Larvas do Aedes aegypti,
mosquito transmissor do vírus Zika. Foto: Tânia Rêgo/Agência
Atualmente, 47 países e
territórios registram transmissão autóctone (local) de zika. Conforme o mais
recente boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado nesta
sexta-feira (4), o último país a relatar a circulação do vírus é o Laos, país
asiático localizado ao sul da China.
Desde 2007, quando foi
detectada a primeira grande epidemia de zika, em Yap, na Micronésia, 55 países
já notificaram a transmissão do vírus, incluindo os cinco onde o surto já
terminou e outros três onde provavelmente ocorreu transmissão sexual (Itália,
França e Estados Unidos).
Até o momento, apenas Brasil e
Polinésia Francesa relataram aumento de casos de microcefalia e outras
malformações neonatais, embora dois casos de pessoas que estiveram no país
sul-americano tenham sido detectados nos Estados Unidos e na Eslovênia. Entre 2015
e 2016, oito países e territórios registraram um aumento na incidência de
Síndrome de Guillain-Barré.
Dadas as associações temporais
e geográficas entre infecções pelo vírus e a microcefalia, os cada vez mais
conclusivos resultados analíticos – como as repetidas constatações de presença
do vírus em tecidos cerebrais de fetos – e a ausência de uma hipótese
alternativa convincente, pode-se dizer que há forte possibilidade de o zika ser
responsável por causar esta malformação.
O mesmo ocorre com a Síndrome
de Guillain-Barré. Diversas evidências apontam para uma forte possibilidade de
o vírus causar essa doença. No momento, mais investigações são necessárias para
identificar a existência de outros fatores de risco.
A Organização Pan-Americana da
Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) trabalha em cooperação com seus
Estados-membros para fortalecer o controle de vetores, comunicar os riscos e
promover a prevenção, além de estabelecer ou melhorar a vigilância das
infecções pelo vírus da zika e suas possíveis consequências.
Acesse o boletim clicandoaqui. Confira abaixo a lista de países e os registros do boletim:
Registro ou indicação de
transmissão autóctone de vírus zika, com notificação de Síndrome de
Guillain-Barré e microcefalia:
- Brasil
Registro ou indicação de
transmissão autóctone de vírus zika, com notificação de Síndrome de
Guillain-Barré, mas não de microcefalia:
- Colômbia, El Salvador, Venezuela, Martinica, Porto Rico, Panamá e Suriname
Registro ou indicação de
transmissão autóctone de vírus zika, sem notificação de Síndrome de
Guillain-Barré e microcefalia:
- Cabo Verde, Gabão, Aruba, Barbados, Bonaire, Bolívia, Costa Rica, Curaçao, República Dominicana, Equador, Guiana Francesa, Guadalupe, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Paraguai, São Vicente e Granadinas, Saint Martin, Sint Maarten, Trinidad e Tobago, Ilhas Virgens dos Estados Unidos, Indonésia, Maldivas, Tailândia, Samoa Americana, Camboja, Fiji, Malásia, Ilhas Marshall, Filipinas, Samoa, Ilhas Salomão, Tonga, Vanuatu e Laos.
Países/territórios/áreas com
surto de zika encerrado:
- Ilhas Cook, Polinésia Francesa, Nova Caledônia, Yap (Micronésia) e Chile (Ilha de Páscoa)
Países sem transmissão
vetorial com casos de zika adquiridos localmente:
- Estados Unidos, França e Itália
0 comentários:
Postar um comentário