Enquanto o governo de Jair
Bolsonaro extingue contratos com laboratórios públicos, a administração de
Ronaldo Caiado, em Goiás, tenta recuperar a Indústria Química do Estado de
Goiás (IQUEGO). “Reduzimos a despesa mensal de R$1,9 milhão para R$850 mil”, relatou
o presidente da empresa, Denes Pereira. No entanto, o destino da empresa é a
privatização.
Para o presidente, a meta
buscada na atual gestão é tornar a indústria pública “autosuficiente”, ou seja,
equilibrar as receitas e despesas. Para isso, diz ele, busca parcerias para
produção e distibuição de novos produtos.
Hoje, o produto que é o
carro-chefe da IQUEGO é o glicosímetro que é vendido para várais prefeituras,
entre elas as de São Paulo e Guarulhos. Pereira relata que já reuniu-se com a
secretária de saúde da prefeitura de Goiânia, Fátima Mrué, para negociar o
mesmo produto.
“Outra meta é voltar com a
produção de antiretrovirais”, diz o presidente, usado para o tratamento de
pacientes de doenças sexualmente transmissíveis.
A grande vantagem que a IQUEGO
tem no mercado é poder contratar com o serviço sem licitação, em virtude da
característica pública da empresa. E, também, a produção com custos menores 25%
baseado na isenção de impostos.
Privatização
No entanto, a recuperação da
empresa vai encontrar, em breve, o processo de privatização que é compromisso
do Programa de Recuperação Fiscal que o governo goiano busca com gestão
federal. Na lista de privatizações, aparecem a Metrobus, a Iquego, a Celg GT e
a Saneago. Esta, no entanto, Caiado já definiu que quer vender 49% das ações da
empresa.
Rompimento de contrato
O Ministério da Saúde resolveu
suspender, em junho passado, os contratos com laboratórios públicos nacionais.
São eles: Biomanguinhos, Butantã, Bahiafarma, Tecpar, Farmanguinhos e Furp. O
jornal Estado de São Paulo informou que a produção de 19 medicamentos foi
afetada pela decisão do governo de Jair Bolsonaro. “De acordo com a Associação
dos Laboratórios Oficiais do Brasil, a interrupção abrupta pode causar um
prejuízo de R$ 1 bilhão na cadeia produtiva nacional”, informou o Estadão.
Experiência
Antes de assumir a presidência
da indústria, Denes Pereira foi presidente da COMURG, nos dois primeiros anos
da gestão de Iris Rezende na prefeitura de Goiânia. Lá, também executou um
programa semelhante de redução de custos. Ele preside o PRTB, partido que
apoiou o governador Ronaldo Caiado na eleição de 2.018.
Fonte:diariodegoias.com.br