológico", defende o estudo da CNI. Ele reconhece, porém, que, mal gerenciado, o sistema de margens de preferência "pode resultar em custos desnecessários para o Estado, a própria indústria e os consumidores".

O estudo da CNI, que não envolveu a importante participação de estatais, especialmente a Petrobras, no esforço de privilegiar fornecedores nacionais, calcula em R$ 72,6 bilhões o total de compras de bens e serviços pelo Governo em 2012, dos quais pouco mais de R$ 48 bilhões em processos licitatórios. O Governo calculava atingir R$ 15 bilhões em compras por meio de margens de preferência; ficou em apenas 14% desse valor, tanto em 2012 quanto no ano passado, até o mês de outubro.

As margens de preferência, que já beneficiam 11 setores, desde 2012, por lei, não podem durar mais de cinco anos; em dezembro, foram estendidos para 2015 os benefícios para as indústrias têxtil e de calçados, que perderiam as margens de preferência em 2013. No caso dos fabricantes de roupas e sapatos, a nova regra favorável aos produtores nacional fez caírem as compras de produtos estrangeiros (99% dos quais, chineses) de R$ 43 milhões em 2012 para R$ 7 milhões em 2013, até outubro.

A falta de competitividade do produtor nacional, ou ausência de fabricantes no País, levaram os estrangeiros a aumentar sua participação no fornecimento de fármacos, medicamentos e equipamentos médicos, de 2012 para 2013. No caso dos fármacos e remédios, os fabricantes garantiram o fornecimento de apenas 10% do total de produtos comprados pelo Governo. Além disso, em 95% dos casos nos quais a margem mínima poderia ser usada, ela foi insuficiente para beneficiar fornecedores nacionais, porque os concorrentes estrangeiros apresentaram preços pelo menos 25% menores que os dos laboratórios no País.

O trabalho da CNI é um bom ponto de partida para avaliar as vantagens e insuficiências da política de compras governamentais. Não há, ainda, uma avaliação do custo desse programa, com os adicionais de preços pagos aos fornecedores no País, mas os valores envolvidos, até agora, são pequenos em relação ao total de compras do Governo, até mesmo em relação ao total das licitações, único modelo de compras ao qual se aplicam as margens de preferência.
Sergio Leo é jornalista e especialista em relações internacionais pela UnB
(Fonte: Valor Econômico - 17/03/2014)

segunda-feira, 17 de março de 2014

Bahiafarma e Natulab

Natulab e Bahiafarma negociam pesquisa de novos medicamentos

As duas entidades já assinaram um acordo de cooperação para uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP).

A notícia foi publicada pelo site:

O Grupo Natulab e a Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma) estão em negociação para o desenvolvimento e pesquisa de novos medicamentos. A novidade foi anunciada no dia 25 de fevereiro (terça-feira), durante a visita da presidente da Bahiafarma, Julieta Palmeira, às instalações da Natulab, em Santo Antônio de Jesus. Ela acompanhou o governador Jaques Wagner, que pela primeira vez esteve no novo complexo industrial do grupo.

Além de Julieta Palmeira, participaram da visita o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, Luiz Gonzaga, chefe de gabinete da Secretária da Indústria Comércio e Mineração (SICM) e Alfredo Boa Sorte, Superintendente da Secretaria da Saúde, entre outras autoridades.

O projeto de expansão fabril da Natulab impressionou Julieta, que falou das parcerias com o laboratório. “Estamos vivendo um momento de reconstrução da produção de medicamentos na Bahia. Já iniciamos conversas e temos acordos de cooperação assinados para trabalharmos juntos”, disse.

Segundo o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos, Olavo Rodrigues, as instituições têm dois projetos que estão em processo de negociação: um para implantação de um laboratório compartilhado no Parque Tecnológico da Bahia, junto à Secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP), submetido ao Ministério da Saúde.

A Bahiafarma realiza pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico no campo farmacêutico, e, quando estiver em funcionamento, vai distribuir medicamentos essenciais para órgãos e entidades que integram o Sistema Único de Saúde (SUS). “A SICM vai oferecer suporte para o desenvolvimento e expansão das duas indústrias”, falou Luiz Gonzaga, representante da secretaria.

Marconi Sampaio, Presidente do Grupo Natulab, diz que a parceria vai beneficiar, principalmente, a população das classes C, D e E, que terá à disposição a novos medicamentos distribuídos pelo SUS. “Nosso projeto é facilitar o acesso para os mais carentes. A meta é desenvolvimento e pesquisa para produtos que devem ser disponibilizados na rede pública de saúde”, concluiu.

10 h POSSE DOS NOVOS MINISTROS NO PLANALTO


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