Destaques

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

2° Seminário em Propriedade Industrial

Ministro participa de audiência na Comissão de Seguridade Social e Família


Durante a sessão, Luiz Henrique Mandetta falou sobre a proposta do Governo Federal em discussão para a revalidação de diplomas de médicos formados no exterior

Foto: Erasmo Salomão / ASCOM MS
Nesta quarta-feira (11), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, apresentou a deputados federais ações para qualificar a assistência à saúde prestada à população. Ao participar da Comissão de Seguridade Social e Família, Mandetta também se colocou à disposição para, junto ao Congresso Nacional, dialogar sobre temas de relevância para a construção de políticas públicas de saúde.

O programa Médicos pelo Brasil, lançado no último mês pelo Governo Federal, foi um dos temas tratados durante a reunião. O programa se propõe a levar o cuidado em saúde para quem mais precisa, qualificando o atendimento a partir da formação de médicos em especialistas em Medicina de Família e Comunidade. O programa é voltado para médicos formados no Brasil ou que, após formação em outros países, passaram pelo Revalida – exame que reconhece os diplomas de médicos que se formaram no exterior – e querem atuar no Brasil.

Uma proposta em discussão é para a realização do Revalida duas vezes a cada ano, com a possibilidade de inclusão de universidades privadas no processo e os custos pagos pelo candidato à revalidação. A ideia é construir um processo de revalidação de diploma descentralizado, regionalizado e periódico para que todos os médicos formados em instituições estrangeiras possam ter acesso à prova. “A proposta está sendo analisada e quando estiver amadurecida apresentaremos ao Parlamento”, disse Mandetta.

Durante a audiência, o ministro respondeu pontualmente aos questionamentos dos deputados sobre assuntos desde a Atenção Primária, vacinas, informatização do Sistema Único de Saúde (SUS) até o diagnóstico de câncer e violência obstétrica.

MÉDICOS PELO BRASIL
O programa Médicos pelo Brasil foi lançado em pelo Governo Federal em agosto. Ao todo, serão 18 mil vagas previstas, sendo cerca de 13 mil em municípios de difícil provimento. A estratégia ampliará em cerca de 7 mil vagas a oferta de médicos em municípios onde há os maiores vazios assistenciais na comparação com o programa Mais Médicos, sendo que as regiões Norte e Nordeste juntas têm 55% do total dessas vagas.

Silvia Pacheco, da Agência Saúde
Atendimento à imprensa
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TESTEMUNHAS DE JEOVÁ PODERÃO TER DIREITO A RECUSAR TRANSFUSÕES DE SANGUE


Com base nos direitos constitucionais à vida digna e à liberdade de crença, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 618, com pedido de medida cautelar, no qual visa assegurar às Testemunhas de Jeová maiores de idade e capazes o direito de não se submeterem a transfusões de sangue por motivo de convicção pessoal.

Insegurança

Ao justificar o ajuizamento da APDF, Raquel Dodge diz que diversos atos normativos, como o artigo 146, parágrafo 3º, inciso I, do Código Penal e dispositivos da Resolução 1.021/1980 do Conselho Federal de Medicina, geram insegurança jurídica ao estabelecerem como dever do médico a realização da transfusão mesmo que haja recusa do paciente ou de seus responsáveis. Essas normas, segundo a procuradora-geral, partem das premissas de que a medicina deve cuidar da saúde do homem sem preocupação de ordem religiosa e de que a recusa pode ser encarada como suicídio.

De acordo com Dodge, Testemunhas de Jeová são reconhecidas, entre outras características marcantes, pela recusa em aceitar transfusões de sangue. Aceitar esse tipo de tratamento, segundo a religião, torna o seguidor impuro e indigno do reino de Deus. A recusa, segundo a procuradora-geral, não significa desejo de morte ou desprezo pela saúde e pela vida, pois as pessoas que integram essa comunidade religiosa aceitam se submeter a métodos alternativos à transfusão de sangue. Mas, na sua impossibilidade, preferem se resignar à possibilidade de morte a violar suas convicções religiosas.

Ela pede que seja concedida medida cautelar para afastar qualquer entendimento que obrigue médicos a realizarem transfusão quando houver expressa recusa dos pacientes maiores de idade e capazes, mantendo-se a obrigatoriedade apenas quando o paciente for menor, nos casos em que o tratamento for indispensável para salvar a vida da criança, independentemente de oposição dos responsáveis. Pede, ainda, que esse posicionamento seja confirmado no julgamento de mérito da ADPF.

MB/AD//CF

Processo relacionado: ADPF 618


AEDES AEGYPTI PODERÁ SER COMBATIDA ATRAVÉS DE PULVERIZAÇÃO AÉREA DE INSETICIDA, A DECISÃO CABERÁ ÀS AUTORIDADES SANITÁRIAS E AMBIENTAL


O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), na sessão desta quarta-feira (11), julgou parcialmente procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5592 para conferir interpretação conforme a Constituição Federal ao artigo 1º, parágrafo 3º, inciso IV, da Lei 13.301/2016 de forma a assentar que o uso de aeronave para pulverização de inseticida contra o mosquito Aedes aegypti necessita da prévia aprovação da autoridade sanitária, exigindo-se ainda o pronunciamento da autoridade ambiental competente. O resultado do julgamento foi alcançando a partir do voto médio, entendimento que representa um meio termo entre os votos apresentados, uma vez que nenhum dos posicionamentos alcançou maioria.

Na ação, a Procuradoria-Geral da República (PGR) alegava, em síntese, ausência de comprovação científica da eficácia da dispersão aérea de inseticidas para combate ao mosquito e potenciais riscos à saúde da população e ao meio ambiente.

O julgamento foi retomado na sessão de hoje com o voto do ministro Celso de Mello. Para o decano, o conteúdo do dispositivo questionado vulnera a cláusula inscrita no artigo 225 da Constituição Federal, que consagra o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. A norma, diz o ministro, no contexto do direito constitucional ambiental, transgride o princípio da precaução, que busca neutralizar ou minimizar risco potencial à vida e ao meio ambiente. Segundo o ministro Celso de Mello, a incerteza científica deve militar em favor do ambiente.

O decano destacou ainda nota técnica da Secretaria de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente na qual se afirma que a metodologia da pulverização aérea é ineficaz, visto que o inseto possui hábitos domiciliares. O que reforça, no seu entendimento, a incompatibilidade da norma com a Constituição. O ministro votou pela parcial procedência da ação para excluir da lei, por inconstitucionalidade, a expressão “por meio de dispersão por aeronaves”.

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, também votou pela parcial procedência da ação, no entanto, sem alteração no texto da lei, para que a norma seja interpretada em consonância com o artigo 225 da Constituição e para que a dispersão aérea de inseticidas seja precedida de autorização prévia tanto da autoridade sanitária quanto da autoridade ambiental.

O ministro observou que, embora seja notória a necessidade de adoção de estratégias específicas para a erradicação de epidemias causadas pelo mosquito no país, não há estudos suficientes que comprovem que o uso de mecanismos de controle vetorial por meio de dispersão por aeronaves seja prejudicial à saúde, assim como não há comprovação da eficácia da pulverização aérea no combate das doenças transmitidas pelo mosquito. Em seu voto, o presidente do Supremo destacou que a incidência da dengue no brasil aumenta 600% em um ano. Entre dezembro de 2018 e agosto deste ano, foram registrados 1,4 milhão casos de dengue em todo o país.

Placar

A relatora, ministra Cármen Lúcia, votou pela procedência da ação. Já os ministros Ricardo Lewandowski e Celso de Mello votaram pela parcial procedência da ADI para excluir da norma a expressão “por meio de dispersão por aeronaves”. Os ministros Alexandre de Moraes, Marco Aurélio, Gilmar Mendes e Luiz Fux, por sua vez, votaram pela improcedência da ação. O voto médio foi proferido pelos ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Dias Toffoli, que julgaram parcialmente procedente a ação, sem redução de texto, para conferir interpretação conforme a Constituição. O redator do acórdão será o ministro Fachin.

SP/AD


MINISTÉRIO DA SAÚDE LANÇA CAMPANHA DE COMBATE AO AEDES AEGYPTI


O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, lança nesta quinta-feira (12), em Brasília (DF), nova campanha publicitária de Combate ao mosquito Aedes aegypti. O objetivo é mobilizar a população no combate ao avanço das doenças no país.

O evento será transmitido, ao vivo, pelas redes sociais do Ministério da Saúde: FacebookTwitterPortal (saude.gov.br) e WebRádio Saúde.

Campanha de Combate ao Aedes aegypti
Data: 12 de setembro (quinta-feira)
Horário: 11h
Local: Auditório Emílio Ribas, edifício sede do Ministério da Saúde, em Brasília (DF).         

Mais informações / Ascom-MS


quarta-feira, 11 de setembro de 2019

IMUNOGLOBULINA HIPERIMUNI PARA HEPATITE B - MS COMPRA DA GRIFOLS POR INEXIGIBILIDADE NO VALOR GLOBAL R$ 18.972.288,00


DEPARTAMENTO DE LOGÍSTICA EM SAÚDE COORDENAÇÃO-GERAL DE LICITAÇÕES E CONTRATOS DE INSUMOS ESTRATÉGICOS PARA SAÚDE EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº 32/2019 - UASG 250005 Nº Processo: 25000.146074/2018 . Objeto: Aquisição de IMUNOGLOBULINA HUMANA , HIPER IMUNI PARA HEPATITE B, 200 UI/ML, SOLUÇÃO INJETÁVEL de 0,5ml e IMUNOGLOBULINA HUMANA, HIPER IMUNI PARA HEPATITE B, 200 UI/ML, SOLUÇÃO Injetável de 5 ml Total de Itens Licitados: 00002. Fundamento Legal: Art. 25º, Inciso I da Lei nº 8.666 de 21/06/1993.. Justificativa: Contratação direta frente à inviabilidade de competição do objeto contratado. Declaração de Inexigibilidade em 19/08/2019. FRANKLIN MARTINS BARBOSA. Coordenador-geral de Aquisições de Insumos Estratégicos para Saúde, Substituto. Ratificação em 05/09/2019. ROBERTO FERREIRA DIAS. Diretor do Departamento de Logística em Saúde. Valor Global: R$ 18.972.288,00. CNPJ CONTRATADA : Estrangeiro GRIFOLS S.A. (SIDEC - 10/09/2019) 250110-00001-2019NE800085

Três comissões ouvem ministro sobre demissão de diretor do Inpe


As Comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia da Câmara dos Deputados promovem audiência pública nesta quinta-feira com o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, para obter esclarecimentos sobre a exoneração de Ricardo Galvão, da diretoria do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A audiência foi pedida por diversos deputados, entre eles Camilo Capiberibe (PSB-AP). Ele questiona a demissão de Ricardo Galvão após a divulgação de dados sobre desmatamento da Amazônia. Capiberibe destaca ainda que esses dados foram criticados pelo governo e classificados de sensacionalistas. Para o deputado, a real motivação da demissão deve ser conhecida pelos deputados.

A vinda de Marcos Pontes atende também a requerimento da deputada Margarida Salomão (PT-MG) para que ele esclareça possíveis gastos do Ministério com viagem feita durante licença não remunerada, entre os dias 13 e 25 de julho.

A audiência com o ministro ocorre às 9h30 desta quinta-feira, no plenário 2.

Da Redação - GM


terça-feira, 10 de setembro de 2019

Medida provisória desobriga publicação de licitações de órgãos públicos em jornais Fonte: Agência Senado


Thiago Melo/CC
MP editada pelo Planalto permite aos órgãos públicos publicar atos apenas no Diário Oficial da União
Proposições legislativas
A Medida Provisória 896/2019, publicada nesta segunda-feira (9) no Diário Oficial da União, altera quatro leis para desobrigar órgãos públicos da União, estados, Distrito Federal e municípios de publicar documentos relativos a licitações em jornais de grande circulação. Com isso, a exigência legal de divulgação estará cumprida quando houver publicação em site oficial e no Diário Oficial da União.

Pelo texto da MP, poderão ser publicados somente em diário oficial ou na internet avisos de licitação (que contêm os resumos dos editais), chamamento público para a atualização de registro cadastral, convocação de interessados em pregões, minuta de edital e de contrato de parceria público-privada (PPP) e extrato de edital de concorrência sob o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC).

A medida provisória contém ainda um dispositivo que faculta aos estados, Distrito Federal e municípios publicar os documentos em site oficial da União, assunto que ainda será regulamentado pelo governo federal.

São alteradas as Leis de Licitação (Lei 8.666, de 1993), do pregão (Lei 10.520, de 2002), das PPPs (Lei 11.079, de 2004) e do RDC (Lei 12.462, de 2011).

Antes da medida provisória, que tem validade imediata, todos os documentos eram publicados em jornais de grande circulação do local da licitação e na imprensa oficial.

A MP é assinada pelo presidente Jair Bolsonaro. Em agosto, ele editou uma outra medida provisória (MP 892/2019) acabando com as publicações obrigatórias, em jornais de grande circulação, de atos de empresas de capital aberto (S/A), como convocação de assembleias e avisos aos acionistas. Na ocasião, o governo afirmou que a medida reduziria custos para as empresas.

Tramitação
A MP 896/2019 será analisada inicialmente em uma comissão mista de deputados e senadores. É nesta fase que são apresentadas as emendas e realizadas audiências públicas. A relatoria caberá a um senador, ainda a ser indicado.

O texto aprovado pela comissão será votado posteriormente nos Plenários da Câmara dos Deputados e do Senado.

Da Agência Câmara Notícias


Fonte: Agência Senado


Preço livre para remédio com inovação incremental


Medicamento Cmed deve abrir consulta pública sobre o tema Stella Fontes De São Paulo Os preços de medicamentos que resultam de inovação incrementai, que são aqueles que contemplam um aperfeiçoamento sobre uma ou mais moléculas já existentes, caminham para ser liberados no país.


Valor Econômico | Empresas | BR

LATANOPROSTA E TRAVOPROSTA - MS HOMOLOGA REGISTRO DE PREÇOS DA GEOLAB


Espécie: Ata de Registro de Preços nº 73/2019 - Pregão Eletrônico - SRP nº 58/2019;
Processo: 25000.072656/2019-73
. Item Descrição do Objeto Unidade de Fornecimento Quantidade Preço Unitário (R$) Preço Total (R$)
. 2 Latanoprosta, 50mcg/mL, solução oftálmica Frasco 2,5ml 328.389 10,30 3.382.406,70
. 3 Travoprosta, 0,04mg/mL, solução oftálmica Frasco 2,5ml 467.829 9,00 4.210.461,00
Partes: DLOG/SE/MINISTÉRIO DA SAÚDE X Empresa GEOLAB INDÚSTRIA FARMACÊUTICA S/A. Vigência: 05.09.2019 a 05.09.2020.


NOVA YORK - USA, TRATANDO VACINAÇÃO A SÉRIO - 26.000 CRIANÇAS PRECISAM FAZER ESCOLHA - VACINA OU NÃO FREQUENTAR A ESCOLA


A Volta a escola de mais de 25 mil crianças está condicionada a vacinação em Nova York – USA

Por força de uma nova lei promulgada, em 13 de junho, em meio ao surto de sarampo as autoridades novaiorquinas, resolveram enfrentar o problema “radicalmente” caçando as isenções religiosas utilizadas como motivo para não vacinar as crianças. Nova York tornou-se o quinto estado a barrar todas as isenções não médicas à vacinação e agora tem uma das políticas mais rigorosas do país .

Os Pais que quiserem filhos na escola e creches deverão apresentar carteira de vacinação em dia

Fanáticos com teorias antivacinais infundadas, de que vacinas contribuem para o autismo, apesar de mais de uma dúzia de estudos revisados ​​por pares não mostrarem tal ligação, que a Bíblia proíbe a "profanação do corpo", que é o que ela diz que as vacinas fazem. Muitos estão questionando "Como podemos virar as costas contra o que acreditamos todos esses anos porque temos uma arma na cabeça?"

Sob a nova lei, todas as crianças devem começar a receber suas vacinas nas duas primeiras semanas de aula e completá-las até o final do ano letivo. Caso contrário, seus pais devem educá-los em casa ou sair do estado.

O surto de sarampo que culminou com a publicação da nova lei realmente está diminuindo. Na terça-feira, o prefeito Bill de Blasio declarou o fim do surto de sarampo na cidade de Nova York, seu epicentro. Desde o início do surto em outubro de 2018, houve 654 casos de sarampo na cidade e 414 em outras partes do estado, onde a transmissão também diminuiu.
                                                                                                                                       
A grande maioria dos casos envolveu crianças não vacinadas em comunidades judaicas hassídicas, onde as taxas de imunização eram às vezes muito inferiores à média estadual de 96%. Campanhas de vacinação em larga escala ajudaram a aumentar essas taxas.

Mas as autoridades de saúde alertaram na última terça-feira que, a volta às aulas a doença que é altamente contagiosa pode desencadear novos surtos se as taxas de vacinação caírem novamente.

"A ameaça continua, conforme informações de outros surtos nos EUA e no mundo", disse Oxiris Barbot, comissário de saúde da cidade. "Nossa melhor defesa contra a transmissão é ter a população bem imunizada."

Maine, onde uma nova lei que proíbe todas as exceções, exceto as médicas, não entra em vigor até 2021, abre exceções para estudantes de educação especial.

Califórnia, onde as isenções não médicas foram encerradas em 2015, concedeu aos pais com isenções não médicas mais tempo para cumprir e permitiu que os distritos isentassem crianças com deficiência.

A lei de Nova York não permite tais exceções.

A comunidade anti-vacinação em Nova York entrou com várias ações judiciais buscando bloquear a legislação, mas nenhuma foi bem-sucedida até agora.

Ao mesmo tempo, as autoridades estaduais de saúde estão se movendo para fechar brechas adicionais, anunciando em agosto regulamentos de emergência que dificultam a obtenção de isenções médicas à vacinação. (Na Califórnia, disseram as autoridades, a taxa de isenção médica para vacinação aumentou de 0,2% para quase 1% após a eliminação de outras isenções, diminuindo o impacto pretendido pela lei.)

"Garanto que as vacinas são seguras e eficazes", afirma Howard A. Zucker, comissário estadual de saúde, em um anúncio de serviço público veiculado na televisão. "Sou pai", acrescenta. "Meus filhos são vacinados."

A lei já está incentivando os pais indecisos sobre a importância da vacinação para imunizar seus filhos. Autoridades estão enviando mensagem para escolas públicas e privadas de que os dias da vacinação seletiva terminaram. Mas para os pais que permanecem profundamente céticos, serão necessárias mais medidas, de acordo com médicos que estudam a recusa de vacinas.

O Dr. Daniel Salmon , diretor do Instituto de Segurança de Vacinas da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg , apontou que o mal-estar com as vacinas não é apenas uma questão marginal. Um estudo de 2011 , por exemplo, descobriu que aproximadamente um quarto de todos os pais americanos tinham sérias preocupações com vacinas e 30% se preocupavam com o fato de que as vacinas podem causar problemas de aprendizado, como o autismo.

A eliminação de isenções não-médicas é uma solução parcial, disse Salmon, acrescentando que são necessários mais recursos para pesquisas para estudar a segurança das vacinas e combater o lobby antivacina.

"É um grande martelo que não está enfrentando o grande problema", disse ele. "Os pais têm preocupações que não estão sendo tratadas."

Lorna R. Lewis , superintendente do Distrito Escolar Central de Plainview-Old Bethpage, em Long Island, ajudou a fazer lobby pela lei como presidente de um conselho estadual de superintendentes. Ela estimou que das 65 crianças que tinham isenções religiosas em seu distrito, cerca de 10 provavelmente estudariam em casa.

"Temos 5.000 estudantes no meu distrito", disse ela. "Se há 10 que têm pais avessos à vacina, eu tenho 4.990 outros cuja segurança eu tenho que pensar".

Os pais já pediram que seus filhos não fossem colocados em turmas com crianças não vacinadas, disse Lewis. "Acho que em uma sociedade você precisa fazer o melhor para o bem de todos", acrescentou, "e acho que é isso que essa lei faz."

Nas comunidades menonitas e amish do estado, onde algumas escolas tinham altas taxas de isenção religiosa, as autoridades de saúde relataram progresso após as reuniões sobre os requisitos de vacinação.

No condado de Yates, na região de Finger Lakes, “bem mais de 50 crianças” marcaram consultas para serem vacinadas no final de agosto, disse Deborah Minor, diretora de saúde pública dos condados de Yates e Schuyler.

"Meu senso é que as escolas estão levando isso muito a sério", disse ela.

O rabino Yakov Horowitz, reitor fundador da Yeshiva Darchei Noam, no Condado de Rockland, disse que o sentimento público em sua comunidade judaica ortodoxa "mudou significativamente" em relação à vacinação no ano passado por causa do surto de sarampo, assistência à saúde pública e declarações de apoio de rabinos influentes.

"Espero que a maioria das pessoas cumpra", disse a Dra. Patricia Schnabel Ruppert , comissária de saúde do Condado de Rockland. Mas ela também disse que, como seus esforços estavam concentrados apenas na prevenção do sarampo, havia muito mais a fazer sobre vacinas para proteger contra outras doenças.

Alguns pais que não querem vacinar seus filhos estão recorrendo à educação em casa para evitar colidir com os novos mandatos. De acordo com a lei estadual, as crianças em idade escolar em casa podem se reunir em grupos de aprendizado cooperativo por até três horas por dia.

Miss Megan , consultora de educação em casa, disse que estava abrindo uma nova cooperativa de escola em casa no bairro de Chelsea, em Manhattan, para pais que não desejam cumprir o novo pedido. Alguns, disse ela, estavam perdendo depósitos pesados ​​em escolas particulares. Alguns, acrescentou, não eram contra a vacinação, mas queriam espaçar o tempo das vacinas mais do que a lei permitirá.

" As crianças estão sendo colocadas em uma posição muito opressiva", disse ela .

Kristina Staykova, 43 anos, disse que estava encerrando seus negócios de moda enquanto tentava descobrir como educar seus filhos em casa, incluindo uma criança de 4 anos com autismo. Sua filha de 5 anos já foi instruída a não retornar à Escola Pública 6, no Upper East Side de Manhattan.

Ela recentemente foi a uma conferência sobre educação em casa em Melville, NY, onde havia cerca de 300 pais, a maioria dos quais, como ela, acreditava que seus filhos haviam sido feridos por vacinas, disse ela.

Parte do desafio enfrentado pelas autoridades de saúde em todo o país, disse Peter Hotez, reitor da Escola Nacional de Medicina Tropical da Baylor College of Medicine, no Texas, é que medidas deveriam ter sido tomadas anos atrás para reduzir as isenções não médicas antes que se tornassem mais comuns. e o ativismo antivacina se espalhou.

Ainda assim, apenas uma pequena fração das crianças de Nova York tinha isenções religiosas: cerca de 0,8% de todas as crianças em todo o estado em 2017-18, o último ano escolar para o qual havia dados disponíveis.

O problema era que as crianças não vacinadas tendiam a ser agrupadas nas comunidades, reduzindo as taxas de vacinação em certas escolas e bairros para menos de 95% e criando potenciais caixas de isqueiro para surtos, disse Hotez.

Algumas escolas que operam em todo o estado e têm baixas taxas de vacinação, como as escolas Waldorf, agora estão descobrindo como lidar com as mudanças nas matrículas à medida que algumas de suas famílias se voltam para a educação em casa. Mesmo em alguns distritos públicos, os administradores pediram mais tempo para garantir que as crianças tiradas da escola pelos pais não sofram educacionalmente.

Para Vance-Pauls, a publicação da Lei marcou o fim da linha. Com a escola iniciando na quarta-feira, ela havia marcado uma consulta às 18h30 com um médico na terça-feira para que cada um de seus filhos recebesse uma injeção cada, e consultas nas próximas semanas para o restante das doses necessárias.

Sua família não tinha a opção de ir para a escola ou mudar de casa, então ela sentiu que não tinha outra escolha.

Uma versão impressa deste artigo foi publicada em 4 de Setembro de 2019, Seção A , página 19 da edição de Nova York, com a manchete: Milhares de pais antivacinais enfrentam um ultimato.

Com informações do NYTimes


segunda-feira, 9 de setembro de 2019

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