Destaques

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Países das Américas unem esforços para garantir acesso às vacinas contra COVID-19

Os países das Américas estão unindo esforços para garantir o acesso a tratamentos e vacinas contra a COVID-19, afirmou nesta terça-feira (14) a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne.

“Atuando como um bloco, os Estados Membros da OPAS se beneficiarão de nossa expertise técnica, bem como de nossas décadas de experiência em garantir e distribuir vacinas de maneira rápida e eficiente. Também garantiremos que o processo seja o mais inclusivo possível, alocando as doses de maneira justa entre os países participantes”, disse Etienne.

A diretora da OPAS explicou que o Fundo Rotatório da OPAS para vacinas pode ser usado como um ativo estratégico para comprar e distribuir vacinas contra a COVID-19 quando elas estiverem disponíveis. Cerca de 20 das 150 candidatas a vacina já estão sendo testadas em voluntários.

A OPAS também está envolvida no mecanismo da OMS chamado COVAX - um esforço de grupo para negociar com produtores de vacinas - e está apoiando os países da América Latina e do Caribe a se unirem a uma colaboração para acelerar o desenvolvimento, produção e distribuição de futuras vacinas contra a COVID-19. Sob o guarda-chuva do Access to COVID-19 Tools Accelerator (acelerador de acesso a ferramentas contra a COVID-19), o mecanismo COVAX negociará em nome de muitos países do mundo todo com os produtores de todos as vacinas candidatas promissoras.

“Já temos 30 países e territórios ingressando no mecanismo por meio do Fundo Rotatório da OPAS e estamos animados em ver mais manifestações de interesse de nossos Estados Membros nos próximos dias. Quanto mais países se unirem, mais fortes seremos” – Carissa F. Etienne, diretora da OPAS

“Isso permitirá que os países - independentemente do nível de renda - obtenham melhores preços e assumam menos riscos do que se negociarem individualmente. Nenhum país deve fazer isso sozinho - especialmente porque melhoramos nossas chances de sucesso e reduzimos a concorrência se trabalharmos juntos”, observou Etienne.

“A OPAS também está em coordenação com a GAVI e outros parceiros para garantir que os países mais vulneráveis de nossa região recebam a vacina contra a COVID-19 com subsídios e a um preço acessível”, afirmou Etienne.

O Fundo Rotatório da OPAS, um mecanismo compartilhado de compra e entrega de vacinas, trabalha há 35 anos para reunir recursos para 41 países, que podem comprar vacinas de alta qualidade e que salvam vidas para seus programas nacionais de imunização a preços mais baixos. O Fundo tem sido vital na eliminação da poliomielite, sarampo, caxumba e rubéola das Américas.

Atualização sobre COVID-19 nas Américas

Etienne apresentou os dados sobre COVID-19 na região: “Em 13 de julho, chegamos a 6,8 milhões de casos e 288 mil mortes nas Américas. Isso equivale a aproximadamente metade de todos os casos e mortes notificados em todo o mundo. Na semana passada, nossa região registrou 60% de todos os novos casos e 64% de todas as novas mortes no mundo”. A semana passada quebrou recordes, pois as “zonas quentes” regionais, como os EUA, relataram sua maior contagem diária de casos.

"O número de pessoas que morrem de COVID-19 também está subindo, particularmente no Brasil, México e Estados Unidos, que juntos estão notificando 77% de todas as mortes na última semana e atualmente enfrentando alguns dos surtos mais mortais do mundo", afirmou a diretora da OPAS.

“Esse vírus redefiniu a forma como percebemos o tempo. Em poucos meses, transformou nosso modo de vida, nossa região e nossas economias. Devemos olhar para o futuro para planejar como selecionar, fabricar, pagar e distribuir uma vacina. Precisamos melhorar nossas capacidades regulatórias de imunização, criar vigilância pós-comercialização de vacinas, aumentar os programas de vacinação e melhorar ou adaptar nossas instalações da cadeia de frio” – Carissa F. Etienne, diretora da OPAS.

Fonte:OPAS/OMS Brasil

CONASS, Escolas de Saúde Pública e OPAS disponibilizam cursos virtuais sobre COVID-19 para gestores e profissionais de 19 estados

Secretarias Estaduais de Saúde de 19 estados brasileiros disponibilizarão uma série de cursos virtuais sobre prevenção e controle da COVID-19 (e outras doenças infecciosas) para gestores e trabalhadores de saúde de diversas áreas. A iniciativa será lançada nesta quarta-feira (15), às 14h30, pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

A cerimônia será transmitida ao vivo pelas redes sociais do CONASS: youtube.com/conassoficial e facebook.com/conassoficial.

Os cursos foram desenvolvidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e traduzidos para português pela OPAS. Os temas são: cuidados clínicos relacionados à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG); projeto para Unidade de Tratamento de SRAG; prevenção e controle de infecções causadas pelo novo coronavírus; e doenças ocasionadas por vírus respiratórios emergentes, incluindo a COVID-19.

Essa iniciativa faz parte do projeto, desenvolvido pelo CONASS em parceria com a OPAS, de fortalecimento das Escolas de Saúde Pública no Brasil – instituições estaduais que tem como missão fortalecer as competências técnicas dos profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS).

Cursos
Doenças ocasionadas por vírus respiratórios emergentes, incluindo COVID-19
Este curso fornece uma introdução geral à COVID-19 e vírus respiratórios emergentes. Destina-se aos profissionais de saúde pública, gerentes de incidentes e pessoas que trabalham para as Nações Unidas, organizações internacionais e ONGs.

Projeto para Unidade de Tratamento de Síndrome Respiratória Aguda Grave - SRAG - 2020 (COVID-19)
Este curso oferece um entendimento abrangente dos princípios que norteiam o processo de projetos para áreas de triagem em unidades de saúde, instalações comunitárias e centros de tratamento de Síndrome Respiratória Aguda Grave – incluindo como adaptar um edifício já existente para transformá-lo em um centro de tratamento de SRAG. É direcionado a equipes envolvidas na preparação e resposta, incluindo administradores e planejadores na área da saúde, arquitetos, engenheiros, equipes de logística, água e saneamento básico, equipes de médicos e de enfermagem, cuidadores e outros profissionais da saúde, além dos especialistas na área de promoção da saúde.

Cuidados Clínicos na Síndrome Respiratória Aguda Grave - 2020 (COVID-19)
Este é um guia prático a ser usado pelos profissionais de saúde envolvidos no tratamento intensivo, durante surtos de vírus influenza (sazonal), infecção humana por vírus influenza aviário (H5N1, H7N9), MERS-CoV, COVID-19 ou outras epidemias virais respiratórias emergentes. São abordados temas como ventilação artificial invasiva relacionada à Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo; diagnóstico diferencial, triagem e reconhecimento precoce de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG); reanimação direcionada para septicemia e choque séptico; oxigenoterapia; entre outros.

Prevenção e controle de infecções (PCI) causadas pelo novo coronavírus (COVID-19)
Este curso fornece informações sobre o que os serviços de saúde devem fazer para estar preparados para responder no caso de surgimento de um vírus respiratório, como o novo coronavírus. Também explica como identificar um caso e aplicar adequadamente as medidas de prevenção e controle, de modo a garantir que não resultem em mais infecções entre os profissionais de saúde e pacientes.

Fonte:OPAS/OMS Brasil

CONSULTA PÚBLICA Nº 869-Fica estabelecido o prazo de 45 dias para envio de comentários e sugestões ao texto da Consulta Pública de Resolução de Diretoria Colegiada que dispõe sobre o esgotamento de estoque de produtos sujeitos à vigilância sanitária e dá outras providências

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

Publicado em: 15/07/2020 | Edição: 134 | Seção: 1 | Página: 101

Órgão: Ministério da Saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Diretoria Colegiada

CONSULTA PÚBLICA Nº 869, DE 8 DE JULHO DE 2020

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe confere o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III e IV da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, III, §§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado pela Resolução de Diretoria Colegiada - RDC n° 255, de 10 de dezembro de 2018, resolve submeter à consulta pública, para comentários e sugestões do público em geral, proposta de ato normativo, conforme deliberado em reunião realizada em 7 de julho de 2020, e eu, Diretor-Presidente Substituto, determino a sua publicação.

Art. 1º Fica estabelecido o prazo de 45 dias para envio de comentários e sugestões ao texto da Consulta Pública de Resolução de Diretoria Colegiada que dispõe sobre o esgotamento de estoque de produtos sujeitos à vigilância sanitária e dá outras providências, conforme Anexo.

Parágrafo único. O prazo de que trata este artigo terá início 7 (sete) dias após a data de publicação desta Consulta Pública no Diário Oficial da União.

Art. 2º A proposta de ato normativo estará disponível na íntegra no portal da Anvisa na internet e as sugestões deverão ser enviadas eletronicamente por meio do preenchimento de formulário específico, disponível no endereço: [http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=57653].

§1º As contribuições recebidas são consideradas públicas e estarão disponíveis a qualquer interessado por meio de ferramentas contidas no formulário eletrônico, no menu "resultado", inclusive durante o processo de consulta.

§2º Ao término do preenchimento do formulário eletrônico será disponibilizado ao interessado número de protocolo do registro de sua participação, sendo dispensado o envio postal ou protocolo presencial de documentos em meio físico junto à Agência.

§3º Em caso de limitação de acesso do cidadão a recursos informatizados será permitido o envio e recebimento de sugestões por escrito, em meio físico, durante o prazo de consulta, para o seguinte endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária/GGFIS, SIA trecho 5, Área Especial 57, Brasília-DF, CEP 71.205-050.

§4º Excepcionalmente, contribuições internacionais poderão ser encaminhadas em meio físico, para o seguinte endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Assessoria de Assuntos Internacionais-AINTE, SIA trecho 5, Área Especial 57, Brasília-DF, CEP 71.205-050.

Art. 3º Findo o prazo estipulado no art. 1º, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária promoverá a análise das contribuições e, ao final, publicará o resultado da consulta pública no portal da Agência.

Parágrafo único. A Agência poderá, conforme necessidade e razões de conveniência e oportunidade, articular-se com órgãos e entidades envolvidos com o assunto, bem como aqueles que tenham manifestado interesse na matéria, para subsidiar posteriores discussões técnicas e a deliberação final da Diretoria Colegiada.

ANTONIO BARRA TORRES

ANEXO

PROPOSTA EM CONSULTA PÚBLICA

Processo nº: 25351696789/2012-02

Assunto: Proposta de Consulta Pública de Resolução de Diretoria Colegiada que dispõe sobre o esgotamento de estoque de produtos sujeitos à vigilância sanitária e dá outras providências.

Agenda Regulatória 2017-2020: 1.9. Autorização para esgotamento de estoque de produtos sujeitos à vigilância sanitária.

Área responsável: GGFIS

Diretor Relator: Antônio Barra Torres

Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

Solicita: incluídas petições pós-registro de saneantes

A partir desta quarta-feira (15/7), o peticionamento será eletrônico para transferência de titularidade e cancelamento por transferência de titularidade de registro.

Por: Ascom/Anvisa

O projeto de transformação digital da Anvisa dá mais um importante passo: a partir desta quarta-feira (15/7), o peticionamento será eletrônico, por meio do Sistema Solicita, para as petições pós-registro referentes à transferência de titularidade de registro de produto saneante e cancelamento por transferência de titularidade de registro de produto saneante. 

Durante o processo de migração das respectivas petições para o Solicita, é provável que haja uma indisponibilidade no sistema durante o período da manhã, que deverá retornar ao normal à tarde. A partir de então, as empresas que desejarem solicitar essas ações deverão efetuar a petição pela via digital. 

Atenção! As petições em andamento – ou seja, aquelas que estão em análise ou em exigência, por exemplo – deverão ser finalizadas por meio do peticionamento de origem, o Datavisa. Essas petições, portanto, não vão migrar para o fluxo do Solicita. 

O projeto de transformação digital da Agência tem como objetivo conferir mais agilidade ao andamento dos processos e minimizar o envio de documentos físicos. 

Petições de registro  

A partir de 20/7, será disponibilizado um novo código de assunto para o peticionamento de registro de produtos saneantes, que também poderá ser realizado por meio do Solicita, de forma totalmente eletrônica. Esse novo assunto de peticionamento (30020) inclui todos os assuntos para solicitação de registro de produto saneante até então existentes. Isso porque o novo formulário de petição permitirá a seleção da categoria de produto pretendida, entre outras adaptações, proporcionando mais praticidade ao setor regulado. 

Isenção de registro 

O Solicita, neste momento, não será utilizado para o peticionamento de produtos saneantes isentos de registro. A expectativa é que essa categoria seja incluída a partir do mês de agosto.  

Insumos farmacêuticos: publicado relatório de inspeções

Documento avalia as inspeções realizadas e o cumprimento de boas práticas de fabricação de insumos farmacêuticos no país.

Por: Ascom/Anvisa

Já está disponível para consulta a Revisão Anual das Inspeções em Farmoquímicas Nacionais. O documento avalia as inspeções realizadas e o cumprimento de boas práticas de fabricação (BPF) de insumos farmacêuticos no Brasil, a partir de inspeções conjuntas realizadas pela Anvisa e pelos entes federados, a fim de que possam ser identificadas oportunidades de aprimoramento na gestão dos processos. 

Apesar de o relatório ser referente ao ano de 2019, são analisadas tendências desde 2015, quando todas as inspeções em farmoquímicas foram realizadas com a participação da Anvisa. Essa mudança teve como objetivo a harmonização das inspeções sanitárias, com a adoção de procedimentos uniformes em todo o país. É importante observar que, desde o ano passado, as inspeções passaram a ser de responsabilidade da Anvisa, conforme a Instrução Normativa 32/2019

Para se ter uma ideia da amplitude das inspeções, atualmente o parque industrial de farmoquímicas é composto por 49 empresas ativas, que estão concentradas nas regiões Sul e Sudeste do país. O estado de São Paulo reúne a maioria dos fabricantes: 45%, seguido pelo Rio de Janeiro (19%), Paraná (16%) e Minas Gerais (6%). Depois aparecem os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Bahia, com 4%, e o Piauí, com 2%. 

Tendências e conclusões 

O relatório verifica, entre outras questões, que até o ano passado as empresas estavam em leve tendência para não adequação às boas práticas de fabricação. A partir da alteração da forma de classificação – de “satisfatória”, “em exigência” e “insatisfatória” para “sem ação indicada (SAI)”, “ação voluntária indicada (AVI)” e “ação oficial determinada (AOD)” –, é esperado algum impacto na forma como as empresas passarão a tratar as não conformidades. Isso, porém, somente poderá ser monitorado nos próximos anos.  

Por outro lado, é preciso reconhecer que, desde a publicação da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 250/2005, houve no Brasil uma evolução das empresas farmoquímicas quanto à aplicação das boas práticas de fabricação. A RDC 250/2005 criou o Programa de Insumos Farmacêuticos da Anvisa. Uma das diretrizes do programa é a necessidade da verificação do cumprimento das boas práticas de fabricação. 

A publicação de guias e de procedimentos operacionais por parte do órgão regulador vem se mostrando de extrema importância. Esses instrumentos são fundamentais para a harmonização na condução das inspeções sanitárias e na categorização de não conformidades. 

Acesse a íntegra da Revisão Anual das Inspeções em Farmoquímicas Nacionais e fique por dentro do assunto.  

Aberta seleção para cargo comissionado na Anvisa

Os interessados em participar do processo seletivo para o cargo comissionado de Técnico em Licitações na Anvisa já podem se inscrever. Participem!

Por: Ascom/Anvisa

A partir desta terça-feira (14/7), está aberto o prazo para inscrição no processo seletivo destinado a preencher o cargo de Técnico em Licitações – Cargo Comissionado de Assistência CAS II na Anvisa. Os interessados podem inscrever-se até a próxima segunda-feira (20/7). 

O processo visa selecionar um servidor público federal para atuar na Coordenação de Licitações Públicas (Colip) da Gerência Geral de Gestão Administrava e Financeira (GGGAF), na sede da Agência, em Brasília (DF). 

Para participar, basta clicar aqui e preencher o formulário eletrônico. No momento da inscrição, o candidato deverá enviar seu currículo do Banco de Talentos do Sigepe, em formato PDF, para o endereço eletrônico atendimento.ggpes@anvisa.gov.br 

São requisitos obrigatórios: ser ocupante de cargo efetivo da administração pública federal, residir no Distrito Federal, possuir diploma de graduação de nível médio e possuir conhecimento dos procedimentos de contratação pública. A remuneração para o cargo é de R$ 2.386,29. 

O cronograma do processo seletivo contempla ainda as etapas de análise curricular, convocação para entrevistas, realização das entrevistas, publicação e homologação do resultado. Confira a íntegra do edital

Por fim, é importante esclarecer que os prazos poderão ser alterados a qualquer momento, mediante nova publicação.

Processos seletivos 

A Anvisa possui um espaço específico no portal destinado à divulgação dos processos seletivos da Agência. Por lá, é possível conferir a abertura de editais. 

Covid-19: Brasil já tem mais de 1,2 milhão de curados

Número é superior à quantidade de casos ativos, ou seja, pessoas que estão em acompanhamento médico. Informações foram atualizadas até as 18h desta terça-feira (14/7)

Nesta terça-feira (14/7) o Brasil registrou 1.209.208 pessoas recuperadas da doença. No mundo todo, estima-se que cerca de 6,4 milhões de pessoas diagnosticadas com Covid-19 já se recuperaram. O número de pessoas curadas é superior à quantidade de casos ativos (643.483), que são pacientes que estão em acompanhamento médico. O registro de pessoas curadas já representa mais da metade do total de casos acumulados (62,8%). As informações foram atualizadas até às 18h e foram enviadas pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.

A doença está presente em 96,4% dos municípios. Contudo, 3.710 cidades (71%) possuem, no máximo, 100 casos. Em relação aos óbitos, 2.840 municípios tiveram registros (51%), sendo que 80% deles têm de 1 até 10 óbitos.

O Governo do Brasil mantém esforço contínuo para garantir o atendimento em saúde à população, em parceria com estados e municípios, desde o início da pandemia. O objetivo é cuidar da saúde de todos e salvar vidas, além de promover e prevenir a saúde da população. Dessa forma, a pasta tem repassado verbas extras e fortalecido a rede de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), com envio de recursos humanos (médicos e profissionais de saúde), insumos, medicamentos, ventiladores pulmonares, testes de diagnóstico, habilitações de leitos de UTI para casos graves e gravíssimos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIS) para os profissionais de saúde.

Clique para acessar o panorama de casos e óbitos por UF

O Ministério da Saúde já enviou mais de R$ 54,7 bilhões a estados e municípios para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde, sendo R$ 9,9 bilhões voltados exclusivamente para combate ao coronavírus. Também já foram comprados e distribuídos mais de 16 milhões de unidades de medicamentos para auxiliar no tratamento do coronavírus, 163,3 milhões de EPIS, mais de 11,9 milhões de testes de diagnóstico para Covid-19 e 79,9 milhões de doses da vacina contra a gripe, que ajuda a diminuir casos de influenza e demais síndromes respiratórias no meio dos casos de coronavírus.

O Ministério da Saúde, em apoio irrestrito a estados e municípios, também tem ajudado os gestores locais do SUS na compra e distribuição de ventiladores pulmonares, sendo que já entregou 6.549 equipamentos para todos os estados brasileiros.

As iniciativas e ações estratégicas são desenhadas conforme a realidade e necessidade de cada região, junto com estados e municípios, e têm ajudado os gestores locais do SUS a ampliarem e qualificarem os atendimentos, trazendo respostas mais efetivas às demandas da sociedade. Neste momento, o Brasil tem 1.926.824 casos confirmados da doença, sendo 41.857 registrados nos sistemas nacionais nas últimas 24h. 

Em relação aos óbitos, o Brasil possui 74.133 mortes por coronavírus. Nas últimas 24h, foram registradas 1.300 mortes nos sistemas oficiais, a maior parte aconteceu em outros períodos, mas tiveram conclusão das investigações com confirmações das causas por Covid-19 apenas neste período. Assim, 423 óbitos, de fato, ocorreram nos últimos três dias. Outros 3.928 seguem em investigação.

terça-feira, 14 de julho de 2020

Carga de Ivermectina e Azitromicina sem nota fiscal é retida pela Receita no DF

Foram encontradas 21,9 mil caixas de remédios em uma carreta, em um total de R$ 524 mil em mercadorias

Por

 Redação Jornal de Brasília 

Nesta segunda-feira (13), a Receita Federal apreendeu 21.967 caixas de medicamentos sem nota fiscal que chegavam no Distrito Federal para comercialização. Dentra as caixas, 15.002 eram de ivermectina, 4.145 de azitromicina e 2.820 de leverctin. Ao todo a carreta que levava os remédios transportava R$ 524.759,00. 

O veículo vinha do Amazonas e seguia para Goiânia (GO) quando foi parado, por volta das 9h, pela fiscalização itinerante no Núcleo Rural Engenho das Lajes. Como o documento fiscal apresentado não correspondia ao carregamento, a mercadoria ficou retida no Posto Fiscal da BR 060, próximo a Samambaia, para que um auto de infração fosse lavrado.

Com base no valor da carga, foi calculado o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) devido de R$ 89.209,03 e aplicada multa de R$ 178.418,06. Também foi imposta multa acessória no valor de R$ 2.784,53, por falta de emissão de documento fiscal.

Caso o proprietário da carga apareça e dê ciência da autuação, ele poderá até reaver os produtos, mas depois de procedimentos fixados em lei, com 30 dias para contestar o auto de infração. Se nesse mesmo prazo ninguém se apresentar como dono da mercadoria, o transportador será autuado e os medicamentos serão considerados abandonados – a partir do que os produtos poderão ser incorporados ao patrimônio do GDF, com possibilidade também de que sejam doados ou oferecidos em leilão.

A Receita do Distrito Federal é uma unidade integrante da Secretaria de Economia. A equipe realiza fiscalizações itinerantes, periodicamente, nos postos fixos e em conjunto com outros órgãos governamentais. O objetivo é evitar a sonegação de impostos e impedir que outros crimes tributários sejam cometidos.

Com informações da Agência Brasília 

15h00 - Reunião Técnica - COMISSÃO EXTERNA DE ENFRENTAMENTO À COVID_19

59ª Reunião Técnica por videoconferência

Convidados: a confirmar

- HELIO ANGOTTI NETO, Secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde;

- ANTÔNIO CÁSSIO HABICE PRADO, Médico Clínico e Prefeito de Porto Feliz-SP;

- NISE HITOMI YAMAGUCHI, Médica Oncologista e Imunologista;

- ALBERT DICKSON, Médico Oftalmologista e Deputado Estadual pelo Rio Grande do Norte;

- FERNANDO SUASSUNA, Infectologista, Alergologista e Imunologista, Presidente do Comitê Científico de Combate a COVID-19 de Natal-RN;

- RAISSA OLIVEIRA AZEVEDO DE MELO SOARES, Médica Especialista em Clínica Médica;

- CEUCI NUNES, Diretora do Hospital Couto Maia de Salvador-BA;

- DANIEL KNUPP, Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade - SBMFC;

-- CLOVIS CUNHA, Sociedade Brasileira de Infectologia;

- MARGARETH DALCOLMO, Médica Pneumologista, Docente e Pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública ENSP/Fiocruz;

- JOÃO VIOLA, membro do Conselho Deliberativo da SBI e chefe da Divisão de Pesquisa Experimental e Translacional do INCA, representando a Sociedade Brasileira de Imunologia - SBI; e

- NATALIA PASTERNAK TASCHNER, Presidente do Instituto Questão de Ciências e Pesquisadora Colaboradora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP

 PARTICIPAR

11h00 - Reunião Técnica - COMISSÃO EXTERNA DE ENFRENTAMENTO À COVID_19

58ª Reunião Técnica por videoconferência

Convidados:

- EULER NICOLAU SAUAIA FILHO - Presidente da Associação Nacional de Médicos Residentes - ANMR;

- MAYRA ISABEL CORREIA PINHEIRO, Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde;

- SERGIO HENRIQUE S. SANTOS, Diretor de Desenvolvimento da Educação em Saúde da Secretaria de Educação Superior;

- LUIZ CARLOS VON BAHTEN, Presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, representando o Instituto Brasil de Medicina - IBDM;

- LUIZ KOITI KIMURA, Presidente da Comissão Estadual de Residência Médica de São Paulo; e

- LINCOLN LOPES FERREIRA, Presidente da Associação Médica Brasileira - AMB

PARTICIPAR

Estudo sugere que tecido adiposo pode servir de reservatório para o novo coronavírus


Karina Toledo | Agência FAPESP – Experimentos conduzidos na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) confirmam que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) pode ser capaz de infectar células adiposas humanas e de se manter em seu interior. Esse dado pode ajudar a entender por que indivíduos obesos correm mais risco de desenvolver a forma grave da COVID-19.

Além de serem mais acometidos por doenças crônicas, como diabetes, dislipidemia e hipertensão – que por si só são fatores de risco –, os obesos teriam, segundo a hipótese investigada na Unicamp, um maior reservatório para o vírus em seu organismo.

“Temos células adiposas espalhadas por todo o corpo e os obesos as têm em quantidade e tamanho ainda maior. Nossa hipótese é a de que o tecido adiposo serviria como um reservatório para o SARS-CoV-2. Com mais e maiores adipócitos, as pessoas obesas tenderiam a apresentar uma carga viral mais alta. No entanto, ainda precisamos confirmar se, após a replicação, o vírus consegue sair da célula de gordura viável para infectar outras células”, explica à Agência FAPESP Marcelo Mori professor do Instituto de Biologia (IB) e coordenador da investigação.

Os experimentos com adipócitos humanos estão sendo conduzidos in vitro, com apoio da FAPESP, no Laboratório de Estudos de Vírus Emergentes (Leve). A unidade tem nível 3 de biossegurança, um dos mais altos, e é administrada por José Luiz Proença Módena, professor do IB e coordenador, ao lado de Mori, da força-tarefa criada pela Unicamp para enfrentar a pandemia (leia mais em agencia.fapesp.br/32861). Os resultados ainda são preliminares e não foram publicados.

Como explica Mori, não é em qualquer tipo de célula humana que o SARS-Cov-2 consegue entrar e se replicar de forma eficiente. Algumas condições favoráveis precisam estar presentes, entre elas uma proteína de membrana chamada ACE-2 (enzima conversora de angiotensina 2, na sigla em inglês) à qual o vírus se conecta para invadir a célula.

Nas comparações feitas in vitro, os pesquisadores da Unicamp observaram que o novo coronavírus infecta melhor os adipócitos do que, por exemplo, as células epiteliais do intestino ou do pulmão.

E a “dominação” da célula de gordura pelo vírus torna-se ainda mais favorecida quando o processo de envelhecimento celular é acelerado com uso de radiação ultravioleta. Ao medir a carga viral 24 horas após esse procedimento, os pesquisadores observaram que as células adiposas envelhecidas apresentavam uma carga viral três vezes maior do que as células “jovens”.

“Usamos a radiação UV para induzir no adipócito um fenômeno conhecido como senescência, que ocorre naturalmente com o envelhecimento. Ao entrarem em senescência, as células expressam moléculas que recrutam para o local células do sistema imune. É um mecanismo importante para proteger o organismo de tumores, por exemplo”, explica Mori.

O problema, segundo o pesquisador, é que tanto nos indivíduos obesos como nos idosos e nos portadores de doenças crônicas as células senescentes começam a se acumular no tecido adiposo, tornando-o disfuncional. Tal fato pode resultar no desenvolvimento ou no agravamento de distúrbios metabólicos.

Ainda de acordo com Mori, o envelhecimento acelerado do adipócito induzido pela radiação UV mimetiza o que costuma ocorrer no tecido adiposo de indivíduos obesos e nos idosos.

“Recentemente, começaram a ser testados em humanos alguns compostos capazes de matar células senescentes: são as chamadas drogas senolíticas. Nos experimentos com animais, esses compostos se mostraram capazes de prolongar o tempo de vida e reduzir o desenvolvimento de doenças crônicas associadas ao envelhecimento”, conta Mori.

O grupo da Unicamp teve então a ideia de testar o efeito de algumas drogas senolíticas no contexto da infecção pelo SARS-CoV-2. Em experimentos feitos com células epiteliais do intestino humano, observou-se que o tratamento reduziu a carga viral das células submetidas à radiação UV.

“Alguns compostos chegaram a inibir em 95% a presença do vírus. Agora pretendemos repetir o experimento usando adipócitos”, conta Mori.

Até o momento, foram usados nos testes adipócitos diferenciados in vitro a partir de um tipo de célula-tronco mesenquimal (pré-adipócito) isolada de pacientes não infectados e submetidos a cirurgia bariátrica. Após a diferenciação, as células foram expostas a uma linhagem do novo coronavírus isolada de pacientes brasileiros e cultivada em laboratório por pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (leia mais em: agencia.fapesp.br/32692).

As etapas seguintes da pesquisa incluem a análise de adipócitos obtidos diretamente de pacientes com diagnóstico confirmado de COVID-19, obtidos por meio de biópsia. “Um dos objetivos é avaliar se essas células encontram-se de fato infectadas pelo SARS-CoV-2 e se o vírus está se replicando em seu interior.

Também serão conduzidas análises de proteômica para descobrir se a infecção pelo SARS-CoV-2 afeta o funcionamento do adipócito e se deixa alguma sequela de longo prazo na célula. Essa etapa da pesquisa será feita em colaboração com o professor do IB-Unicamp Daniel Martins de Souza.

“A ideia é comparar todas as proteínas que estão expressas nas células com e sem o vírus. Desse modo, conseguimos identificar as vias de sinalização que são alteradas pela infecção e como isso impacta o funcionamento celular”, explica Mori.

Envelhecimento precoce

No Departamento de Bioquímica e Biologia Tecidual do IB-Unicamp, Mori tem se dedicado nos últimos anos a estudar a biologia do envelhecimento. Em seu projeto atual, o pesquisador investiga por que idosos e pessoas com doenças associadas ao envelhecimento são mais suscetíveis às complicações da COVID-19.

“Esse achado de que adipócitos senescentes apresentam maior carga viral aponta um possível link entre doenças metabólicas, envelhecimento e maior severidade da COVID-19”, avalia o pesquisador.

No entanto, ainda não se sabe se a carga viral é mais elevada nessas células porque elas se tornam mais facilmente infectáveis quando expostas ao SARS-CoV-2 em cultura ou se a quantidade de vírus que entra é a mesma, mas o patógeno consegue se replicar mais. “Precisamos fazer novos experimentos e acompanhar a evolução da carga viral ao longo do tempo”, explica Mori.

Caso se confirme que o vírus causa algum tipo de impacto metabólico no adipócito, afirma Mori, as implicações poderão ser grandes. “As células de gordura têm um papel muito importante na regulação do metabolismo e na comunicação entre vários tecidos. Elas sinalizam para o cérebro quando devemos parar de comer, sinalizam para o músculo quando é preciso captar a glicose presente no sangue e atuam como um termostato metabólico, dizendo quando há necessidade de gastar ou armazenar energia. Pode ser que o vírus interfira nesses processos, mas por enquanto isso é apenas especulação”, diz o pesquisador.

Esses aspectos estão sendo investigados em parceria com o pesquisador Luiz Osório Silveira Leiria, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Peto (FMRP-USP). Leiria coordena um projeto – apoiado pela FAPESP – que tem como objetivo descobrir o papel de determinados lipídeos no controle da inflamação causada no organismo pelo SARS-CoV-2.

“A pesquisa também conta com uma ampla rede de colaboradores que integram a Força-Tarefa Unicamp Contra a COVID-19”, ressalta Mori.
 


Este texto foi originalmente publicado por Agência FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.

Pesquisadores validam teste rápido para dengue, zika, febre amarela e outros vírus


José Tadeu Arantes | Agência FAPESP – Os flavivírus compõem uma família de vírus cujos integrantes são responsáveis por várias enfermidades que afetam humanos e animais – entre elas, dengue, zika e febre amarela. Um novo teste, sensível e rápido, para identificar flavivírus foi validado por Mariana Sequetin Cunha e colaboradores no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.

O artigo a respeito, Applying a pan-flavivirus RT-qPCR assay in Brazilian public health surveillance, foi publicado no periódico Archives of Virology.

A pesquisa recebeu apoio da FAPESP por meio do projeto temático “Estudo epidemiológico da dengue (sorotipos 1 a 4) em coorte prospectiva de São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil, durante 2014 a 2018”, coordenado por Maurício Lacerda Nogueira, e do projeto regular “Estudo de alterações patológicas em situações ligadas à perícia em medicina veterinária”, coordenado por Paulo Cesar Maiorka.

“Nosso objetivo foi melhorar o monitoramento dos flavivírus no Brasil por meio de um método confiável. E, para isso, utilizamos a técnica RT-qPCR (da expressão, em inglês, Real-Time Quantitative Polymerase Chain Reaction), diz Sequetin à Agência FAPESP.

Essa técnica – que pode ser descrita mais extensamente como “transcrição reversa seguida da reação em cadeia da polimerase em tempo real” – permite detectar a molécula-alvo de RNA durante a própria realização do exame. E tornou-se agora uma espécie de padrão-ouro para identificação de vírus, uma vez que foi recomendada pela Organização Mundial de Saúde para a testagem do novo coronavíus.

“Até recentemente, o principal método usado no Brasil para identificação dos flavivírus exigia inocular o material suspeito, colhido de pacientes humanos ou animais, nos cérebros de camundongos neonatos. Quando comecei a pesquisar no Instituto Adolfo Lutz em 2012, minha ideia foi estabelecer um método alternativo, que prescindisse dos camundongos, submetendo diretamente as amostras, extraídas do sangue, soro ou vísceras dos pacientes, à PCR quantitativa em tempo real”, afirmou Sequetin.

A questão-chave era saber quão sensível poderia ser a RT-qPCR, de modo a identificar na amostra mesmo uma concentração muito baixa de vírus. A pesquisadora conta que havia, no Instituto Adolfo Lutz, uma grande quantidade de camundongos, inoculados na década de 1990 e congelados a 80 graus negativos (-80º C). “O que fiz foi extrair o material genético dos cérebros desses animais e, por meio da titulação de soluções cada vez mais diluídas, avaliar o limite de detecção da RT-qPCR para as diferentes variedades de flavivírus”, diz.

O protocolo estabelecido mostrou-se altamente sensível e específico, podendo ser utilizado para o diagnóstico diferencial dos diferentes flavivírus que ocorrem no Brasil. E também para o monitoramento viral em animais sentinelas e vetores.

“Vamos testar agora em amostras novas que estamos recebendo. Acredito que haja nelas, especialmente em mosquitos, variedades de flavivírus ainda não descritas na literatura”, concluiu Sequetin.

O artigo pode ser acessado em https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00705-020-04680-w.

Este texto foi originalmente publicado por Agência FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.

Calendário Agenda