Destaques

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

BIMATOPROSTA, LATANOPROSTA e TRAVAPROSTA COMPRA DO MS É ADJUDICADA PARA ITEM 1 PARA NOVA QUÍMICA POR R$ 15,12 , ITENS 02 E 03 PARA GEOLAB, NO VALOR UNITÁRIO DE R$10,,30 E R$ 9,00


RESULTADO DE JULGAMENTO PREGÃO Nº 58/2019
O Ministério da Saúde, UASG: 250005, por meio do Pregoeiro, publica o Resultado de Julgamento do Pregão Eletrônico SRP nº 58/2019, que tem por objeto a aquisição de Bimatoprosta, Latanoprosta e Travoprosta, o qual foi ADJUDICADO e HOMOLOGADO pelo critério menor preço por item à empresa Nova Química Farmacêutica S/A, inscrita no CNPJ nº 72.593.791/0001-11 para o item 01,no valor unitário de R$ 15,12 e à empresa Geolab Indústria Farmacêutica S/A, inscrita no CNPJ nº 03.485.572/0001-04 para os itens 02 e 03, nos valores unitários de R$ 10,30 e R$ 9,00, respectivamente. Os autos do processo encontram-se disponíveis a quaisquer interessados (Processo nº 25000.072656/2019-73 - SIN - 30.120). LUCAS ALVES MOREIRA Pregoeiro (SIDEC - 28/08/2019)
250110-00001-2019NE800085


BUTANTAN E IOC ASSINAM ACORDO DE COOPERAÇÃO PARA EXECUÇÃO DE TESTES DE IMUNOGENICIDADE E DETERMINAÇÃO DE DOSE DO ANTÍGENO INFLUENZA H7N9


COORDENAÇÃO-GERAL DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
COORDENAÇÃO DE CONVÊNIOS
EXTRATO DE ACORDO DE COOPERAÇÃO

Acordo de Cooperação n° 004/2019 (Sage 28/2019) entre Fundação Butantan, CNPJ 61.189.445/0001-56, Av. Vital Brasil n° 1500, Butantã, São Paulo/SP, CEP 05.503-900, por interveniência do Instituto Butantan , CNPJ 61.821.344/0001-56 , Av. Vital Brasil, n° 1500, CEP 05.503-900, Butantã - SP e a Fundação Oswaldo Cruz Inscrita no CNPJ 33.781.055/0001-35, Av. Brasil, n°4.365, Manguinhos, Rio de Janeiro/RJ, cep 21045-900, através de seu Instituto Oswaldo Cruz - IOC, Av. Brasil, n° 4.365, Manguinhos, Rio de Janeiro/RJ, CEP 21045-900. Objeto: A execução de testes de imunogenicidade (microneutralização) do estudo denominado ''Ensaio clínico fase 1 duplo cego randomizado controlado com placebo para avaliação de segurança e imunogenicidade e determinação de dose do antígeno influenza H7N9 adjuvantado com duas formulações de adjuvantes diferentes em voluntários adultos saudáveis no Brasil. Assinatura: 10 de maio de 2019.

Vigência: 10/05/2019 a 10/05/2020. Signatários: Paulo Luis Capelotto CPF 003.883.418-90,
Diretor jurídico da Fundação Butantan, Dimas Tadeu Covas, CPF 005.798.358-55, Presidente da Fundação Butantan e José Paulo Gagliardi Leite, CPF 477.006.027-00, Diretor do IOC.

Processo FIOCRUZ nº 25380.100303/2019-43


INTERFERONA BETA 1B MS COMPRA DA BAYER NO VALOR TOTAL DE R$ 18.337.170,15


DEPARTAMENTO DE LOGÍSTICA EM SAÚDE
COORDENAÇÃO-GERAL DE LICITAÇÕES E CONTRATOS DE INSUMOS ESTRATÉGICOS PARA SAÚDE
EXTRATO DE CONTRATO Nº 142/2019 - UASG 250005 Nº Processo: 25000018160201954. PREGÃO SRP Nº 38/2019.
Contratante: MINISTERIO DA SAUDE -.CNPJ Contratado: 18459628000115.
Contratado : BAYER S.A. -.Objeto: Aquisição de Interferona Beta 1B. Fundamento Legal: Lei nº 10.520/2002,Decreto nº 5.450/2005 e Decreto nº 7.892/2013. Vigência: 27/08/2019 a 27/08/2020.
Valor Total: R$18.337.170,15.
Fonte: 6153000000 - 2019NE800677. Data de Assinatura: 27/08/2019. (SICON - 28/08/2019)
250110-00001-2019NE800085


CIENTISTAS PROTESTAM CONTRA AMEAÇA DE INTERRUPÇÃO NO PAGAMENTO DE BOLSAS DE PESQUISA


Representantes de entidades de apoio à ciência e tecnologia protestaram  nesta quarta-feira (28) na Câmara dos Deputados contra a possibilidade de corte nas 84 mil bolsas de pesquisas financiadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O protesto aconteceu durante audiência conjunta das comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e de Educação.

O presidente do CNPq, João Azevedo, informou nesta semana que só há dinheiro para pagar as bolsas de agosto, recurso disponível no quinto dia útil de setembro. Faltam R$ 330 milhões para honrar os compromissos de setembro a dezembro. Ele esclareceu que o problema não é de contingenciamento, mas de um orçamento menor para a área em 2019.

Os cientistas enfatizaram a importância da dotação de recursos para o setor como ferramenta para combater a crise econômica e acelerar o desenvolvimento do País. Representante da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich lembrou que os investimentos vão além das bolsas e que a falta deles compromete o futuro brasileiro.

“Quais são os sonhos para um país que não dependa só de commodities? Tudo bem exportar alimentos, legal, importante, mas vamos agregar valor à nossa pauta de exportações, vamos fazer remédios mais baratos para a população brasileira”, disse Davidovich.

Atualmente, são 27 modalidades de incentivos à pesquisa pagas pelo CNPq, como as bolsas de iniciação científica, que pagam R$ 400 a alunos de graduação, e as de doutorado, no valor de R$ 500 a R$ 2 mil.

Inovação
A união entre ciência, tecnologia e economia foi tema de vários debatedores, que reclamaram da ausência de um representante da área econômica do governo. Gianna Sagazio, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), salientou que recursos públicos e privados são importantes para promover a inovação.

“Enquanto os outros países têm avançado, têm colocado essa área de ciência, tecnologia e inovação como prioridade, e considerando que isso é investimento, no Brasil a gente considera que isso é gasto e tem reduzido os investimentos da área”.

A presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Flavia Calé, afirmou que, dos 300 mil estudantes de mestrado e doutorado do País, só metade deles tem bolsa. Adriano Silva, representante dos alunos de Filosofia, teme que os cortes possam desestimular futuros cientistas.

“Quem é que vai querer se dedicar a uma carreira tão instável, precarizada em termos, inclusive, de recursos de sobrevivência. Asim como a carreira de professor está sendo vilipendiada, a de pesquisador está se tornando inviável”, comentou.

Durante o debate, o ex-ministro da Ciência e Tecnologia e ex-deputado Celso Pansera lembrou que há projetos que podem ser votados pelo Congresso para liberar [[g crédito suplementar]] ao orçamento do setor e destinar outras fontes de financiamento, como uma porcentagem do [[g Fundo Social do Pré-Sal]]. Para a deputada Margarida Salomão (PT-MG), uma das parlamentares que pediram a audiência pública, investimentos em ciência e tecnologia devem ser políticas de Estado.

“Colocar em risco a existência do CNPq é ameaçar a soberania nacional. Pôr em risco a manutenção dessas bolsas, especialmente as de iniciação científica, os bolsistas juniores, os bolsistas de mestrado, é decepar a nossa perspectiva de futuro.”

Mais recursos
Ex-deputado e atual secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Júlio Semeghini declarou que o governo está trabalhando para conseguir mais recursos para não interromper o pagamento das bolsas de pesquisa. Ele também informou que, no Orçamento da União para 2020, faltam cerca de R$ 80 milhões, equivalentes ao que é gasto em um mês, para garantir o pagamento das bolsas para os pesquisadores durante o ano todo. Durante a audiência pública, foram exibidos vários volumes de um abaixo-assinado com cerca de um milhão de assinaturas em defesa do CNPq.

Reportagem – Cláudio Ferreira, Edição – Roberto Seabra, Pablo Valadares/Câmara dos Deputados


DEPUTADOS E ESPECIALISTAS ALERTAM PARA BAIXO ÍNDICE DE VACINAÇÃO


A Comissão de Seguridade Social e Família promoveu audiência pública sobre o calendário nacional de imunização e a cobertura vacinal no país, tema que preocupa especialistas em razão do índice de imunização, considerado insatisfatório em alguns casos.

Assista as entrevistas de alguns palestrantes: https://youtu.be/-PUkTtp9H4U

De acordo com o deputado Pedro Westphalen (PP-RS), que é médico, das nove principais vacinas do calendário de vacinação, só a BCG alcançou 95% de imunização, considerada o mínimo necessário.

“Todas estão com índice abaixo do necessário, mesmo com vacinas a disposição. Existem alguns casos pontuais de dificuldade de fornecimento, mas, mesmo quando há a vacina, os produtos não estão sendo usados de maneira devida. Muitas vezes não tem nem pessoal treinado para isso”, reclamou.

O deputado anunciou que o objetivo da comissão é expandir a análise da situação aos estados e municípios, por meio de trabalho conjunto com as assembleias legislativas e as câmaras municipais.

Monica Levi, da Sociedade Brasileira de Imunizações, disse que em vários lugares do país não houve vacinação adequada. “Não adianta ter vacina e não ter o processo de vacinação. Não adianta ter as geladeiras cheias de vacina se as pessoas não forem vacinadas”, disse.

Os debatedores discutiram ainda casos de pessoas que decidem não se vacinar com base em boatos, informações falsas ou preconceitos – um dos fatores que explicam a imunização insuficiente.

Para Nereu Henrique Mansano, representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a saída para o problema é a disponibilização de informações. Ele deu o exemplo da vacina contra a influenza.

“Às vezes alguém toma a vacina, que protege contra alguns sorotipos de influenza mas não protege contra  outros vírus da gripe comum, fica gripado e acredita que foi a vacina”, disse.

Reportagem - Lincoln Macário
Edição - Antonio Vital


FIM DA PPP DO REMÉDIO ENTRE FURP E EMS CUSTARÁ PELO MENOS R$ 50 MILHÕES AO ESTADO


Parceria do governo do Estado de São Paulo, através da FURP com gigante SEM do setor farmacêutico vem impondo prejuízos milionários aos cofres públicos

O fim da fracassada PPP (Parceria Público-Privada) criada pelo governo do Estado para a produção de medicamentos custará pelo menos R$ 50 milhões aos cofres públicos, aponta estimativa da Furp (Fundação para o Remédio Popular), estatal responsável pela gestão do contrato.

Assinada em 2013 com o grupo EMS, gigante do setor farmacêutico, a parceria vem impondo prejuízos milionários ao Estado.

Após seis anos de contrato, os investimentos previstos na modernização da fábrica da Furp em Américo Brasiliense (região de Araraquara) não foram cumpridos, a unidade ainda opera com 75% de ociosidade e os custos de produção chegam a ser quase três vezes mais altos que os de laboratórios privados. Todas essas irregularidades são alvo de um inquérito do Ministério Público.

Na semana passada, o secretário de Saúde do Estado, José Henrique Germann Ferreira, admitiu pela primeira vez a possibilidade de encerrar a fabricação de remédios na fábrica do governo devido ao seu alto custo operacional.

Nesta terça-feira (20), Ricardo de Lima e Silva, assessor técnico da superintendência da Furp, declarou que a fundação já tem estimativas de quanto custaria a ruptura do contrato de PPP.

"O contrato prevê algumas modalidades de encerramento. A mais viável, no momento, seria a encampação. Seria o Estado ir lá e retomar o serviço. Aí, teria que indenizar a concessionária pelos investimentos realizados", afirmou o assessor à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga irregularidades na fundação.

"Uma estimativa que fizemos no ano passado é que não passa de R$ 50 milhões. Não deve passar disso", acrescentou.

Crise na Furp
O valor apresentado pelo assessor não considera a dívida de cerca de R$ 100 milhões que a Furp mantém com o grupo EMS por descumprimento de cláusulas no início da PPP. Na época, o Estado se negou a remunerar a empresa com base nos parâmetros do contrato, mas depois voltou atrás e passou a adotá-los.

Para levar a diante a ideia da encampação, o governo precisaria aprovar uma lei específica na Assembleia Legislativa.

"Olhando pelo retrovisor, me parece fácil apontar erros. Mas, na época, os dados disponíveis apontavam para a viabilidade dessa parceria", disse Lima e Silva.

"Quando entrei na Furp [como servidor de carreira, em 2000], ela era muito produtiva e eficiente. Com o passar dos anos, porém, ela não conseguiu acompanhar a evolução da indústria de genéricos. Aos poucos, foi perdendo sua capacidade de investimento. Mas, no meu ponto de vista, ela é viável."

Além da fábrica de Américo Brasiliense, a Furp possui uma segunda unidade, em Guarulhos, operada pela própria fundação. Esta última tinha ociosidade de 63% até o ano passado, índice que caiu para 54% em 2019, segundo números oficiais.
O presidente da CPI, deputado Edmir Chedid (DEM), reafirmou que a comissão não tem o propósito de fechar a Furp.

"Ao contrário: queremos ver as duas fábricas funcionando. Que elas produzam remédios com a quantidade e a qualidade que a população precisa", disse.

"Ele [Ricardo de Lima e Silva] nos disse que com R$ 50 milhões seria possível pôr fim à PPP. Ora, se o contrato não é viável e já tem gerado um prejuízo de R$ 56 milhões por ano, então, que resolvam logo de uma vez. Com isso, você evita o prejuízo nos próximos anos. O governo precisa se debruçar sobre essa questão e definir o que quer da Furp", questionou.

Sobre a CPI
A CPI da Furp foi aberta em abril com base em um requerimento do deputado Edmir Chedid e tem até novembro para concluir seus trabalhos.

Os deputados se reuniram nesta quarta-feira (21) para ouvir o gerente de relações institucionais da CPM (Concessionária Paulista de Medicamentos), Francisco Caravante, e o gerente da Divisão Industrial da Furp, Walter Brocanello Junior.
SEGS,   Max Ramon


quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Alice Portugal , deputada PC do B - BA lança a Frente Parlamentar da Assistência Farmaceutica


Alice Portugal , deputada PC do B - BA lança a Frente Parlamentar da Assistência Farmacêutica com a presença de dois deputados e representantes dos conselhos regionais de farmácia de todo País.

Henrique Fontana abriu os discursos com uma mensagem de conciliação nacional mas sem deixar de questionar o abandono da ciência e a voracidade com que a indústria farmacêutica se aproveita da propriedade intelectual.

Mauro Garcia
Deputado Mauro Garcia discursou na defesa da enfermagem, piso salarial dentre outras teses em defesa da classe.

Na mesa se destacam Hélio Costa , Dep por Santa Catarina, Arlindo Chinaglia, Dep PT SP, Jorge Bermudez da Fiocruz com mais de 50 pessoas no salão nobre da Câmara dos Deputados seguram os discursos mais voltados à classe do que a assistência farmacêutica propriamente dita.

Jorge Bermudez fala sobre a defesa inconteste do SUS a importância da consolidação do Complexo Industrial e traz a pauta os resultados dos encontros realizados no Conselho Nacional de Saúde. Reforça que o acesso a medicamentes e direito da Saúde.

Alice Portugal diz que a frente é Multifacetica e tem papel fundamental na defesa do segmento Farmacêutico suprapartidariamente  e promete trabalhar harmonicamente com o MS para não perder espaço político.







Eletromagnetismo impede disseminação de células do câncer de mama


Eletromagnetismo contra o câncer

Os campos eletromagnéticos impedem a formação de extensões nas células que são usadas para o câncer se espalhar. 
[Imagem: Ayush Arpit Garg et al. - 10.1038/s42003-019-0550-z]

Os campos eletromagnéticos podem ajudar a impedir que o câncer de mama se espalhe para outras partes do corpo.

Um experimento inicial mostrou que campos eletromagnéticos de baixa intensidade dificultam a mobilidade de células específicas do câncer de mama, impedindo a formação de extensões longas e finas na borda de uma célula cancerígena migratória, saliências essas que são usadas para que ela se fixe em outras partes do corpo, a chamada metástase.

A pesquisa foi feita em células cultivadas em laboratório, e o conceito ainda não foi testado em animais ou humanos, mas os resultados iniciais deixaram os pesquisadores animados.

A capacidade de proliferar não apenas localmente, mas se espalhando por todo o corpo, é o que torna o câncer tão devastador - e o que levou a equipe de pesquisa a examinar células cancerosas individuais para entender o que as torna tão prejudiciais.

"Uma coisa muito destrutiva que essas células fazem é migrar para áreas distantes do corpo. E o que aprendemos aqui é que, ao tratá-las com certa classe de campo elétrico, estamos alterando seu potencial de se espalhar de alguma forma," disse o professor Jonathan Song, da Universidade Estadual de Ohio (EUA).

A equipe desenvolveu um equipamento especial para reproduzir o ambiente do câncer de mama e como ele se espalha.
[Imagem: Ayush Arpit Garg et al. - 10.1038/s42003-019-0550-z]
Sensibilidade do câncer ao campo eletromagnético
A pesquisa revelou que as células cancerosas de alguma forma sentem tanto a presença dos campos eletromagnéticos quanto a direção de onde os campos chegam, porque essa direção afeta os resultados.

As células de câncer de mama triplo-negativo metastático - células cancerosas que, por sua natureza, não respondem à terapia hormonal ou a tratamentos que visam um gene comumente expresso em células de câncer de mama - foram as mais sensíveis aos campos eletromagnéticos.

A pesquisa usou um modelo que os pesquisadores projetaram para imitar o ambiente no qual as células do câncer de mama se formam, mas os resultados ainda precisarão ser validados.

"Mas o que mostramos, biologicamente, é que essas células cancerosas estão se tornando profundamente menos metastáticas, o que é uma descoberta muito importante," disse Song.

Ver mais notícias sobre os temas:


Colesterol brilhante ajuda a monitorar doenças cardíacas


Rastreando o colesterol
Esta imagem mostra a luz azul brilhante (quimioluminescência) emitida pela proteína dentro do peixe-zebra, usado como cobaia para mostrar a quantidade de colesterol e onde ele se encontra no organismo do animal.
[Imagem: James Thierer/Ed Hirschmugl]

Uma técnica recentemente desenvolvida, capaz de mostrar complexos de gordura e proteínas que entopem as artérias, deu aos cientistas um vislumbre de como estudar as doenças cardíacas em ação, e não mais apenas como fenômenos estanques.

A técnica, que já está sendo usada para pesquisar novos medicamentos para combater doenças cardiovasculares, foi desenvolvida por uma equipe das universidades Carnegie Mellon e Johns Hopkins e da Mayo Clinic, todas nos EUA.
As moléculas de gordura, também chamadas de lipídios - como o colesterol e os triglicérides -, são transportadas pelo sistema circulatório por uma proteína chamada Apolipoproteína-B, ou ApoB. Esses complexos de lipídios e proteínas são chamados de lipoproteínas, mas podem ser mais comumente conhecidos como "colesterol ruim".

Algumas vezes, esse aparato de transporte de gordura e colesterol pára pelo caminho e se encaixa nas laterais dos vasos sanguíneos, formando um perigoso acúmulo. Conhecidos como "placa", esses depósitos enrijecem a parede da artéria e dificultam o bombeamento de sangue pelo coração, o que pode levar a um ataque cardíaco.

Assim, identificar formas de diminuir os níveis de lipoproteínas formadoras de placa na corrente sanguínea pode salvar muitas vidas. Mas a ApoB é um complexo proteico muito grande, dificultando o estudo usando técnicas tradicionais de pesquisa em biologia molecular.


Quantidade e localização do colesterol
Para lidar com as deficiências das técnicas atuais, a equipe dos professores James Thierer e Steven Farber desenvolveu o sistema que eles batizaram de LipoGlo, que usa engenharia de genoma de última geração para marcar a ApoB com uma enzima brilhante, semelhante à que ilumina os vagalumes. Isso permitiu que eles monitorassem o movimento de complexos ApoB em cobaias.

A técnica é tão sensível que pode ser usada para medir lipoproteínas em uma gota de sangue quase microscópica, permitindo que os pesquisadores realizassem testes médicos muito superiores aos que são realizados em humanos, mostrando não apenas a quantidade precisa de colesterol, como também onde ele está localizado.

Atualmente, os médicos determinam o risco de arteriosclerose indiretamente, medindo as concentrações sanguíneas dos componentes da lipoproteína, como gordura e colesterol. Mas esta é uma ferramenta imperfeita que pode, em alguns casos, estimar os riscos com imprecisão. A ideia com a nova técnica é eliminar essas imprecisões.

"Embora haja muito mais trabalho a ser feito para entender completamente os processos subjacentes à arteriosclerose, essas descobertas mostram que nossa ferramenta LipoGLo tem o poder de transformar nossa compreensão da biologia das lipoproteínas, o que terá implicações importantes para futuras estratégias para tratar doenças cardíacas," disse o Dr. Farber.

Um passo essencial desse trabalho será migrar dos experimentos com cobaias para análises em humanos.

Ver mais notícias sobre os temas:

Fonte: diariodasaude.com.br

Circuito biodegradável vai liberar analgésicos dentro do corpo


[Imagem: EPFL 2019/ Murielle Gerber]
Matthieu Ruegg mostrando o protótipo do dispositivo. À direita, seu princípio de funcionamento. 

Analgésico contínuo
Pacientes que recebem uma prótese ortopédica geralmente experimentam um período de dor intensa após a cirurgia. Em um esforço para controlar a dor, os cirurgiões injetam analgésicos no tecido durante a operação.

Quando o efeito desse analgésico desaparece, um dia ou dois depois, os pacientes recebem morfina através de um cateter colocado perto da coluna vertebral. No entanto, os cateteres não são particularmente confortáveis e as drogas se espalham por todo o corpo, afetando todos os órgãos.

Para lidar com toda essa problemática, pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lausanne (Suíça) estão trabalhando em um implante biodegradável capaz de liberar um anestésico local sob demanda por vários dias.

A ideia é não apenas reduzir o desconforto pós-operatório dos pacientes, como também eliminar a necessidade de novas cirurgias para remover o dispositivo.

O circuito eletrônico - um circuito ressonante na forma de uma pequena espiral - tem apenas alguns micrômetros de espessura. Quando exposto a um campo eletromagnético alternado, o ressonador espiral produz uma corrente elétrica que cria calor, derretendo a membrana da cápsula contendo o medicamento e liberando a droga no corpo.

Liberação controlada de medicamento
O pequeno circuito eletrônico biodegradável, feito de magnésio, poder ser aquecido remotamente, com a energia sendo fornecida externamente sem fios. Uma vez integrado no dispositivo final, o circuito permitirá liberar quantidades controladas de anestésico em um local específico durante vários dias. Depois disso, o implante irá degradar com segurança dentro do corpo.

"Estamos em um estágio fundamental do nosso projeto, porque agora podemos fabricar ressonadores que funcionam em diferentes comprimentos de onda," disse o pesquisador Matthieu Ruegg. "Isso significa que podemos liberar o conteúdo das cápsulas individualmente selecionando frequências diferentes. O processo de aquecimento e liberação demora menos de um segundo."

A invenção, contudo, ainda não está pronta para a sala de cirurgia. "Ainda precisamos trabalhar na integração dos ressonadores no dispositivo final e mostrar que é possível liberar drogas tanto in vitro quanto in vivo," concluiu Ruegg.



terça-feira, 27 de agosto de 2019

AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS, DISCUTE COBERTURA VACINAL NO PAÍS

O calendário nacional de vacinação é tema de audiência que a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados realiza nesta manhã.

O debate foi proposto pelo deputado Pedro Westphalen (Progressistas-RS).

O País enfrenta neste ano uma epidemia de sarampo

O calendário de vacinação contempla crianças, adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos indígenas. Ao todo, são disponibilizadas 19 vacinas para mais de 20 doenças, cuja proteção inicia ainda nos recém-nascidos, podendo se estender por toda a vida.

No mês passado, em audiência na Câmara, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reiterou a importância de a população participar das campanhas de imunização e alertou pais e responsáveis dos perigos do chamado movimento antivacina.

O movimento antivacina acredita que imunizantes podem causar doenças ou trazer reações adversas graves, o que é totalmente descartado pelo Ministério da Saúde.

Atualmente, o País enfrenta um surto de sarampo. Entre 19 de maio e 10 de agosto deste ano, foram confirmados 1.680 casos da doença no Brasil, além de 7,5 mil casos em investigação.

Debatedores
Foram convidados para participar do debate, entre outros,
1) NEREU HENRIQUE MANSANO - Representante
Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS)

2) CONITEC - Representante
Ministério da Saúde

3) GILSON CONZATTI - Presidente
União dos Vereadores do Brasil (UVB)

4) ADRIANA SOARES DE ARAÚJOI - Representante
Confederação Nacional dos Municípios (CNM)

5) JONAS DONIZETE - Presidente
Frente Nacional de Prefeitos (FNP)

6) JUAREZ CUNHA - Presidente
Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM)

7) KENNEDY NUNES - Presidente
União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais - UNALE

8) FRANCIELI FONTANA SUTILE TARDETTI FANTINATO - Coordenadora Geral
Programa Nacional de Imunização (PNI) - Ministério da Saúde

9) WILAMES FREIRE BEZERRA - Presidente
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS)

A audiência será realizada no plenário 7, às 10 horas.
O debate será interativo e os interessados podem participar clicando aqui.

Da Redação - ND

SUSPENSÃO CAUTELAR DA PDP DO TRASTUZUMABE PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO - TCU E SEUS DESDOBRAMENTOS PARA A POLÍTICA DO COMPLEXO INDUSTRIAL DA SAÚDE

O acórdão Nº 2300/2018-TCU-Plenário, determinou, cautelarmente, a suspensão temporária da execução da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo, firmada, por meio do Termo de Compromisso n° 12/2017, entre o Ministério da Saúde e o Instituto de Tecnologia do Paraná - Tecpar, que tem como objetivo receber, absorver, implementar, importar, incorporar a tecnologia, produzir, e suprir o medicamento Trastuzumabe, para o Sistema Único de Saúde, no âmbito do Complexo Industrial da Saúde.

Tecpar não é o único laboratório público oficial vocacionado e compromissado com o fornecimento ao SUS, Butantan e Fiocruz (Biomanguinhos), também detém Termos de Compromisso para PDP do medicamento Trastuzumabe. O TCU evidencia em seu acordão que o Ministério se abstenha de realizar novos contratos ou aditivos no âmbito do acordo, ou efetivar aquisições por preço acima do de mercado, pelos fatos e fundamentos de que passo a expor:

O TCU sobrestou, temporariamente, o processo da PDP do Trastuzumabe, contratado entre o MS e o Tecpar e este com os Parceiros Privados, sendo a multinacional farmacêutica Roche, detentora do produto inovador e Axis parceiro privado local, sob suspeita de que o processo traria prejuízos a União, estimados em R$ 61 milhões sobre os medicamentos já fornecidos. Determinou ao MS que pagasse o valor equivalente aos preços pagos nas últimas compras, deixando sob judice o saldo a ser encaminhado depois do julgamento do mérito.

Muito se especula na imprensa sobre esta e outras investigações no TCU e outros organismos de controle com foco na “reduzida transparência da política de preços”. O já emblemático caso do trastuzumabe se evidenciou pelo sobrestamento do processo. Mérito que ainda não foi avaliado pelo Tribunal. Estrategicamente as notícias abordam apenas os aspectos políticos; possíveis ônus aos cofres públicos, favorecimentos, preferencias regionais e locais por determinados laboratórios, e, acusam a empresa de alavancar lucros através do projeto de PDP, sem que se aprofunde em qualquer avaliação técnico-jurídica, sem qualquer respeito aos contratos firmados em momento e contexto diverso da cena vista hoje.

O Sistema Único de Saúde – SUS, é o grande comprador do produto, que é referência contra um dos tipos mais graves de câncer de mama e distribuído sem ônus para os pacientes, desde 2013. Não diferente de qualquer outro ‘fabricante, detentor da tecnologia, que a Roche monopolizou as vendas até o vencimento da patente em junho de 2019”. A Parceria para o Desenvolvimento Produtivo – PDP com o Tecpar e os parceiros privados. Axis e Roche asseguraram 40% do mercado público, durante a transferência de tecnologia, prevista para 10 anos a partir de 2017.

A absorção dos conhecimentos proporcionada pela transferência de tecnologia de plataformas industriais biofarmacêuticas, adquiridas de empresas que desenvolvem e produzem medicamentos inovadores, patenteados, são tratadas e recebidas no Brasil através de Instituições Públicas Produtores de Medicamentos que junto com parceiros privados objetivam, dentre outras, induzir o crescimento de todo Complexo Industrial local, dominar a produção de remédios tecnologicamente sofisticados, adensar toda cadeia envolvida, reduzir o volume de divisas corroídas com a importação do produto, formar e capacitar recursos humanos, desenvolver a Academia, gerar renda, empregos e tributos no Brasil, com menores custos para o SUS.

No modelo de negócio desenvolvido, aprovado e implementado no Brasil pelas PDPs a aquisição da tecnologia não foi dissociada do preço do medicamento vendido ao MS. No processo do Tecpar com Roche, o Tribunal determinou a retenção de 27,39% (valor inerente à transferência de tecnologia) de todas as despesas, pagas ou a pagar, o âmbito do Contrato 61/2018, conforme acórdão, por considerar que este percentual excedente ao preço de mercado do medicamento gerou  margem para a Instituição Pública, que segundo a Instituição seria investido na construção e implementação de seu parque tecnológico que será capacitado e certificado para produzir autonomamente o produto no Brasil, com a plataforma tecnologia absorvida.


Acesse todo o arquivo aqui:

Calendário Agenda