Destaques

domingo, 19 de março de 2017

Proibição do uso de animais em testes de cosméticos será analisada pela CCT

A Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) reúne-se na quarta-feira (22), quando poderá votar, entre outras matérias, o PLC 70/2014, do deputado Ricardo Izar (PP-SP), que proíbe o uso de animais em atividades de ensino, pesquisa e testes laboratoriais de cosméticos, produtos de higiene pessoal e perfumes.

O relator é o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que é favorável à aprovação da matéria. Depois da CCT, o projeto vai para a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle (CMA).

A proposta tramita em conjunto com o PLS 45/2014, do senador Álvaro Dias (PV-PR) e com o PLS 438/2013, do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), por terem conteúdo semelhante.

Em seu relatório, Randolfe observa que os projetos cumprem o princípio ético de evitar maus-tratos aos animais, além de ajudar a promover as exportações brasileiras para a União Europeia e outros países que eliminaram essas práticas. Ele optou por levar adiante o PL 70/2014 por ser mais detalhado e mais abrangente que os demais.

Fundo
Outra proposição a ser analisada pela CCT é o PLC 201/2015, do ex-deputado João Colaço, que destina ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico 1% da arrecadação bruta das loterias federais e demais concursos de prognósticos sujeitos a autorização federal.

A relatoria é do senador Cristóvão Buarque (PPS-DF), que apresentou voto pela aprovação da matéria. Ele lembra que o  Brasil investe 1,2% do produto interno bruto (PIB) em pesquisa e desenvolvimento, metade do percentual médio investido pelos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O projeto ainda precisa ser analisado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Proposições legislativas
•          PLC 201/2015
•          PLC 70/2014
•          PLS 438/2013
•          PLS 45/2014

Agência Senado, foto: ANDA


Ultrassonografia mamária Projeto aumenta oferta de pelo SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) terá de oferecer ultrassonografia mamária para mulheres entre 40 e 49 anos ou que tenham mamas muito densas. É o que estabelece projeto da senadora Lúcia Vânia (PSB-GO) que será votado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) na quarta-feira (22).

PLS 583/2015 também obriga o SUS a realizar o exame em mulheres jovens com elevado risco de câncer de mama ou que não possam ser expostas à radiação. Em qualquer caso, é necessário que o exame seja indicado por um médico.

A proposta de Lúcia Vânia modifica a Lei 11.664/2008, que trata da prevenção, detecção e tratamento, pelo SUS, do câncer de mama e do câncer do colo de útero. O texto atual da lei já garante a realização de exame mamográfico a todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade.

Ao justificar o projeto, a autora argumenta que a ecografia é um "exame capaz de diagnosticar casos de câncer de mama assintomáticos, mas não identificados por meio de mamografia em mulheres jovens, com alta densidade mamária e com história familiar da doença". Quando a mama é densa, fica mais difícil detectar tumores por meio da mamografia.

Para a relatora, senadora Ângela Portela (PT-RR), a mudança na lei vai contribuir para a detecção precoce do câncer de mama, o que "significa aumentar a sobrevida e as chances de cura" das pacientes. Ângela Portela também argumenta que "o controle do câncer de mama é prioridade da agenda da saúde no Brasil.

A ultrassonografia ou ecografia mamária é um exame feito com um aparelho que emite ondas de ultrassom e, através do registro do eco, fornece informações sobre a textura e o conteúdo de nódulos mamários. É um método diagnóstico seguro, não invasivo e indolor, que não usa raios-X. Pesquisas indicam que a exposição excessiva à radiação aumenta o risco de câncer de mama.

A ecografia da mama é feita, principalmente, como método diagnóstico complementar no caso de mamografias inconclusivas, em mulheres com mamas densas ou com importantes fatores de risco para câncer de mama.

A diretriz "Câncer de mama: Prevenção secundária", de autoria da Sociedade Brasileira de Mastologia, Sociedade Brasileira de Cancerologia, Colégio Brasileiro de Cirurgiões e Colégio Brasileiro de Radiologia, publicada em 2011, reconhece o papel desempenhado pela ultrassonografia mamária como método complementar na prevenção secundária do câncer de mama, em mulheres assintomáticas que apresentam padrão mamográfico denso.

Se aprovado na CAS, o PLS 583/2015 pode seguir diretamente à análise da Câmara dos Deputados, sem ter de passar pelo Plenário do Senado.

Cota para mulheres
Também será votado na CAS, em  caráter terminativo, o projeto (PLS 216/2016), da senadora Regina Sousa (PT-PI), que modifica a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para determinar que empresas com mais de dez empregados contratem pelo menos 30% de mulheres para atividades-fim. O relator na CAS, porém, recomenda a rejeição do projeto.

Regina Sousa argumenta que a disposição normativa atual não tem sido suficiente para promover a mudança da desigualdade entre os sexos, garantida pela Constituição. Ela apoiou seu argumento apresentando a legislação da Noruega como exemplo positivo nesse sentido.

O relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR), cita os artigos da CLT e da Lei 9029/1995 voltados para a proteção das mulheres no mercado de trabalho, e argumenta que a obrigatoriedade de percentuais mínimos de mulheres nos postos de trabalho “pode ser tornar uma prática de fomento à discriminação”.

Proposições legislativas
•          PLS 216/2016
•          PLS 583/2015
Reprodução/clinicada mama, Agência Senado


Presidente Temer destaca importância de agilizar exame de patentes

O Presidente da República, Michel Temer, afirmou que inovar tecnologicamente é desenvolver a indústria e o País. Neste contexto, o Presidente destacou que algumas patentes demoram dez anos para serem concedidas e, portanto, é preciso agilizar tal atividade. Para isso, já foram contratados 140 servidores para o INPI. As declarações foram dadas nesta sexta-feira, dia 17 de março, em reunião do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, e o ministro interino da Fazenda, Eduardo Guardia, também participaram. Pelo INPI, estiveram presentes o diretor de patentes, Júlio César Moreira, o chefe de gabinete da Presidência, César Fava, e o coordenador de Relações Institucionais do INPI em São Paulo, Mauro Catharino. 

O evento discutiu os resultados da MEI em 2016 e as perspectivas para 2017, tema que foi apresentado por Pedro Wongtschowski, membro do conselho de Administração do Grupo Ultra. Ele abordou a relevância da propriedade industrial e destacou que o atraso na concessão de patentes no INPI é uma preocupação da indústria.

Neste campo da propriedade industrial, o presidente da CNI, Róbson Andrade, destacou a atuação do Governo em apoio ao INPI, com a contratação de examinadores, além da assinatura de acordos internacionais para realizar projetos piloto de PPH com o Japão e os Estados Unidos. 

Foram apresentadas ainda iniciativas específicas, que fazem parte da Agenda de Inserção Global via Inovação, como o Programa MEI de Aceleração em Inovação e Manufatura Avançada, em parceria com a Ohio State University. Esta apresentação foi feita por Ricardo Pelegrini, gerente geral da IBM América Latina. 

Por sua vez, a presidente do BNDES, Maria Sílvia Bastos Marques, abordou a nova política operacional do Banco, enquanto o vice-presidente da Embraer, Mauro Kern, apresentou as prioridades de inovação para o Brasil.

A reunião também marcou o lançamento do Edital de Inovação da Indústria (SENAI/SESI/SEBRAE), abordado pelo presidente da CNI, Róbson Andrade, bem como outras parcerias. 

Já o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, discutiu parcerias para inovação em micro e pequenas empresas - neste tema, destaque para parceiros como a EMBRAPII e a CNI/IEL.

Exibir carrossel de imagens Foto: José Paulo Lacerda/CNI



INPI e JPO assinam acordo para realizar PPH piloto entre Brasil e Japão

A assinatura do acordo ocorreu durante seminário sobre a cooperação em Propriedade Intelectual entre Brasil e O presidente do INPI, Luiz Otávio Pimentel, e o presidente do Escritório Japonês de Patentes (JPO, na sigla em Inglês), Yoshinori Komiya, assinaram nesta quinta-feira, em São Paulo, a Declaração Conjunta para formalizar um projeto piloto de Patent Prosecution Highway (PPH) entre os dois países.

A assinatura do acordo ocorreu durante seminário sobre a cooperação em PI entre Brasil e Japão. 

Pelo PPH, brasileiros vão poder usar o resultado do exame do pedido de patente no INPI para acelerar a análise no Japão e vice-versa. Nesta fase piloto, que começa no dia 1º de abril e tem duração de dois anos, serão aceitos, no máximo, 200 pedidos de patentes no PPH entre os dois países.

No piloto do PPH, o INPI aceitará apenas pedidos de patentes relacionados à Tecnologia da Informação. Por sua vez, o Japão aceitará solicitações em qualquer campo. As classificações IPC incluídas no programa serão divulgadas em breve, junto com a resolução que irá regulamentar o piloto no INPI. 

O Brasil já possui um piloto de PPH com os Estados Unidos, que teve início em 11 de janeiro de 2016 e a duração prevista também é de dois anos (ou 150 pedidos, neste caso). Até agora, no PPH entre Estados Unidos e Brasil, já foram incluídos 40 pedidos, sendo 38 no INPI e dois no USPTO. Também está em andamento a discussão para realizar um PPH piloto com o Escritório Europeu de Patentes (EPO, na sigla em Inglês) e com os países do Prosur.



Comitê de Governança do MDIC aprova versão ampliada de planejamento estratégico com duração até 2019

Estão previstos 10 objetivos estratégicos para o período de 2016 a 2019, detalhados em 80 iniciativas e 20 indicadores de resultados 

O secretário-executivo do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Jorge de Lima, conduziu hoje a primeira reunião do Comitê de Governança Estratégica do MDIC, composto por toda alta administração do ministério. Cabe ao colegiado a governança do planejamento estratégico da pasta, elaborado para o período de 2016 a 2019.

Nesta primeira reunião foi aprovada a versão revista e ampliada do Planejamento Estratégico 2016/2019. Ao todo, estão previstos 10 objetivos estratégicos para o período, detalhados em mais de 80 iniciativas e 20 indicadores estratégicos. “Este documento visa, de modo sistematizado, apresentar o resultado de um esforço interno de reflexão e priorização, para orientar a atuação do MDIC em sua missão de promover o desenvolvimento econômico por meio de políticas de estímulo ao comércio exterior, à indústria, comércio e serviços e à inovação empresarial”, definiu o ministro Marcos Pereira.

Para apoiar a elaboração do documento, o MDIC buscou se inspirar na metodologia Balanced Scorecard (BSC) e também promover um avanço em relação aos planejamentos anteriores, aproveitando as lições aprendidas e as novas ferramentas existentes para monitoramento. Todas as iniciativas e os indicadores serão acompanhados por meio da Central de Monitoramento e Avaliação do MDIC, ferramenta online já em funcionamento.

“O ciclo de planejamento 2016/2019 se insere em um cenário econômico e político desafiador. É nesse momento, entretanto, que uma visão de futuro e escolhas estratégicas fazem mais diferença. O MDIC deve se posicionar como um dos principais atores estatais na promoção do desenvolvimento econômico do Brasil”, destaca Marcos Pereira.

A estrutura de governança foi estabelecida pela Portaria nº 08, de janeiro de 2017. No entanto, as diretrizes estratégicas haviam sido aprovadas, em formato do Mapa Estratégico, em abril de 2016, e ratificadas, com poucas alterações, em julho de 2016.

“A gestão por colegiados, uma escolha dessa Administração, diz muito sobre alguns dos princípios que orientam a atuação do ministro Marcos Pereira. Além de destacar um comportamento inteligente no trato da gestão, realça o senso democrático de administrar, a confiança que estabelece na equipe e a disposição contínua de ouvir”, explica Marcos Jorge.

Todos os detalhes do trabalho desenvolvido pelo MDIC e os desdobramentos das atividades do Comitê de Governança, que possui 12 integrantes, estão divulgados no portal http://www.mdic.gov.br/gestao-estrategica. As Reuniões de Avaliação Estratégica deverão ocorrer a cada três meses.


Em Berlim, Secretário de Inovação participa de encontro do G20 sobre manufatura avançada

No evento, participantes discutiram o processo de digitalização nas empresas e abordagens regulatórias para a Indústria 4.0

O secretário de Inovação e Novos Negócios do MDIC, Marcos Vinícius de Souza, participou nesta semana do evento "Digitising Manufacturing in the G20 – Initiatives, Best Practices and Policy Approaches” em Berlim, na Alemanha.

A conferência reuniu os principais tomadores de decisão da indústria, dos governos e da sociedade civil de todos os países que compõem o G20, grupo formado por dirigentes das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia.

Durante o evento, foram realizadas sessões plenárias e oficinas em que os participantes trocaram experiências e discutiram temas relacionados à manufatura avançada. Foram discutidos os efeitos da digitalização nas empresas e os conceitos e abordagens regulatórias para a Indústria 4.0.

De acordo com o secretário, o evento contribuirá para formulação de políticas públicas voltadas para a manufatura avançada. Além disso, foi uma importante oportunidade para apresentar para empresas multinacionais as diversas opções de investimento em Indústria 4.0. no Brasil.

“A partir das experiências trocadas na Conferência, poderemos alinhar as ações do MDIC com o que há de mais avançado e atualizado no mundo nesse tema. Nós temos liderado, junto com o Ministério da Ciências, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o desenho de uma estratégia nacional de manufatura avançada para o Brasil”, disse.

No dia 16, Marcos Vinícius participou do painel “Pathways to the future of production”, em que apresentou os desafios enfrentados pelo Brasil para fazer parte da nova revolução industrial em curso.

Nesta sexta (17), o secretário integrou a mesa “Game Changer Digitalization: global impacts of digitising industry”, em que discutiu o impacto do deslocamento de plantas de fábricas para países desenvolvidos, algo possibilitado por meio do uso de tecnologias de manufatura avançada.

MDIC


Músculos de tecido prometem exoesqueletos de vestir

Tecidos atuadores
Em mais um feito em uma recente onda de inovações no campo dos músculos artificiais, engenheiros suecos desenvolveram uma técnica para recobrir as fibras de um tecido normal com um material eletroativo, que se distende e se contrai acionado por uma corrente elétrica.

Desta forma, torna-se possível construir roupas e acessórios que se comportem como fibras musculares, provendo força adicional para pessoas com dificuldades de movimento.
É uma abordagem mais simples, mais leve e mais cômoda do que os tradicionais exoesqueletos, normalmente construídos com atuadores rígidos.

O tecido atuador - a parte preta no centro da cotoveleira - promete criar uma nova geração de exoesqueletos de vestir. [Imagem: Thor Balkhed/Linköping University

"Tem havido avanços enormes e impressionantes no desenvolvimento dos exoesqueletos, que agora permitem às pessoas com deficiência andar novamente. Mas a tecnologia atual se parece com ternos robóticos rígidos. O nosso sonho é criar exoesqueletos semelhantes aos itens normais de vestuário, que você possa usar sob suas roupas normais. Esse dispositivo poderia facilitar a circulação de pessoas idosas e portadoras de deficiência de mobilidade," disse o professor Edwin Jager, da Universidade de Linkoping.

Músculos têxteis
A equipe desenvolveu seus "músculos têxteis" a partir de fibras de celulose, que foram recobertas sequencialmente por um polímero, um material eletroativo, conhecido como polipirrol, e uma camada externa de proteção aplicada por deposição a vapor.

Uma tensão de apenas 0,5 volt faz com que o material mude de volume, esticando as fibras. As propriedades do músculo artificial completo, já tecido, dependem da trama e da técnica de tecelagem, que podem variar de acordo com a aplicação.

"Ao tecer o tecido, podemos projetá-lo para produzir uma força elevada, por exemplo. Neste caso, a extensão do tecido é a mesma que a dos fios individuais. Mas o que acontece é que a força gerada é muito maior quando os fios são conectados em paralelo no tecido. Isto é semelhante aos nossos músculos. Alternativamente, podemos usar uma estrutura tricotada extremamente esticável para aumentar a eficácia de esticamento," disse Nils Persson, da Universidade Boras.

Bibliografia:

Knitting and weaving artificial muscles
Ali Maziz, Alessandro Concas, Alexandre Khaldi, Jonas Stalhand, Nils-Krister Persson, Edwin W. H. Jager
Science Advances
Vol.: 3, no. 1, e1600327
DOI: 10.1126/sciadv.1600327


Pele sintética faz robôs detectarem humanos pelo calor

Pele biomimética
Uma pele sintética que imita a pele das cobras permitirá que os robôs se tornem mais seguros para os humanos.

A pele é formada por um filme que é ele inteiro um sensor de calor. Assim como as cobras usam essa capacidade de detecção térmica para rastrear suas vítimas, os robôs poderão detectar quando há humanos nas imediações e tomar as precauções adequadas.

O revestimento flexível e transparente é feito de pectina, um material vegetal de baixo custo muito usado para fazer gelatina.

A pele artificial funciona esticada ou dobrada, mapeando com precisão onde está a fonte de calor. [Imagem: Raffaele Di Giacomo et al. (2017)]

Sensor iônico
Ao contrário dos sensores eletrônicos convencionais, que usam eletricidade, a pectina usa correntes de íons para detectar variações de temperatura - da mesma forma que as membranas naturais das cobras.

E, também diferente dos sensores de calor flexíveis já disponíveis, a membrana é sensível ao longo de uma ampla faixa de temperaturas. E ela é muito simples de fabricar: basta despejar a pectina em um molde e, em seguida, mergulhar tudo em cloreto de cálcio - são os íons de cálcio que tornam a pectina sensível a mudanças de calor.

Eletrodos são colocados ao longo das bordas do filme, coletando os sinais que permitem identificar as fontes de calor. A equipe agora está aprimorando seus algoritmos para mapear a temperatura em superfícies complexas, como partes do corpo.
calor de um dedo é detectado instantaneamente.

A pele biomimética detecta alterações de temperatura tão pequenas quanto 10 milikelvin - isto significa que ela é duas vezes mais sensível do que a pele humana. Nos testes com um bichinho de estimação simulado, o material detectou um corpo quente do tamanho de um coelho a um metro de distância.

Robôs sensíveis a temperatura
A ideia é aplicar a pele artificial como um revestimento sobre o corpo inteiro de um robô, gerando uma "visão térmica" de 360º.

Isso pode ajudar as máquinas a navegar em áreas lotadas sem bater nas pessoas, ou ajudar os robôs de busca e salvamento a localizar seres humanos em escombros ou salas cheias de fumaça. Já os robôs assistentes do futuro poderão saber se uma xícara de café ou outro utensílio estão quentes demais para que sejam entregues a uma pessoa, por exemplo.

"A coisa mais importante sobre combinar inteligência artificial e robôs humanoides é que esta inteligência artificial precisa ser ajustada pelos seus sentidos como nós somos. Você precisa fornecer feedback sensorial completo para que a inteligência artificial possa construir uma imagem do mundo," disse Raffaele Di Giacomo, do ETH Zurique, na Suíça, que liderou a pesquisa.

Com informações da New Scientist, [Imagem: Raffaele Di Giacomo et al. (2017)]
Bibliografia:

Biomimetic temperature sensing layer for artificial skins
Raffaele Di Giacomo, Luca Bonanomi, Vincenzo Costanza, Bruno Maresca, Chiara Daraio
arXiv



Ministério da Agricultura interdita frigoríficos e afasta 33 servidores

Três frigoríficos foram interditados e 33 servidores envolvidos na Operação Carne Fraca destituídos das funções que ocupavam no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), anunciou o secretário-executivo da pasta, Eumar Novacki. As medidas foram tomadas em função da operação desencadeada nesta sexta-feira (17) pela Polícia Federal, que investiga o pagamento de propina para obtenção de licenças sanitárias.

O secretário observou que o corpo técnico do Mapa é altamente qualificado e que o sistema de inspeção federal é robusto, sendo submetido a avaliações constantes, incluindo as de autoridades sanitárias estrangeiras por parte de 150 países importadores de carnes brasileiras. 'Não vamos tolerar desvios e atos de corrupção. Estamos tomando medidas enérgicas em relação a servidores e empresas e compartilhando informações com a Polícia Federal e com o Ministério Público”, disse Novacki.

As intervenções do Mapa ocorreram no frigorífico da BRF de Mineiros (GO), de abate de frangos, e nas unidades da Peccin em Jaraguá do Sul (SC) e em Curitiba (PR), que produzem embutidos (mortadela e salsicha).

Em relação aos servidores, estão sendo abertos processos administrativos. “Cabe ressaltar que há processos que foram abertos já no passado, em fase de investigação, e que estamos dando todo o suporte à PF”, ressaltou o secretário. As primeiras denúncias do caso divulgado hoje ocorreram há quase sete anos e, há dois anos, foram iniciadas as investigações culminado com as prisões e conduções coercitivas”, acrescentou.

O secretário enfatizou que o Mapa não admite atos ilícitos e apoia integralmente quaisquer ações que visem coibi-los. Além de desenvolver ações próprias, assinalou, o Ministério da Agricultura tem parcerias com outros órgãos federais para fornecer dados, coletas oficiais de amostras, análises laboratoriais e resultados de ações fiscalizatórias.

Novacki admitiu preocupação com repercussão no exterior, observando que o Brasil é um grande player no mercado internacional do agronegócio. Mas ressaltou que as denúncias se referem a casos isolados e que o produto brasileiro tem reconhecimento no exterior. Ele lembrou ainda medidas adotadas no Mapa, desde que Blairo Maggi é ministro, como mudanças legais – entre elas portaria que impede a remoção de fiscais por parte de superintendentes regionais, sem motivação.

Em novembro do ano passado, Maggi publicou a Portaria 257/2016, que centralizou na Secretaria de Defesa Agropecuária e na Secretaria-Executiva essas remoções. “É um dos mecanismos adotados nesta gestão que contribui para evitar a repetição de fatos como os apurados pela PF”, disse Novacki. O secretário afirmou ainda que, em 10 meses, desde que Maggi, assumiu foram abertos mais processos administrativos do que nos dois anos anteriores.

Coordenação-geral de Comunicação Social, foto: Carlos Silva/Mapa


Vírus Zika também causa problemas cardíacos graves


O vírus zika também pode ter sérios efeitos sobre o coração, além dos já reconhecidos danos neurológicos e oculares.

Em um estudo realizado por uma equipe venezuelana e norte-americana no Instituto de Medicina Tropical de Caracas, compreendendo nove pacientes adultos com zika e nenhum histórico prévio de doença cardiovascular, ficou constatado que oito desenvolveram problemas de arritmia cardíaca e três apresentaram evidências de insuficiência cardíaca.

"Nós sabemos que outras doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue e o vírus chikungunya, podem afetar o coração, por isso pensamos que poderíamos ver o mesmo com o zika. Mas ficamos surpresos com a gravidade, mesmo neste pequeno número de pacientes," disse Dra Karina Gonzalez Carta, cardiologista da Clínica Mayo (EUA).

Zika e problemas no coração

Foram detectadas arritmias graves em oito pacientes: três casos de fibrilação atrial, dois casos de taquicardia atrial não-sustentada e dois casos de arritmias ventriculares.

A insuficiência cardíaca esteve presente em seis casos. Destes, cinco pacientes tiveram insuficiência cardíaca com baixa fração de ejeção, quando o músculo cardíaco não bombeia sangue como deveria, e um apresentou insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada, quando o coração fica rígido e não pode relaxar ou se encher corretamente.

"Conforme os resultados desta pesquisa, queremos que os pacientes que apresentem sintomas de zika também estejam cientes dos sintomas cardíacos porque eles podem não associar os dois," recomendou a Dra Karina. "O mesmo é verdade para os médicos, porque eles podem estar focados nos sintomas do zika, mas não pensar em preocupações cardíacas".

Os resultados foram publicados no Journal of American College of Cardiology.


EMPRESA ENTRA NA INCUBADORA DO TECPAR PARA DESENVOLVER MEMBRANA DE BIOCELULOSE

O TECPAR proporciona oportunidades à potenciais parceiros do Complexo Industrial e Econômico da Saúde, disponibilizando seus Parque Tecnológico para desenvolvimento de projetos inovadores e novos produtos destinados ao SUS
A Neurocel, ingressou na Incubadora Tecnológica do Tecpar (Intec), para desenvolver pesquisa na área da neurocirurgia objetivando produzir membranas biológicas que substituirão a “dura-máter”, também chamada de meninge, utilizada em lesões por tumores ou por traumatismos.

da esquerda para direita: pela Neurocel: Andrea P. Canuto Von Der Yeyde; Luiz Renato G. de Oliveira Mello e Leandro José Haas, pelo Tecpar assinou o Diretor de Desenvolvimento Tecnológico do Tecpar.
De acordo com o médico neurocirurgião Luis Renato Mello, pesquisador, titular da patente e da empresa, o produto é fruto de 25 anos de pesquisa no Hospital Santa Isabel, em Blumenau (SC), onde trabalha.

A meninge que envolve o sistema nervoso no interior do crânio e da medula pode ser substituída pelo nosso produto, em caso de lesões, já realizamos testes pré-clínicos com animais e teste clínico em pessoas, com bons resultados”, “existem outras membranas nacionais e importadas no mercado, mas elevados custos”, destaca o pesquisador.

Mello explica que essa nova membrana, produzida a partir de biocelulose, proveniente de síntese bacteriana e submetida a um processamento específico, objeto da patente. Produzida em escala industrial tem baixo custo.

A expectativa com a incubação do projeto é desenvolver o produto em escala industrial no ambiente farmacêutico adequado e certificado para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autorize a execução dos testes preconizados para a obtenção do registro sanitário.

Em sinergia com as Universidade e contanto com suporte disponibilizado no Campus Tecnológico da Saúde do TECPAR, implementado na CIC, teremos acesso a infraestruturas e facilidades que permitirão executar os ensaios físico-químicos e biológicos avançados de biocompatibilidade, resistência e toxicidade, ressaltou Dr. Mello.

Gilberto Passos Lima, gerente dos Parques e Incubadoras Tecnológicas do Tecpar, explica que especialistas do Parque tecnológico da Intec acompanharão e proporcionarão suporte para a governança e o desenvolvimento do projeto objetivando as autorizações da Anvisa para o funcionamento, para realização dos ensaios até o  registro sanitário do produto para comercialização.

Reginaldo Joaquim de Souza, diretor de Desenvolvimento Tecnológico do Tecpar, ressalta que o Parque Tecnológico da Saúde do Tecpar e a Intec proporcionam espaço e infraestruturas qualificadas para incubação e desenvolvimento de projetos inovadores, desde de sua concepção, acompanhado o desenvolvimento da empresa no mercado, e, se possível e de interesse das partes, evoluir para o mercado público e disponibilizar o produto para o SUS, via parcerias público privadas.

INTEC – oferece a experiencia de mais de 27 anos, período que deu suporte tecnológico a mais de 100 projetos que se transformaram em negócios, alguns já transformados em empresas transnacionais, como o caso da Beetech/Beenoculus. O processo de incubação está permanentemente aberto à pessoas físicas, como universitários, pesquisadores e empreendedores que tenham um negócio inovador, ou para pessoas jurídicas.

Empreendedores interessados podem ser inscrever ao longo do ano para afluir a uma vaga em uma das duas unidades da Intec, em Curitiba e em Jacarezinho, onde são ofertadas vagas para a modalidade residente, empresa se instala nas dependências da Intec, e, para não residentes na incubadora, cujos projetos são igualmente apoiados e tutelados por especialistas do instituto, mesmo quando instalados fora dos parques tecnológicos e da área física da incubadora.


sábado, 18 de março de 2017

Agência da ONU abre edital de apoio a projetos da sociedade civil sobre HIV; prazo é 20/3

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) está com edital aberto para apoiar projetos sobre HIV desenvolvidos por organizações da sociedade civil.
Foto: UNAIDS
O objetivo é reforçar a capacidade das organizações de abordar a prevenção, o tratamento, os cuidados e o apoio ao HIV entre pessoas que usam drogas injetáveis e pessoas privadas de liberdade.
O prazo para envio de proposta vai até 20 de março. Todos os detalhes: http://bit.ly/2mQRoPT


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