A nova geração de um bioinseticida capaz de matar as larvas do mosquito Aedes aegypti – transmissor de dengue, febre chikungunya e zika vírus, foi apresentada esta semana pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), durante o Congresso Brasileiro de Entomologia (XXVI CBE) e o Congresso Latino-americano de Entomologia (IX CLE), em Maceió (AL). A inovação permite eliminar o foco do mosquito sem prejudicar a saúde das pessoas e dos animais domésticos.
Segundo a pesquisadora Rose Monnerat, da área de Controle Biológico da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, o bioinseticida, chamado de Inova-Bti, é de fácil aplicação e pode ser manuseado pela própria população. É formado por um líquido que pode ser adicionado em qualquer lugar que acumule água ou tenha potencial para ser um criadouro do Aedes aegypti.
Todos os testes laboratoriais e de eficácia já foram concluídos pela Embrapa. Mas, antes de ser comercializado, o produto precisa ser registrado junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com a pesquisadora, o Instituto Matogrossense do Algodão, parceiro na iniciativa, tem capacidade para produzir 1,6 mil Inova-Bti por semana, tão logo seja concedido o registro.
"Os testes toxicológicos do Inova-Bti estão em fase final e então submeteremos o dossiê com toda a documentação à Anvisa", afirmou Monnerat. Este é o segundo inseticida biológico desenvolvido pela Embrapa com o objetivo de combater as larvas do mosquito.
Em 2005, entrou no mercado o Bt-horus - feito em parceria com a empresa Bthek Biotecnologia -, mas que não é produzido em larga escala no País. Ele já foi utilizado nas cidades de Três Lagoas (MS), São Sebastião (DF), Rio das Ostras (RJ) e Sorriso (MT), sempre com resultados positivos. Inseticidas à base da bactéria Bacillus thuringiensis israelenses (Bti) são utilizados há décadas em países como Estados Unidos.
(Fonte: Agência Gestão CT&I – 18/03/)
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