Eletromagnetismo
contra o câncer
Os campos eletromagnéticos impedem a formação de extensões nas células que são usadas para o câncer se espalhar.
[Imagem: Ayush Arpit Garg et al. - 10.1038/s42003-019-0550-z]
[Imagem: Ayush Arpit Garg et al. - 10.1038/s42003-019-0550-z]
Os campos
eletromagnéticos podem ajudar a impedir que o câncer de mama se espalhe para
outras partes do corpo.
Um experimento
inicial mostrou que campos eletromagnéticos de baixa intensidade dificultam a
mobilidade de células específicas do câncer de mama, impedindo a formação de
extensões longas e finas na borda de uma célula cancerígena migratória,
saliências essas que são usadas para que ela se fixe em outras partes do corpo,
a chamada metástase.
A pesquisa foi
feita em células cultivadas em laboratório, e o conceito ainda não foi testado
em animais ou humanos, mas os resultados iniciais deixaram os pesquisadores
animados.
A capacidade de
proliferar não apenas localmente, mas se espalhando por todo o corpo, é o que
torna o câncer tão devastador - e o que levou a equipe de pesquisa a examinar
células cancerosas individuais para entender o que as torna tão prejudiciais.
"Uma coisa
muito destrutiva que essas células fazem é migrar para áreas distantes do
corpo. E o que aprendemos aqui é que, ao tratá-las com certa classe de campo
elétrico, estamos alterando seu potencial de se espalhar de alguma forma,"
disse o professor Jonathan Song, da Universidade Estadual de Ohio (EUA).
A equipe desenvolveu um equipamento
especial para reproduzir o ambiente do câncer de mama e como ele se
espalha.
[Imagem: Ayush Arpit Garg et al. - 10.1038/s42003-019-0550-z]
[Imagem: Ayush Arpit Garg et al. - 10.1038/s42003-019-0550-z]
Sensibilidade do
câncer ao campo eletromagnético
A pesquisa revelou
que as células cancerosas de alguma forma sentem tanto a presença dos campos
eletromagnéticos quanto a direção de onde os campos chegam, porque essa direção
afeta os resultados.
As células de
câncer de mama triplo-negativo metastático - células cancerosas que, por sua
natureza, não respondem à terapia hormonal ou a tratamentos que visam um gene
comumente expresso em células de câncer de mama - foram as mais sensíveis aos
campos eletromagnéticos.
A pesquisa usou um
modelo que os pesquisadores projetaram para imitar o ambiente no qual as
células do câncer de mama se formam, mas os resultados ainda precisarão ser
validados.
"Mas o que
mostramos, biologicamente, é que essas células cancerosas estão se tornando
profundamente menos metastáticas, o que é uma descoberta muito
importante," disse Song.
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