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domingo, 20 de março de 2016

Análise de Mídia, REVISTAS - sábado, 19 de março de 2016

As manifestações populares contra o governo Dilma Rousseff, a polêmica em torno da posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil, novos desdobramentos da operação Lava Jato e o agravamento da crise política são os destaques das revistas que circulam no fim de semana.

Capa da VEJA publica entrevista exclusiva com o senador Delcídio do Amaral, que afirma que “tanto Lula como Dilma tinham pleno conhecimento da corrupção na Petrobras – e, juntos, tramaram para sabotar as investigações, inclusive vazando informações sigilosas para os investigados”.

ISTOÉ destaca, em reportagem de capa, que “diálogos interceptados pela Lava Jato mostram que a presidente Dilma agiu para obstruir a Justiça, o que configura crime de responsabilidade, e sua permanência no cargo torna-se insustentável”.

Reportagem de capa da CARTA CAPITAL adverte que “radicalização tomou conta do país após uma escalada policial, judicial, midiática e política contra o governo e o PT” e que “a irresponsabilidade generalizada mergulha o Brasil em uma espiral de violência, intolerância e irracionalidade”.

Já a ÉPOCA relata as manifestações contra o governo do PT e afirma que a presidente Dilma Rousseff afrontou as ruas ao acolher Lula em seu governo, além de ser flagrada em “gravações comprometedoras”.



Um dos destaques da pauta de apelo setorial é a reportagem de capa da ISTOÉ DINHEIRO, que aponta que Paulo Skaf, presidente da Fiesp, reúne centenas de empresários que defendem a saída de Dilma Rousseff da Presidência e alerta que “está em jogo a recuperação da confiança no país”.

ISTOÉ DINHEIRO publica entrevista com Paulo Skaf, que ressalta que o Brasil perderá, entre 2015 e 2016, quase 3 milhões de funcionários com carteira assinada.

“O desemprego vai passar a casa dos 10 milhões. Isso é muito grave. Além disso, os investimentos estão travados, o consumo despencou e estamos assistindo indústrias fecharem”, adverte.

Conforme Skaf, “a economia está indo mal por causa da crise política. Há confiança no Brasil, mas não há confiança no governo”.

DINHEIRO DA REDAÇÃO, editorial da ISTOÉ DINHEIRO, opina que o plano do ex-presidente Lula contempla “medidas populistas” na economia.

“Não estão descartadas medidas cosméticas sobre certos setores, para animar a produção. Queda de juros na base do decreto e aumento de verbas para o PAC e programas sociais entrariam no roteiro via aumento de impostos sobre ‘as elites’. A contar: nova alíquota de IR, taxação de fortunas e patrimônio, CPMF diferenciada e outras maldades do tipo”, especula ISTOÉ DINHEIRO.

“Ele não quer dissabores com o seu eleitorado, cada vez mais diminuto. E a atividade produtiva que pague o pato!”, enfatiza DINHEIRO.

Como ponto de atenção, DINHEIRO NA SEMANA, na ISTOÉ DINHEIRO, pontua que “1,1 milhão é o número de vagas fechadas na indústria brasileira entre outubro e dezembro de 2015, segundo o IBGE. O número de empregados recuou 1,1 ponto percentual”.

Coluna assinala também que “a carreira dos brasileiros passa a ser impactada cada vez mais pela crise econômica. Com um aumento de 27,4% no número de desempregados, para 8,6 milhões de pessoas, no ano passado, a perspectiva para o mercado de trabalho em 2016 é pessimista”.

Ainda segundo DINHEIRO NA SEMANA, “pesquisa realizada pela Thomas Case & Associados, consultoria especializada em transição de carreira, com 111 executivos de todo o País, mostra que a maioria enxerga um cenário de congelamento de salários e falta de perspectiva de promoções”.

ISTOÉ DINHEIRO adverte que Lula como ministro da Casa Civil e o PT podem agravar ainda mais a pior recessão da história do país, medida por uma queda estimada de 8% do PIB no biênio 2015-2016.

“Com amplos poderes, o superministro dará as cartas na política e na economia, que pode sofrer uma perigosa guinada à esquerda”, posiciona a revista.

ISTOÉ avalia que, no governo, “Lula assumirá as rédeas da política econômica, repetindo as velhas fórmulas que culminaram na crise atual”.

“Ao lançar mão novamente do receituário populista que prevê crédito farto, irresponsabilidade fiscal, generosos subsídios a alguns setores e desapego às contas públicas, Lula espera, como fizera anos antes, conquistar uma parcela do eleitorado e, assim, ter alguma chance no pleito de 2018”, opina ISTOÉ.

Segundo a mesma reportagem, uma das ideias “desvairadas” de Lula é usar os US$ 370 bilhões de reservas internacionais para pagar a dívida pública federal, criar um Fundo de Desenvolvimento e Emprego e destravar projetos de infraestrutura. “A iniciativa representaria um golpe mortal para as finanças nacionais”, avalia ISTOÉ.

VEJA segue a mesma linha e aponta que, para um número crescente de empresários, a retomada na economia virá apenas após o fim do governo Dilma.

Segundo eles, trata-se de “um governo fraco, sem credibilidade e sem a força política necessária para liderar as reformas difíceis de aprovar e executar”.

Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, afirma à VEJA “Os políticos foram eleitos para entregar um país melhor, mas estão nos levando a uma situação profundamente pior que no passado. Isso precisa ser resolvido. O Brasil não tem estrutura social para aguentar esse estado da economia por mais tempo".

RADAR, na VEJA, aponta que “se o enfraquecimento da presidente provoca euforia nos mercados, a instabilidade política dificulta o fechamento de negócios. No primeiro bimestre, houve 111 operações de fusão e aquisição, entre anunciadas e concluídas, 31% a menos que no mesmo período de 2015, segundo dados inéditos da consultoria TTR”.

A situação, segue a coluna, “é pior com os estrangeiros. Mesmo com o real fraco, houve só nove transações de empresas americanas no Brasil, uma queda de 40% na comparação anual”.

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