Destaques

terça-feira, 19 de julho de 2016

Saúde foi tema prioritário para o Senado no primeiro semestre

A área da saúde teve papel destacado nos debates e votações no Senado durante o primeiro semestre de 2016. Temas como Programa Mais Médicos, dengue e zika, a pílula do câncer, saneamento básico e financiamento da saúde pública ocuparam comissões e Plenário. A medida provisória de combate ao Aedes aegypti, por exemplo, foi debatida em reuniões e audiências e acabou sendo aprovada pelos senadores no final de maio e transformada em lei no final de junho (Lei 13.301/2016).

Logo no início do semestre legislativo, em fevereiro, o Plenário do Senado aprovou o projeto que cria o Marco Legal da Primeira Infância (PLC 14/2015).  A proposta determina um conjunto de ações para o início da vida, entre zero e seis anos de idade. Uma novidade é o aumento do tempo para os pais cuidarem dos recém-nascidos. O texto aumenta, por meio do Programa Empresa-Cidadã, para 20 dias a licença-paternidade. A então presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei 13.257/2016 no mês seguinte.

No mesmo mês, as Comissões Senado do Futuro (CSF) e de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) promoveram audiência pública com especialistas sobre o combate ao mosquito Aedes aegypti. A Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR), por sua vez, aprovou relatório sobre a avaliação do Plano Nacional de Saneamento Básico, apontando para a carência do setor e destacando a necessidade de mais investimentos.

No final de fevereiro, senadores, especialistas e representantes do governo federal debateram as epidemias de dengue, zika e chicungunha em sessão temática de debates no Plenário do Senado. Na mesma época, a Comissão de Educação (CE) promoveu seminário sobre doenças raras.

No início de março, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou em decisão terminativa o PLS 344/2013, que proíbe o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos e outros produtos semelhantes nos parques infantis e espaços usados para a prática desportiva profissional ou amadora, sejam eles abertos ou fechados. O projeto aguarda apreciação da Câmara dos Deputados.

Já a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) promoveu audiência pública sobre a importância do aleitamento materno. Em 10 de março, o Plenário da Casa foi palco de sessão especial em virtude do Dia Mundial do Rim, que serviu para chamar atenção para os cerca de 10 milhões de brasileiros que sofrem de algum tipo de disfunção renal, 100 mil deles doentes crônicos.

Fosfoetanolamina
Também em março, o Plenário do Senado aprovou o projeto (PLC 3/2016) que autoriza pacientes com câncer a usarem a fosfoetanolamina sintética antes de seu registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Foi um dos últimos projetos sancionados por Dilma antes de seu afastamento, transformando-se na Lei 13.269/2016.

No final do mês, a CAS aprovou em decisão terminativa o PLS 378/2014, que dá direito a todos os pacientes, tanto do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto da rede privada, de receber visitas diárias e de contar com a presença de acompanhante em todos os tipos de atendimento de saúde que receber, sejam eles na área ambulatorial ou  hospitalar. O projeto aguarda agora decisão da Câmara dos Deputados.

Também no final de março, a CDH realizou audiência pública para debater o acolhimento das famílias pelas políticas públicas voltadas às pessoas com autismo. O evento foi organizado para marcar a passagem do Dia Mundial de Conscientização do Autismo (2 de abril).

Em abril, os senadores aprovaram em Plenário o projeto (PLC 38/2014) que criou estímulos à doação de sangue e medula óssea. O presidente interino, Michel Temer, sancionou a Lei13.289/2016 no mês seguinte.

Em junho, o Senado sediou o 8º Fórum Nacional de Políticas de Saúde no Brasil - Doenças Raras.

Em maio, a CAS aprovou o PLS 72/2016, que obriga o governo a oferecer às gestantes, de graça, repelente com eficácia comprovada contra o mosquito Aedes aegypti. A mesma comissão também aprovou o projeto (PLS 688/2015) que obriga o SUS a oferecer cirurgia cardíaca alternativa. As matérias ainda esperam decisão da Câmara.

No final do mês, as Procuradorias da Mulher do Senado e da Câmara promoveram debate sobre a relação da gravidez na adolescência e problemas sociais. Já a CAS aprovou o PLS 200/2015, que agiliza a liberação de pesquisas clínicas no Brasil com a criação de um marco regulatório para análise e registro de novos medicamentos no tratamento de câncer, Alzheimer, diabetes e de outras doenças, além de fixar regras a serem cumpridas nos estudos em seres humanos.

Em julho, especialistas e dirigentes de entidades da área de saúde pública protestaram contra o que chamaram o “desmonte” do SUS, em audiência pública na CDH. Já o Plenário aprovou a MP que liberou R$ 420 milhões para ações de combate à microcefalia e ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, da zika e da febre chicungunha.

No mesmo mês, a Casa sediou o 4º Seminário Internacional Marco Legal da Primeira Infância, o primeiro sob a vigência da Lei 13.257/2016, que determina políticas públicas para a primeira infância e altera, entre outras legislações, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Também em julho, comissão mista aprovou parecer favorável à MP 723/2016, que prorroga por três anos o prazo de dispensa de revalidação de diploma do médico intercambista para o exercício das atividades de ensino, pesquisa e extensão no âmbito do Programa Mais Médicos para o Brasil. A matéria ainda espera aprovação na Câmara para poder ser votada no Plenário do Senado.

Proposições legislativas
  • PLC 14/2015
  • PLC 3/2016
  • PLC 38/2014
  • PLS 200/2015
  • PLS 344/2013
  • PLS 378/2014
  • PLS 688/2015
  • PLS 72/2016
Agência Senado


segunda-feira, 18 de julho de 2016

IPI aparelhos de dessalinização de águas

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 472/15, do deputado Goulart (PSD-SP), que isenta de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) os dois principais tipos de aparelho de dessalinização de águas: os destiladores e os aparelhos de osmose inversa.

"No mundo, mais de 97% da água existente é salgada e, como os mananciais de água doce encontram-se prejudicados, os processos de transformação da água salgada em água potável têm se tornando a solução para as regiões mais áridas”, justifica o autor da proposta.

“Tendo em vista que vivemos recente crise hídrica nos estados do Sudeste e que o semiárido nordestino sofre com essa escassez de forma continua, entendemos a necessidade de estimular a produção de tecnologias que possam mitigar esse problema”, completa Goulart.

Tramitação
De caráter conclusivo, a proposta será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
ÍNTEGRA DA PROPOSTA:
Reportagem - Lara Haje
Edição - Marcia Becker


Projeto dispensa registro sanitário de suplementos e complementos nutricionais

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 652/15, que dispensa os suplementos e complementos nutricionais nacionais e importados da obrigatoriedade de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O projeto altera o Decreto-Lei 986/69, que institui as normas básicas sobre alimentos. O decreto já dispensa o registro de alguns tipos de alimentos e outros produtos alimentícios, como as matérias-primas alimentares e os alimentos 'in natura'.

O autor do projeto, do deputado Luiz Nishimori (PR-PR), afirma que os suplementos e complementos nutricionais muitas vezes são tratados como medicamentos em vez de alimentos, seguindo exigências desnecessárias.

“Os suplementos e complementos alimentares são, em última análise, produtos alimentícios, ainda que disponibilizados ao consumo em formatos diferenciados, como cápsulas ou comprimidos. Esse tratamento diferenciado dificulta o acesso do consumidor a esses produtos aos suplementos e complementos nutricionais e impedem a melhoria das condições de saúde e o bem-estar geral dos indivíduos”, afirma o deputado.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:
Reportagem – Tissyane Scott
Edição - Alexandre Pôrto


Pesquisa para medicamento alternativo contra leishmaniose avança com apoio do Inpa

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, está realizando estudos para desenvolver um medicamento alternativo para combater a leishmaniose a partir de extratos das flores e folhas de uma planta aromática conhecida como catinga-de-mulata (Tanacetum vulgare), muito comum na região amazônica. O objetivo é desenvolver um medicamento mais eficaz e com menos efeitos colaterais, como insuficiência renal, hipotensão e hipopotassemia.

As pesquisas começaram com um levantamento das plantas com atividades antileishmania e, no caso da catinga-de-mulata, os resultados se revelaram promissores. "Nosso grupo de pesquisa vem rastreando substâncias com atividades leishmanicida com produtos sintéticos, semissintéticos e naturais. E os estudos com a catinga-de-mulata começaram há um ano e meio", disse a líder do grupo de pesquisa do Laboratório de Chagas e Leishmaniose, a bióloga Antonia Maria Ramos Franco.

Os estudos foram realizados pelo aluno do curso de farmácia Bruno Bezerra Jensen, que participa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Inpa. Ele produziu extratos com atividades antileishmania para duas espécies do parasita (Leishmania guyanensis e a Leishmania amazonensis), sendo a L. guyanensis a de maior incidência no Amazonas.

"Possivelmente, a partir de testes farmacológicos, pode-se criar uma formulação mais acessível e de fácil uso pela população para combater a leishmaniose, que é considerada um problema de saúde pública na região amazônica", explicou o pesquisador.

Os resultados serão apresentados no V Congresso de Iniciação Científica (Conic), que começou nesta segunda-feira (18). Até sexta-feira (22), serão realizadas palestras, mesas-redondas e apresentações de 196 trabalhos desenvolvidos pelos bolsistas e orientadores das diversas áreas de pesquisas do Inpa. O programa de Iniciação Científica é voltado para o desenvolvimento da ciência a estudantes de graduação com o objetivo de proporcionar aprendizagem e aperfeiçoamento de jovens talentos, gerando benefícios ao desenvolvimento científico e tecnológico da região.

O Conic é uma parceria do Inpa com o Conselho nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Fonte: MCTIC


Anvisa auxilia no combate à epidemia de Zika no Peru

A convite da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a Anvisa participou de uma reunião técnica sobre as experiências de prevenção, controle, monitoramento e resposta a epidemia do vírus Zika, no dia 13 de julho, no Peru. Foi uma contribuição da Agência para o enfrentamento da crise epidemiológica que atinge o país.

Experiência brasileira
Na ocasião, a Anvisa apresentou a experiência do país na de regulação dos bancos de tecidos diante do surto de Zika.

Algumas ações apresentadas foram:


A Anvisa estabeleceu condutas de precaução de forma a minimizar o risco sanitário envolvido nestas terapêuticas, principalmente relacionadas à reprodução humana assistida.
Esses procedimentos foram adotados com base em notificações no Sistema Notivisa – Hemovigilância e pontuais relatos na literatura científica.

O objetivo é garantir a rápida detecção da possibilidade de transmissão do vírus por fluidos biológicos (principalmente sangue e tecidos germinativos), considerando a situação de emergência de saúde pública devido a casos de microcefalia em recém-nascidos relacionados ao vírus Zika


Anvisa lança página sobre ações durante as Olimpíadas e Paraolimpíadas 2016

Já está no ar a página elaborada pela Anvisa para divulgar as ações do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária na preparação para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, que acontecerão na cidade do Rio de Janeiro e em outras cinco cidades brasileiras.

Os objetivos são reunir informações sobre o Plano Operativo, facilitar o acesso aos documentos relacionados às ações de vigilância sanitária e dar transparência à atuação do SNVS durante o período dos Jogos Olímpicos (de 5 a 21 de agosto) e Paraolímpicos (de 7 a 18 setembro).

Durante os eventos de grande porte, como as Olimpíadas 2016, as ações de Vigilância Sanitária são intensificadas, especificamente no que diz respeito aos cuidados com os viajantes, aos serviços de fornecimento de alimentos, aos serviços de saúde disponíveis (públicos e privados), bem como à segurança no consumo de demais produtos sujeitos à regulação e ao controle sanitário.

Na página, estão disponíveis orientações, legislações, notícias, dicas e informações para o cidadão, para os entes do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), para as empresas fornecedoras de serviços e para a imprensa.

A página também conta com uma versão em inglês, voltada para o público estrageiro.
Pela página, os interessados terão acesso também ao site Saúde dos Turistas nas Olimpíadas e Paraolimpíadas, do Ministério da Saúde, com orientações voltadas à prevenção de várias doenças, incluindo as orientações sobre Zika virus e outras doenças transmitidas pelo mosquitoAedes Egypti.



Ministério da Saúde compra 6,5 milhões de doses de vacinas do Butantan

Em visita ao Instituto Butantan, em São Paulo, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, assinou contratos para compra das vacinas de hepatite A e dTpa. Ao todo, serão destinados R$ 375,6 mi 

O Ministério da Saúde adquiriu 6,5 milhões de doses das vacinas contra Hepatite A e dTpa (difteria, tétano e coqueluche) do Instituto Butantan. O contrato foi assinado pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta segunda-feira (18), em visita à sede do instituto, em São Paulo. Ao todo, foram investidos mais de R$ 375,6 milhões para assegurar o abastecimento destas vacinas no Calendário Nacional de Vacinação, disponível para os usuários no Sistema Único de Saúde (SUS). Essas doses começarão a ser distribuídas neste segundo semestre.

A vacina DTPa protege contra difteria, tétano e coqueluche e é ofertada no Calendário Nacional de Vacinação às gestantes e profissionais de saúde. Dessa forma, o Ministério da Saúde busca reduzir a incidência e mortalidade causada pela doença entre os recém-nascidos. A recomendação do Ministério da Saúde é para aplicação da dose entre as 27ª e a 36ª semanas de gestação – período que gera maior proteção para a criança, com efetividade estimada em 91%. Entretanto, a dose também pode ser administrada até, no máximo, 20 dias antes da data provável do parto. Já a Hepatite A é ofertada para crianças de 15 meses, em dose única.

Ainda em visita ao Butantan, o ministro visitou os laboratórios de produção da vacina contra influenza, de hemoderivados, de soros hiperimunes e monoclonais. Ricardo Barros, também, conhecerá o local onde está sendo desenvolvida a terceira e última fase da pesquisa clínica para a vacina contra a Dengue, a qual o Ministério da Saúde já destinou mais de R$ 66 milhões. Até agosto a pasta enviará a última parcela que completa o montante de R$100 milhões, acordados em fevereiro deste ano com o instituto.

O Instituto Butantan fornece tecnologias exclusivamente ao Ministério da Saúde e as demais entidades do Sistema Único de Saúde (SUS), com destaque para o fornecimento de soros (antibotrópico, antibotrópico-crotálico, antibotrópico-laquético, anticrotálico, antielapídico, antiaracnídico, antiescorpiônico, antilonômico, antidiftérico, antitetânico, antibotulínico AB, antibotulínico E e antirrábico) e das seguintes vacinas: tríplice (difteria, tétano e pertussis) DTP, dupla (difteria e tétano) adulto e infantil, Influenza Sazonal trivalente, Hepatite A, HPV, Hepatite B e raiva Vero.

Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) distribui cerca de 300 milhões de imunobiológicos anualmente, dentre vacinas e soros, além de oferecer à população todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Calendário Nacional de Vacinação.

É importante destacar que, nos últimos cinco anos, o orçamento do PNI cresceu mais de 140%, passando de R$ 1,2 bilhão, em 2010, para R$ 2,9 bilhões, em 2015. Além disso, os contratos do Ministério da Saúde com os laboratórios produtores de vacinas estão em andamento e os pagamentos em dia.

PROADI – Ainda em São Paulo, o ministro Ricardo Barros se reuniu mais cedo com representantes dos seis hospitais de excelência que participam do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). No encontro, que foi realizado no Hospital Sírio Libanês, os gestores dos hospitais Albert Einstein, Alemão Oswaldo Cruz, do Coração (HCOR), Moinhos de Vento e Samaritano, além do Sírio Libanês, apresentaram alguns dos projetos do PROADI ao ministro da Saúde.

O PROADI-SUS foi criado em 2009 para possibilitar que as entidades de saúde de referência assistencial participem do desenvolvimento do SUS. Atualmente, são 113 projetos em execução nos seis hospitais de excelência, totalizando cerca de R$ 1,737 bilhão em isenções fiscais entre os anos de 2015 e 2017. Estes projetos estão ligados a diversas áreas do SUS, como a Atenção Primária e a Alta Complexidade, e contemplam ainda a qualificação e o aprimoramento da gestão, inovação científica e tecnológica, a capacitação dos profissionais e de trabalhadores do SUS.

Após o encontro no Sírio Libanês, o ministro se reuniu com o Conselho Superior de Responsabilidade Social (CONSOCIAL) e membros do Comitê da Bioindústria - BioBrasil, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).

Por Victor Maciel, Fábio Ruas e Alexandre Penido, da Agência Saúde 


Ministro da Saúde defende sistema integrado para aprimorar gestão

Ricardo Barros ressaltou que o compartilhamento das ações realizadas nos estados e municípios melhora a gestão e a eficiência dos serviços de saúde 

Centralizar e organizar os sistemas de informações das unidades de saúde de todo o país, objetivando uma melhor gestão e planejamento, com mais agilidade e transparência. Esta é uma das atuais prioridades do Ministério da Saúde que foi apresentada pelo ministro Ricardo Barros, nesta segunda-feira (18), durante reunião com representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), além de líderes empresariais de diversos setores do país. No encontro, realizado na sede da federação - em São Paulo - foram debatidas as perspectivas da saúde no Brasil. 

Durante a reunião, o ministro informou que está em andamento, por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), a criação de um sistema que vai conectar, centralizar e organizar as informações de todas as unidades de saúde. “O que nós queremos é conectar os sistemas, que hoje estão em diferentes plataformas, para que as informações cheguem o mais rápido ao Ministério da Saúde. A transparência é uma importante ferramenta contra a fraude, pois permite a análise e comparação”, enfatizou o ministro. 

Ricardo Barros destacou, ainda, que embora o Ministério da Saúde disponibilize, gratuitamente, softwares a todos os municípios, para auxiliar na centralização e compartilhamento das informações, nem todos os prestadores de serviços implementam essas ferramentas. “É preciso que todos entendam a importância dessas informações para o bom funcionamento da gestão do SUS. Estamos analisando formas de motivar e tornar obrigatório o repasse dessas informações”, afirmou.

A participação do ministro da Saúde, Ricardo Barros, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo integrou uma extensa agenda de trabalho na capital paulista. Ainda nesta segunda-feira (18), o ministro se reuniu, no Hospital Sírio Libanês, com representantes dos hospitais de referência que participam do Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI). O ministro também esteve no Instituto Butantan, onde assinou contrato para assegurar o abastecimento das vacinas de Hepatite A e dTpa (difteria, tétano e coqueluche) noCalendário Nacional de Vacinação, disponível para a população SUS.

Por Victor Maciel, da Agência Saúde 

Mais de 40% das pessoas que vivem com HIV não sabem que estão infectadas, alerta OMS

Em 2015, foram registrados 2,1 milhões de novas infecções, número pouco abaixo dos 2,2 milhões de 2010. Cenário exige mais esforços dos Estados-membros, segundo Organização Mundial da Saúde (OMS). Prevenção do HIV também estagnada.

A agência da ONU reconhece sucesso histórico do fornecimento de medicamentos contra Aids, mas alerta: países não podem ser “complacentes” consigo mesmos.

Pacientes recebem terapia antirretroviral no Quênia. Foto: Observatório Africano de Saúde / OMS


Às vésperas da Conferência Internacional sobre Aids, que tem início nesta segunda-feira (18) em Durban, na África do Sul, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta na semana passada (15) sobre os principais desafios associados à epidemia.
Entre eles, o aumento da resistência à terapia antirretroviral, a necessidade de ampliar o acesso à testagem para o vírus e a estagnação da prevenção.

Atualmente, mais de 40% das pessoas que vivem com HIV não sabem que contraíram o vírus e a prevenção de novas infecções está estagnada — em 2015, foram registrados 2,1 milhões de novas transmissões, número pouco abaixo dos 2,2 milhões de 2010 — e já verifica retrocessos em determinadas regiões do mundo.

A OMS lembra que seu último relatório sobre a resistência aos medicamentos para HIV (2004-2008) revelou que 5% dos indivíduos que recebiam tratamento antirretroviral eram resistentes a pelo menos uma droga do gênero.

A agência de saúde conta com procedimentos próprios para orientar países a monitorar e combater a ineficácia dos medicamentos no combate ao vírus. Como o tratamento continua a se expandir, a OMS considera que países terão de reforçar a vigilância para garantir a qualidade dos serviços de tratamento e minimizar o surgimento da resistência.

Mapa da doença
Os dados mais recentes da agência de saúde das Nações Unidas indicam que, em locais onde a epidemia de Aids estava sob controle, o número de novos casos de transmissão do vírus voltou a crescer, principalmente entre segmentos mais vulneráveis da população.

Em 2014, 35% das novas infecções por HIV no mundo ocorreram entre homens que fazem sexo com outros homens, profissionais do sexo e seus clientes, pessoas trans, pessoas que injetam drogas e que estão privadas de liberdade.

Nas porções oriental e sul do continente africano, meninas com idade entre 10 e 19 anos permanecem particularmente afetadas pela epidemia.

Testagem de HIV no Quênia. Foto: IRIN News / Wendy Stone
Para OMS, a redução de novas infecções exige uma discussão sobre as barreiras sociais e legais que impedem muitas pessoas de acessar os serviços de HIV.
A Organização Mundial também destaca os benefícios de novas abordagens de alto impacto como a profilaxia pré-exposição (PrEP) — em que as drogas antirretrovirais são usadas para proteger indivíduos com risco elevado de infecção pelo HIV.

Integrar iniciativas de prevenção aos serviços de saúde sexual e reprodutiva é outro meio eficaz para combater a epidemia, de acordo com a OMS

A agência de saúde da ONU ressalta ainda a importância de revitalizar estratégias já consolidadas e bem-sucedidas, como a promoção do uso de preservativos e a manutenção da dinâmica de circuncisão masculina voluntária nos 14 países mais afetados das regiões leste e sul da África, onde 11,7 milhões desses procedimentos foram realizados em 2015.

Tratamento
Desde 2015, a OMS recomenda que todas as pessoas diagnosticadas com HIV iniciem a terapia antirretroviral o mais cedo possível para prevenir a doença e a morte.

Dados comprovam que o tratamento salva vidas: as mortes relacionadas à Aids caíram 45% desde seu pico em 2005 e 26% desde 2010. No entanto, quase metade das pessoas que vivem com o HIV ainda não sabem que estão infectadas.

Segundo a OMS, o cenário exige que Estados garantam acesso a serviços de testagem ágeis e de baixo custo. A agência das Nações Unidas chama atenção para os benefícios do autoteste, que pode ampliar o alcance de exames de HIV, principalmente entre os que relutam a usar serviços de saúde.

“O enorme progresso sobre o HIV, particularmente no tratamento, é uma das grandes histórias de sucesso de saúde pública do século”, afirmou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.

“Entretanto, não é um momento para complacência. Se o mundo quer atingir a meta de acabar com a Aids (enquanto ameaça de saúde) até 2030, deve expandir e intensificar rapidamente seus esforços.”

Financiamento sustentável a longo prazo
A OMS alertou também para mudanças nos modelos de financiamento, que terão de lidar com a transição de fontes externas de verba para orçamentos predominantemente domésticos.

Segundo o organismo internacional, países precisam alinhar as respostas ao HIV à busca pela cobertura universal de saúde e a iniciativas de proteção social.

A medida pode disponibilizar mais recursos para a saúde em geral, por meio de impostos, por exemplo, e estabelecer mecanismos robustos de financiamento que permitam aos indivíduos receber os serviços que precisam sem passar por dificuldades financeiras

OMS/OPAS

Abertas as inscrições para a IV Mostra de Experiências de Alimentação e Nutrição no Sistema Único de Saúde

A Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN), em parceria com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), e a Associação Brasileira de Nutrição (Asbran), realizará a IV Mostra de Experiências em Alimentação e Nutrição no SUS no dia 26 de outubro de 2016, durante o CONBRAN 2016 - XXIV Congresso Brasileiro de Nutrição, em Porto Alegre – RS
A IV Mostra tem o objetivo de identificar, valorizar e divulgar as ações exitosas que apontam caminhos possíveis para concretização do propósito da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN): a melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição.

Poderão ser inscritos para participar da IV Mostra trabalhos e fotografias que relatem experiências de ações de alimentação e nutrição no âmbito do SUS.
Serão aceitos relatos fotografias e relatos de experiência relacionados a quatro eixos temáticos: 
 
•         Atenção Nutricional no Sistema Único de Saúde;
•         Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição;
•         Formação Profissional e Educação Permanente; e
•         A interface da Saúde em Todas as Políticas.
 
As inscrições dos trabalhos deverão ser feitas até dia 05 de agosto somente pela internet no link http://www.conbran.com.br/mostra.php , conforme especificações do Regulamento. 
 
Será realizado um processo próprio de inscrição e seleção para participação na IV Mostra de Experiências de Alimentação e Nutrição no SUS. Desse modo, esclarecemos que a IV Mostra ocorrerá durante o XXIV CONBRAN, mas a participação na mesma não estará vinculada à inscrição e participação no Congresso. Isso significa que a inscrição na IV Mostra não dará direito automático de participação no XXIV CONBRAN. 
 
Ainda, os trabalhos já inscritos no XXIV CONBRAN poderão participar da IV Mostra desde que façam inscrição na mesma. 
 
Divulgue aos seus contatos e compartilhe sua experiência! 
 
Maiores informações pelo e-mail ivmostra.nutricao@gmail.co

Fonte: Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN) do Ministério da Saúde

Equipamento para o tratamento de lesões pré-malignas no colo do útero ou NICs (Neoplasias Intraepitelias Cervicais), causadas pelo vírus HPV.

Estudo iniciado por pesquisadora do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos tem como foco tratamento de lesões no colo do útero 
Pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), receberam, em junho, o Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia 2015. O projeto, que concorreu na categoria "Integração", teve como base o desenvolvimento de um equipamento para o tratamento de lesões pré-malignas no colo do útero ou NICs (Neoplasias Intraepitelias Cervicais), causadas pelo vírus HPV.
O estudo foi iniciado, em 2011, pela pesquisadora Natalia Mayumi Inada, com coordenação do docente Vanderlei Salvador Bagnato. A terapia fotodinâmica, técnica já conhecida em tratamentos de condilomas e de câncer de pele, curou 100% das 70 pacientes, com faixa etária entre 14 e 58 anos, portadoras de NIC de baixo grau (ou NIC 1), estágio inicial das lesões. As mulheres foram atendidas no ambulatório de saúde da mulher da Prefeitura Municipal de Araraquara (SP).

O tratamento consiste na aplicação de um creme, no colo do útero, que contém aminolevulinato de metila (MAL – PDTPharma), substância que, ao entrar em contato com células, é convertida em outra (protoporfirina IX). Com o auxílio da iluminação do equipamento denominado CerCa 150 System, uma reação com oxigênio acontece e as lesões são destruídas. Ambos produtos utilizados são produzidos integralmente no Brasil.
A pesquisa, financiada desde 2013 pelo Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação, Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP-MS) e pelo departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde (Decit), gerou uma patente internacional, um produto nacional aprovado pela Anvisa (o equipamento CerCa 150 System), uma publicação internacional no formato de Proceedings e um artigo em fase de submissão. A importância da tecnologia também chegou à América Central e está em fase final de aprovação no México.
Em 2014, o Grupo de Óptica fez uma parceria com a doutora Renata Belotto, do Hospital "Pérola Byington" (São Paulo/SP), e com o doutor Welington Lombardi, para avançar os tratamentos das NICs de alto grau (2 e 3). A pós-doutoranda Fernanda Mansano Carbinatto, bolsista pelo projeto financiado pela Finep/MS, também auxiliou no tratamento de lesões que têm as maiores chances de evoluírem para o câncer de colo de útero.
Nesta segunda etapa do projeto, participam 60 voluntárias, metade delas foi tratada com a terapia fotodinâmica. Até o momento, 10 pacientes foram avaliadas e, em 80% dos casos, houve regressão das lesões.
Fonte: Portal Brasil, com informações do CNPq

Começa a 21ª Conferência Internacional de Aids 2016 em Durban, África do Sul

Evento vai discutir o momento crítico de enfrentamento da epidemia da aids no mundo
Teve início nesta segunda-feira, 18, em Durban (África do Sul), a 21ª Conferência Internacional sobre Aids, que irá discutir o momento crítico de enfrentamento da epidemia de aids no mundo, priorizando o debate sobre a ampliação do acesso ao tratamento e a garantia de direitos na luta contra a epidemia, além de apresentar panoramas e experiências dos países em relação ao cumprimento das metas 90-90-90 e a aceleração da resposta ao HIV para 2020.
O evento contará com plenárias diárias e sessões de simpósios, workshops de desenvolvimento profissional e reuniões satélites organizadas de forma independente. Ao longo da programação da Conferência, que vai até sexta-feira, 22, também serão realizados a Aldeia Global e o Programa Juventude.
Neste primeiro dia, a diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde (DDAHV-MS), Adele Benzaken, participa da sessão “A política da OMS de tratar todos: onde estamos, para onde devemos ir e do que precisamos?”, que terá também a presença de Gottfried Hirnschall (Organização Mundial da Saúde) e do ministro da Saúde da África do Sul, Aaron Motsoaledi.
Acompanhe a conferência em www.aids2016.org.
Fonte: Assessoria de Comunicação - Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais

Calendário Agenda