A medida faz parte de uma
grande mobilização do Ministério da Saúde para incentivar os estados e
municípios a realizarem a vacinação contra a gripe dos professores no ambiente
escolar
O Ministério da Saúde está
incentivando os estados e municípios a vacinarem os professores contra a gripe
no ambiente escolar. Para simbolizar essa ação de motivação nacional, o
ministro da Saúde, Ricardo Barros, e o governador do Distrito Federal, Rodrigo
Rollemberg, visitaram, nesta quarta-feira (03), a Escola Classe 302 norte, em
Brasília (DF), para acompanhar a rotina de vacinação dos professores. A ideia é
que os educadores sirvam de exemplo para os alunos e reforcem a importância da
vacinação como medida de prevenção de doenças. Cerca de 30 professores, da
Escola Classe 302 norte e da Coordenação Regional de Ensino do Plano Piloto,
foram vacinados.
Para o ministro da Saúde, Ricardo Barros, esse é um novo momento de integração
entre saúde e escola. “O nosso objetivo é aumentar as coberturas vacinais de
todas as vacinas que o Ministério da Saúde dispõe a toda a população
brasileira, especialmente HPV e meningite C, que são ofertadas aos
adolescentes. Esse é um público que dificilmente conseguimos levar ao posto de
saúde, por isso a importância de integrar saúde e educação”, destacou o
ministro, reforçando que atualmente o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta 19
vacinas para toda a população brasileira. “São 300 milhões de doses por ano de
vacinas que precisam ser aplicadas e, se contarmos com o apoio das escolas,
será muito melhor”, finalizou.
Este é o primeiro ano que os professores, tanto da rede pública como privada,
passam a fazer parte do público-alvo da Campanha Nacional de Vacinação Contra a
Influenza. Cerca de 2,3 milhões de profissionais da educação poderão se vacinar
contra a gripe, sendo 30 mil no Distrito Federal. Para a mobilização nacional,
no mês de abril, foram enviadas cartas ao Conselho Nacional de Secretários de
Saúde (CONASS) e ao Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde
(CONASEMS) convidando os gestores a estimularem a participação das escolas na
vacinação tantos dos professores contra a gripe quanto das crianças e
adolescentes contra HPV e Meningite C.
“É muito importante que a vacinação esteja sendo feita na escola porque além do
efeito demonstrativo e pedagógico, também é uma oportunidade de ampliação da
cobertura vacinal, especialmente das nossas crianças. É muito importante que
vocês, crianças, estimulem seus avós quem têm mais de 60 anos a se vacinarem,
os demais professores, as crianças com menos de cinco anos, para evitar
problemas de saúde. Esperamos que no dia 13 de maio, dia D de mobilização
nacional da campanha da gripe, tenhamos um grande número de pessoas vacinadas”,
afirmou o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg.
A medida reforça a importância do profissional de educação na estratégia de
imunização, já que os professores têm contato diário com dezenas de pessoas e
assumem papel de destaque ao proteger sua própria saúde, servindo de exemplo
para seus alunos e a comunidade escolar. O município que aderir a essa
mobilização poderá garantir ainda mais altas coberturas vacinais na sua cidade,
evitando doenças e possibilitando uma vida mais saudável para a população.
CAMPANHA - A 19ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza
deste ano começou no dia 17 de abril e seguirá em todo o país até 26 de maio,
sendo que dia 13 será o dia D de mobilização nacional. Ao todo, 54,2
milhões de pessoas que integram os grupos prioritários devem se vacinar. Para
isso, o Ministério da Saúde adquiriu 60 milhões de doses da vacina contra a
gripe que estão sendo distribuídas aos estados de forma gradativa, até o dia 19
de maio.
O objetivo do Ministério da Saúde é vacinar 90% desta população, considerada de
risco para complicações por gripe. A meta de vacinação deste ano aumentou
devido aos índices alcançados nos últimos anos, que ultrapassaram 80%. Em 2016,
inclusive, foi o primeiro ano que este índice ultrapassou 90%, atingindo 93,5%
de cobertura vacinal.
Integram o público-alvo da campanha pessoas a partir de 60 anos, crianças de
seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias),
trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos
indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de
liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas
socioeducativas - e os funcionários do sistema prisional.
Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com
deficiências específicas, também devem se vacinar. Para esse grupo não há meta
específica de vacinação. Este público deve apresentar prescrição médica no ato
da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças
crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão se dirigir aos postos em que
estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição
médica.
A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde
(OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela
observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal
agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao
agravamento de doenças respiratórias.
PREVENÇÃO - A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do
contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa
contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e
objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos,
nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de
cuidados simples como medida de prevenção para evitar a doença, como: lavar as
mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar
tocar o rosto; não compartilhar objetos de uso pessoal; além de evitar locais
com aglomeração de pessoas.
É importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas
da gripe - especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às
complicações - devem procurar, imediatamente, o médico. Os sintomas da gripe
são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor
muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta
de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor
muscular intensa e prostração.
REAÇÃO ADVERSA – A vacina influenza é segura. No entanto, após
a aplicação da vacina, podem ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção,
eritema e enrijecimento. São manifestações consideradas benignas, cujos efeitos
costumam passar em 48 horas. A vacina é contraindicada para pessoas com
história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que
tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. É
importante procurar o médico para mais orientações.
Por Amanda Mendes, da Agência Saúde