Destaques

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Agência sedia reunião sobre novas drogas psicoativas


Evento abordou problemas de países ocidentais para identificar mais rapidamente substâncias sintéticas fabricadas para burlar lista de drogas ilegais.
  
A Anvisa sediou, entre os dias 15 e 17 de maio de 2018, a Segunda Reunião Regional de Novas Substâncias Psicoativas (NSP) do Hemisfério Ocidental (Américas).

As NSP são substâncias desenvolvidas especificamente para burlar as medidas de controle aplicadas pelos países e são utilizadas como “drogas legais”, em alternativa a substâncias psicoativas já controladas.

O evento, coordenado pelo Escritórios das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), teve como objetivo discutir experiências no enfretamento ao problema relacionado às NPS, com a troca de informações técnicas entre especialistas nacionais, regionais e internacionais.

Diversos países da região enfrentam dificuldades na identificação e no controle dessas substâncias, na mesma velocidade em que cresce sua síntese e distribuição. O conhecimento limitado sobre o desafio das NPS é hoje o maior motivador para que as autoridades desses países unam esforços para enfrentar o problema.

Durante a reunião, os especialistas realizaram apresentações e discussões de grupo sobre novas tendências, desafios na identificação e detecção de NSP, respostas legislativas e regulatórias, além de sistemas de alertas prévio. Como resultado, espera-se alcançar propostas para o monitoramento do tema e o fortalecimento das ações necessárias para o seu enfrentamento, com foco na região das Américas.

A abertura do evento foi realizada pelo diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, acompanhado do Representante do Unodc no Brasil, Rafael Franzini, do diretor do Departamento de Assuntos de Defesa e Segurança do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Nelson Tabajara, do secretário nacional de Políticas sobre Drogas, Humberto Viana Filho, e do chefe da Seção Científica e de Laboratórios do Unodc, Justice Tettey.

Para saber mais sobre Novas Substâncias Psicoativas, acesse: http://portal.anvisa.gov.br/controlados/nsp


Brasil leva experiência em comunicação sobre o zika em fórum nos EUA


Ministério da Saúde participa do Programa Missão Mosquito, que visa estabelecer uma rede internacional de profissionais para tratar sobre doenças transmitidas por vetores

A convite do governo dos Estados Unidos, o Ministério da Saúde participa, até o dia 18 de maio, do Programa Missão Mosquito, que aborda o zika e outras doenças transmitidas por vetores para comunicadores da saúde pública e ciência. O programa é focado na área de comunicação e pretende construir uma rede internacional de profissionais que trabalham na área para debater os esforços inovadores de controle de vetores.

Para este programa de compartilhamento de informações, foram selecionados 20 profissionais de diferentes países que também registraram casos da doença ou estão sob risco de zika. As atividades ocorreram em várias cidades dos Estados Unidos, incluindo Atlanta, na Geórgia; Fort Colins, no Colorado; Dania Beach, South Miami e Hollywood, na Flórida; e Washington, D.C.

A assessoria de imprensa do Ministério da Saúde apresentou a experiência brasileira no combate ao vírus zika que, desde outubro de 2015, registrou 3.149 casos de alterações no crescimento e desenvolvimento relacionados à infecção pelo vírus zika e outras etiologias infeciosas durante a gestação.

A programação inclui treinamentos focados em situações de emergência e discussões com especialistas das principais instituições dos Estados Unidos, como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o Instituto Smithsoniano, o departamento de Estado dos Estados Unidos da América, uma variedade de instituições de pesquisa, Organizações Não-Governamentais (ONG) e entidades privadas. 

COMUNICAÇÃO PARA ORIENTAR A POPULAÇÃO SOBRE ZIKA
O programa visa apoiar os participantes a construírem, por meio da comunicação, estratégias efetivas de engajamento da população, encorajando indivíduos e comunidades a agir em suas próprias vidas, residências e vizinhanças para se protegerem contra doenças transmitidas por mosquitos, como o vírus zika.

Os profissionais também participaram do lançamento da nova exposição do Museu de História Natural do Instituto Smithsoniano, chamada “Surto: epidemias em um mundo conectado”. A mostra é focada na disseminação de doenças zoonóticas, causadas por novos ou agentes já conhecidos que ocorrem em locais ou espécies que ainda não apresentavam a doença. A exposição conta com uma abordagem de Saúde Única, que trata da integração entre saúde humana, animal, ambiente e adoção de políticas públicas efetivas na prevenção e controle de doenças.

Os participantes vão concorrer a continuação da programação em seu país de origem, que pode incluir ações como trazer uma versão móvel da exposição para seu país, ou liderar projetos científicos, programas, campanhas de informação ou outras atividades que simulem discussões mais amplas sobre o controle de mosquitos em comunidades locais.

Ao final do encontro, os participantes do Programa Missão Mosquito serão convidados a participar de uma plataforma de mídia social que permitirá o compartilhamento e a tradução de novas informações, dados, lições aprendidas e melhores práticas para a prevenção e resposta às doenças transmitidas por mosquitos, como o vírus zika.

Por Amanda Mendes, da Agência Saúde


IQUEGO esclarece sobre glicosímetros fornecidos à Prefeitura de São Paulo


A Indústria Química do Estado de Goiás (IQUEGO) é um laboratório oficial público, jurisdicionado à Secretaria de Estado da Saúde do Governo de Goiás, servindo exclusivamente à população do Sistema Único de Saúde (SUS). A IQUEGO tem como objetivo garantir melhor atendimento e dar suporte às demandas estratégicas do SUS e neste sentido, fez uma parceria estratégica com a HMD BioMedical para produção e venda de glicosímetros com objetivo de oferecer a mais alta tecnologia em aferição de glicemia para o SUS. A IQUEGO vem esclarecer algumas informações a respeito de matérias na imprensa sobre reclamações de pacientes em relação aos glicosímetros IQUEGO-HMD fornecidos pela Prefeitura de São Paulo.

Do Fornecimento dos glicosímetros e tiras reagentes à Prefeitura Municipal de São Paulo – PMSP:
Em 2015, através de consulta pública, a Iquego e a HMD BioMedical assinaram uma parceria para transferência de tecnologia inovadora e única, não existente previamente no país para produção de glicosímetros e tiras reagentes no Brasil. A parceria inclui a construção de uma indústria da HMD BioMedical em Goiás, que será a primeira a produzir os aparelhos e fitas no Brasil. A fábrica, localizada em Luziânia (GO), já está em fase de construção.

A Prefeitura de São Paulo estava procurando um novo aparelho de glicosímetro no mercado, que atendesse a critérios como tecnologia mais avançada e mais segurança para o paciente. O aparelho da IQUEGO-HMD atendeu a todos os requisitos do descritivo da licitação. Os aparelhos utilizados até então pela Prefeitura de São Paulo possuíam tecnologia ultrapassada, alvo de alertas pela Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, devido ao tipo de enzimas contidas nas suas tiras. Com isso, o produto acabou sendo descontinuado em vários países. No Brasil, houve dois alertas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o uso de produtos com tais enzimas. São os alertas 992/2009 e 1596/2015 (http://www.anvisa.gov.br/sistec/Alerta/RelatorioAlerta.asp?NomeColuna=CO_SEQ_ALERTA&Parametro=992; http://www.anvisa.gov.br/sistec/Alerta/RelatorioAlerta.asp?Parametro=1596)
O produto está sendo considerado ultrapassado e foi descontinuado pelo próprio fabricante em locais como a Austrália. (https://www.accu-chek.com.au/meter-systems/active; https://www.accu-chek.com.au/meter-systems)

Em julho do ano passado, a IQUEGO fez a primeira venda de insumos para a Prefeitura de São Paulo, por dispensa de licitação, apenas para uso hospitalar. A compra direta é legal em operações que envolvem dois entes públicos de acordo com a Lei de Licitações 8.666/93 (confira Artigo 24 ao final da nota). Vale a pena ressaltar que o glicosímetro IQUEGO-HMD foi utilizado em todos os hospitais sem nenhuma reclamação. Ou seja, o aparelho foi testado por profissionais de saúde qualificados e a validação da acurácia para uso foi aprovada.

Em novembro de 2017, houve a primeira entrega de insumos para uso domiciliar. A cidade de São Paulo tem cerca de 108 mil pacientes cadastrados no Programa de Automonitoramento Glicêmico (PAMG). O pedido de compra da prefeitura foi de 110 mil glicosímetros. Na ocasião, foram entregues 130 mil glicosímetros – uma reserva técnica de 20 mil unidades – e 20 milhões de tiras. Em janeiro deste ano, houve a entrega de mais 20 milhões de tiras.

A IQUEGO-HMD, com auxílio do PAMG da PMSP, ministrou treinamentos de capacitação para todas as 467 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade de São Paulo e disponibilizou um software para uso do gestor público, o GlicoSYS. Esse software permite monitoramento do perfil glicêmico dos pacientes e melhor controle sobre a dispensação de insumos através da plataforma Nuvem da PMSP. O software também disponibiliza aos pacientes e aos profissionais de saúde acesso online aos seus próprios dados armazenados na WEB de forma a melhorar o controle da glicemia e o tratamento do diabetes. Além disso, na mesma plataforma os usuários do GlucoLeader têm acesso a um canal de atendimento exclusivo e prioritário para dúvidas, reclamações e sugestões. Ademais, houve a distribuição de scanners para as UBSs para fins de rastreabilidade das tiras entregues.

O glicosímetro IQUEGO-HMD possui a certificação ISO 15.197:2013, obedecendo à instrução normativa 09, da ANVISA, de 26/12/2013, que estabelece que todos os aparelhos de glicemia comercializados no Brasil precisam ter a certificação. Ainda, a mesma normativa da ANVISA regulamenta e confere a acurácia que os sistemas de medição de glicose devem garantir para a sua tecnologia. Ela determina os limites de variação de precisão de +/- 15% em relação ao exame laboratorial.

Da reportagem do SP2 da Rede Globo de televisão no dia 03/03/2018:
Do total de aparelhos distribuídos, 393 foram devolvidos em janeiro. Os resultados mostram que apenas 11 apresentaram um possível defeito e este foi encaminhado ao fabricante para avaliação, representado 0.0085%. Em todo o restante, não foi constatada quebra ou dano físico no glicosímetro. Mesmo assim, todos os aparelhos foram repostos para PMSP afim de garantir aparelhos para todos os pacientes. Além disso, a IQUEGO-HMD, comprometida com a implementação eficaz, deu início a um projeto de educação continuada nas UBSs, em conjunto com o PAMG da PMSP para profissionais de saúde e pacientes.

Estão sendo realizados atendimentos nas UBSs com o objetivo de orientar os pacientes e agentes de saúde nos procedimentos de realização de testes de glicemia, manuseio e cuidado do aparelho. Um ponto fundamental é o esclarecimento sobre os problemas e/ou divergências de resultados em diferentes aparelhos. A comparação de resultados entre glicosímetros é totalmente inadequada e não recomendada por todos fabricantes e órgãos competentes, pois distorce a interpretação dos resultados e confunde o usuário da tecnologia. A comparação deve ser feita apenas com testes de glicemia em laboratórios de referência.

A IQUEGO-HMD se coloca à disposição dos pacientes para quaisquer esclarecimentos e manifesta preocupação sobre divulgações nas mídias equivocadas sobre saúde pública. Como exposto, a diferença de resultados de medicação de glicose é aceita dentro de uma variável, portanto, a divulgação irresponsável de que a divergência de resultados se deve a problemas nos glicosímetros pode acabar acarretando prejuízos no tratamento dos pacientes diabéticos.

Do Questionamento sobre Quebra de Compliance de Laboratório Concorrente:
O representante da HMD-IQUEGO esteve presente em reuniões realizadas na Prefeitura de São Paulo com representantes e mães de pacientes que reclamavam de divergências nos resultados e falta de insumo nos glicosímetros. A primeira reunião aconteceu em dezembro 2017 entre um grupo de usuários, profissionais da PAMG da PMSP e representantes da HMD-IQUEGO. Apesar de ser restrita a estas partes, na segunda reunião em março de 2018, foi constatada a presença de duas pessoas ligadas ao laboratório concorrente da IQUEGO-HMD, antigo fornecedor do glicosímetro para a prefeitura. Na oportunidade, o Secretário Dr. Milton Flávio questionou a presença destas pessoas devido a conflito de interesse e a potencial infração de ‘compliance’ e pediu que os representantes da concorrente se retirassem do recinto, para que a reunião pudesse transcorrer dentro da normalidade e legalidade. Houve uma terceira reunião entre as partes, onde todas as solicitações do grupo de representantes dos usuários foram atendidas.

Diante do caso, o presidente da IQUEGO, Antonio Faleiros, solicitou ao laboratório concorrente esclarecimentos sobre a ocorrência e não houve resposta até o momento, frisando que no Brasil este ato é proibido por LEI 12.846/2013.

Por fim, na última reportagem do telejornal da Rede Globo, foi mostrada uma das mães do mesmo grupo que foi atendido na reunião. A pessoa tinha dúvida sobre a acurácia do aparelho, e para dirimir a dúvida foi decidido em conjunto a realização de um teste comparativo efetivado em um laboratório de referência na cidade de São Paulo. O referido teste comparativo foi realizado no dia 27/03/2018. O resultado entre o teste GlucoLeader (IQUEGO-HMD) e o exame laboratorial clínico demostrou que o aparelho está dentro dos padrões de conformidade da ISO15197/2013 e ANVISA. Com isso, foi demonstrada à paciente a qualidade do equipamento. Causou-nos estranheza a referida pessoa, após toda a comprovação, participar de uma matéria questionando os resultados dos produtos já que a mesma demonstrou aceitação com o resultado do teste.

Indústria Química do Estado de Goiás – IQUEGO
SAC: 0800-622829
E-mail: sac@iquego.com.br
HMD BioMedical Brasil
SAC: 11 3280 5450
e-mail: sac@hmdbio.com.br

ANEXO:
Lei nº 8.666/93 – Art. 24, a compra direta é permitida nas seguintes situações:
VIII – para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado.
XXIII – na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado.
XXXII – na contratação em que houver “transferência de tecnologia de produtos” estratégicos para o Sistema Único de Saúde – SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição destes produtos durante as etapas de absorção tecnológica.


Fonte:saude.go.gov.br


quinta-feira, 17 de maio de 2018

Investir no controle de doenças crônicas não transmissíveis gera grandes retornos financeiros e de saúde, afirma OMS


Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) lançado nesta quarta-feira (16) revela que os países mais pobres do mundo podem ganhar US$ 350 bilhões até 2030 aumentando os investimentos na prevenção e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, como as doenças cardíacas e o câncer, que, juntos, custam US$ 1,27 por pessoa a cada ano. Tais ações salvariam mais de 8 milhões de vidas no mesmo período.

O novo relatório, “Saving lives, spending less: a strategic response to NCDs” (“Salvando vidas, gastando menos: uma resposta estratégica às DCNTs”, tradução livre) mostra, pela primeira vez, as necessidades financeiras e os retornos sobre o investimento das políticas “best buy” da OMS – rentáveis e viáveis – para proteger as pessoas contra doenças crônicas não transmissíveis, que são as principais causas de enfermidades e mortes em todo o mundo.  

Isso mostra que, para cada US$ 1 investido na ampliação de ações para tratar as DCNTs em países de baixa e baixa-média renda, haverá um retorno à sociedade de pelo menos US$ 7 em aumento de empregos, produtividade e longevidade. "A mensagem abrangente deste novo e poderoso relatório da OMS é otimista", diz o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Combater as DCNTs é uma oportunidade para melhorar a saúde e as economias”.  

Se todos os países usarem essas intervenções, o mundo se aproximaria significativamente do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3.4, que tem o objetivo de reduzir mortes prematuras por DCNTs em um terço até 2030. Entre as ações de melhor custo-benefício, estão o aumento dos impostos sobre o tabaco e o álcool; a redução da ingestão de sal por meio da reformulação de produtos alimentares; a administração de terapia medicamentosa e aconselhamento para pessoas que tiveram ataques cardíacos ou acidentes vasculares cerebrais; vacinação de meninas com idades entre 9 e 13 anos contra o papilomavírus humano (HPV); e rastreio de mulheres com idade entre 30 e 49 anos para câncer do colo do útero.

"As DCNTs impõem enormes custos econômicos que recaem sobre os países de baixa e média renda baixa, ou seja, os que menos podem pagar. Esse relatório defende a ousadia de ação contra essas doenças de uma perspectiva empresarial e descreve algumas das formas mais eficazes de reduzir seu “pedágio”, que pode ajudar a direcionar mais recursos para onde eles realmente são mais necessários”, afirma o Embaixador Global da OMS para Doenças Crônicas Não Transmissíveis, Michael R. Bloomberg.  

Países de baixa e baixa-média renda sofrem, atualmente, com as mortes prematuras por DCNTs: quase metade (7,2 milhões) das 15 milhões de pessoas que morrem em todo o mundo a cada ano, entre 30 e 70 anos, são dos países mais pobres do mundo. No entanto, o financiamento global para as DCNTs é severamente limitado, recebendo menos de 2% de todo o financiamento em saúde.  

O relatório indica que a adoção de medidas eficazes para prevenir e controlar as DCNTs custa apenas US$ 1,27 por pessoa a cada ano nesses países. Os ganhos em saúde desse investimento, por sua vez, gerarão US$ 350 bilhões, evitando os custos com a saúde e aumentando a produtividade até 2030, além de salvar 8,2 milhões de vidas durante o mesmo período.  
Para US$ 1 investido em cada área de política, foram documentados os seguintes retornos:  
  • US$ 12.82 de promoção de dietas saudáveis;
  • US$ 9,13 de redução do uso nocivo do álcool;
  • US$ 7,43 de redução de consumo do tabaco;
  • US$ 3,29 por fornecer terapia medicamentosa para doença cardiovascular;
  • US$ 2,80 do aumento de atividade física;
  • US$ 2,74 de gerenciamento do câncer.  
As doenças crônicas não transmissíveis matam 41 milhões de pessoas a cada ano, abrangendo 72% de todas as mortes no mundo. O número de mortes por DCNTs está aumentando globalmente, inclusive nos de baixa e baixa-média. Como condições tipicamente de longo prazo, essas enfermidades são especialmente prejudiciais para as famílias em ambientes de poucos recursos, uma vez que o tratamento demorado e dispendioso drena os recursos domésticos, força as famílias à pobreza e sufoca o desenvolvimento. A nova publicação lança um apelo claro para que os doadores apoiem os governos, oferecendo financiamento como um catalisador para ampliar, de forma ambiciosa, as políticas de “melhor compra” que salvariam milhões de vidas.

Nota aos editores
As doenças crônicas não transmissíveis – entre elas, doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, doenças respiratórias crônicas e transtornos mentais – tendem a ser de longa duração e são resultado de uma combinação de fatores genéticos, fisiológicos, ambientais e comportamentais. O uso do tabaco, a inatividade física, o uso nocivo do álcool e dietas pouco saudáveis aumentam o risco de morte por uma DCNT. A detecção, rastreio e tratamento de DCNTs, bem como cuidados paliativos, são componentes-chave para sua resposta. A OMS também reconhece que a poluição do ar é um fator de risco crítico para essas enfermidades.

Fonte: OPAS/OMS BRASIL  


UnB lançará grupo de pesquisa em vigilância sanitária


Grupo tem caráter interdisciplinar e será divulgado durante o seminário A Vigilância Sanitária em nosso cotidiano, na próxima sexta (18/5).

A atuação da vigilância sanitária e o seu impacto no dia a dia das pessoas será o tema de um seminário na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB).

O objetivo do encontro é ampliar a discussão sobre as diferentes áreas da vigilância sanitária e estimular o desenvolvimento de pesquisas nesse campo de conhecimento.

Durante o seminário, será lançado o GEPE-VISA, Grupo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Vigilância Sanitária vinculado ao Núcleo de Estudos em Saúde Pública do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade de Brasília (NESP/CEAM/UnB).

O grupo foi criado em dezembro de 2017 e conta com docentes, pesquisadores e especialistas que atuam em vigilância sanitária.

Para participar
O evento é aberto e gratuito. A inscrição pode ser feita no próprio dia, instantes antes do seminário que está marcado para as 14h.

A vigilância sanitária em nosso cotidiano
Data: 18 de maio de 2018
Local: Auditório 3, Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília, Campus Darcy Ribeiro
Horário: 14h




Evento promove boas práticas nas agências e órgãos reguladores


Atividade integra agenda do governo federal para o fortalecimento da regulação no país.

A Casa Civil, em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e a Associação Brasileira de Agências de Regulação (Abar), realizará, em Brasília, mais uma atividade de uma série de eventos que visa ao fortalecimento da interação e à troca de experiências exitosas entre as agências e órgãos reguladores do país. O próximo encontro abordará a “Organização de Centro de Dados”, tema que será apresentado pelo coordenador-geral de Análise Antitruste, Felipe Leitão Valadares Roquete, e pelo analista Bruno Duarte Garcia, ambos do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O evento será realizado no dia 18/5, entre 14h30 e 17h, na sede da Enap, e será aberto à sociedade em geral, mas tem como público-alvo os servidores públicos. Não é necessário fazer inscrição prévia. As apresentações serão transmitidas ao vivo pela internet por meio do endereço: http://assiste.enap.gov.br.

Projeto
No dia 18/5, o Cade irá apresentar um projeto que teve início em 2014 e é destinado à detecção proativa de cartéis. A proposta é mostrar a fase de coleta dos dados de compras públicas de diversas fontes e como isso viabilizou o desenvolvimento do aplicativo denominado “Cérebro”, que busca identificar indícios de acordo entre concorrentes.

O Cade também mostrará como esse projeto começou a dar seus primeiros frutos, já tendo gerado evidências para investigações que culminaram na condução de diligências de busca e apreensão.

Boas práticas
A programação de atividades da Casa Civil na Enap, destinada à melhoria da qualidade regulatória no país, inclui 16 eventos, que tiveram início em março de 2018. O cronograma se estende até novembro deste ano. O objetivo é apresentar e discutir casos de boas práticas já implementados ou em fase de implementação, em diferentes agências federais e outros órgãos reguladores.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio da Gerência-Geral de Regulamentação e Boas Práticas Regulatórias, participou ativamente da construção da proposta para essa série de eventos.

Confira a programação:
Serviço:
Apresentação sobre Organização de Centro de Dados (Cade)
Data: 18 de maio de 2018
Horário: das 14h30 às 17h
Onde: Espaço Inovatio - Enap
Endereço: SAIS Área 2A - Brasília - DF
Importante: Não será necessária a realização de inscrição prévia. Certificados de participação poderão ser solicitados mediante envio do nome completo ao e-mail sag.eventos@presidencia.gov.br, após assinatura da lista de presença.




Publicado 1º Suplemento do Formulário de Fitoterápicos


Suplemento traz capítulo sobre cápsulas com derivados vegetais, entre outras mudanças.


As alterações passam a vigorar 180 dias após a publicação do arquivo no Portal da Anvisa, que aconteceu no último dia 10 de maio.

O caderno traz um novo capítulo sobre cápsulas com derivados vegetais e altera ainda a redação dos capítulos Generalidades e Tinturas.

O texto foi proposto pelo Comitê Técnico Temático de Apoio a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira (CTT APF). O trabalho foi baseado na proposta original da 1ª edição do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, no trabalho desenvolvido nos programas de fitoterapia do país e na literatura científica.

A proposta havia sido discutida por meio da Consulta Pública 310/2017.

Para mais informações, consulte a página do Formulário Fitoterápico Nacional.




Confira as consultas públicas sobre farmacopeia brasileira


Anvisa tem seis propostas sobre o tema com prazo de contribuição vigente.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está com seis consultas públicas abertas para receber contribuições sobre farmacopeia brasileira. Uma delas, que trata da revisão de monografias de produtos biológicos, termina nesta quarta-feira (16/5). Por isso, os órgãos, entidades, empresas do setor regulado e sociedade em geral devem registrar suas contribuições o quanto antes. Acesse aqui a consulta pública 502/2018.

As outras cinco propostas têm prazos variados para receber as contribuições. Duas delas, que tratam das monografias relacionadas à vacina rotavírus humano (atenuada) e ao Peumus boldus Molina (folha), ficarão à disposição até dia 24 de maio.

Outros temas que também aguardam por contribuições são: revisão da monografia de oxigênio, até o dia 4 de junho; revisão de monografias da 5ª edição da farmacopeia brasileira, até 7 de junho; e, por último, a proposta de novas monografias de especialidades farmacêuticas e de insumo farmacêutico ativo para inclusão na farmacopeia brasileira, que ficará aberta até o dia 11 de junho.

Para compreender melhor as questões de cada uma das consultas públicas vigentes, acesse o item “justificativa”, disponível no formulário do Formsus, e leia atentamente a proposta discutida. Informações complementares, notícias e outros documentos, também podem ser acessados na página das consultas, no Portal da Anvisa.

A Agência ressalta que o Portal terá informações sobre o andamento do processo depois de encerrado o prazo para contribuições. Acompanhe!

Veja abaixo o quadro com o número de cada consulta pública (CP), o tema e a data de encerramento.
Assunto
Prazo limite
Revisão de monografias de produtos biológicos
16/5/2018
Monografia de vacina rotavírus humano (atenuada)
24/5/2018
Monografia de Peumus boldus Molina [folha]
24/5/2018
Revisão da monografia de oxigênio
04/6/2018
Revisão de monografias da 5ª edição da Farmacopeia Brasileira
07/6/2018
Proposta de novas monografias de especialidades farmacêuticas e de insumo farmacêutico ativo para inclusão na Farmacopeia Brasileira
11/6/2018


Campanha incentiva doação de leite materno


A doação de leite materno garante a amamentação de milhares de crianças prematuras em todo Brasil. Confira onde tem bancos de leite e postos de coleta
Foto: Rodrigo Nunes/MS

Com o objetivo de mobilizar a sociedade para a importância da amamentação e doação de leite materno, o Ministério da Saúde e a Rede Global de Bancos de Leite Humano lançam, nesta sexta-feira (18), nova campanha nacional. A campanha visa incentivar novas doadoras voluntárias e expandir a prática entre mães que amamentam, ampliando o volume de leite materno coletado e distribuído aos recém-nascidos prematuros e de baixo peso. A amamentação  é a forma de proteção mais eficaz para a redução da mortalidade infantil, pois permite grande impacto na saúde da criança, diminuindo a ocorrência de diarreias e infecções, principais causas de morte em recém-nascidos. 

A Organização Mundial da Saúde recomenda que os bebês recebam leite materno até os dois anos ou mais associado à alimentação complementar saudável, sendo exclusivamente até 6º mês de vida. Além de fazer bem para a saúde da criança e da mulher, o aleitamento materno é a forma mais econômica e ecológica de alimentar uma criança. Para fabricação dos leites em pó ou longa vida é necessário o uso de energia, assim como materiais para embalagem, combustível para a distribuição e de água, além de produtos de limpeza tóxicos para o preparo diário. Por isso, só devem ser utilizados por orientação médica, quando a mulher estiver impedida de amamentar.

SAIBA COMO DOAR
Todo leite materno coletado nos bancos passa por um rigoroso controle de qualidade, antes de ser distribuído, e é fornecido de acordo com as necessidades de cada criança. Toda mulher que amamenta é uma possível doadora, basta estar saudável e não tomar nenhum medicamento que interfira na amamentação. Por isso, quem estiver amamentado e quiser doar, basta procurar o banco de leite materno mais próximo ou ligar para o Disque Saúde, no número 136.

Não existe quantidade mínima para fazer a doação. Antes da coleta, é aconselhável que a doadora faça uma higiene pessoal, cobrindo os cabelos com lenço ou touca, usando pano ou máscara sobre o nariz e a boca, lavando bem as mãos e os braços, até o cotovelo, com bastante água e sabão. As mamas devem ser lavadas apenas com água e, em seguida, secadas com toalha limpa. O leite deve ser coletado em local limpo e tranquilo. 

O Brasil possui a maior e mais complexa rede de banco de leite do mundo. Hoje, existem no país 219 Bancos de Leite, em todos os estados e no Distrito Federal, e 196 Postos de Coleta, além da coleta domiciliar. O modelo brasileiro de bancos de leite materno é focado na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, exclusivo, até os seis meses e continuidade da amamentação por dois anos ou mais. Para mais informações acesse a página do Ministério da Saúde na internet. 

Por Nicole Beraldo, da Agência Saúde


quarta-feira, 16 de maio de 2018

Oferta de cursos de graduação a distância na área de saúde divide opiniões


O deputado Mandetta, do Democratas de Mato Grosso do Sul, pretende reunir deputados e profissionais de saúde para levar diretamente ao Ministério da Educação e ao Palácio do Planalto o debate sobre a proibição de cursos a distância na área de saúde no Brasil. A proibição é tema de uma série de projetos de lei que têm Mandetta como relator.

A expectativa do deputado é que o governo revise um decreto presidencial do ano passado (Decreto 9.057/17) que tinha intenção de aumentar o acesso ao ensino superior, mas que, na visão de profissionais e parlamentares flexibilizou as regras para a educação à distância (EaD), levando a uma piora na qualidade dos cursos.

Mandetta acredita que o tema possa ser tratado por meio de medida provisória, que tem tramitação mais rápida, a fim de evitar problemas futuros para os alunos desses cursos.

"São milhares de jovens sendo induzidos a uma responsabilidade. As universidades entregam seus diplomas e não têm mais nenhuma responsabilidade sobre eles e aí cai no SUS, cai na sociedade, cai no conjunto das pessoas."

Mandetta participou de audiência sobre o assunto na Comissão de Seguridade Social e Família, que examina os projetos de lei.

Autora de uma das propostas, a deputada Alice Portugal, do PCdoB da Bahia, disse que vai apresentar um projeto de decreto legislativo para suspender pelo menos as partes do decreto que dizem respeito ao ensino a distância na saúde.

"Como um enfermeiro será formado a distância? Como um farmacêutico, que manipula fórmulas, um farmacêutico que faz análises toxicológicas, que dispensa e produz medicamentos, como ele será formado a distância?"

Na audiência, as opiniões sobre a oferta de cursos de graduação a distância na área de saúde foram divergentes. Quem defende a proibição explicou que um bom curso de saúde depende do contato humano, de laboratórios e estágios. Os favoráveis à modalidade afirmaram que não há diferença entre os resultados de quem participa de cursos presenciais ou a distância.

Segundo Patrícia Vilas Boas, do Ministério da Educação, o MEC tem o mesmo rigor, seja com a educação a distância ou com cursos presenciais. Dados citados por ela apontam a existência de 231 cursos de saúde a distância credenciados no MEC nas áreas de educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, gestão hospitalar, nutrição, odontologia, paramedicina, psicologia, radiologia e serviço social.

No entanto, Zilamar Costa, do Conselho Federal de Farmácia, trouxe dados atuais de que há 616 mil vagas autorizadas em EaD na área de saúde, um aumento de 124% na comparação com fevereiro de 2017, quando havia 274 mil vagas.

"O panorama na área da saúde é violento em termos de qualidade. É impossível que se estabeleçam práticas em atividades práticas que se reduzem, nos cursos EaD, em três a quatro encontros presenciais".

Na contramão, Carlos Roberto Longo, da Associação Brasileira de Educação a Distância, ressaltou os benefícios da modalidade.

"O aluno de EaD tem o mesmo tempo de contato com paciente e práticas laboratoriais, além de até 30% de carga presencial nas disciplinas teóricas."

O deputado Mandetta espera apresentar seu relatório sobre os projetos de lei em até 60 dias. Ele está recolhendo contribuições para montar seu texto.

Reportagem - Noéli Nobre


ÁCIDO TRANEXÂMICO PODE SER UMA ALTERNATIVA PARA TRATAMENTO PÓS AVC


Droga para sangramento pode ajudar no tratamento de AVC, diz estudo

Medicamento usado para tratar sangramento pode ser a esperança para pacientes que sofreram um acidente vascular cerebral (AVC), de acordo com um novo estudo publicado, em anexo, no periódico The Lancet, nesta quarta-feira (16).

Pesquisadores da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, descobriram o ácido tranexâmico (substância que impede hemorragia), que já é usado para tratar perda de sangue em acidentes e sangramentos após o parto, pode ajudar na recuperação de pacientes que sofreram derrame. O uso do ácido reduziu o número de mortes nos primeiros dias após um AVC.

Quem recebeu tratamento com o tranexâmico teve uma diminuição na quantidade de sangramento no cérebro e nas complicações associadas à doença.

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O autor do estudo, Nikola Sprigg, disse ao The Lancet que o ácido tranexâmico é barato e está amplamente disponível, por isso tem o potencial de reduzir a morte e a incapacidade em todo o mundo.

Os médicos recrutaram cerca de 2 mil pacientes de 124 hospitais em 12 países entre 2013 e 2017. Eles foram divididos em dois grupos: um deles recebeu o ácido tranexâmico e o outro placebo salino (substância também usada para tratar hemorragias).

O grupo que recebeu o tranexâmico apresentou menos mortes no sétimo dia após o acidente vascular cerebral, e, no segundo dia, os doentes tiveram menos sangramento no cérebro.

Cerca de 150 mil pessoas no Reino Unido sofrem derrame a cada ano. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a cada 5 minutos um brasileiro morre em decorrência do AVC, contabilizando mais de 100 mil mortes por ano. O acidente vascular cerebral é a segunda principal causa de morte no País e a principal causa de incapacidade no mundo.

Anexo:




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