Valor repassado para 26 estados e Distrito Federal soma R$ 72,5 bilhões. População indígena contará com internet trazendo mais benefícios e agilidade nos atendimentos das comunidades
Desde o início da pandemia o
Ministério da Saúde vem apoiando os estados e municípios na compra e entrega de
equipamentos, habilitação de leitos de UTI e enviando recursos para o
enfrentamento da Covid-19. Ao todo já foram R$ 72,5 bilhões, destinados aos 26
estados e o Distrito Federal. Desse total, R$ 52,6 bilhões foram para serviços
de rotina do SUS, e outros R$ 19,9 bilhões para a Covid-19. O
secretário-executivo da Pasta, Élcio Franco, o secretário de Ciência,
Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE), Hélio Angotti
Neto, e Secretário Especial de Saúde Indígena substituto, Rodrigo Santana,
divulgaram o balanço das ações da pasta durante coletiva de imprensa online
nesta quinta-feira (20/08).
As medidas fortalecem o
Sistema Único de Saúde (SUS) e leva atendimento para a população em todo o
país. Os recursos são repassados a partir da publicação das portarias no Diário
Oficial da União.
O Ministério da Saúde já
habilitou 12.005 dos 12.233 leitos solicitados pelos estados e municípios para
o tratamento exclusivo de pacientes da Covid-19 – que representa quase 100% da
demanda - 247 são de UTI pediátrica. O valor investido pelo Governo
Federal é de R$ 1,72 bilhão, pago em parcela única, para que estados e
municípios façam o custeio dessas unidades pelos próximos 90 dias - ou enquanto
houver necessidade em decorrência da pandemia.
Cada leito para Covid-19 custa
diariamente o dobro do valor habitual para leitos de UTI: de R$ 800 para R$
1.600. Os gestores dos estados e municípios recebem o valor antes mesmo da
ocupação do leito.
Apesar de os estados e
municípios terem autonomia para criar e habilitar os leitos necessários, o
Ministério da Saúde, em decorrência do atual cenário de emergência, tem apoiado
irrestritamente as secretarias estaduais e municipais e investido em ações,
serviços e infraestrutura para o enfrentamento da doença. O objetivo é cuidar
da saúde de todos e salvar vidas. Dessa forma, a pasta tem repassado verbas extras
e fortalecido a rede de atendimento do SUS, com envio de recursos humanos
(médicos e profissionais de saúde), insumos, medicamentos, ventiladores
pulmonares, testes de diagnóstico, habilitações de leitos de UTI para casos
graves e gravíssimos e Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para os
profissionais de saúde.
O pedido de habilitação para o
custeio dos leitos Covid-19 é feito pelas secretarias estaduais e municipais de
saúde, que garantem a estrutura necessária para o funcionamento destas unidades.
O Ministério da Saúde, por sua vez, repassa recursos destinados à manutenção
dos serviços por 90 dias ou enquanto houver necessidade de apoio.
Para a habilitação, basta que
estados e municípios enviem um ofício ao Ministério da Saúde com a solicitação.
Os critérios são objetivos, para dar celeridade e legalidade ao processo e
garantir o recurso necessário o mais rápido possível.
VENTILADORES PULMONARES
Como parte do apoio
estratégico do Governo do Federal no atendimento aos estados, o Brasil conta
agora com o reforço de 10.328 ventiladores pulmonares entregues pelo Ministério
da Saúde para auxílio no atendimento aos pacientes com Covid-19. Os
equipamentos foram entregues em todos os estados e no Distrito Federal.
A distribuição para os
municípios e unidades de saúde é de responsabilidade de cada estado, conforme
planejamento local. As entregas levam em conta a capacidade instalada da rede
de assistência em saúde pública - principalmente nos locais onde a transmissão
está se dando em maior velocidade.
A aquisição destes
equipamentos é de responsabilidade dos estados e municípios. Mas, diante do
cenário de emergência por conta da pandemia do novo coronavírus, o Ministério
da Saúde utilizou o seu poder de compra em apoio aos gestores locais do SUS.
A Pasta assinou, até o
momento, cinco contratos com empresas brasileiras para a produção de 16.252
ventiladores pulmonares: 6.500 com a Magnamed, no valor de R$ 322,5 milhões;
4.300 com a Intermed, no valor de R$ 258 milhões; 3.300 com a KTK, no valor de
R$ 78 milhões; 1.202 com a empresa Leistung, no valor de R$ 72 milhões; e 950
com a WEG, no valor de R$ 57 milhões. O esforço envolve mais de 15
instituições, entre fabricantes, processadores, instituições financeiras e empresas
de alta tecnologia. A distribuição tem ocorrido conforme a capacidade de
produção da indústria nacional, que depende de algumas peças que são
importadas.
No início da pandemia, o
Brasil contava com 65.411 ventiladores pulmonares, 46.663 deles estavam disponíveis
no SUS. Além da aquisição de ventiladores pulmonares, o Ministério da Saúde já
habilitou mais de 12 mil leitos de UTI em todo o Brasil para atendimento
exclusivo de pacientes com Covid-19.
EPI
O Ministério da Saúde
distribuiu 241,3 milhões de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para
garantir a proteção dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente do
enfrentamento à Covid-19 em todo o país. Entre os itens estão máscaras,
aventais, óculos, protetores faciais, toucas, sapatilhas, luvas e álcool. As
entregas representam mais um, entre diversos esforços do Governo do Brasil,
para auxiliar e reforçar as redes de saúde dos estados e municípios no combate
a pandemia da Covid-19.
Ao todo, o Ministério da Saúde
já entregou aos estados 564,2 mil litros de álcool; 3,1 milhões de aventais;
36,9 milhões de luvas; 16,4 milhões de máscaras N95; 164,6 milhões de máscaras
cirúrgicas; 2,3 milhões de óculos e protetores faciais, e 17,2 milhões de
toucas e sapatilhas. Os materiais foram entregues para as secretarias estaduais
de Saúde, responsáveis por definir quais os serviços vão recebê-los - a partir
de um planejamento local.
A compra de EPI é de
responsabilidade dos estados e municípios. No entanto, devido à escassez
mundial desses materiais, no atual cenário de emergência em saúde pública, o
Ministério da Saúde utilizou o seu poder de compra para fazer as aquisições em
apoio irrestrito aos gestores locais do Sistema Único de Saúde (SUS) e, assim,
fortalecer a rede pública no enfrentamento da doença em todos os estados.
Com a gradativa normalização
dos mercados, a expectativa é que os gestores locais consigam novamente
abastecer seus estoques com recursos que já são repassados pelo Governo do
Brasil, além de recursos próprios. Os EPI são usados por profissionais de saúde
que prestam assistência aos pacientes com Covid-19 - como médicos, enfermeiros
e técnicos em enfermagem -, além da equipe de suporte que, eventualmente,
precisa entrar no quarto, enfermaria ou área de isolamento. São de uso individual
e se destinam a proteger os profissionais de possíveis riscos de contágio.
CENTROS
Para fortalecer as estratégias
do Sistema Único de Saúde (SUS) em comunidades e favelas, o Ministério da Saúde
atendeu e credenciou 306 Centros Comunitários para conseguir atender os números
de casos da doença e manter a demanda assistencial que habitualmente é feita na
Atenção Primária à Saúde (APS), com investimento de R$ 3,9 milhões.
A estratégia de implementação
dos Centros Comunitários vem para aumentar a capilaridade da distribuição das
equipes que atuam na atenção primária no país, em especial nas regiões em maior
situação de vulnerabilidade social, que é ponto central para o enfrentamento da
Covid-19 no período de interiorização e periferização da pandemia.
Além disso, existe a proposta
da Rede de Atenção à Saúde (RAS), para atender os casos leves de síndrome
gripal e Covid-19 nos Centros de Atendimentos e encaminhando os casos graves
para a rede de urgência e emergência ou rede hospitalar. O objetivo visa
reduzir a circulação de pessoas com sintomas leves em outros serviços de saúde.
Até o momento foram credenciados 1.308 Centros de Atendimentos para
Enfrentamento à Covid-19, com investimento de R$ 112,04 milhões.
POVOS INDÍGENAS
O Ministério da Saúde, por
meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) e em parceria com a
Telebrás, fechou um acordo para levar internet aos 34 Distritos Sanitários
Especiais Indígenas (DSEIS), aos 367 polos e a todas as Casas de Saúde Indígena
(Casais) do Brasil. O acordo prevê a instalação de dispositivos wifi para
que as pessoas possam ter acesso à internet. Isso permitirá a adoção de
melhores padrões de governança, qualificação do atendimento ao público e demais
benefícios para a população indígena.
A perspectiva é que a instalação
das 436 antenas seja concluída nos próximos três meses, beneficiando, assim, a
comunicação com as comunidades de difícil acesso.
PLATAFORMA LOCALIZASUS
A população pode acompanhar a
quantidade de EPI distribuída a cada estado pelo Localiza SUS, um painel on-line
criado pelo Ministério da Saúde. Na plataforma também é possível acompanhar a
quantidade de leitos habilitados, testes entregues, insumos e outros itens
disponibilizados. O objetivo é informar a população sobre tudo o que foi
comprado, doado e distribuído para o enfrentamento da pandemia de Covid-19.
Acessea apresentação da coletiva (pdf)
Veja o vídeo
Ministério da Saúde
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