Destaques

quarta-feira, 1 de julho de 2015

David Uip participou de encontro com fabricantes do setor na sede da Fiesp

Saúde pública do estado de São Paulo
A apresentação dos planos para a Saúde de 2015 a 2018 no Estado de São Paulo, como serão estruturados os investimentos nos hospitais públicos e filantrópicos, e quais são os dados importantes para o planejamento atual e futuro das empresas, hospitais e municípios, fizeram parte da pauta do encontro do Secretário de Estado de Saúde – David Uip com empresários na FIESP no último dia 29.
Dentre os vários temas tratados o Secretário falou da vacina contra dengue, dizendo que a vacina pode ser produzida por empresas privadas, diz secretário da Saúde de São Paulo
Duas vacinas contra a dengue estão em fase de estudos, mas nenhuma deve ficar pronta no próximo ano, afirmou nesta segunda-feira (29/6) o secretário de Saúde do Estado de São Paulo, David Uip. Uma, desenvolvida por um laboratório multinacional, já encerrou a fase três de testes e está sob estudo da Anvisa. A outra, desenvolvida pelo Instituto Butantan, passou da fase dois de testes e também aguarda liberação da Anvisa para a próxima etapa.

“Estamos prontos para fazer um estudo nacional com 17 mil voluntários, sendo dois terços sorteados e outro terço placebo”, disse Uip após se reunir com empresários do setor de saúde na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Ele reiterou, no entanto, que vai levar tempo para que as vacinas possam ser oferecidas a população. “É um estudo de cinco anos, que é reavaliado a cada seis meses.”

Uip afirmou ainda que há possibilidade de o setor privado fabricar a vacina que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan.

“Estamos discutindo com a iniciativa privada a parceria e escolhendo formas de viabilizar esse projeto. O Butantan tem a proposta também de fazer com sua fábrica, temos que interagir para ver qual a melhor proposta. Se o Butantan tem competência ou não, ou se há uma proposta da iniciativa privada melhor, a decisão final é do governador”, afirmou.

Para o coordenador titular do Comitê de Biotecnologia (BioBrasil) da Fiesp, Ruy Baummer, a fabricação da vacina deve ficar a cargo do setor privado.

“O custo da pesquisa é muito grande. Dificilmente, no Brasil, tem empresas com recurso para fazer pesquisa. Por outro lado, o que a indústria faz é dar eficiência à produção.”


Alice Assunção, Agência Indusnet Fiesp, Foto: Helcio Nagamine/Fiesp




RADIOFÁRMACOS SÃO ADQUIRIDOS DA CNEN

EXTRATO DE CONTRATO Nº 80/2015 - UASG 250052
Nº Processo: 1786/2014. INEXIGIBILIDADE Nº 168/2015. Contratante: MINISTÉRIO DA SAÚDE -CNPJ Contratado: 00402552000398. Contratado: COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA -NUCLEAR. Objeto: Aquisição de 52 unidades de cada um dos radiofármacos: iodo 123 - I-123 com atividade de 50mCi e Metaiodobenzilguanidida I-123, com atividade de 30mCi. Fundamento Legal: LEI 8.666/93 E ALTERAÇÕES . Vigência: 23/06/2015 a 22/06/2016. Valor Total: R$ 250.340,48. Fonte:
6151000000 - 2015NE802418. Data de Assinatura: 23/06/2015.


MS PRORROGA TERMO DE COOPERAÇÃO NO. 128/2013 COM LFM

2º Termo Aditivo ao Termo de Cooperação no- 128/2013 CONVENENTES: Celebram entre si a União Federal, através do
Ministério da Saúde - CNPJ nº. 00.530.493/0001-71, e LABORATÓRIO FARMACÊUTICO DA MARINHA, Estado do RIO DE JANEIRO - CNPJ nº. 11.376.952/0001-20. OBJETO: Prorrogar a vigência do Termo de Cooperação nº. 128/2013, destinado Fomento Ao Desenvolvimento, Qualificação e Inovação Em Produtos Estratégicos para o SUS, até 24/12/2015, a contar de seu vencimento. PROCESSO: 25000.168569/2013-25. VIGÊNCIA: Entrará em vigor a partir de sua assinatura até 24/12/2015. DATA DE ASSINATURA: 23/06/2015. SIGNATÁRIOS: ANTONIO CARLOS ROSA DE OLIVEIRA JUNIOR - C.P.F. nº. 236.795.140-34 - DIRETOR-EXECUTIVO DO FUNDO NACIONAL DE SAÚDE/MS; HELDER DANIEL BADIANI - C.P.F. nº. 815.642.107-82, DIRETOR, LABORATÓRIO FARMACÊUTICO



Transplante de células-tronco hematopoética alogênico aparentado para tratamento da doença falciforme é incorporado no SUS pelo MS/SCTIE/CONITEC

SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
PORTARIA No- 30, DE 30 DE JUNHO DE 2015
Torna pública a decisão de incorporar no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS o transplante de células-tronco hematopoéticas alogênico aparentado para tratamento da doença falciforme, conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde.
O SECRETÁRIO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições legais e com base nos termos dos art. 20 e art. 23 do Decreto 7.646, de 21 de dezembro de 2011, resolve:

Art. 1º Fica incorporado no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, o transplante de células-tronco hematopoética alogênico aparentado para tratamento da doença falciforme, conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde.

Art. 2º O relatório de recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) sobre a tecnologia estará disponível no endereço eletrônico: http://conitec.gov.br/index.php/decisoes-sobre-incorporacoes
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
JARBAS BARBOSA DA SILVA JÚNIOR


Betainterferona 1A 6.000.000 UI (30 mcg) para o tratamento da esclerose múltipla entra em consulta pública para incorporação

SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS
CONSULTA PÚBLICA No- 19, DE 30 DE JUNHO DE 2015
O SECRETÁRIO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE torna pública, nos termos do art. 19 do Decreto 7.646, de 21 de dezembro de 2011, consulta para manifestação da sociedade civil a respeito da recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde relativa à proposta de exclusão do Sistema Único de Saúde da betainterferona 1A 6.000.000 UI (30 mcg) para o tratamento da esclerose múltipla, apresentado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos - SCTIE/MS. Fica estabelecido o prazo de 20 (vinte) dias, a contar da data de publicação desta Consulta Pública, para que sejam apresentadas contribuições, devidamente fundamentadas. A documentação objeto desta Consulta Pública e o endereço para envio de contribuições estão à disposição dos interessados no endereço eletrônico:http://conitec.gov.br/index.php/consultas-publicas
A Secretaria Executiva da CONITEC avaliará as contribuições apresentadas a respeito da matéria.
JARBAS BARBOSA DA SILVA JÚNIOR



RIFAMPICINA DOSE ÚNICA É INCORPORADA PELO MS/SCTIE/CONITEC - quimioprofilaxia de contatos de doentes de hanseníase

PORTARIA No- 32, DE 30 DE JUNHO DE 2015
Torna pública a decisão de incorporar a quimioprofilaxia de contatos de doentes de hanseníase com rifampicina em dose única no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.
O SECRETÁRIO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições legais e com base nos termos dos art. 20 e art. 23 do Decreto 7.646, de 21 de dezembro de 2011, resolve:

Art. 1º Fica incorporada no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, a quimioprofilaxia de contatos de doentes de hanseníase com rifampicina em dose única, de acordo com estratégia de implantação do Ministério da Saúde.

Art. 2º O relatório de recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) sobre a tecnologia estará disponível no endereço eletrônico: http://conitec.gov.br/index.php/decisoes-sobre-incorporacoes .

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
JARBAS BARBOSA DA SILVA JÚNIOR



RASTREABILIDADE - PL Sen HUMBERTO COSTA



Acompanhamento de Matérias

SF PLS 00276 2015 - RASTREABILIDADE

Ementa: Altera a Lei nº 11.903, de 14 de janeiro de 2009, para aumentar os prazos de implantação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos....
30/06/2015 CMA - Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle
Situação: PRONTA PARA A PAUTA NA COMISSÃO
Reunida a CMA na 26ª reunião extraordinária de 30/06/2015, a matéria foi adiada. Apresentado novo relatório pelo relator, Senador Valdir Raupp, pela aprovação do projeto com quatro emendas que apresenta. Anexado às fls. 11 a 16 o parecer anteriormente apresentado.


DECRETO ALTERA ESTRUTURA do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial - CNDI

DECRETO No- 8.476, DE 30 DE JUNHO DE 2015
Altera o Decreto nº 5.353, de 24 de janeiro de 2005, que dispõe sobre a competência, composição, funcionamento e estruturação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial - CNDI.
O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 18 e 19 da Lei nº 11.080, de 30 de
dezembro de 2004,
D E C R E T A :
Art. 1º O Decreto nº 5.353, de 24 de janeiro de 2005, passa a vigorar com as seguintes alterações:
"Art. 3º O CNDI será composto por dezenove conselheiros, que representarão a sociedade civil, e pelos seguintes Ministros
de Estado e Presidente de entidade:
........................................................................................................
III - da Ciência, Tecnologia e Inovação;
.........................................................................................................
XIV - Chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República;
........................................................................................................
XVII - Chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República;
XVIII - Chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República; e
XIX - Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES.
..............................................................................................." (NR)
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 30 de junho de 2015; 194º da Independência e 127º da República.
MICHEL TEMER
Ivan João Guimarães Ramalho



Brasil Sem Alergia distribuirá mil kits de tratamento contra a asma em seus postos no Rio de Janeiro

Com a recente chegada do inverno, período marcado por dias mais frios e secos, é o momento crítico para o surgimento de inúmeros casos de alergias respiratórias. A asma, por exemplo, doença que já faz cerca de 20 milhões de vítimas no Brasil (dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia), é um dos processos alérgicos mais comuns na nova estação. Pensando nisso, o projeto social Brasil Sem Alergia, iniciativa que já realizou mais de 120 mil atendimentos gratuitos para tratar alergias, irá distribuir gratuitamente, nas próximas duas semanas, mil kits de tratamento para os asmáticos na Baixada Fluminense (RJ).   

Na sede do projeto, que fica na Rua Conde de Porto Alegre 167, no bairro 25 de Agosto, em Duque de Caxias, os pacientes que forem diagnosticados com asma poderão retirar seus kits entre os dias 29 de junho e 03 de julho, de segunda a sexta. A unidade de Nova Iguaçu, situada no prédio da Cruz Vermelha de Nova Iguaçu, na Rua Coronel Bernardino de Melo 2085, entregará os medicamentos na segunda semana da ação, entre os dias 06 e 10 de julho. Já no posto de Xerém, na Praça da Mantiqueira 18, no Centro Médico Estrela de David, os asmáticos terão duas terças-feiras para adquirir os kits, nos dias 30 e 07 de julho. Todos os atendimentos serão realizados das 09h às 18h e os interessados deverão agendar suas consultas previamente pelos telefones (21) 3939-0239skypec2c://r/204(21) 3939-0239 ou (21) 2652-2175skypec2c://r/204(21) 2652-2175.

Com mais de 120 mil atendimentos gratuitos realizados – equivalente à população de Resende (RJ), o Brasil Sem Alergia é um projeto social que oferece diversos procedimentos de prevenção, combate e controle de processos alérgicos e de doenças ligadas ao sistema imunológico. Com três postos na Baixada Fluminense (Duque de Caxias, Xerém e Nova Iguaçu), a equipe da ação social oferece gratuitamente testes alérgicos, atendimento médico, orientação clínica e um recém-inaugurado serviço de acupuntura para tratar alergias. Coordenado pelo médico Marcello Bossois, o projeto está à disposição de toda a população do Rio de Janeiro de segunda a sábado

Ministro pede que os EUA eliminem "o mais rápido possível" as barreiras não tarifárias

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, pediu que o governo americano elimine barreiras não tarifárias aos produtos brasileiros o mais rápido possível para facilitar o fechamento de um acordo comercial entre o Brasil e os Estados Unidos. Ele reuniu-se hoje (30) com a secretária de Comércio norte-americana, Penny Pritzker, em Washington.

Segundo o ministro, que acompanha a presidenta Dilma Rousseff em visita oficial aos Estados Unidos, o governo brasileiro está empenhado em padronizar normas técnicas, regulamentações e padrões para ampliar o acesso das mercadorias brasileiras ao mercado americano. Para ele, os acordos assinados são um passo importante nesse sentido.

“Estamos assinando acordos substantivos na área de facilitação de comércio e na harmonização de normas técnicas e convergência de padrões, e tudo isso para remover barreiras, por assim dizer, barreiras não tarifárias que impedem maior acesso de produtos brasileiros ao mercado americano”, disse Monteiro em gravação divulgada pelo ministério.

O ministro participou também da 3ª Cúpula Empresarial Brasil–Estados Unidos, que reuniu 390 empresários dos dois países, em Washington. No evento, Monteiro pediu engajamento do setor privado para o sucesso da agenda comercial entre o Brasil e os Estados Unidos.

“O diálogo do setor privado é o que realmente move essa agenda do comércio e dos investimentos. Os governos podem estabelecer os marcos da agenda, estimular e fazer uma ação convergente, mas o que dá a dimensão da relação é exatamente o grau de maior integração entre os setores privados dos dois países”, disse o ministro na gravação.

Monteiro destacou que a parceria com os Estados Unidos na área de inovação será importante para modernizar e dar mais competitividade à indústria brasileira. Segundo ele, existe um grande potencial para que o Brasil e os Estados Unidos aprofundem a troca de informações nessa área e construam um instrumento para o desenvolvimento do setor industrial brasileiro.

Fonte: Agência Brasil


Câmara rejeita redução da maioridade penal para crimes graves

Substitutivo da PEC da Maioridade Penal, que propunha punir, segundo o Código Penal, jovens de 16 a 18 anos, não passa em 1º turno

Deputados mostram cartazes contra a proposta de redução da maioridade penal (Foto: Câmara Notícias)
O texto-base da PEC da Maioridade Penal (Proposta de Emenda Constitucional 171/93) foi rejeitado por 303 a favor, 184 contra e 3 abstenções, pelos deputados federais, após sete horas de sessão, sendo três discussão no Plenário da Câmara. Eram necessários 308 votos favoráveis, 3/5 dos 513 deputados, para o substitutivo da PEC colocado em votação ser aprovado. A proposta reduz a maioridade penal de jovens de 16 e 18 anos que cometem crimes graves, como homicídios e estupros. Se a PEC passar em mais um turno na Câmara e também for aprovada no Senado, os adolescentes dessa faixa etária passarão a ser julgados, no caso de crimes hediondos, segundo o Código Penal. Atualmente, nessa faixa etária, os jovens cumprem medidas socioeducativas. 

A expectativa é de que, agora, o texto original da PEC seja colocado em votação, em outra sessão. A sessão desta terça-feira foi encerrada. Os líderes conversarão para analisar como seguirá a avaliação da PEC original, de 1993, com a rejeição do substitutivo.
"Queria registrar que estamos fazendo uma votação histórica", disse o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), antes da votação. Cunha se manifestou, em outros dias, favorável à redução da maioridade penal.

Enquanto os debates ocorriam no Plenário, do lado de fora, grupos contra e a favor da redução acompanharam a votação. Foram distribuídas 200 senhas para que o público pudesse assistir ao debate nas galerias da Casa. Durante o dia, houve tumulto fora do Plenário. Spray de pimenta foi usado para conter manifestantes que tentavam entrar, segundo reportagem do Estadão.

 (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
Na galeria do Plenário da Câmara, pessoas favoráveis à redução da maioridade penal 
No Plenário, os deputados levantaram cartazes contra e a favor da PEC. A votação começou à 0h16 desta quarta-feira.
Antes de os deputados digitarem seus votos, parlamentares favoráveis e contrários à PEC expuseram na tribuna seus argumentos. O relator da PEC, deputado Laerte Bessa (PR-DF), falou contra as críticas feitas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, à proposta, de que ela autorizaria a revisão de outras leis, como sobre a venda de bebidas alcoólicas a menores e a idade mínima para dirigir e outras leis. “Foram criados vários factoides e mentiras para denegrir o que estamos votando”, afirmou Bessa, segundo a Câmara Notícias.

O presidente da comissão especial que analisou a proposta, deputado Andre Moura (PSC-SE), também rebateu os argumentos contrários que citam impactos em outras legislações. “Vamos votar PEC para redução de maioridade penal para crimes contra a vida, não estamos dando carteira de motorista para ninguém nem autorizando venda de bebidas alcoólicas porque não somos irresponsáveis”, disse.

 (Foto: Ailton de Freitas/ Agência O Globo)
Estudantes contrários à PEC para redução da maioridade penal fazem vigília do lado de fora do Congresso.

O deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) reconheceu que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) já não é capaz de responder a casos como o das quatro jovens que sofreram estupro coletivo no Piauí, mas avalia que a redução da maioridade penal vai na contramão das experiências mundiais. “A reincidência entre os que cumprem pena no sistema prisional é de 70%, enquanto a reincidência entre os que cumprem medida socioeducativa é de apenas 36%”, disse Jordy.

Os líderes do Pros, Domingos Neto (CE), e do governo, José Guimarães (CE), também se posicionaram contra a PEC. Guimarães propôs que os menores fiquem até 8 anos internados se cometerem crimes considerados hediondos. “Vamos nos unir em nome da civilização. Os países que fizeram a redução estão trabalhando a ideia da socialização”, disse. Para Domingos Neto, a mudança no ECA poderia garantir a aplicação mais rápida de uma pena ao adolescente infrator, já que o processo é mais rápido do que o previsto no Código Penal. “Se punido pelo Código Penal, um jovem poderia estar solto em um ano meio por progressão da pena, mas se mudarmos o ECA poderá cumprir pena de até 8 anos”, disse. Ele afirmou ainda que a mudança legal precisa vir acompanhada de investimentos do governo federal nas instituições de internação.

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) também defendeu mudanças no ECA e apelou ao PMDB e ao PSDB para que derrotem a PEC. Os dois partidos, no entanto, manifestaram-se pela aprovação da proposta.

Redação da Época


Participantes de debate criticam obstáculos à inovação no Brasil

O aprimoramento da atual legislação, a redução da burocracia e a definição de um regime próprio de aquisições para a pesquisa estiveram entre as sugestões apresentadas nesta segunda-feira (29) em audiência pública sobre a integração entre universidades e empresas em favor da inovação tecnológica. O evento foi realizado na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), por iniciativa do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que presidiu a reunião.

O Brasil hoje abriga 94 parques tecnológicos, segundo o diretor de Fomento à Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Igor Manhães. Em sua opinião, os núcleos de inovação tecnológica das universidades são fundamentais para o sucesso da integração, mas precisam de mais autonomia na negociação de projetos com as empresas, o que demora muito devido à burocracia.
- É fundamental que os núcleos tenham orçamento próprio para gerir atividades. Precisam de pessoal qualificado, com experiência de mercado e que conheça a realidade da universidade. Os alunos saem da universidade com ideias boas, mas sem conhecimento da realidade de mercado. Precisamos pensar em novas formas de integração entre o empreendedor, a universidade e as novas tecnologias – afirmou.
“Empresas-filhas”
O diretor-executivo da Inova/Unicamp, Milton Mori, destacou o papel pioneiro da universidade na integração com empresas. A Unicamp, afirmou, mantém hoje afiliadas 254 “empresas-filhas”, fundadas por ex-alunos e professores da instituição para a criação de patentes, sobretudo em aplicativos de tecnologia da informação (TI) e engenharia, entre outras áreas. A universidade mantém vigentes 945 patentes.
Entre os entraves à inovação, Mori citou a existência de normas regulatórias e a falta de liberdade para a comercialização de patentes pela Unicamp. Ele também mencionou a Lei de Licitações (8.666/1993), que ele classificou de “lei anti-ciência”, além dos registros demorados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), a elevada carga tributária e a morosidade na abertura de empresas.
- O INPI tem que ter autonomia, uma reestruturação forte para avançar na inovação. Sem isso o país não vai. No Canadá, [a abertura de empresas] leva cinco dias. Na Nova Zelândia, meio dia. Nós levamos no Brasil 105 dias – afirmou.
Ameaça à inovação
Para o consultor Cláudio José Marinho Lúcio, as leis trabalhistas são a principal ameaça à inovação no Brasil. Ele citou como exemplo o Porto Digital de Recife, que apontou como um dos mais bem sucedidos na área de tecnologia da informação. Ele observou que o empreendimento, que funciona há 15 anos, reúne 250 empresas que empregam 7.500 pessoas, com faturamento acima de R$ 1 bilhão.
O lucro em atividade de pesquisa e inovação é a única forma de usar recursos livres. A maior parte dos recursos está vinculada à legislação, que ainda é muito armada, diante da fragilidade institucional que temos no país para fazer inovação – afirmou.
O consultor disse que os mecanismos que levariam o Brasil a inovar de forma competitiva ainda são precários, e cobrou a regulamentação dos investimentos em incubação e a participação em startups, já previstas na Lei de Informática (8.248/1991).
- É preciso avançar numa floresta de indefinições. É preciso priorizar o teor de inovação nos projetos pesquisados. Há ambiente de medo diante de tantas restrições. Evoluímos em parques tecnológicos. Precisamos de lei de software. Já temos a lei de hardware. Estamos atrelados às estratégias de empresas de hardware – afirmou.
DNA do estudante
Para o decano de Administração da Universidade de Brasília (UnB), Luís Afonso Bermudez, a produção de boas patentes está ligada ao DNA do estudante de graduação e de pós-graduação, que precisa ser bem formado. Ele também defendeu melhoria na gestão da transferência do conhecimento, como forma de antecipar às demandas futuras da sociedade.
- Para que a gente tenha inovação e empreendedorismo, temos que ter transgressão e ambiente em que a gente permita isso, com curiosidade e criatividade. E isso é muito difícil hoje. Quem vai produzir não recebeu bagagem de pensar diferente a coisa nova. E nós não estamos ensinando nossa juventude a pensar na coisa nova – afirmou.
O representante da UnB observou que as grandes empresas não precisam de relação com a universidade, pois elas sabem onde está o conhecimento, ao contrario dos pequenos e médios empresários, que necessitam de apoio do governo. Em sua avaliação, o governo dever dar condições de operacionalizar missões de inovação à indústria, comércio, serviços e entidades que colaboram com desenvolvimento regional.
Bermudez disse ainda que o regime jurídico único não serve para gerir parques científicos tecnológicos e incubadoras de empresas. Segundo ele, as compras e contratações precisam de regulamento próprio, a exemplo do que ocorre com o Sistema S, que reúne SENAI, SESC, SESI e outras entidades. O professor também afirmou que falta esclarecimento aos fiscais do trabalho, que na maioria das vezes promovem uma fiscalização sem levar em conta as especificidades da nova economia global.
Conhecimento
Para o gerente da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Célio Cabral de Sousa Júnior, o Brasil já atingiu certo patamar de conhecimento científico e tecnológico, o qual precisa ser transformado em realidade, sobretudo para os pequenos negócios.
Cabral disse que a herança cultural ibérica dificulta a relação universidade-empresa, que manifesta uma grande aversão ao risco, tanto do ponto de vista empresarial como do acadêmico, o que acaba causando conflito de interesses entre as partes.
Ele afirmou também que é necessário pensar em uma estratégia de longo prazo para ciência, tecnologia e inovação, para que os institutos de pesquisa mantenham uma diretriz mais ampla e não fiquem reféns de políticas adotadas a cada governo.
O representante do Sebrae avaliou ainda que é preciso facilitar o acesso do pequeno negócio ao conhecimento de ponta. Ele também criticou a Lei de Licitações (8.666/1993) e sugeriu a criação de um regime diferenciado de contratação (RDC) para investimentos em pesquisa e desenvolvimento.
- Não se pode usar a mesma lógica de fiscalização de construção de uma ponte ou estrada para conhecimentos intangíveis como a ciência e a inovação.
Agência Senado Ana Volpe/Agência Senado


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