[Imagem: EPFL 2019/ Murielle Gerber]
Matthieu Ruegg mostrando o
protótipo do dispositivo. À direita, seu princípio de funcionamento.
Analgésico contínuo
Pacientes que recebem uma
prótese ortopédica geralmente experimentam um período de dor intensa após a
cirurgia. Em um esforço para controlar a dor, os cirurgiões injetam analgésicos
no tecido durante a operação.
Quando o efeito desse
analgésico desaparece, um dia ou dois depois, os pacientes recebem morfina
através de um cateter colocado perto da coluna vertebral. No entanto, os
cateteres não são particularmente confortáveis e as drogas se espalham por todo
o corpo, afetando todos os órgãos.
Para lidar com toda essa
problemática, pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lausanne (Suíça)
estão trabalhando em um implante biodegradável capaz de liberar um anestésico
local sob demanda por vários dias.
A ideia é não apenas reduzir o
desconforto pós-operatório dos pacientes, como também eliminar a necessidade de
novas cirurgias para remover o dispositivo.
O circuito eletrônico - um
circuito ressonante na forma de uma pequena espiral - tem apenas alguns
micrômetros de espessura. Quando exposto a um campo eletromagnético alternado,
o ressonador espiral produz uma corrente elétrica que cria calor, derretendo a
membrana da cápsula contendo o medicamento e liberando a droga no corpo.
Liberação controlada de
medicamento
O pequeno circuito eletrônico
biodegradável, feito de magnésio, poder ser aquecido remotamente, com a energia
sendo fornecida externamente sem fios. Uma vez integrado no dispositivo final,
o circuito permitirá liberar quantidades controladas de anestésico em um local
específico durante vários dias. Depois disso, o implante irá degradar com
segurança dentro do corpo.
"Estamos em um estágio
fundamental do nosso projeto, porque agora podemos fabricar ressonadores que
funcionam em diferentes comprimentos de onda," disse o pesquisador
Matthieu Ruegg. "Isso significa que podemos liberar o conteúdo das
cápsulas individualmente selecionando frequências diferentes. O processo de
aquecimento e liberação demora menos de um segundo."
A invenção, contudo, ainda não
está pronta para a sala de cirurgia. "Ainda precisamos trabalhar na
integração dos ressonadores no dispositivo final e mostrar que é possível
liberar drogas tanto in vitro quanto in vivo,"
concluiu Ruegg.
Fonte:diariodasaude.com.br
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