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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Máfia das próteses coloca vidas em risco com cirurgias desnecessárias - escândalo no mercado de órteses e próteses é denunciado pelo Fantástico

Médicos chegam a faturar R$ 100 mil por mês em esquema que desvia dinheiro do SUS e encarece planos de saúde


Já imaginou médicos que mandam fazer cirurgias de próteses sem necessidade, só para ganhar comissão sobre o preço desses implantes? Ou então gastar muito mais material do que o necessário, também para faturar um dinheiro por fora? Esses golpes milionários, dados pela máfia das próteses, são o tema da reportagem de Giovanni Grizotti, que você vai ver agora.

O Fantástico revela um retrato escandaloso do que acontece dentro de alguns consultórios e hospitais do Brasil. O Fantástico investigou, durante três meses, um esquema que transforma a saúde do país em um balcão de negócios.

O repórter Giovani Grizotti viajou por cinco estados e se passou por médico para flagrar as negociatas. Empresas que vendem próteses oferecem dinheiro para que médicos usem os seus produtos.


Mercado de próteses movimenta anualmente R$ 12 bilhões no Brasil

“Normalmente o que eles utilizavam era aquela que vendia o material mais caro e que pagava a comissão maior”, conta uma testemunha.

Até cirurgias desnecessárias eram feitas, só para ganhar mais.

“Sacolas de dinheiro não surgem do nada e não são dadas à toa”, diz A testemunha.
O esquema usa documentos falsos para enganar a Justiça. Uma indústria de liminares que explora o sofrimento de pacientes, desvia o dinheiro do SUS e encarece os planos de saúde.

“Esse mercado de prótese no Brasil, ele hoje tem uma organização mafiosa. É uma cadeia, onde você tem o distribuidor, você tem o fabricante que se omite e você tem na outra ponta o médico ou o agente que vai implantar a prótese”, conta Pedro Ramos, diretor da associação dos planos de saúde.

O mercado de próteses movimenta anualmente R$ 12 bilhões no Brasil. Elas têm várias finalidades, desde simples parafusos para corrigir fraturas até peças complexas que substituem partes inteiras do corpo. As operações são caras.

“Ortopedia, neuro e cardiologia são os mais lucrativos”, revela uma testemunha.
Esta testemunha que falou ao Fantástico conhece bem os bastidores das negociatas. Durante dez anos, ela trabalhou para quatro distribuidores no Rio Grande do Sul. Ela explica como são calculadas as comissões dos médicos.

“É feito um levantamento mensal em nome do médico. Quantas cirurgias foram feitas o uso do material tal , ‘x’. E ali a gente faz o levantamento. Em cima disso a gente tira o percentual dele”, conta a testemunha.

Fantástico: Quanto um médico chega a faturar?

Testemunha: De R$ 5 mil a R$ 50 mil, R$ 60 mil, R$ 100 mil.

Investigação começou no RJ durante um Congresso Internacional

A investigação do Fantástico começa no Rio de Janeiro, durante um Congresso Internacional de Ortopedia, onde os fabricantes expõem seus lançamentos. E alguns conquistam a confiança dos médicos não só pela qualidade, mas por outras vantagens.
“A gente consegue chegar a 20%”, diz um representante da Oscar Iskin.

“20?”, pergunta o repórter do Fantástico.
“É. É o que o senhor vai achar aí no mercado”, responde o representante.

Vinte por cento é a comissão que o médico recebe para indicar ao paciente a prótese vendida pela Oscar Iskin. E o pagamento é em dinheiro vivo.
Fantástico: Em dinheiro, espécie?

Representante da Oscar Iskin: É. Espécie.


As negociatas se repetem em outras empresas. O sócio da empresa Totalmedic, de São Paulo, oferece um pouco mais.
Fantástico: Mas é o quê? 20?

Sócio da Totalmedic: 30.
Fantástico: 30? Ó.
Sócio da Totalmedic: Eu prefiro deitar e dormir tranquilo.


Acompanhado do diretor, o vendedor da distribuidora Life X também faz a sua oferta.
Fantástico: Como é que vocês trabalham a questão comercial, assim, a relação com os médicos?

Vendedor da Life X: Olha, hoje a gente está com parceria em questão de 25%.
Fantástico: 25%.
Vendedor da Life X: A maioria das vezes é dinheiro, é espécie.


Veja um exemplo de quanto dinheiro um médico pode ganhar em comissões, dado pela mulher que era responsável pela contabilidade de uma grande clínica em São Paulo. “Aquilo ali parecia uma quadrilha. Uma quadrilha agindo e lesando a população. É uma quadrilha. Um exemplo que eu tenho aqui: R$ 260 mil de cirurgia, R$ 80 mil para a conta do médico. Aqui a gente tem uma empresa pagando R$ 590 mil de comissão para o médico no período aqui de seis meses”, conta ela.

Para dar aparência de legalidade às comissões, muitas empresas pediam que os médicos assinassem contratos de consultoria.
“Onde o médico não presta consultoria alguma. Ele usa material, só isso”, diz a testemunha.
Esse é o método usado pela Orcimed, de São Paulo, para incluir, na declaração de renda da empresa, comissões de até 30% aos médicos.
Fantástico: Mas qual é o argumento para justificar a consultoria?

Gerente da Orcimed: Faz consultoria de produtos.


A conversa foi gravada em um congresso voltado para dentistas e médicos especializados em cirurgias ortopédicas na face, em Campinas, interior de São Paulo. O gerente da empresa explica que a manobra evita problemas com a Receita Federal.
Gerente da Orcimed: O governo não está nem aí para isso. Quer saber o seguinte: está pagando? Pagou o meu? ‘Pagou’. Está tudo bem.

Fantástico: Questão ética?
Gerente da Orcimed: Ética não interessa a ele. Não quer saber. Ele não discute ética. Discute grana. Pagou o meu? Pagou. Dane-se agora.


Fraudes em licitações
Só no Sistema Único de Saúde, o SUS, são realizadas, por ano, 7 milhões de cirurgias que usam próteses. E algumas empresas oferecem meios de fraudar licitações de hospitais públicos.
É o caso da IOL, de São Paulo. O repórter se apresentou como diretor de um hospital público que queria comprar material. O gerente diz que dá para manipular a concorrência, para que a empresa vença. Para isso, basta exigir no edital alguma característica do implante que seja exclusiva da IOL. Nesse caso, é o diâmetro dos furos onde vão os parafusos que fixam as próteses.
Gerente da IOL: Geralmente o pessoal tem 10, 12, 14.

Fantástico: Aí, no caso, num edital?
Gerente da IOL: A gente coloca 13.
Fantástico: Como?
Gerente da IOL: Bota 13, 15... 11, 13,15.
Fantástico: No caso, tem algum acerto depois daí, alguma...
Gerente da IOL: Tem. É o edital, o volume do edital, como vai ser o preço do edital. A única coisa na vida que não dá para negociar é a morte.


A Brumed, de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, chegou a montar empresas de fachada em nome de funcionários para emitir orçamentos falsos.
Bruno Garisto, dono da Brumed: Uma está no nome do Rodrigo. Outra está no nome do Hugo.

Fantástico: Quem é o Rodrigo?
Bruno Garisto: Rodrigo é um de Manaus, funcionário meu que mexe com coluna.
Fantástico: E o Hugo?
Bruno Garisto: E o Hugo é o que mexe com ortopedia.

Em troca dos contratos, o dono da Brumed paga comissões de 25%.
Bruno Garisto: Vai ter bastante volume?

Fantástico:  Vai ter. Te garanto.
Bruno Garisto: Se tiver bastante volume, dá pra chegar nuns 25.
Fantástico: 25?
Bruno Garisto: É.
Fantástico: Vamos chegar ali então. Nós somos do Fantástico e o senhor admitiu a prática de vários crimes.
Bruno Garisto: Olha, né... Brasil, né... todo mundo pega essa situação de querer alguma coisa no que produz. Então, isso o Brasil inteiro está assim.
Fantástico: O senhor admitiu fraude em licitação, falsidade ideológica, pagamento de comissões a médicos?
Bruno Garisto: Não.
Fantástico: Por que o senhor está negando algo que o senhor acabou de admitir?
Bruno Garisto: Olha, a gente não paga comissão. Entendeu?
Fantástico: O senhor nunca disse que repassa 25% de comissão?
Bruno Garisto: Não, nunca repasso.

Fraude de R$ 7 milhões no plano de saúde dos Correios no RJ

Um esquema do mesmo tipo, com comissões e orçamentos falsos, também alimentou uma fraude de pelo menos R$ 7 milhões no plano de saúde dos Correios no Rio de Janeiro.
Flagrado pela Polícia Federal, João Maurício Gomes da Silva, ex-assessor da Diretoria Regional dos Correios fez um acordo de delação premiada e contou detalhes do golpe.

“Aquela empresa que, teoricamente, dizemos que era parceira, ela apresentava, já vinham com duas ou três orçamentos montados. Então sempre determinando quem estaria levando naquela determinada cirurgia, quem seria a beneficiada”, diz João Maurício Gomes da Silva, ex-assessor da diretoria regional dos Correios.

Ele mostra o exemplo de uma cirurgia de coluna que custou quase R$ 1 milhão ao plano dos Correios.
“Bem paga, muito bem paga, num preço normal, de repente, a uns R$ 180 mil, no máximo uns R$ 200 mil.”, conta o ex-assessor da diretoria regional dos Correios.

Para justificar operações tão caras, os médicos cobravam por produtos que sequer eram usados.
“Ele multiplicava mil, duas mil vezes a necessidade dessa massa com a ideia de que conseguiria justificar isso tecnicamente que o organismo absorvia essa massa”, explica João Maurício Gomes da Silva.

A massa é como um cimento para firmar os parafusos que fixam as próteses.
Representantes de empresa em SC dão detalhes sem constrangimento
A artimanha de cobrar por material não utilizado é comum nesse mercado negro. Os representantes da empresa Strehl, de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, dão detalhes sem constrangimento.
Representante da Strehl: No raio-X ou qualquer outra coisa, não aparece. Aí você pode inventar, entendeu? Usei seis.

Fantástico: Não aparece... Ele não vai ter como provar que eu usei três.

Veja o que pode render a comissão paga por uma única cirurgia de face:
Representante da Strehl: Tu vai ganhar em torno de uns R$ 18 mil, R$ 20 mil.

Fantástico: Para um custo total de…?
Representante da Strehl: Aí depende de quanto o senhor pedir, quanto mais pedir, mais ganha. O pessoal pede. Tudo que dá para pedir, o pessoal pede.
Fantástico: Até exagera um pouquinho, né?
Representante da Strehl: Sempre, né? Sempre exagerado.

E o abuso vai além. Outra tática é até motivo de piada para os vendedores.

Representante da Strehl: A gente até riu quando eu soube disso aí. Que eles entortaram a placa, eles tentaram usar, mas aí eles não conseguiram.

Fantástico: E aí tiveram que colocar outra?
Representante da Strehl: Aí tiveram que colocar outra.

Ou seja, danificaram uma prótese de propósito para poder cobrar duas vezes. E o rendimento é dividido.
Representante da Strehl: É. Tira o custo do material. E o lucro a gente divide em dois.

Fantástico: Meio a meio?
Representante da Strehl: Meio a meio.


É tanta desfaçatez que surgiu uma nova especialidade em alguns hospitais: os fiscais de cirurgia. Médicos contratados por planos de saúde para vigiar as operações mais caras.
“Alguns determinados materiais não deixam registro, então, quando são implantados, não aparecem em filmes radiológicos e é necessário que seja acompanhado para ver efetivamente qual foi a quantidade de material utilizado”, conta um fiscal.
Médicos indicam cirurgias desnecessárias para lucrar mais
Entre tanta coisa errada, um golpe se destaca como o mais escandaloso: indicar uma cirurgia sem necessidade, só para ganhar o dinheiro. É o que denuncia o médico Alberto Kaemmerer, que durante 14 anos foi diretor de um grande hospital de Porto Alegre.
“A cirurgia mal indicada, ela acresce um risco muitíssimo importante. Risco de morte”, alerta o cirurgião Alberto Kaemmerer.

O hospital precisou criar um grupo de médicos para revisar os pedidos de cirurgia. Pelo menos 35% eram rejeitados, porque a operação seria desnecessária.
Fantástico: O que que está por trás desse alto percentual de cirurgias desnecessárias na sua opinião?

Alberto Kaemmerer: Ganho financeiro.
Fantástico: De quem?
Alberto Kaemmerer: De médicos e também de alguns hospitais.


Uma experiência parecida foi realizada pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo, um dos principais da América Latina. Durante um ano, uma equipe médica revisou os pedidos de cirurgia de coluna encaminhados por um plano de saúde.

“Nós recebemos aproximadamente 1,1 mil pacientes no período de um ano. E desses, menos de 500 tiveram indicação cirúrgica. Então, muito possivelmente, estava havendo um exagero em relação a essas indicações”, diz Cláudio Lottenberg, presidente do Hospital Albert Einstein.

Indústria de liminares
Dona Wilma, de 76 anos, pode ter sido vítima de uma indústria de liminares para realizar cirurgias às vezes desnecessárias. Ela mal consegue caminhar por causa de um problema na coluna. Também sofre de depressão.
“Eu não consigo me movimentar, pegar uma vassoura, varrer uma casa, aí vem a dor”, conta a aposentada Wilma Prates.
O esquema funciona assim: depois de esperar anos na fila do SUS, pacientes vão até os hospitais para realizar a consulta. Ali, em vez de dar o atendimento pelo sistema público, os médicos encaminham os pacientes a escritórios de advocacia. Com documentos falsos e orçamentos de cirurgia superfaturados, são montados pedidos de liminar para obrigar o governo a bancar os procedimentos. Foi o que aconteceu com Dona Wilma.
“O advogado me disse: ‘Pode deixar comigo que eu resolvo a situação’”, diz José Prates, marido de Wilma.
Mas um laudo indicou que a dona Wilma correria risco de vida se fizesse a cirurgia. Com base nisso, a liminar foi negada pela Justiça.

O Fantástico examinou em detalhes o processo judicial. O advogado apresentou à Justiça três orçamentos de médicos para que os desembargadores escolhessem o de menor valor, que é o do ortopedista Fernando Sanchis. Pedimos a um perito para examinar os papéis.

“Conclusão que ele é o grande suspeito de ter produzido as falsificações das assinaturas, de ter colocado o carimbo e de ter produzido o texto. Eu chego à conclusão que isto aqui é uma fraude”, define o perito Oto Henrique Rodrigues.

O valor do material que seria utilizado na cirurgia era de R$ 151 mil. O fornecedor é a empresa Intelimed, de Porto Alegre. A empresa paga comissões de até 20% aos médicos que indicam seus produtos. Quem admite é um vendedor.

Vendedor da Intelimed: Depende das linhas, 15%, 20%. Nessa linha, nesse valor aí. Isso nos principais convênios. Mas teria que ver direitinho.

Seu João Francisco, de Pelotas, no interior do Rio Grande do Sul, também foi usado no esquema. Ele é usuário do plano de saúde dos servidores do Governo Federal.

O advogado indicado pelo doutor Sanchis entrou com um pedido de liminar para que o plano bancasse uma cirurgia de coluna, orçada em R$ 110 mil.
O plano de saúde do Seu João conseguiu suspender a liminar e fez a mesma operação, com outro médico, por pouco mais de R$ 9 mil.

"Essas enrolações, quem é prejudicado é quem tá doente, entendeste? Tu está à mercê dele, você não entende nada", lamenta o serralheiro João Francisco Costa Da Silva.

Segundo os advogados do governo, os valores que aparecem nas liminares chegam a ser 20 vezes maiores do que os de mercado.
Fantástico: E quem paga essa conta?

Fabrícia Boscaini, procuradora: Quem paga essa conta somos todos nós. Vai ser bloqueado o dinheiro do Estado e esse dinheiro vai sair para pagar um procedimento particular, que teria dentro do sistema.


É o caso de Dona Elisabete, que esperou um ano pela liminar e agora teve que voltar para a fila do SUS.
“Aí é muita cachorrada. Poxa vida, aí eles pegam as pessoas bem inocentes para fazer uma coisa dessas.”, lamenta a balconista Elisabete Steinmacher Cufre.

Pelo menos 65 pedidos de liminar sob suspeita foram descobertos pelos procuradores do Rio Grande do Sul. Um desembargador que atua em alguns desses processos desabafa.
“Que o sistema penal do país está falido, porque no momento em que se encontram situações em que pessoas, seja que área for, profissionais, buscam o Poder Judiciário para realizar uma fraude e conseguir com isso auferir grandes lucros, significa que o sistema está desmoralizado e que estão, inclusive, brincando com o Judiciário. É lamentável”, diz o desembargador do TJ-RS, João Barcelos de Souza Júnior.

Procurado pelo Fantástico, o cirurgião Fernando Sanchis nega que receba comissão de fornecedores de próteses. Mas reconhece que pode ter assinado laudos em nome de outros médicos.
Fantástico: O senhor está admitindo com isso, uma falsificação.

Fernando Sanchis: Não.
Fantástico: Isso não é grave?
Fernando Sanchis: Não, de maneira nenhuma.
Fantástico: O senhor reconheceu que pode ter assinado em nome de outros médicos.
Fernando Sanchis: Mas com conhecimento dele, sempre. Ele trabalha junto com nós.

Por telefone, Henrique Cruz, médico que aparece nos orçamentos e trabalhava com Fernando Sanchis, nega ter autorizado a assinatura e diz que deixou a equipe dele após descobrir a fraude.

“Quando eu vi isso aí, eu caí fora. Eu descobri (que ele estava fazendo isso) porque me mandaram um papel falando assim, o paciente chegou com um papel com esses orçamentos. Aí eu falei, ‘eu não assinei orçamento’”, alega Henrique Cruz.

“Então, o que o consumidor deve fazer? Primeiro: se ele tem dúvida da recomendação desse procedimento, que ele procure um segundo ou um terceiro profissional da área da saúde. O consumidor tem um papel fundamental em não acomodar-se quando a recomendação que está vindo do profissional da saúde é suspeita de alguma coisa que não esteja correta ou que coloque sua vida em jogo”, orienta Alcebíades Santini, presidente do Fórum Latino-americano de Defesa do Consumidor.


Presentes e pagamento de comissões a médicos

A oferta de presentes e o pagamento de comissões a médicos é uma prática comum, e não vem de hoje. Foi o que concluiu uma pesquisa do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, entre 2009 e 2010. Trinta e sete por cento dos entrevistados admitiram que receberam presentes com valor superior a R$ 500 nos 12 meses anteriores à pesquisa. E o assédio começa cedo, logo na faculdade: 74% dos entrevistados disseram que receberam ou viram um colega receber benefícios da indústria durante os seis anos do curso de medicina.

“O Código de Ética Médica veda essa interação, com o intuito de vantagens, com a indústria e/ou a farmácia. Óbvio que as punições são previstas em lei. Estabelece desde uma censura e a até mesmo a cassação do exercício da profissão”, explica Carlos Vital, presidente do Conselho Federal de Medicina.
Mas não é a ética que preocupa os vendedores de próteses que pagam comissões a médicos.

“A gente sabe que esses órgãos não vão discutir nada disso, porque isso é uma discussão sem fim”, diz um vendedor.
O que eles temem é que essas negociatas deixem o sigilo dos consultórios e hospitais e se tornem públicas, em uma reportagem de televisão, por exemplo.
Vendedor: Ano que vem vai ser um ano, para esse mercado, importante.

Fantástico: Por quê?
Vendedor: Porque vai estourar tudo. Porque a gente já sabe que a questão da Receita Federal e a Polícia Federal em cima. Ontem a gente teve informação que provavelmente em meados de janeiro o Fantástico faça uma reportagem com duas especialidades mostrando como funciona esse mercado.
Fantástico: Vamos ali, que o meu colega está aguardando ali.

O repórter Giovani Grizotti se apresenta.
Fantástico: Você disse que o Fantástico vai dar matéria sobre isso? Nós somos do Fantástico. O que você tem a dizer? Você paga propina para médico?

Vendedor: Não eu, não. Jamais.

E quando o vendedor é informado que vai aparecer na reportagem, decide correr, desesperadamente.
Fantástico: Você maquia pagamento de propina na forma de contrato de consultoria? Por que você está correndo? A gente só quer uma explicação sua, por gentileza.


Fantástico procurou todas as empresas mostradas na reportagem

A Life X não quis se manifestar.
Em nota, a Totalmedic disse que respeita as tabelas dos planos de saúde e que vai adotar as medidas cabíveis.
Já a IOL implantes disse que não participa de licitações públicas e repudia insinuações de fraude. Segundo a empresa, a conversa entre o gerente e o repórter aconteceu em ambiente informal e não representa a opinião do fabricante.
Também em nota, a Orcimed afirmou que cobrar comissões se tornou normal no mercado. A Orcimed disse ainda que sofre boicote de médicos por não aceitar a prática do superfaturamento e que, por isso, deixou de fornecer material para diversas cirurgias.
Os diretores da empresa Strehl não foram encontrados.
A Oscar Skin informou que demitiu o vendedor que apareceu oferecendo comissão.
Também por nota, a Intelimed disse que o representante mostrado na reportagem é um funcionário terceirizado. Mas que vai tomar as medidas cabíveis.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Análise de Mídia - REVISTAS

Em um fim de semana atípico, no qual apenas a revista VEJA circula – CARTA CAPITAL, ISTOÉ, ISTOÉ DINHEIRO e ÉPOCA estão com a edição anterior estendida até a próxima semana –, noticiário de interesse está basicamente concentrado em temas da política e da economia. 
 
A exposição associada à indústria ou à agenda específica do setor guarda relação direta com as expectativas quanto ao segundo mandato da presidente Dilma Rousseff e os desafios previstos para 2015. 

  • VEJA traz como reportagem de capa um apanhado especial sobre os desafios que se impõem ao governo na área econômica. Como indicativo, a publicação afirma que com a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda Joaquim Levy “juntos”, “temos uma chance de atravessar o tempestuoso 2015. Se duelarem, o Brasil perde”. 
  • Levy é protagonista da abordagem e é descrito com louvor como alguém competente e comprometido. “Joaquim Levy tem como tarefa mais urgente reverter a falta de confiança dos investidores nos rumos do Brasil e tudo de ruim que isso acarretou: a diminuição dos projetos e das ambições dos empresários e o consequente arrefecimento do crescimento”. 
  • Conforme VEJA, “com Joaquim Levy, tudo indica, pelo menos vai ser desativada a usina de fracassos autoproduzidos pelo governo (...) Com um plano de ações coerentes e sensatas, o governo poderá deixar de ser um problema e instilará a perspectiva de um ano mais luminoso. O custo dos ajustes será um preço tolerável a ser pago para recolocar o Brasil em sua rota original”. 
  • No texto, VEJA avalia o estado dos cinco principais motores da economia brasileira e como eles podem reagir: contas públicas, investimentos, consumo, exportações e economia mundial. 
  • Mencionando o caso PetrobrasVEJA opina que é preciso punir os envolvidos “para que tanto a Petrobras como empreiteiras que cuidam de algumas das principais obras do país possam retomar os projetos de investimento”. Texto cita algumas empreiteiras investigadas e adverte que a OAS “está se desfazendo de bens e demitindo funcionários”. 
  • Coluna RADAR revela que “a OAS está de pernas para o ar, como consequência, claro, da Lava-Jato. O controlador Cesar Mata Pires contratou a G5/Evercore, empresa de investimentos e reestruturações, para vender os negócios do grupo. A ordem de Mata Pires é desfazer-se de tudo, exceto da própria construtora, a origem de tudo. Há duas semanas, praticamente todos os executivos das empresas OAS foram demitidos, menos os da construtora”. 
  • De forma complementar, de volta à reportagem, VEJA afirma que o temor dos bancos em relação ao caso Petrobras –aqueles que financiam projetos de empresas investigadas – “é uma péssima notícia para o país, porque a má qualidade da infraestrutura é uma das principais amarras ao crescimento: ela reduz a produtividade da indústria e do comércio, encarece produtos e diminui a competitividade das exportações”. 
  • Ainda segundo VEJA, “fazer deslanchar o programa de concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, tornando-os atraentes para a iniciativa privada, servirá como um impulso para a economia”. 
  • Em relação ao comportamento do consumoVEJA afirma que os lojistas esperam um cenário um pouco mais positivo em 2015 “se o governo tornar realidade uma política econômica mais equilibrada para conter a inflação”. Texto reforça que “o aumento dos preços é preocupação real dos consumidores, como atestou uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Ibope”. 
  • Acentuando o que define como “conclusão”, VEJA opina que “nunca é tarde para tentar recolocar a economia nos eixos (...) Que possamos chegar ao fim de 2015 comemorando as vitórias que recolocaram o Brasil no rumo do crescimento sustentável”. 
  • Como ponto de atenção, a CARTA AO LEITOR de VEJA menciona a reportagem especial de capa e afirma que “o governo não pode perder tempo nem dispersar energia em egocentrismos ou disputas ideológicas internas”. Em positivo, adverte: “É hora de, juntos, reativarmos os motores que fazem o Brasil andar para a frente e, assim, lidar com os desafios de 2015, que não são poucos nem simples (...)”. 
  • De acordo com a CARTA AO LEITOR de VEJA, “Dilma recebeu de si mesma uma herança amarga (...)”. Texto menciona o que chama de “Plano Levy” e completa: “VEJA acredita na possibilidade da nova política econômica de atrair investimentos produtivos e, assim, retomar o caminho para trazer estabilidade e progresso para todos os brasileiros”. 
  • Outra reportagem em VEJA destaca as carreiras mais promissoras em meio à preocupação com o baixo crescimento da economia. Segundo a revista, “as empresas tendem a buscar profissionais que saibam gerar ganho de eficiência e definir novas estratégias”. 
  • Na indústria, “que paga salários mais altos do que o comércio”, adverte VEJA, o saldo de empregos formais gerados em 2014 não foi animador em 2014. E completa: “a expectativa é que agora, em 2015, o emprego seja atingido com mais força pela estagnação da atividade”. Como alento, VEJA afirma que, apesar da perspectiva negativa, algumas áreas têm horizontes promissores, conforme revela um estudo elaborado pela consultoria de recursos humanos Michael PageGerente de planejamento tributário e cargos ligados à ciência de dados são apontados como posições de peso em 2015. 
  • Com foco na cena políticaVEJA traz outra reportagem especial comparando os dois mandatos da presidente Dilma Rousseff. Texto destaca os desafios que a petista e sua equipe enfrentarão e cita que a petista subiu a rampa do Palácio do Planalto na semana passada aos olhos de pouco mais de 10 mil pessoas. 
  • VEJA afirma que o governo necessita de uma “ampla arrumação” e volta a elogiar a chegada de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda
  • Com foco na cena políticaVEJA traz outra reportagem especial comparando os dois mandatos da presidente Dilma Rousseff. Texto destaca os desafios que a petista e sua equipe enfrentarão e cita que a petista subiu a rampa do Palácio do Planalto na semana passada aos olhos de pouco mais de 10 mil pessoas. 
  • VEJA afirma que o governo necessita de uma “ampla arrumação” e volta a elogiar a chegada de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda. Texto relembra que, no Ministério dos Transportes, “a presidente viu eclodir em 2011 a onda de denúncias de corrupção que a levou a realizar a chamada ‘faxina ética’”. Reportagem segue: “licitações de obras em rodovias e ferrovias estavam sendo fraudadas em favor de empreiteiras que, em troca, pagavam propina de até 4% do valor dos contratos para abastecer o caixa do PR”. VEJA afirma que o novo titular da pasta, o vereador paulistano Antonio Carlos Rodrigues, “foi uma escolha pessoal de Valdemar Costa Neto, condenado no mensalão, que continua mandando no partido”. 
  • VEJA destaca em um quadro da reportagem ministros classificados como “Os complicados”, segundo os quais “equilibram-se entre a política e os escândalos”. No anexo, como ponto de atenção, há fotos dos ministros do Esporte, dos Transportes, da Pesca, da Secretaria de Aviação Civil e do Trabalho. 

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Kassab e George Hilton são vaiados

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, cumprimenta Dilma Rousseff Ao Ser empossado em cerimónia no Palácio do Planalto, em Brasília
Em Meio a algumas vaias, OS 39 Ministros do Segundo Mandato de Dilma Rousseff (PT) tomaram posse Nesta quinta-feira (1º), em Brasília. OS Ministros vaiados were Gilberto Kassab (Cidades), George Hilton (Esportes) e Kátia Abreu (Agricultura). Ministros anunciados POR Dilma nsa Últimos dias geraram Críticas de petistas e Movimentos Sociais.
Em Todas As Seis posses presidenciais Anteriores resultantes de Eleições Diretas fazer Atual Período Democrático, Nunca HOUVE registro de vaias UO protestos Dentro do Palácio do Planalto Durante uma cerimónia em that Ministros São apresentados.
Como vaias Ao trio partiram de Pessoas Que estavam no mezanino do Palácio do Planalto. No Salão Nobre do Palácio, OS MINISTROS were, um a um, cumprimentar um OE presidente o vice-presidente, Michel Temer (PMDB). O Que recebeu como vaias Mais vigorosas foi George Hilton.
Logo apos o anuncio de Seu nome parágrafo a pasta, Hilton foi criticado POR Entidades ligadas à Defesa dos Direitos dos Atletas.
Dos 39 Ministros anunciados Ao Longo dos Últimos Dias, 13 Já ocupavam OS cargas não Primeiro Mandato de Dilma. Entre enguias estao o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Saúde, Arthur Chioro.
Entre Os Novos Nomes anunciados, um dos that Mais Gerou Críticas foi o da ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), ex-Integrante da bancada ruralista no Congresso Nacional.
"Ouvi de: Não '
"Eu Não Ouvi nada Disso", Disse o Ministros das Cidades e ex-Prefeito de São Paulo.
Sobre questionado como Críticas Que o novo Ministério de Dilma VEM recebendo, Kassab evitou Falar Sobre as polémicas.
"A presidente procurou atender como Expectativas fazer Seu plano de governo", Disse.
Leandro Prazeres Do UOL, em Brasília

Dilma dá posse aos ministros para o segundo mandato

Apos Receber OS Cumprimentos dos chefes de Estado e de Governo e dos Demais Representantes de Outros Países, a presidenta Dilma Rousseff nomeou OS 39 Integrantes de Seu Ministério. Quase um Metade fazer MINISTERIO E Formado POR Nomes conhecidos, PIs 15 Ministros were mantidos EM SUAS CADEIRAS e Quatro were remanejados de para Otras massas. Nos Anuncios that promoveu NAS Últimas Semanas, Dilma escolheu 20 Novos Nomes Para O Seu Primeiro escalão.

Assinaram o termo de posse de 24 Ministros, o funcoes POIs assumem Novas. Os 15 Que permanecem nsa cargas were Convidados a comparecer Ao tapete verde, Atrás da presidenta e do Vice Michel Temer, Durante a cerimónia. DEPOIS Logo, Todos were Pará o Salão Oeste do Palácio do Planalto, a FIM de Fazer uma foto oficial Ao lado de Dilma Rousseff.

Saiba Mais

A cerimonia de posse ocorreu no Salão Nobre do Palácio do Planalto. No local, mil Cadeiras were preparadas Pará Autoridades, Parentes dos Ministros Que tomaram posse, Representantes de Movimentos Sociais e Entidades da Sociedade civil.

Chefes de Poderes, ex-Presidentes da República -José Sarney e Luiz Inácio Lula da Silva, Ministros e ex-Ministros de Estado, governadores e ex-governadores, Parlamentares e Prefeitos de Capitais also estiveram PRESENTES à cerimónia, Como OS Presidentes do Senado Federal , Renan Calheiros; da Câmara, Henrique Eduardo Alves; e fazer Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

Conheça OS Ministros da Equipe de Dilma

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AGU: Luís Inácio Adams
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Agricultura: Kátia Abreu
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Aviação Civil: Eliseu Padilha
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Banco Central: Alexandre Tombini
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Ciência e Tecnologia: Aldo Rebelo
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Cidades: Gilberto Kassab
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Comunicações: Ricardo Berzoini
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CGU: Valdir Simão
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Defesa: Jaques Wagner
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Des. Agrário: Patrus Ananias
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Indústria e Comércio Ext .: Armando Monteiro
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Educação: Cid Gomes
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Esporte: George Hilton
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Fazenda: Joaquim Levy
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Igualdade Racial: Nilma Gomes
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Integração Nacional: Gilberto Occhi
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Minas e Energia: Eduardo Braga
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Pesca e Aquicultura: Helder Barbalho
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Planejamento: Nelson Barbosa
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Portos: Edinho Araújo
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Previdência social: Carlos Gabas
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Relações Institucionais: Pepe Vargas
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Secretaria Geral: Miguel Rossetto
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Assuntos Estratégicos: Marcelo Neri
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Transportes: Antonio Rodrigues
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Turismo: Vinícius Lages
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Casa Civil: Aloizio Mercadante
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Comunicação Social: Thomas Traumann
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Cultura: Juca Ferreira
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Des. Social: Tereza Campello
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Direitos Humanos: Ideli Salvatti
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Gab. Seg. Institucional: José Elito Siqueira
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Justiça: José Eduardo Cardozo
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Meio Ambiente: Izabella Teixeira
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Micro e Peq. Empresa: Afif Domingos
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Políticas Para Mulheres: Eleonora Menicucci
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Relações Exteriores: Mauro Vieira
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Saúde: Arthur Chioro
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Trabalho e Emprego: Manoel Dias

Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil  Edição: Stênio Ribeiro 

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

PRESIDENTA VETA A LINHA OFICIAL DE POBREZA POR CONFUNDIR COM A POLÍTICA DE SALÁRIO MÍNIMO

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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia Para Assuntos Jurídicos
MENSAGEM Nº 467, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2014.
Senhor Presidente do Senado Federal,
         Comunico a Vossa Excelência that, TERMOS Nós do § 1º do art. 66 da Constituição, Decidi vetar integralmente, POR contrariedade Ao Interesse Público, o Projeto de Lei nº 66, de 1999 (nº 2.661 / 00 na Câmara dos Deputados), que "Institui a Linha oficial de Pobreza e Dá Otras providências". Ouvidos, Os Ministérios da Fazenda, do Planejamento, Orçamento e Gestão e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome manifestaram-se Pelô veto AO PROJETO Pelas seguintes Razões "A pesar de Seu mérito, o Projeto de lei foi proposto em hum contexto Jurídico e Social diverso fazer Atual. ASSIM, NÃO SEUS Dispositivos levam em consideração Otras Políticas Públicas voltadas à erradicação da Pobreza, Como É O Caso do Programa Bolsa Família, CRIADO Pela Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004 e fazer Plano Brasil Sem Miséria, instituído Pelo Decreto nº 7.492, de 2 de junho de 2011. Além Disso, da forma Proposta, a Linha de Pobreza oficial instituída confunde-se com a Política de Salário Mínimo, podendo resultar em entrave à concretização SUA e Desenvolvimento ". Essas, Senhor Presidente, como Razões que me levaram a vetar o Projeto em causa, como Quais ora submeto à Elevada Apreciação dos Senhores Membros do Congresso Nacional.
Este texto NÃO substitui o publicado no DOU de 2014/11/31

Autoriza o aumento do capital social da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia - Hemobrás em R$ 100 milhões

     
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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

Autoriza o aumento do capital social da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia - Hemobrás.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 4º do Decreto-Lei nº 1.678, de 22 de fevereiro de 1979, e na Lei no 12.952, de 20 de janeiro de 2014,
DECRETA:
Art. 1º Fica autorizado o aumento do capital social da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia - Hemobrás, no valor de até R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais), mediante incorporação de créditos da União autorizados por meio da Lei nº 12.952, de 20 de janeiro de 2014.
Art. 2º Encargos financeiros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - Selic incidirão sobre os recursos transferidos para os fins do disposto no art. 1o, desde o dia da transferência até a data da capitalização, nos termos do art. 2º do Decreto nº 2.673, de 16 de julho de 1998.
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
 Brasília, 30 de dezembro de 2014; 193º da Independência e 126º da República.
DILMA ROUSSEFF
Guido Mantega
Arthur Chioro

Este texto não substitui o publicado no DOU de 31.12.2014

FDA approves Roche Ebola test for emergency use

(Reuters) - Roche Holding AG disse que os reguladores de saúde dos EUA ter aprovado o seu teste de Ebola para uso de emergência em resposta à pior surto mundial da doença na África Ocidental.
Os EUA Food and Drug Administration (FDA) aprovou LightMix Ebola Zaire rRT-PCR teste da Roche para o uso em pacientes com sinais e sintomas de infecção pelo vírus Ebola Zaire, a farmacêutica suíça disse em um comunicado.
Roche disse que o teste LightMix pode gerar resultados em pouco mais de três horas, ajudando a detectar o vírus rapidamente assim que o tratamento pode começar o mais cedo possível.
Sob a designação de uso emergencial, certos laboratórios nos Estados Unidos e em outros países foram autorizados a usar o teste por um período limitado para detectar o tipo de Ebola que vem se espalhando na África Ocidental.
O teste, feito por TIB MOLBIOL GmbH e distribuído pela Roche, não foi aprovado pelo FDA para uso geral.
O número de mortos global de Ebola subiu para 7588 de 19.497 casos confirmados registrados na epidemia de anos de idade, na África Ocidental, a Organização Mundial de Saúde disse nesta quarta-feira

Cientistas da Novartis estudam criação de 'medicamento do rejuvenescimento'

Cientistas deram o primeiro passo para a criação de um medicamento do rejuvenescimento, capaz de retardar os danos da idade à saúde e a prevenir uma série de doenças. Num estudo publicado na actual edição da revista Science Translational Medicine, esses investigadores demonstraram que um medicamento experimental pode fortalecer o sistema imunológico dos idosos e ajudá-los a combater infecções como a gripe, avança a Veja.com.


O fármaco em questão tem como alvo uma região do ADN ligada ao envelhecimento e ao sistema imunológico e é uma versão do medicamento rapamicina. Esse medicamento faz parte da classe dos inibidores de mTOR, nome dado a uma via genética que, embora promova o desenvolvimento saudável entre jovens, parece ter um efeito negativo sobre a saúde com o avanço da idade. Estudos feitos em animais já indicaram que esses fármacos podem prolongar a vida e evitar doenças associadas à velhice. A nova pesquisa é uma das primeiras a confirmar essa hipótese em seres humanos.


Participaram no estudo cerca de 200 pessoas com mais de 65 anos. Parte delas tomou esse medicamento ao longo de seis semanas, enquanto o restante ingeriu doses de placebo. Após esse período, todos os voluntários receberam uma vacina contra a gripe.

Segundo os resultados, os idosos que tomaram o medicamento desenvolveram 20% mais anticorpos contra a gripe do que aqueles que ingeriram placebo. Os investigadores também perceberam que esses voluntários apresentaram menores quantidades de glóbulos brancos associados ao declínio do sistema imunológico.
Os autores do estudo, que foi conduzido no Instituto de Pesquisa Biomédica da farmacêutica Novartis, afirmam que a pesquisa dá um primeiro passo na direcção a um medicamento capaz de reverter os danos do envelhecimento. Novas pesquisas devem ser feitas até que esse medicamento possa a ser utilizado na prática clínica.

 Fonte: Veja.com

Alckmin confirma mais nove nomes para o secretariado = DAVID UIP CONFIRMADO NA SAÚDE DE SP

Governador confirmou nesta terça sete atuais secretários na nova equipe.
Titulares de Saúde e Educação foram mantidos.

Do G1 São Paulo

O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta terça-feira (30) os nomes de dois novos secretários e confirmou a recondução de sete dos atuais secretários na nova equipe que toma posse em 1º de janeiro. O governador anunciou Marcos Monteiro como secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional e João Carlos de Souza Meirelles para a Secretaria de Energia.

Foram reconduzidos sete dos atuais secretários para o próximo mandato:
David Uip (Saúde),
Elival Ramos (Procuradoria Geral do Estado),
Herman Voorwald (Educação),
Lourival Gomes (Administração Penitenciária),
Linamara Rizzo Battistella (Direitos da Pessoa com Deficiência),
Marcelo Mattos Araújo (Cultura) e o
Cel. PM José Roberto Rodrigues de Oliveira (Casa Militar).

Graduado em Administração de Empresas, com especialização em Gestão Pública, Marcos Monteiro é professor desde 1977. Foi secretário de Gestão Pública do Estado de São Paulo, presidente da Fundação Casa, do Conselho Estadual de Educação, do Conselho Administrativo da Prodesp, diretor superintendente do Centro Paula Souza, assessor técnico da FDE, da Assembleia Legislativa de São Paulo e diretor-presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.

Engenheiro civil de formação, João Carlos Meirelles foi Secretário de Agricultura e Abastecimento, entre 1998 e 2002, e de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, entre 2003 e 2006. Foi vereador e presidente da Câmara Municipal de São Paulo e atuou como assessor especial para Assuntos Estratégicos do governador.

Outros nomes
Na segunda-feira (29), Alckmin definiiu os nomes de três secretários: de Logística e Transportes, Habitação e Turismo.  O presidente estadual do PSDB e engenheiro agrônomo Duarte Nogueira será o titular da Secretaria de Logística e Transportes. Ele foi secretário de Habitação e Agricultura durante os governos de Mário Covas (1995-1996) e Geraldo Alckmin (2003 – 2006). Elegeu-se três vezes deputado estadual e atualmente cumpre o segundo mandato de deputado federal, cargo para o qual foi reeleito em outubro.


Para a secretaria da Habitação, o indicado foi Nelson Luiz Baeta Neves Filho. Administrador graduado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Baeta Neves atuou como secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, entre 2013 e 2014, secretário-adjunto de Desenvolvimento Social, entre 2011 e 2012, chefe de gabinete da presidência da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, entre os anos de 2005 e 2007, e diretor de planejamento e projetos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional, entre os anos de 1995 e 1999.

A Secretaria de Turismo será chefiada por Roberto Alves de Lucena. Teólogo e escritor, Lucena é deputado federal pelo Partido Verde (PV) desde 2011 e foi reeleito para mais um mandato no Congresso Nacional em outubro deste ano. É vice-presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e vice-líder do partido na Câmara dos Deputados.

Alckmin anunciou na tarde de domingo (28) o nome da professora e advogada Patricia Faga Iglecias Lemos como nova secretária do Meio Ambiente para o seu segundo mandato, a partir de janeiro de 2015. Professora e advogada, ela assume a função a partir desta quinta-feira (1º).


Com ampla experiência na área ambiental, com mestrado, doutorado e livre-docência pela Faculdade de Direito da USP, Patrícia é Professora Associada da Faculdade de Direito e orientadora do Programa de Ciência Ambiental da universidade, além de ser autora de livros  livros na área ambiental. A nova secretária do Meio Ambiente também é Vice-Coordenadora do CEPED - Centro de Estudos e Pesquisas em Desastres da USP e é membro da European Environmental Law Association.

Na sexta-feira (26), Alckmin já havia divulgado o nome de mais cinco secretários que integrarão o seu próximo mandato. Para a Secretaria da Agricultura foi escolhido o deputado federal pelo PPS Arnaldo Jardim. Ele já foi secretário de Estado da Habitação (1992-1993).

A Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho será comandada pelo engenheiro João Dado, que também é deputado federal, pelo Solidariedade, desde 1999.

Para o Desenvolvimento Social foi escolhido o vereador Floriano Pesaro, recém-eleito deputado federal pelo PSDB.

Na Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania assumirá Aloísio de Toledo César, advogado e desembargador em Presidente Prudente, interior do estado.

A Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude será ocupada por Jean Madeira, que atualmente é vereador pelo PRB.


Na terça-feira (23), o atual secretário de Logística e Transporte, Clodoaldo Pelissioni, já havia sido anunciado para a Secretaria dos Transportes Metropolitanos no próximo mandato do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Jurandir Fernandes, atual ocupante da pasta responsável pela administração do Metrô e da CPTM, deverá deixar o governo a partir de 2015.

Na sexta-feira (19), Alckmin  já tinha anunciado o retorno de Edson Aparecido na Casa Civil em seu próximo mandato. Em julho deste ano, Aparecido deixou a Casa Civil para coordenar a campanha à reeleição de Alckmin.

Além de Aparecido, o governador já havia nomeado anteriormente Renato Villela, para a Secretaria da Fazenda, Benedito Braga para Recursos Hídricos, para a nova Secretaria de Governo, Saulo de Castro de Abreu Filho; para Segurança Pública Alexandre de Moraes, ex-secretário municipal de Transportes na gestão Kassab (PSD); e o vice-governador eleito, Márcio França (PSB), para Desenvolvimento Econômico.

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