Destaques

quarta-feira, 9 de março de 2016

Câmara aprova projeto que autoriza uso de FOSFOETANOLAMINA contra o câncer

Deputados aprovaram produção e uso da fosfoetanolamina aos pacientes com câncer mesmo antes do parecer da Anvisa


O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (8) o Projeto de Lei 4639/16, que autoriza a produção e o uso da fosfoetanolamina sintética aos pacientes com câncer mesmo antes da conclusão dos estudos que permitam à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisar o pedido de registro definitivo dela como medicamento. A matéria será analisada ainda pelo Senado.

De autoria de um grupo de trabalho sobre o tema, que atuou no âmbito da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, o projeto foi assinado por 26 deputados, entre membros da comissão e outros que apresentaram propostas sobre o tema anteriormente.
O texto permite que os pacientes façam uso da substância por livre escolha se diagnosticados com câncer e se assinarem termo de consentimento e responsabilidade. A opção pelo uso voluntário da fosfoetanolamina sintética não exclui o direito de acesso a outras modalidades terapêuticas.

Relevância pública


A substância é definida como de relevância pública e sua produção, distribuição, prescrição, dispensação e uso poderão ocorrer mesmo sem registro sanitário.

Os testes e estudos clínicos sobre essa substância ainda estão em curso e a Anvisa não pode conceder o registro sem a conclusão das pesquisas. Entretanto, a própria Anvisa terá de autorizar os laboratórios que farão a produção e distribuição da fosfoetanolamina sintética.

Exceção


Segundo a relatora da proposta pela Comissão de Seguridade Social e Família, deputada Leandre (PV-PR), o Brasil não tem laboratórios oficiais que produzam o medicamento para consumo. “O País tem apenas laboratórios químicos oficiais e não farmacêuticos”, afirmou, destacando a necessidade de quebra de patente para a produção por outros laboratórios.
Na discussão em Plenário, uma das preocupações dos deputados foi o acesso da população à substância, de preferência com distribuição pública e gratuita.

O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) questionou a relatora quanto à possibilidade de o medicamento ser vendido por um preço abusivo mesmo com a permissão temporária. “Queremos que as pessoas tenham acesso ao medicamento sem pagar um preço abusivo por ele”, afirmou.

Histórico


A fosfoetanolamina é pesquisada pelo Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo, há cerca de 20 anos por meio de estudos conduzidos pelo professor aposentado da universidade Gilberto Orivaldo Chierice.

A substância imita um composto que existe no organismo, o qual sinaliza as células cancerosas para que o sistema imunológico as reconheça e as remova. Os resultados podem variar de acordo com o sistema imunológico de cada paciente, mas há vários relatos de casos de regressão agressiva da doença e até de cura.

A fosfoetanolamina vinha sendo distribuída de forma gratuita no campus da universidade, em São Carlos, mas, em 2014, a droga parou de ser entregue por causa de uma portaria determinando que substâncias experimentais tivessem todos os registros antes de serem disponibilizadas à população.

Sem a licença da Anvisa, essas substâncias passaram a ser entregues somente se determinadas pela Justiça por meio de liminares, que chegaram a ser suspensas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O presidente do TJ-SP, desembargador José Renato Nalini, reconsiderou a decisão e informou, em outubro de 2015, que os pacientes que necessitam da substância deveriam entrar com um pedido na Justiça.

Atualmente, cada cápsula tem um custo de produção de menos de R$ 0,10 e, apesar do interesse de outro país em fabricar o medicamento, o professor Chierice argumenta que isso tornaria inviável o acesso à fosfoetanolamina pelo preço de venda.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Eduardo Piovesan , Edição – Pierre Triboli , Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Agência Câmara Notícias


terça-feira, 8 de março de 2016

PAUTA - 10ª Reunião do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde - GECIS


Prezado(a) Senhor(a),

          Segue a Pauta da 10ª Reunião do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde – GECIS, a ser realizada no dia 10 de Março de 2016, às 15 horas, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), localizado no Setor de Clubes Esportivo Sul Trecho 2, Conjunto 63, Lote 50 – Asa Sul, Brasília/DF.

          Solicitamos a confirmação da presença até o dia 08 de março pelo endereço eletrônico: 
gecis@saude.gov.br .
 
Atenciosamente, 

    
COORDENAÇÃO DO GRUPO EXECUTIVO DO COMPLEXO INDUSTRIAL DA SAÚDE

Anexo:


Frente parlamentar pelos direitos da mulher será lançada hoje(8) - data em que se comemora do Dia Internacional da Mulher

Entrega de prêmios e debates sobre feminicídio e direitos individuais na internet também estão na programação do mês da mulher, no Congresso Nacional

dep. Ana PeruginiFrente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos Humanos da Mulher será lançada nesta terça-feira (8), data em que se comemora do Dia Internacional da Mulher.
 A solenidade ocorrerá no Auditório Freitas Nobre, na Câmara dos Deputados, às 15h30.

Reprodução/TV Câmara

Ana Perugini: colegiado quer frear propostas que representam "risco de retrocesso em conquistas recentes das mulheres"

A iniciativa de criação do colegiado partiu da deputada Ana Perugini (PT-SP), diante dos “riscos de retrocesso em conquistas recentes das mulheres”. Como exemplo de propostas em tramitação no Congresso que ameaçam os avanços femininos, ela citou as que modificam regras do registro civil, as que tratam de questões relacionadas a estupro e até as que tentam regulamentar a terceirização no mercado de trabalho, pois, segundo Ana Perugini, violam o pacto social em curso desde a Constituição de 1988.

"A frente nasceu principalmente da constatação de que nós estamos sofrendo, aqui no Congresso e no nosso cotidiano, um retrocesso aos avanços já adquiridos”, afirmou. “Esse 8 de março será um marco para dizer que vamos continuar lutando pelos nossos direitos", completou.

Também estão entre os objetivos do grupo, composto por 200 parlamentares, o aumento da representatividade da mulher na política e maior vínculo de deputados e senadores com movimentos sociais.

Outros eventos
A instalação da frente parlamentar faz parte da série de eventos da Câmara e do Senado em comemoração ao Mês da Mulher. Também no dia 8 de março, às 11 horas, em sessão solene do Congresso, será feita a entrega da 15ª edição do Diploma Bertha Lutz. Pela primeira vez, um homem será agraciado com a láurea, que reconhece quem se destaca na defesa dos direitos femininos.


No dia 16, às 14 horas, no Auditório Freitas Nobre, haverá uma série de debates a respeito do feminicídio. Já confirmaram presença na discussão Andrea Brochier Machado, perita criminal do Instituto Geral em Porto Alegre (RS); e Dilamar Aparecida de Catro Souza, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Luziânia (GO).

Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Marcelo Oliveira

Agência Câmara Notícias

Comissão da MP para controle do Aedes aegypti apresentará plano de trabalho, amanhã (9), às 14h

comissão mista que analisa a Medida Provisória (MP) 712/16 reúne-se na quarta-feira (9) para apresentação do plano de trabalho. A MP prevê a adoção de medidas emergenciais de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, do vírus zika e do vírus chikungunya.

O plano de trabalho será apresentado pelo relator da MP, deputado Newton Cardoso Jr (PMDB-MG). Segundo o parlamentar, a ideia é realizar audiências públicas com representantes dos três poderes, em âmbito estadual, federal e municipal, e com o Ministério Público. Para o deputado, é preciso que todos os pontos da medida sejam esclarecidos para que nenhum direito relacionado à invasão de privacidade seja ferido.

Também haverá debates com especialistas, que apresentarão novas ações e tecnologias como alternativas de combate ao mosquito. Após a realização das audiências, a discussão será com os parlamentares.

"Pretendo convocar também os deputados e senadores envolvidos na nossa comissão para que eles possam fazer uma apuração de todo conhecimento gerado a partir dessas audiências públicas. Entendo que poderemos, assim, fechar um relatório com uma proposta bastante eficaz para o País, no que tange a uma solução prática de combate ao mosquito", disse o deputado.

O relator informou que a medida já recebeu mais de 100 emendas que ainda estão sendo analisadas.

Combate ao mosquito
A MP estabelece que, em caso de iminente perigo à saúde pública pela presença do Aedes aegypti, autoridades do Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito federal, estadual, distrital e municipal, ficam autorizadas a executar as medidas necessárias ao controle das doenças transmitidas pelo mosquito.


De acordo com o texto, fica autorizado o ingresso forçado em imóveis abandonados ou com ausência de seus proprietários. A MP determina ainda a realização de visitas a imóveis públicos e particulares para a eliminação do mosquito e de seus criadouros, além da realização de campanhas educativas e de orientação à população.
A reunião que vai apreciar o plano de trabalho da comissão está marcada para as 14 horas, no plenário 6 da ala Nilo Coelho, no Senado.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:
Reportagem – Lianna Cosme
Edição – Pierre Triboli

'Agência Câmara Notícias

DICOL SE REÚNE HOJE NA SEDE DA ANVISA COM TRANSMISSÃO AO VIVO - TERCEIRIZAÇÃO DA PRODUÇÃO, CQ E ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS E ALIMENTOS PARA LACTENTES fazem parte da pauta

A Diretoria Colegiada da Anvisa faz, nesta terça-feira (8/3), a 5ª Reunião Ordinária Pública do ano. O encontro será transmitido, ao vivoa partir das 10 horas. (Acesso disponível apenas por meio do Internet Explorer).

De acordo com a pauta, serão analisadas cinco propostas de Resolução de Diretoria Colegiada (RDC), entre as quais a que dispõe sobre terceirização de produção, de análises de controle de qualidade e de armazenamento de medicamentos e a que trata sobre Alimentos de Transição para lactentes e crianças de primeira infância.

Haverá análise de três Propostas de Iniciativas e de três propostas de Consulta Pública.  A reunião prossegue com o julgamento de recursos administrativos.

Clique aqui para assistir à reunião. (Acesso disponível apenas por meio do Internet Explorer)

Serviço: Reunião Ordinária Pública 5/2016
Data: 7.3.2016
Horário: 10 horas
Local: Sala de Reuniões da Diretoria Colegiada – Térreo do Bloco E, na Sede da Anvisa (Setor de Indústria e Abastecimento – SIA – Trecho 5 Área Especial 57 – Brasília/DF)

ONU RECONHECE ATUAÇÃO DA ANVISA NO CONTROLE DE DROGAS E EXALTA RECLASSIFICAÇÃO DO CANABIDIOL

Junta internacional de controle de drogas elogia iniciativas da Anvisa

7 de março de 2016

A Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife) da Organização das Nações Unidas (ONU), em seu relatório relativo ao ano de 2015, faz referências positivas ao Brasil por conta de iniciativas adotadas pela Anvisa. O relatório oferece uma análise da situação do enfrentamento ao problema mundial das drogas, servindo como base para recomendações de controle a governos e organizações internacionais e regionais.
O documento foi publicado em 2 de março e está dividido em quatro capítulos. No item II, “Funcionamento do Sistema Internacional de Controle de Drogas”, a junta acolhe de forma positiva a criação pela Agência de um fórum permanente para o intercâmbio de informações, com a finalidade de aperfeiçoar o diálogo interinstitucional entre a Anvisa e as polícias brasileiras. O fórum busca alternativas regulatórias para o combate ao avanço do aparecimento de novas substâncias psicoativas.

Ainda no capítulo II, a junta reconhece como positivo o início da utilização no país, por meio da Agência, do sistema National Drugs Control System (NDS). Também salienta o fato de o Brasil estar entre os países que já usam o sistema I2ES, para controle de importação e exportação de psicotrópicos.

Neste mesmo item, a Junta observa ainda que o Brasil realizou progressos em relação às diretrizes para que viajantes possam portar substâncias sujeitas à fiscalização internacional, visto que a Anvisa providenciou as informações necessárias para a atualização de tais orientações, presentes em https://www.incb.org/incb/en/psychotropic-substances/travellers_country_regulations.html

No capítulo III, intitulado “Análise da Situação Mundial”, a Jife exalta a reclassificação da substância canabidiol. Por meio da publicação da RDC nº 03/2015, a agência retirou a substância da lista de produtos proscritos e a classificou em uma lista de substâncias sujeitas a controle especial (Portaria SVS/MS nº 344/98). Ainda sobre o tema, o relatório faz menção ao processo, conduzido pela Agência, de regulamentação da importação excepcional de produtos à base de canabidiol para uso médico, conforme RDC nº 17/2015.

“É com satisfação e com o propósito de continuar buscando o acesso seguro da população aos produtos sujeitos a controle especial, por meio do aprimoramento das medidas de controle e fiscalização destes produtos, que a Anvisa recebe as observações e recomendações constantes do relatório da Jife”, salienta o diretor da agência José Carlos Moutinho.


RAFAELA ALVES CARNEIRO, nomeada Assistente Técnico, da Coordenação-Geral de Ações Estratégicas em DST, AIDS e Hepatites Virais

GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA No - 325, DE 7 DE MARÇO DE 2016
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da competência que lhe foi subdelegada pela Portaria nº 1.056, de 11 de junho de 2003, da Casa Civil da Presidência da República,
resolve: Nomear,
RAFAELA ALVES CARNEIRO, para exercer o cargo de Assistente Técnico, código DAS 102.1, nº 38.0055, da Coordenação-Geral de Ações Estratégicas em DST, AIDS e Hepatites Virais, do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das DST, AIDS e Hepatites Virais, da Secretaria de Vigilância em Saúde.
MARCELO CASTRO

Grupo de Trabalho para a qualificação da Assistência Ventilatória no âmbito do SUS

GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA Nº 327, DE 7 DE MARÇO DE 2016
Institui Grupo de Trabalho para a qualificação da Assistência Ventilatória no âmbito do SUS.

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da atribuição que lhe confere o inciso I do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e Considerando a Portaria nº 1.370/GM/MS, de 3 de junho de 2008, que institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o Programa de Assistência Ventilatória Não Invasiva aos Portadores de Doenças Neuromusculares;
Considerando a Portaria nº 370/SAS/MS, de 4 de julho de 2008, que estabelece o rol de doenças neuromusculares incluídas no Programa de Assistência Ventilatória Não Invasiva aos Portadores de Doenças Neuromusculares e as Indicações Clínicas para a utilização de ventilação não invasiva em pacientes portadores de doenças neuromusculares;
Considerando a Portaria nº 963/GM/MS, de 27 de maio de 2013, que redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS);
Considerando a Portaria nº 793/GM/MS, de 24 de abril de 2012, que institui a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do SUS;
Considerando a Portaria nº 835/GM/MS, de 25 de abril de 2012, que institui incentivos financeiros de investimento e de custeio para o Componente Atenção Especializada da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde;
Considerando a Portaria nº 4.279/GM/MS, de 30 de dezembro de 2010, que estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS);
Considerando a necessidade constante de aperfeiçoamento das normativas de modo a garantir a universalidade e a equidade da atenção à saúde para toda a população; e
Considerando os compromissos prioritários assumidos pelo Governo Federal, especialmente no que se refere às ações e serviços executados no âmbito da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, resolve:

Art. 1º Fica instituído Grupo de Trabalho para a qualificação da Assistência Ventilatória no âmbito do SUS.

Art. 2º Compete ao Grupo de Trabalho para a qualificação da Assistência Ventilatória no âmbito do SUS:
I - realizar estudos e elaborar documentos técnicos para a qualificação da Assistência Ventilatória no âmbito do SUS, incluindo a ventilação mecânica invasiva e oxigenoterapia;
II - realizar estudos de impacto financeiros referente à incorporação de novas tecnologias relacionadas à qualificação da assistência ventilatória no âmbito do SUS; e
III - apresentar propostas e sugestões para a qualificação da Assistência Ventilatória, considerando os resultados dos estudos realizados pelo Grupo de Trabalho.

Art. 3º O Grupo de Trabalho para a qualificação da Assistência Ventilatória no âmbito do SUS é composto por representantes, titulares e suplentes, dos seguintes órgãos e/ou instituições:
I - Secretaria de Atenção à Saúde (SAS/MS);
a) Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas DAPES/SAS/MS
b) Departamento de Atenção Hospitalar e Urgência DAHU/SAS/MS
c) Departamento de Atenção Especializada e Temática DAET/SAS/MS
II - Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE/MS); a)Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT).
III - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA);
IV - Conselho Nacional de Direitos da Pessoa com Deficiência (CONADE);
V - Conselho Nacional de Saúde (CNS).
§ 1º O Grupo de Trabalho para a qualificação da Assistência Ventilatória no âmbito do SUS será coordenado pela Coordenação Geral de Saúde da Pessoa com Deficiência, do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, da Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde.
§ 2º Os representantes titulares e os respectivos suplentes dos órgãos ou instituições de que tratam os incisos I ao V do "caput" serão indicados pelos dirigentes dos respectivos órgãos à Coordenação-Geral de Saúde da Pessoa com Deficiência.
§ 3º A Coordenação do Grupo de Trabalho poderá convidar representantes de outros órgãos e entidades, públicas e privadas, além de pesquisadores e especialistas, quando necessário para o cumprimento das finalidades deste Grupo de Trabalho.
§ 4º Os produtos resultantes das atividades desenvolvidas no âmbito do Grupo de Trabalho serão consolidados e comporão o relatório final de atividades do Grupo de Trabalho.

Art. 4º O Grupo de Trabalho para a qualificação da Assistência Ventilatória no âmbito do SUS, terá prazo máximo de duração 1 (um) ano, podendo ser prorrogado uma única vez por igual período.

Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
MARCELO CASTRO

segunda-feira, 7 de março de 2016

FRANSELMO ARAÚJO COSTA é o novo Conselheiro do MPOG da HEMOBRÁS em substituição a Ana Silva Gonçalves de França

MINISTÉRIO DA SAÚDE
DECRETO DE 4 DE MARÇO DE 2016
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso XXV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 10 da Lei no 10.972, de 2 de dezembro de 2004, e no art. 13, caput, inciso I, alínea "c", e § 1º, do Estatuto aprovado pelo Decreto no 5.402, de 28 de março de 2005, resolve
DESIGNAR
FRANSELMO ARAÚJO COSTA, para exercer a função de membro do Conselho de Administração da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia - HEMOBRÁS, representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em substituição a Ana Clécia Silva Gonçalves de França, com prazo de gestão de três anos.
Brasília, 4 de março de 2016; 195o da Independência e 128o da República.
DILMA ROUSSEFF
Marcelo Costa e Castro

Zika - transmissão direta identificada em 47 países

Larvas do Aedes aegypti, mosquito transmissor do vírus Zika. Foto: Tânia Rêgo/Agência 

Atualmente, 47 países e territórios registram transmissão autóctone (local) de zika. Conforme o mais recente boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado nesta sexta-feira (4), o último país a relatar a circulação do vírus é o Laos, país asiático localizado ao sul da China.

Desde 2007, quando foi detectada a primeira grande epidemia de zika, em Yap, na Micronésia, 55 países já notificaram a transmissão do vírus, incluindo os cinco onde o surto já terminou e outros três onde provavelmente ocorreu transmissão sexual (Itália, França e Estados Unidos).

Até o momento, apenas Brasil e Polinésia Francesa relataram aumento de casos de microcefalia e outras malformações neonatais, embora dois casos de pessoas que estiveram no país sul-americano tenham sido detectados nos Estados Unidos e na Eslovênia. Entre 2015 e 2016, oito países e territórios registraram um aumento na incidência de Síndrome de Guillain-Barré.

Dadas as associações temporais e geográficas entre infecções pelo vírus e a microcefalia, os cada vez mais conclusivos resultados analíticos – como as repetidas constatações de presença do vírus em tecidos cerebrais de fetos – e a ausência de uma hipótese alternativa convincente, pode-se dizer que há forte possibilidade de o zika ser responsável por causar esta malformação.

O mesmo ocorre com a Síndrome de Guillain-Barré. Diversas evidências apontam para uma forte possibilidade de o vírus causar essa doença. No momento, mais investigações são necessárias para identificar a existência de outros fatores de risco.

A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) trabalha em cooperação com seus Estados-membros para fortalecer o controle de vetores, comunicar os riscos e promover a prevenção, além de estabelecer ou melhorar a vigilância das infecções pelo vírus da zika e suas possíveis consequências.

Acesse o boletim clicandoaqui. Confira abaixo a lista de países e os registros do boletim:

Registro ou indicação de transmissão autóctone de vírus zika, com notificação de Síndrome de Guillain-Barré e microcefalia:

  • Brasil


Registro ou indicação de transmissão autóctone de vírus zika, com notificação de Síndrome de Guillain-Barré, mas não de microcefalia:

  • Colômbia, El Salvador, Venezuela, Martinica, Porto Rico, Panamá e Suriname


Registro ou indicação de transmissão autóctone de vírus zika, sem notificação de Síndrome de Guillain-Barré e microcefalia:

  • Cabo Verde, Gabão, Aruba, Barbados, Bonaire, Bolívia, Costa Rica, Curaçao, República Dominicana, Equador, Guiana Francesa, Guadalupe, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Paraguai, São Vicente e Granadinas, Saint Martin, Sint Maarten, Trinidad e Tobago, Ilhas Virgens dos Estados Unidos, Indonésia, Maldivas, Tailândia, Samoa Americana, Camboja, Fiji, Malásia, Ilhas Marshall, Filipinas, Samoa, Ilhas Salomão, Tonga, Vanuatu e Laos.


Países/territórios/áreas com surto de zika encerrado:

  • Ilhas Cook, Polinésia Francesa, Nova Caledônia, Yap (Micronésia) e Chile (Ilha de Páscoa)


Países sem transmissão vetorial com casos de zika adquiridos localmente:

  • Estados Unidos, França e Itália

Governo do Japão anuncia apoio ao Fundo de População da ONU para resposta ao zika

Estima-se que a demanda não atendida por contracepção no Brasil seja em torno de 6%, atingindo aproximadamente 3,5 milhões de mulheres.

Além disso, dados de 2006 – ano em que foi conduzida a última Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) no país – apontam que 28,2% dos nascimentos nos cinco anos anteriores à pesquisa não haviam sido planejados para aquele momento, e que 17% haviam sido indesejados.

A maior parte da demanda não atendida ocorre entre mulheres negras, com baixo nível de escolaridade, e entre as residentes no Norte e Nordeste.

Representantes da Embaixada do Japão em visita ao UNFPA. A partir da esquerda: assessora do Departamento de Assuntos Econômicos da Embaixada, Thiemi Salles; representante do UNFPA no Brasil, Jaime Nadal; secretário para Assuntos de Saúde, Terutaka Hiros; ministro Yoshitaka Hoshino; e representante adjunto do UNFPA, Yves Sassenrath. Foto: UNFPA/Ulisses Bigaton

“A decisão de engravidar deve ser das mulheres e das famílias. Mas, caso optem por adiar a gravidez, essas mulheres têm o direito a receber as informações e os contraceptivos necessários sempre e quando precisem fazer uso deles. São insumos que podem ser encontrados gratuitamente nas unidades básicas de saúde”, explicou o representante do UNFPA no Brasil, Jaime Nadal.

“Vamos trabalhar no apoio ao governo e à sociedade civil para que todas as mulheres interessadas conheçam esses direitos e possam exercê-los.”

Além do acesso a informação e insumos, as atividades incluirão ações de educação em saúde e em direitos para jovens lideranças comunitárias, ações de apoio individual e coletivo entre mulheres adultas e jovens, casais e famílias em caso de gravidez não planejada, ou em casos de infecção durante a gravidez, e promoção da corresponsabilidade masculina no uso do preservativo e na prevenção de gravidez não planejada, respeito à decisão das mulheres e apoio às mulheres durante todo o processo reprodutivo – gravidez, parto e pós-parto.

O projeto prevê também a oferta de informações e materiais de treinamento para profissionais de saúde, em complementação aos materiais já oferecidos pelo Ministério da Saúde e secretarias de Saúde.

A parceria com o governo japonês faz parte do Marco Estratégico de Resposta Global e Plano de Operações Conjuntas para o Zika, iniciativa liderada pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) e integrada pelo UNFPA e outras agências da ONU em resposta à emergência nacional e internacional em saúde pública declarada em função da epidemia.

No caso do Brasil, o UNFPA atua em estreita parceria com o Sistema ONU e coordena suas atividades principalmente com a OPAS/OMS e a ONU Mulheres.

O Brasil é o país mais afetado pelo zika na América Latina e Caribe, tendo registrado mais de 5,6 mil casos suspeitos notificados de microcefalia, dos quais 583 foram confirmados e 950 descartados, segundo o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. Os demais casos permanecem em investigação.

A primeira reunião de coordenação das ações de implementação dos recursos foi realizada na última quinta-feira (3) no escritório do UNFPA em Brasília e contou com a presença do ministro da Embaixada do Japão, Yoshitaka Hoshino. Ele estava acompanhado por Terutaka Hiros, secretário para Assuntos de Saúde, e Thiemi Salles, assessora econômica do Departamento de Assuntos Econômicos da Embaixada. Eles foram recebidos pelo representante do UNFPA, Jaime Nadal; e pelo representante adjunto, Yves Sassenrath.


domingo, 6 de março de 2016

Tratados internacionais não autorizam 'guerra às drogas', alerta organismo da ONU

Em novo relatório, Painel Internacional de Controle de Narcóticos (INCB) destacou que o bem-estar e a saúde das pessoas devem estar no centro das políticas de drogas. Para o presidente do organismo, mundo não precisa escolher entre uma resposta militarizada às drogas e a legalização do uso não medicinal. Painel alertou para diversas ameaças nem sempre visadas por políticas de drogas, como o uso excessivo de calmantes, a distribuição desigual de analgésicos e o surgimento de novos e perigosos psicoativos.

Resposta ‘militarizada’ ao problema das drogas não é a única opção do mundo para lidar com a venda e produção de substâncias ilícitas. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Em seu relatório anual, o Painel Internacional de Controle de Narcóticos (INCB) – organismo independente que monitora a implementação das convenções internacionais das Nações Unidas sobre o controle de drogas – destacou que os tratados internacionais de controle de drogas não autorizam uma “guerra às drogas”. O documento foi publicado nesta quarta-feira (2).

O organismo alertou para ameaças nem sempre visadas pelas políticas de reforço da lei contra substâncias ilícitas, como o uso excessivo de calmantes, a desigualdade na distribuição de analgésicos e o surgimento de novos e perigosos psicoativos.

Às vésperas de uma sessão especial da Assembleia Geral, que se reunirá em abril para debater os desafios do atual sistema internacional de controle de drogas, o documento do INCB ressaltou a necessidade de colocar a saúde e o bem-estar das pessoas no centro das políticas públicas.

“Não é o caso em que o mundo tem que escolher entre a execução ‘militarizada’ das leis de drogas de um lado e a legalização do uso não medicinal das drogas de outro”, afirmou o presidente do Painel, Werner Sipp.

No relatório, o INCB enfatiza que a disponibilidade de drogas para fins médicos, conforme estipulada por tratados internacionais, deve ser garantida e combinada, de forma equilibrada, à luta contra o fornecimento de substâncias ilícitas.

O Painel chamou atenção para a emergência de componentes químicos novos, ainda não enquadrados por mecanismos internacionais de controle. Essas substâncias integram a produção de drogas como metanfetaminas e anfetaminas, produtos já monitorados por sistemas internacionais.

O INCB também destacou uma mudança nos padrões de comércio de matérias-primas para a fabricação de drogas. Fluxos domésticos têm se beneficiado do roubo de substâncias para fins ilícitos mais do que a troca internacional, o que sugere uma eficácia das medidas de controle atuando em fronteiras e em rotas globais.

Substâncias psicoativas são ameaça crescente
Até outubro de 2015, o INCB havia recebido notificações dos Estados-membros sobre 602 novas substâncias psicoativas. O número representa um aumento de 55% em relação a 2014, quando 388 novos compostos foram identificados. Para o Painel, esse ritmo acelerado de desenvolvimento dos psicoativos é um desafio que exigirá abordagens mais flexíveis e maleáveis dos governos.

Apesar das dificuldades, também foram verificados avanços no ano passado. Dez novas substâncias psicoativas foram submetidas ao controle internacional pela Comissão sobre Drogas Narcóticas, e o controle nacional de tais substâncias cresceu em vários países, incluindo a China e a Índia.

Também em 2015, o INCB lançou um Sistema de Comunicação de Incidentes que recebeu mais de 500 denúncias de mais de 170 usuários, oriundos de 60 países. Os relatos envolviam suspeitas sobre entregas e carregamentos, atividades de tráfico, fabricação e produção de psicoativos.

Calmantes e analgésicos são consumidos de forma desigual pelo mundo
O INCB expressou preocupação quanto aos riscos da prescrição sem fundamento e do uso excessivo, por pessoas mais idosas, de benzodiazepínicos, uma classe de drogas usada para tratar insônia e ansiedade. Segundo o Painel, como a insônia parece ser comum entre a população mais velha, essa faixa etária acaba se tornando um atraente público-alvo para os fabricantes de calmantes.

O organismo alertou que, além do risco de dependência associado ao consumo desnecessário dessas substâncias, os perigos envolvem também o desenvolvimento de transtornos mentais. De acordo com pesquisas, pacientes com mais de 65 anos de idade que usam benzodiazepínicos têm uma chance 50% mais alta de desenvolver demência dentro de 15 anos, em comparação com pacientes que nunca as utilizaram.

O Painel solicitou aos governos a garantia de que os prestadores de cuidados de saúde sigam uma prática médica sã ao prescrever benzodiazepínicos. Equipes de assistência médica, especialmente em casas de repouso, mas também membros da família e cuidadores de idosos, precisam estar cientes dos riscos do uso excessivo dessas drogas.

A respeito do uso de analgésicos, o Painel alertou que, enquanto países de média e baixa renda ainda não têm acesso adequado a esse tipo de medicamento, a Europa e a América do Norte usam quase 95% de todos os remédios dessa categoria consumidos globalmente. Desde o início do século, o uso de analgésicos mais do que duplicou, afirma o INCB.

Os governos dos países pouco consumidores informaram ao organismo que o problema não é o fornecimento dos analgésicos, mas sim a falta de treinamento e o medo, entre as populações, quanto a vícios envolvendo as substâncias

A apresentação e o relatório poderão ser encontrados, em anexo, e em outras línguas no link: http://www.unis.unvienna.org/unis/en/events/2016/incb_2016.html

Anexos:

Calendário Agenda