A Comissão de Seguridade
Social e Família promoveu audiência pública sobre o calendário nacional de
imunização e a cobertura vacinal no país, tema que preocupa especialistas em
razão do índice de imunização, considerado insatisfatório em alguns casos.
Assista as entrevistas de
alguns palestrantes: https://youtu.be/-PUkTtp9H4U
De acordo com o deputado Pedro
Westphalen (PP-RS), que é médico, das nove principais vacinas do calendário de
vacinação, só a BCG alcançou 95% de imunização, considerada o mínimo
necessário.
“Todas estão com índice abaixo
do necessário, mesmo com vacinas a disposição. Existem alguns casos pontuais de
dificuldade de fornecimento, mas, mesmo quando há a vacina, os produtos não
estão sendo usados de maneira devida. Muitas vezes não tem nem pessoal treinado
para isso”, reclamou.
O deputado anunciou que o objetivo
da comissão é expandir a análise da situação aos estados e municípios, por meio
de trabalho conjunto com as assembleias legislativas e as câmaras municipais.
Monica Levi, da Sociedade
Brasileira de Imunizações, disse que em vários lugares do país não houve
vacinação adequada. “Não adianta ter vacina e não ter o processo de vacinação.
Não adianta ter as geladeiras cheias de vacina se as pessoas não forem
vacinadas”, disse.
Os debatedores discutiram
ainda casos de pessoas que decidem não se vacinar com base em boatos,
informações falsas ou preconceitos – um dos fatores que explicam a imunização
insuficiente.
Para Nereu Henrique Mansano,
representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a saída
para o problema é a disponibilização de informações. Ele deu o exemplo da
vacina contra a influenza.
“Às vezes alguém toma a
vacina, que protege contra alguns sorotipos de influenza mas não protege
contra outros vírus da gripe comum, fica gripado e acredita que foi a
vacina”, disse.
Reportagem - Lincoln Macário
Edição - Antonio Vital
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