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quarta-feira, 23 de março de 2016

Deputado pede à comissão externa da epidemia do zika vírus que cumpra cronograma

O presidente da comissão externa da Câmara dos Deputados destinada a acompanhar as ações referentes à epidemia do zika vírus e da microcefalia, deputado Osmar Terra (PMDB-RS), afirmou estar preocupado com a falta de cumprimento do cronograma definido pela comissão.

“Independente da comissão que acompanha o impeachment da presidente, ou nós acertamos um cronograma ou a comissão não vai funcionar. Nós temos que visitar esses lugares, ver como está a realidade. A epidemia prossegue com força. Do jeito que está, até o final do ano, teremos 40 mil crianças com microcefalia.”, alertou.
Durante a reunião, realizada nesta terça-feira (22), Osmar Terra lamentou que duas visitas à Salvador já foram desmarcadas. Ele enfatizou que a epidemia deve ser analisada de perto: “Devemos fiscalizar se o serviço está funcionando e se o atendimento está sendo dado”.
Para o deputado Zeca Cavalcanti (PTB-PE), o Brasil se acostumou com a epidemia. “Até a imprensa hoje fala muito pouco sobre isso, parece até que já diminuiu a epidemia e os casos de microcefalia. Nós temos que esquentar o debate e não podemos nos acostumar com essa situação”, declarou.
Resultados
O deputado Osmar Terra questionou a falta de dados que apontem as consequências das ações implementadas pelo governo em combate ao zika vírus. “Uma preocupação que eu tenho é que está muito bonito o discurso, mas quanto foi reduzido do foco do mosquito? Isso não tem, não sabem dizer. Não adianta fazer essa mobilização toda sem resultado. Nós temos que cobrar isso do governo e encontrar uma forma da gente mesmo acompanhar”.
Terra disse também que devem ser definidas políticas públicas para dar amparo às crianças com microcefalia. “Com essa legião de crianças que vão nascer com danos cerebrais importantes, o Brasil tem que desenvolver um tipo de serviço especial para isso”.
O deputado Alexandre Serfiotis (PMDB-RJ) destacou a deficiência na comunicação entre estados e municípios ao informar sobre casos locais. “Como estão sendo passadas as informações de casos dos municípios aos estados? Se o comitê central não estiver ligado diretamente aos estados e, mais importante, aos municípios, a gente sabe que a informação vai chegar aqui com deficiência”, destacou.
Reportagem – Clara Sasse
Edição – Luciana Cesar

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